Dominguice

A morte de Trump por assassinato não seria a pior coisa que poderia acontecer à democracia americana, portanto também à democracia no mundo, mas andaria lá perto. Porque iria gerar uma reacção de violência irracional sem paralelo conhecido na política contemporânea que se iria somar à violência irracional que já está cristalizada no eleitorado republicano e demais eleitorados da extrema-direita em muitos países. Nesse sentido, teria um impacto muito mais vasto do que o assassínio de Kennedy, o qual apenas gerou comoção generalizada e desvairadas teorias da conspiração.

O melhor que pode acontecer à democracia americana, portanto também à democracia no mundo, é a morte política de Trump pelo voto. De preferência, e para se provar que Deus não é apenas habilidoso a desviar o trajecto de balas em dois ou três centímetros, perdendo para uma mulher.

29 thoughts on “Dominguice”

  1. O Trump no seu discurso disse uma coisa muito valiosa ! Repara oh seu idiota no que ele disse ” antigamente os líderes eram elogiados por se darem bem com outros líderes com armas nucleares. Hoje parece que não é assim ” . O Trump é terrível para quem vive na América, verdade. Mas para quem vive na Europa é um raio de luz. Espero q o Trump ganhe, como europeu.

  2. E cá voltamos às teorias da conspiração – uma praga que não aflige centristas sensatos como o volupi, que jamais questionam as versões oficiais, como bons carn…cidadãos. Pelo visto Kennedy também não merece teorias: foi morto por um maluco solitário, este calhou a ser morto dois dias depois. O irmão idem. É isto. Os malucos matam, os arranha-céus implodem, nenhum mistério.

    Já no que toca aos Trampas, Orbáns, Venturas, Bolsonaros e afins, os centristas são mais dramáticos: vem sempre aí o fascismo, o nazismo, o fim do mundo. Não fazem por menos.

    Sim, se o Trampa tivesse morrido havia gritaria e ranger de dentes. Depois seria substituído por outro mamão, ou lacaio como o Biden, servidor de mamões ainda maiores. E a carneirada havia de calar-se, como sempre. Nada mudaria. Na ‘democracia’ dos volupis nada realmente muda.

  3. “Na ‘democracia’ dos volupis nada realmente muda.”

    o que eu gostava de saber era o modelo político tu propões, mas tou com azar porque a isso respondes com mamões e outras frutas tropicais.

  4. Um tiro não mata uma Ideia. Muito menos mata o Poder.

    Um indivíduo é apenas uma cópia (autómato) dos outros que creem na mesma ideia (ideologia, crença, visão-do-mundo, mentalidade, género, etc.) e são da mesma facção («esquerda», «direita», «centro», «extrema»). A um Trump sucederá um Vance, a um Cavaco sucederá um Passos, a um Soares sucederá um Costa, e assim sucessivamente até a Ideia morrer.

    Para uma Ideia ou para o Poder, ser ‘mulher’ é igual a ser ‘homem’. É nada. A questão é quem de facto o detém. O Poder não se alcança por ‘cotas’, ‘leis de paridade’, ‘por sucessão’, ou ‘por delegação’.

    Logo, o que estamos a debater se não estamos a discutir nada?

    O que é interessante — ao comparar os discursos do Trump nas anteriores eleições (2016 e 2021) com os desta (2024) — é a completa inversão daquilo que propõe.
    Antes, «tornar os EUA novamente grande» implicava defender o «globalismo/globalização». Agora, «tornar os EUA novamente grande» implica defender o «nacionalismo-isolacionismo» (“drill our oil”, “acabar com a deslocalização das empresas americanas, e fazê-las regressar”, “empregar americanos e produzir para os americanos”).

    Do ponto de vista ‘Político’, a que se deve esta inversão?
    Se Trump ganhar, não é a «direita» ou «esquerda» que ganha, é a «globalização» que perde.
    Porque, num momento conturbado e bélico do mundo, as pessoas preferem regressar às suas Identidades e Nações?

  5. “Espero q o Trump ganhe, como europeu.”

    outro disco riscado. quando ele me telefonar dou-lhe o recado, entretanto põe aí as coordenadas pode ser que pinte umas cuecas autografadas pelo man of the ear, edição time.

