Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Sim, de facto a democracia já era, mas também é bom dizer que nos preocupamos mais com ela quando nos falta o $$$$$ no bolso, porque enquanto andamos a gastá-lo tínhamos menos preocupações com a dita democracia!
“… porque enquanto andamos a gastá-lo tínhamos menos preocupações com a dita democracia!”
deixa lá em paz as sopeiras que fizeram férias na martinica, estão identificadas pelo sef, são poucas e pagam impostos. preocupa-te com as aldrabices financeiras e assaltantes de bancos que voltas à sustentabilidade que o commerzbank te nega.
maravilha.
“Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado: os Estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!”
salgueiro maia, madrugada 25abril74
Quem fez o 25 de Abril foi a gente do Estado Novo.
E foi lindo e com ordem e disciplina.
A baderna veio no “day after”
Ai a porra!!!!
oh reaça! foi lindo, mas ordem e disciplina eram incompatíveis com o momento, tal como o salgueiro maia reconheceu, após uns segundos hesitação num semáforo.
“Enquanto ouvia estas informações, o jipe trava de repente e dou comigo parado no sinal vermelho do cruzamento da Cidade Universitária. Olho para o lado e vejo um autocarro da Carris também parado. Achei que era demais parar a revolução ao sinal vermelho, quando o que distinguia os carros do MFA era um triângulo vermelho no lado esquerdo das viaturas ou tapando a matrícula. Mando avançar tocando as sirenes das autometralhadoras EBR até chegar ao Terreiro do Paço”
Até para avançar o sinal vermelho, Salgueiro Maia accionou as sirenes, como faz o INEM os Bombeiros e viaturas de emergência, até os batedores de mota dos ciclistas e da comitiva do presidente da república.
O 25 de Abril foi obra do Estado Novo sim, com processos e gente do velho Estado Novo.
A malta devia não confundir o 25 de Abril com o que se seguiu.
Se agora houver outra revolução recomendo que seja a 9 de Novembro, vésperas de São Martinho.
As herdades Alentejanas da reforma agrária agora dedicaram-se ao melhor tintol do mundo e abandonaram as cearas e o leite mais dados à primavera do Estado Novo.
Um texto seminal que não perdeu actualidade mais de trinta anos depois…
…but I’m not the only one.
Thanks
ignatz,
as melhores citações do dia são as que deste, do Salgueiro Maia (“ingénuo cravo no largo do carmo”, como diz o Zé Mário Branco? Não. A ingenuidade veio a seguir).
“Achei que era demais parar a revolução ao sinal vermelho…”. Sobre isto já tivemos discordâncias, sobre alturas em que não se deve parar face ao sinal vermelho. Mesmo que esteja colocado frente à AR.
Mas nunca é demais lembrar: o 25 de Abril provou que não há abutres que durem para sempre. A histórica do S. Maia, que citas, ““Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado: os Estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!” remete inevitavelmente para as imagens dos que foram voluntários. Têm caras: estão aqui:( é inevitável colar o tema) http://www.youtube.com/watch?v=pJrtNwD_r_0
Sim, de facto a democracia já era, mas também é bom dizer que nos preocupamos mais com ela quando nos falta o $$$$$ no bolso, porque enquanto andamos a gastá-lo tínhamos menos preocupações com a dita democracia!
http://pantominocracia.blogspot.pt/
Um espaço de opinião que nos leva da Democracia à Pantominocracia
“… porque enquanto andamos a gastá-lo tínhamos menos preocupações com a dita democracia!”
deixa lá em paz as sopeiras que fizeram férias na martinica, estão identificadas pelo sef, são poucas e pagam impostos. preocupa-te com as aldrabices financeiras e assaltantes de bancos que voltas à sustentabilidade que o commerzbank te nega.
maravilha.
“Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado: os Estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!”
salgueiro maia, madrugada 25abril74
Quem fez o 25 de Abril foi a gente do Estado Novo.
E foi lindo e com ordem e disciplina.
A baderna veio no “day after”
Ai a porra!!!!
oh reaça! foi lindo, mas ordem e disciplina eram incompatíveis com o momento, tal como o salgueiro maia reconheceu, após uns segundos hesitação num semáforo.
“Enquanto ouvia estas informações, o jipe trava de repente e dou comigo parado no sinal vermelho do cruzamento da Cidade Universitária. Olho para o lado e vejo um autocarro da Carris também parado. Achei que era demais parar a revolução ao sinal vermelho, quando o que distinguia os carros do MFA era um triângulo vermelho no lado esquerdo das viaturas ou tapando a matrícula. Mando avançar tocando as sirenes das autometralhadoras EBR até chegar ao Terreiro do Paço”
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/salgueiro-maia-o-capitao-sem-medo-morreu-ha-20-anos=f716814#ixzz2RTZ6HA8Y
Oh Ignatz, confirmas exactamente o que afirmo.
Até para avançar o sinal vermelho, Salgueiro Maia accionou as sirenes, como faz o INEM os Bombeiros e viaturas de emergência, até os batedores de mota dos ciclistas e da comitiva do presidente da república.
O 25 de Abril foi obra do Estado Novo sim, com processos e gente do velho Estado Novo.
A malta devia não confundir o 25 de Abril com o que se seguiu.
Se agora houver outra revolução recomendo que seja a 9 de Novembro, vésperas de São Martinho.
As herdades Alentejanas da reforma agrária agora dedicaram-se ao melhor tintol do mundo e abandonaram as cearas e o leite mais dados à primavera do Estado Novo.
Um texto seminal que não perdeu actualidade mais de trinta anos depois…
…but I’m not the only one.
Thanks
ignatz,
as melhores citações do dia são as que deste, do Salgueiro Maia (“ingénuo cravo no largo do carmo”, como diz o Zé Mário Branco? Não. A ingenuidade veio a seguir).
“Achei que era demais parar a revolução ao sinal vermelho…”. Sobre isto já tivemos discordâncias, sobre alturas em que não se deve parar face ao sinal vermelho. Mesmo que esteja colocado frente à AR.
Mas nunca é demais lembrar: o 25 de Abril provou que não há abutres que durem para sempre. A histórica do S. Maia, que citas, ““Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado: os Estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!” remete inevitavelmente para as imagens dos que foram voluntários. Têm caras: estão aqui:( é inevitável colar o tema)
http://www.youtube.com/watch?v=pJrtNwD_r_0