«É certo – e isso tem também de ser dito – que as grandes responsabilidades no que é o MP, por ação e por omissão, têm dois autores, que se chamam, à cabeça, PSD e PS, e os seus governos, mas também o demais parlamento. Porque preferiram nas últimas décadas simplesmente aumentar remunerações de procuradores para evitar protestos e surpresas e eximiram-se de exigir práticas rigorosas, roturas necessárias e resultados avaliados – à exceção do curto período 2005-2009, logo abafado e menorizado administrativamente em seguida, quando se reviram o Código de Processo Penal, nomeadamente quanto ao segredo de justiça, e o recrutamento e formação de procuradores, ou se criaram a lei de organização da investigação criminal, a lei-quadro da política criminal e as leis bienais de objetivos e prioridades de política criminal, fixando mais clareza processual, sindicância pública e responsabilização, de políticos, de procuradores e de polícias. E passaram 15 anos, já agora.
PS – Fico feliz por ver António Costa como presidente do Conselho Europeu. Pelas suas qualidades políticas, mas sobretudo por esse facto evitar que ele seja um avençado da CMTV. É quase de acreditar que há alguém que nos guarda, especialmente da vergonha alheia.»
SEM MORAL, SEM ÉTICA, SEM VALORES
António Costa, Ursula Leiden, Montenegro, PS, PSD, Liberais, Populares, Sociais-Democratas, etc.?
Apenas a decadência da Democracia.
Apenas o (falso)poder pelo (falso)poder, a troco de mais uns trocos na conta do banco, abdicando da moral, da ética, dos valores e da moral.
Ao geringonçarem à esquerda e à direita, misturando ‘esquerda’ e ‘direita’ (aqui em Portugal e na dita «UE»), e, mais uma vez, nas recentes eleições para os cargos de Bruxelas, todos percebem que a Justiça está ao serviço de quem manda acima do regime da ‘Democracia’, que a usa como uma marioneta.
Também fico feliz por ver o Bosta a mamar o mega-tacho europeu. É bonito ver alguém alcançar aquilo com que sonhou toda a vida. O IMP disse o resto: merecemos esta UE, e esta UE merece-nos.
Só não fiquei tão orgulhoso como quando o Mordomo Burroso foi mamar tacho parecido, ou o Pantanoso Guterres foi mamar na ONU. Não sei bem porquê. Talvez o orgulho se gaste, como uma sola.
CULTURA GERAL – para perceber melhor o que está a acontecer em Portugal, especialmente a partir de 2008
(Dado que a cx. de comt’s tem pouca participação – ou dominada pelo bichos -, especialmente quando o tema é o do post acima, lembrei-me de escarrapachar aqui este delicioso naco…)
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– O progresso do Colégio das Artes foi notório, em pouco tempo. No entanto, o súbito falecimento de André Gouveia interrompeu a ascensão de uma preconizada glória. A crise tornou-se desde logo sensível. Esperava-se que a tomada de posse do novo Principal – Diogo de Gouveia (1467-1557) – definisse uma linha de continuidade e de crescimento de uma instituição para todos os efeitos jovem. No entanto, Diogo de Gouveia, o Sénior, principal conselheiro de O Piedoso na criação do Colégio, pouco tempo ocupou o cargo, vendo-se deposto no Outono de 1549, quando uma profunda crise gerada num ambiente de más relações no corpo docente, pôs a vida colegial em graves riscos. Instalara-se rivalidade entre bordaleses e parisienses. Suspeitava-se de toda a novidade. Prescutavam-se as opiniões, e vivia-se o trauma da heresia. Da surdina passou-se à denúncia. Antes que a situação se complicasse, alguns bordaleses decidiram abalar para suas terras, após a morte de André Gouveia. Professores estavam suspeitos de luteranismo e de reformismo, pelo que Diogo de Gouveia instigou um processo de esclarecimento das suspeitas, levando outros à Inquisição. (…) Detidos por suspeitas de heresia, a mandado do Inquisidor-mor, o Cardeal Infante D. Henrique, foram sujeitos à inquirição de vida e de pensamento, a partir de 17 de Outubro de 1549. Os três entraram nos cárceres inquisitoriais de Lisboa em 15 de Agosto de 1550. O processo da Inquisição aos Professores do Colégio das Artes é um dos mais complexos, senão o mais complexo do ponto de vista doutrinal, dos primórdios da Inquisição joanina, bastando mencionar que esse processo mudou o curso da vida do referido Colégio”
onde….
-O ensino era gratuito (,,,,) Os escolares eram admitidos sem lhes ser procurada prova de estudos anteriores. Sendo analfabeto, aprenderia a ler, a escrever e a contar já no Colégio…………
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Se alguém quiser saber……., diga, mas tem que prometer…..
“para perceber melhor o que está a acontecer em Portugal”
Afinal, tinha razão, foi desde o séc. XVI.
E “2008” não foi por acaso. A falência do “Lemon Brothers” arrastou o sistema financeiro europeu (tal como o apagão da microsoft escangalhou toda a Europa). Antes de «2008» víamos em todo o país aqueles cartazes enormes a anunciarem (passo a citar): “Obra financiada pelo FEDER, pela UE”. De repente, depois de 2008, a «UE» mandou tirar os cartazes, e aquelas obras que eram incentivadas passaram a ser acusadas de (passo a citar): “despesismo”. OU SEJA, de um acto de ‘investimento e desenvolvimento’ passou a ser um crime de ‘despesismo’.
“à exceção do curto período 2005-2009, logo abafado e menorizado”
E caro ficou a quem tomou decisões que beliscaram as vacas sagradas do MJ.
O “naco” transcrito no meu comentário anterior é da autoria de
Pinharanda Gomes, Josué, insigne historiador do Pensamento Filosófico Português (1939-2019),
também conhecido por Mineiro da cultura portuguesa.
Págs. 30, 31 e 28 do seu livro
“OS CONIMBRICENSES” – Edição Guimarães Editores, 1972