  6. «o que eu gostava de saber era o modelo político tu propões…»

    Uma democracia progressivamente mais directa – a única digna do nome.

    Enquanto tudo delegarmos nada vai mudar. Porque nada pode mudar. Limitamo-nos a rodar o pote e os tachos de uma classe política que serve e sempre servirá os donos disto tudo: a banca, os ‘mercados’, as grandes empresas e bilionários. Outros políticos são impossíveis nos partidos que temos; e seriam rapidamente afastados ou mortos. A esquerda é também inútil, porque inelegível.

    Ah e tal, democracia directa é ‘mob rule’. Não com um povo mais evoluído e com uma Constituição que garanta princípios fundamentais. Daí ser uma evolução – a única justa e racional. É essa evolução que devíamos estar a discutir como sociedade, não mais pulhíticos e pulhitiquice.

    Ah e tal, nunca funcionou e não irá funcionar devido à ‘natureza humana’. Tretas. Também esta pseudo-democracia era ‘impossível’ há algum tempo atrás. A sociedade muda, tudo muda.

    Por onde começar? Pela limitação da riqueza, pelas regras e tecnologia que permitirão uma democracia a sério, e pelo controlo desta classe política. Esta canalha precisa ter rédea curta.

  7. “Por onde começar? Pela limitação da riqueza, pelas regras e tecnologia que permitirão uma democracia a sério, e pelo controlo desta classe política. Esta canalha precisa ter rédea curta.”

    há alguma coisa dessas a funcionar no mundo ou foi passarinho que tuítou doutra galáxia e achaste que iríamos rejubilar com o conceito república popular.

  8. Tal como constatamos neste momento, ao nosso redor, aqui-e-agora, andam todos a discutir quem vai ganhar as próximas eleições, e se o ‘orçamento’ a aprovar para o ano-que-vem passará ou não. Portanto, a sociedade, a nossa vida quotidiana, os nossos actos continuam a funcionar fora das decisões políticas. Ou seja, a ‘política’ não interfere em nada no funcionamento económico, judicial, militar, social e cultural.

    A esta cisão entre a vida e a política chamam ‘Democracia’.

  9. «achaste que iríamos rejubilar com o conceito república popular»

    Pelo contrário, tinha a certeza que não iam. Um carneiro rejeita sempre ter escolha; ter poder; e tudo o mais que possa ser no seu interesse. Por tacanhez e estupidez, prefere continuar a seguir o rebanho: a ir botar o botinho quando lhe mandam, a comer e calar, a esperar que magicamente as coisas melhorem. Durante algum tempo pode até ter funcionado, mas a tendência é piorar.

    E até consigo compreender a preguiça, o comodismo, mas é a submissão a políticos, mamões e ‘líderes’ em geral que jamais consegui aceitar. Faz-me mesmo confusão. Como se pode passar uma vida sujeito às decisões de outros, às prioridades de outros? Como aceitar tanta desigualdade? Como pode um ser racional rejeitar a democratização do poder ou a limitação da riqueza?

  10. Nestas análises ‘políticas’ o que causa estupefação é a perda da memória. O esquecimento de que todos os ‘regimes’ se impuseram através de golpes militares.

    Não foi a monarquia que fez um golpe para acabar consigo própria, foi a ‘república’. Não foi a ‘1.ª república’ que acabou consigo mesma, foi o ‘regime do Estado Novo’. Não foi o ‘Estado Novo’ que se matou, foi o golpe militar dos chaimites da ‘Abrilada’.

    Portanto, quem vai acabar com a ‘Democracia’ não vai ser ela, vai ser por um golpe militar ou uma disrupção social generalizada.

    E assim sucessivamente para todos os ‘regimes’ (provavelmente, até ao dia em que o ser-humano (enquanto lógica, programa e perpetração) desapareça. E seja substituído por outro programa-lógica-perpetração.

    O ser-humano não vai sair do Poder (enquanto predador-de-topo neste ambiente bio-socio-cultural) por si próprio, vai sair por eliminação ou substituição.

    Assim sendo, todas e quaisquer discussões acerca do Poder no contexto humano (regimes, ideologias, facções, partidos, pessoas, grupos, índices, assimetrias, técnicas, tecnologias, saber, conhecimento, amor, ódio, altruísmo, egoísmo, liberalismo, socialismo, verdades, mentiras, bem, mal, etc.) não vão mudar nada.

  11. Valupi;
    É preciso ter muita resiliência e paciência de santo para encaixar os desaforos que alguns idiotas, lhe deixam na caixa de comentários. Já equacionou entregar as chaves do “pardieiro” aos marados que se estão a apropriar do blogue.

  12. “Como se pode passar uma vida sujeito às decisões de outros, às prioridades de outros? Como aceitar tanta desigualdade? Como pode um ser racional rejeitar a democratização do poder ou a limitação da riqueza?”

    questões que me fazem confusão desde a adolescência. nunca percebi como aceitam o Poder. ( também não percebo bem para que querem o Poder , não lhes dá uma vida melhor em muitos aspectos , paz não alcançam nunca ). não tem origem divino , caramba, o Poder é imposto por homens iguaizinhos , às vezes bem piores , que nós.
    e advogo há montes de tempo um rendimento máximo permitido , nada mais faz sentido. as empresas têm de ter um limite de tamanho , as pessoas têm de ter limites na acumulação. o espaço económico é de todos e tem de ser o mais livre possível de ogres.

  13. Limites, controlos, cotas, serem todos bons uns para os outros, regimes ideais, uma verdade e uma moral que a todos abençoasse, dinheiro e recursos distribuídos para todos viverem bem … etc. PARA QUÊ?

    A Natureza não é estúpida. Se desse essas benesses a todos começavam a multiplicar-se como coelhos, ninguém trabalhava, estavam todos nas compras nos centros comerciais e de papo para o ar nas praias, a comer, beber, fornicar e a meter uma ganzas.

    OU SEJA, se não houvesse assimetria e pobreza o Mundo ainda ficava mais poluído de seres-humanos. Ora, pior catástrofe ambiental não haveria. Razão pela qual a Natureza não vai nessa cantiga.

    O Poder está na Natureza. Os seres-humanos são apenas uma mera conjuntura, de que ela já está farta. Vai-lhes fazer o mesmo que fez aos dinossauros e outros demónios famintos (para usar a terminologia budista).

  14. sim , Imp por isso é que em 200 anos a população mundial cresceu de um bilhão para 8 biliões… por causa da igualdade -:) -:) sendo que é nos países mais pobres onde a natalidade cresce , enquanto que nos ditos países ricos desceu ao ponto da não renovação geracional.

  15. Corvo Negro, vê a coisa desta maneira: enquanto os maluquinhos passarem o dia de cu sentado a teclar nestas caixas de comentários não se corre o risco de saírem à rua e causarem verdadeiros problemas ao cidadão incauto.

    Isto é serviço público.

  16. “E até consigo compreender a preguiça, o comodismo, mas é a submissão a políticos, mamões e ‘líderes’ em geral que jamais consegui aceitar.”

    o que eu pedi foram exemplos de democracias capitalistas populares e a tua resposta para variar é a habitual fruta tropical.

    é que nem a ideia é original. china, russia, coreia do norte, venezuela apregoam isso à náusea e agora até o disquejockey do trump quer pôr o partido republicano a trabalhar para a classe operária, sem ter perguntado à classe operária se está de acordo.

    https://www.youtube.com/watch?v=tBeegzQcePk

  17. »OU SEJA, se não houvesse assimetria e pobreza o Mundo ainda ficava mais poluído de seres-humanos. Ora, pior catástrofe ambiental não haveria. Razão pela qual a Natureza não vai nessa cantiga.»

    Notem só este exemplo de confusionismo (de confusão, não de Confúcio) que vai na cabeça do IPRONUNCIÁVEL; ele, com quem aqui tive uma discussão no qual ele defendia a “assimetria” como o mal da democracia e do mundo dos vivos dado que era causa de divisões e impedimento de um “Poder Absoluto” o qual não era divisível mas necessário para o bom governo, vem agora defender, com a mesma “garra” argumentativa que caso não houvesse assimetria na natureza “pior catástrofe ambiental não haveria. Razão pela qual a natureza não vai nessa cantiga”.
    Cantigas destas cantava apenas a yo por cá agora são mato aqui no Aspirina.

    Outra cantiga de igual teor é aquela aqui defendida por ideias contraditórias, irreais, absurdas, expressas assim; “Como se pode passar uma vida sujeito às decisões de outros, às prioridades de outros?” Alguém que se questiona deste modo é pressuposto ser alguém que não vive “sujeito às decisões de outros, às prioridades de outros”, logo, alguém que não vive sob seja que sujeição for mas sim numa anarquia perfeita sob e, apenas, sob o seu mui-ajuizado livre-arbítrio.
    Ora tal comunidade anarquista não existe em lado algum pelo que o nosso homem vive, inescapavelmente, acomodado a teclar protestos como “maluquinhos a passarem o dia de cu sentado a teclar nestas caixas de comentários”. E, ideal e emocionalmente, sente-se um herói.
    Mas verdadeiramente herói é o puto que tentou matar Trump, o ilusionista batoteiro e trafulha. Este, sim, teve a coragem de morrer em defesa de seus ideais. Este, sim, ousou mudar o rumo a situações para ele insuportáveis pelo uso da lei não escrita contra toda a sujeição imposta e prioridades de outros.
    Um proverbio africano diz que “passar a vida a dizer sempre o mesmo e nada fazer tal conversa se transforma em baba”

  18. Corvos e Neves. Confusões e Fogueiras-da-Inquisição.

    QUATRO CONFUSÕES:

    CONFUSÃO 1: Se não houvesse diferença não havia música (não havia sons diferentes), não havia matemática (tudo era 1 ou zero), as partículas diferentes não se atraiam, não havia 7000 línguas diferentes, cada um de nós não tinha nome, e assim sucessivamente. A Natureza fez-nos diferentes, e a diferença provoca a DESIGUALDADE. Se o objectivo da Natureza fosse a IGUALDADE não tinha inventado-criado a diferença. A língua portuguesa tem mais falantes do que muitas outras, e há outras com mais falantes do que o ‘português’, e assim sucessivamente para tudo aquilo que a Natureza criou no mundo e na vida.

    CONFUSÃO 2: «O QUE SE DESEJA» não coincide com «AQUILO QUE É» (i.e., aquilo que existe, aquilo que somos, aquilo que é a realidade, «aquilo que não depende de nós», etc.). Logo, se em 200 anos de 1000 milhões passámos a ser 8000 milhões (porque nem todos têm dinheiro para pagar mais do que 5 crias como o CR7 ou o Elon Musk; nas aldeias da Beira e Trás-os-Montes, no tempo do ‘Estado Novo’, dizia-se «3 para vir 1», isto é, a pobreza e a falta de condições médicas provocava por média, por cada três partos duas mortes), imagine-se 16.000 milhões a defecar e a urinar para os oceanos. Era ou não pior em termos ‘ambientais’? E existirem muitos, todos a quererem ser ideologicamente iguais (um cardume, um rebanho) não provoca inovação nem contribui para a evolução.

  19. Corvos e Neves. Confusões e Fogueiras-da-Inquisição (parte II).

    CONFUSÃO 3: Se todos tivesse a mesma opinião, ou a mesma lógica de opinião, ou a mesma ideologia, ou pertencessem à mesma facção partidária ou religiosa, etc., … não havia nem ‘dúvida’, ‘nem consciência-de-si’, nem ‘liberdade’ (e muito menos a tal dita ‘democracia’, e a ‘Aspirina B’ seria um parlatório de padres de uma religião única). Não havia, porque não se poderia estabelecer a ‘diferença’ e a ‘desigualdade’.

    CONFUSÃO 4: Estar condenado a ser um SER-SOCIAL nesta fase da evolução da Vida (a que chamam ‘homo sapiens sapiens’) não impede deixar de estar condenado a essa condenação comunitária no futuro, e passarmos a ser um SER-INDIVIDUAL. A fase social da Vida é apenas uma etapa para se alcançar a propriedade física que o Impronuncialismo designa por “SAP3i” (acrónimo de Singularidade Autónoma Perpétua, indecomponível-insolúvel-indestrutível).

    EM SUMA, a confusão que aqui paira é entre os que pertencem à «Tribo dos Absolutistas Parmenedianos» (os que fazem finca-pé em ser aquilo que são e acreditar naquilo que acreditam; os que acham que há uma verdade única e uma certeza global comum para todos) e a «Tribo dos Relativistas Heraclitianos» (os que acham que tudo muda, e não há rio que passe duas vezes sob a mesma ponte). Obviamente que há mestiços e mestiçagens, mas isso não contribui para desfazer a confusão.

  20. «nunca percebi como aceitam o Poder. ( também não percebo bem para que querem o Poder , não lhes dá uma vida melhor em muitos aspectos , paz não alcançam nunca ).»

    Essa é fácil, yo: querem poder pelo que este traz, pelo que sempre trouxe – status, admiração, dinheiro, luxo. Staff. Criadagem. Viagens em 1ª classe e Mercedes com motorista. Pense como teria sido a vida do António Bosta sem a política, e como ela foi e é graças à pulhítica.

    Há também o apelo do poder pelo poder, claro: em muitos casos, talvez na maioria, é melhor mandar do que ser-se mandado. Pode correr mal? Também corre mal – ou pior – a quem não manda. Não traz paz? A paz é daquelas coisas que só valorizamos quando as não temos. Para muitos, nem aí. Veja o Biden, que à beira da cova não larga o poleiro. Ou o chulão Carlos, o rei geriátrico.

    Reitero que mesmo apertando os calos aos políticos, como temos de apertar, nunca faltarão candidatos. A sede de poder é demasiado forte. Temos ainda muito que evoluir.

  21. Serviço público, diz o volupi da estrelinha ao lado do nome. Sim, até certo ponto estes desabafos servem de válvula de escape. Mas se me passasse dos cornos (ainda mais, quero dizer) o meu alvo não seria certamente o “cidadão incauto”: seriam os seus heróis. E os donos deles.

    Uma nota construtiva. Com tantos blogs a morrer não podemos queixar-nos muito, mas este deixa algo a desejar. Não me refiro ao volupi, que faz a sua função: manter a tasca aberta e ir rodando postais para a malta atacar ou para se babar, conforme o caso. Refiro-me aos comentários.

    Tirando a yo e o IMP, o resto – ou a maioria – são xuxas sardónicos que pouco ou nada contribuem ou contrapõem. Gozam com o portadaloja, mas este ao menos gerava discussões interessantes. Aqui a discussão parece ser entre lamber o cu ao 44 ou os tomates ao próximo capo.

  22. “Gozam com o portadaloja, mas este ao menos gerava discussões interessantes.”

    até o cagalhão do ministério pudico das mães de bragança correu contigo e remanescentes interessantes nas discussões da porcadaloja. censura prévia aos comentários para não lhe tirarem o brilho às anotações das cópias que chafurda nos chiqueiros da cofina.

    ir lá diariamente comentar as primeiras páginas do manhólas e sucedâneos dava uma tesão do caraças aos espoliados e vítimas do sócras, substituía 2 horas de ginásio por dia e sentiam-se cada vez mais cretinos. agora acabou e temos que os aturar aqui, despejando a sabedoria adquirida na madraça do caga-sentenças.

  23. Observatando…. chibando…
    – “das estrelinhas ao lado do nome” – Olhó detalhe!?!?
    Precisais de um Senhor.
    Mas nunca esqueçam, o Senhor (sabem do que estou a falar…) tinha um compromisso com os seus servos. Garantia-lhes proteção (Ó’menos!)
    Mas estes senhores que servis, passado algum tempo mandar-vos-ão…… Começam a ter medo de vossemecês.
    Outro Senhor pode apropriar-se da vossa conduta suis generis (ai este latim…)
    Há linhas vermelhas para tudo.

  24. Curiosamente, hoje, Sócrates respondeu ao Post de Valupi.

    “O meu filho não é sacana” (citou Sócrates, de Biden no debate com Trump).

    Isto é, Sócrates agarrou na trajectória do tiro falhado, e dirigiu-a para o alvo (de ter sido um filho proscrito pelo PS de António Costa, tal como Marcelo fez ao filho no caso das ‘gémeas’, por contraponto ao que Biden fez) sem antes se ter servido da orelha do Marcelo como pretexto.

  25. Impronunciável, eu falei de “assimetria”, isto é de casos simétricos opostos e não de diferenças. Nem de “igualdades” Se percebes Parménides e Heraclito, que referes, não se percebe porque desvias a discussão para “diferenças” que não consta do meu assunto. Com base em “diferenças” dissertas acerca de tudo que não vem ao caso e como sempre atiras tudo que parece massa à parede a ver se cola.
    Quanto a Parménides, este, não defendeu qualquer “absolutismo” mas o “imobilismo” de deus e das coisas vivas que não são, mecânica e filosoficamente, sinónimo de absolutismo. Também acerca de Heraclito te confundes pois que tal grande pensador não foi nunca um relativista pese embora ser um total opositor de Parménides; foi sim um filósofo da mudança contínua, do “tudo flui” continuamente. Mas foi também o filósofo da teoria da unidade ou “harmonia dos contrários” que invoquei na tal discussão que tivemos; assim, “a estrada que desce é a mesma que sobe”; “o baixo e o alto”; o pesado e o leve”; “o quente e o frio”; “vida e morte”, etc., contrários que estão ligados devido a serem diferentes fases de um processo invariável e único; a imagem das águas do rio esclarece a unidade que depende da conservação da medida e do equilíbrio na mudança.
    Do estudo cuidadoso da teoria da “unidade dos contrários” se retira, precisamente, que Heraclito foi um unitarista e nunca um relativista.
    Impronunciável, tens dito aqui tudo e o seu contrário acerca de toda e qualquer teoria política quer seja a democracia ou outra oposta e vice-versa. Trazes na cabeça uma teoria mais hermética do que o próprio Hermes alguma vez pensou. Pensas que o verdadeiro ideal e bem só virá com o advento do “homem espiritual”. Até avançavas com fórmulas cabalísticas para situares o advento do homem não material mas, tão só, puro espírito. Provavelmente crês que após a morte sobreviverás pela imortalidade da tua alma e, nesse estado, ainda vais pertencer à comunidade dos “homens espirituais” que vivem no éden. Como não te quero mal algum, desejo que assim aconteça e sejas feliz.

  26. José Neves,
    «Nada muda» (Parménides), «tudo muda» (Heraclito), é dizer o mesmo por outras palavras. Razão pela qual quer um quer outro acham que a solução está na «harmonia dos contrários».

    Ora, esse é o impasse e a limitação de raciocínio que aqui critico, e que é transversal aos argumentos das fações que se digladiam (esquerda/direita, trump/biden, PS/PSD, etc.).

    Chamo a essa limitação uma «ideologia» (um ‘programa’ inculcado na mente humana, característico de uma etapa da complexidade do sistema-Vida).
    E é essa «ideologia» que considero ser o verdadeiro Poder (o que faz mover e funcionar todos os indivíduos, sejam de esquerda ou de direita, deste regime ou de outro, disto ou de aquilo, a favor ou contra, etc.).
    Essa lógica codificada no cérebro humano é uma evidência empírica e factual (impossível de ser desmentida senão pela subjectividade, pela fé, ou pela metafísica).

    Gregory Bateson, definiu “Informação” como “uma diferença que provoca uma diferença”. No sentido de que são os sinais distintivos (a distinção) que provoca e cria a nossa percepção do Real (tal como na escrita e na linguagem, uma letra ou um fonema têm de ser diferentes dos outros para poder haver frases, narrativas e textos; sendo com os mesmos sinais distintivos que se fazem as 7000 línguas do mundo e toda a Literatura). Assim sendo, qualquer «assimetria», «desigualdade», ou outro nome com o qual se tente disfarçar ou negar a ‘Diferença’ é em vão. Sendo o desejo de «harmonia dos contrários» (que tantos outros tentaram como solução, por exemplo, Hegel ou Kant, ou várias religiões e crenças) um erro, por ser uma tautologia.

    É esta condenação biológica e este impasse do discernimento humano (que considero ser o «verdadeiro Poder» que subjaz e determina o confronto nos debates e escolhas políticas) que, aqui, tento desmascarar e ultrapassar.

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