E o povo, pá?

«Para a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, o partido enfrentou o momento mais difícil da sua história quando votou contra o PEC IV, durante o Governo de José Sócrates.

"O Bloco de Esquerda pagou por isso, até eleitoralmente", mas se fosse hoje voltaria a fazer o mesmo. "Teria de ser", diz.»


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10 thoughts on “E o povo, pá?”

  1. Desculpem a ignorância, mas alguém fez o balanço entre o que era proposto no PEC IV e o que foi consumado durante a vigência do burgesso da tecnoforma?
    A conversa destes modelos de virtude, que só aderiram à geringonça para não ficar atrás do PC, já chateia.
    A pergunta não é retórica, gostava mesmo de ser iluminado. Admito mudar de ideias.
    Anyone?

  2. “O Bloco de Esquerda pagou por isso, até eleitoralmente”
    agora engolem sapos e cospem fogo. lata é coisa que não falta nesse grupo dassaltibancos.
    o carvalhas do pcp na altura assumiu que tinha sido grossa asneira, mas ninguém lhes pergunta porquê?

    mas se fosse hoje voltaria a fazer o mesmo. “Teria de ser”, diz.»
    ahahah… tá bom de ver, até ia para o governo se o costa deixasse. assim têm de se contentar com uns abichamentos nas secretarias das direcções gerais.

  3. O programa contido no PEC IV – com aprovação de Merkel – nem de longe nem de perto pode ser sequer comparável ao programa de desajustamento da Troika. Como os próprios já tiveram inclusive oportunidade de o admitir. Quanto mais ao pacote do económicoexcluído ir além da Troika. Se a austeridade contida no PEC IV – que julgo que é a questão levantada – seria suficiente para Bruxelas nunca o saberemos. De lembrar só que já íamos no 4º pacote. Mas sem sombra de dúvida que era o melhor para o país na altura. Infelizmente outros interesses falaram mais alto por cá.

  4. Eu sei que o bloco faz anos mas em termos de coerência não se comparam com quem passa a vida a acusar Sócrates de despesista. Diga-se em abono da verdad,e a 1ª reacção de Bruxelas à crise americana e muito bem. E já depois da invenção da crise das dividas soberanas pela mesma UE nem podiam ouvir falar de austeridade?! Cenário que ainda se mantém hoje, diga-se de passagem. Parecem sindicalistas a clamar por mais investimento público.

  5. Claro que não se arrepende. Com Sócrates, o BE nunca estaria a puxar cordelinhos no Governo. Ainda vai levar algum tempo até o país se dar conta que o chumbo do PEC IV acabou com a vontade própria nos sectores estratégicos, financeiros e empresariais, do país. Portugal passou à condição de beija-mão do partido Comunista Chinês e de especuladores.

  6. Pode-se acusar o bloco de muita coisa – inclusive, quem quiser, da consequência mais prática do chumbo do PEC IV – mas acatar ordens de Bruxelas nunca fez propriamente parte do adn bloquista. Nem Sócrates tão pouco concordou algum dia com muitas das medidas de austeridade expressas no PEC IV. Aliás ainda o ouvimos dizer várias vezes para pararem de escavar. Tanto que a solução para não cairmos em recessão em 2011 ainda é válida para continuarmos a crescer em 2019 – chama-se mais investimento público. Muito menos podemos responsabilizar o bloco pela venda do país ao desbarato. Isso devemos agradecer – muito além da dupla múmia-massamás – ao backoffice de uma organização que actualmente até é presidida por uma senhora que ainda hoje foi convidada do Marcelo no Conselho de Estado.

    Com esta fórmula de vermos as coisas a geringonça nunca tinha sido possível. Fórmula que durou várias décadas da Democracia portuguesa e que felizmente Costa quebrou. Há que seguir em frente mesmo com muitas diferenças. Chama-se compromisso e já é praticado no resto da Europa há muito tempo.

  7. Ó Catarina e suas muchachas, de bloco nas cabeças endoutrinadas pelo Rabaça, explica lá porquê “teria de ser”?
    Será que levas o calculismo ao ponto de achares que “tinha de ser” levantares as mãozinhas brancas no ar porque o PC também ia levantar os punhos no ar?
    Ou, pior ainda, porque ficaste livre do Rabaça que se foi-se embora mais a sua estratégia do “Bloco Grande” à custa do PS pequeno e desse modo pudeste-te alcandorar ao topo e vir a poderes ser ministra como muleta do PS e não como ocupante do PS como sonhava em “grande” o Rabaça?
    Em qualquer dos casos que ideia teve o Bloco acerca do interesse do país e dos portugueses?
    Com o Rabaça muleta pensionista da “sic” e Catarina e suas muchachas muletas do Costa que defende hoje o Bloco para o País e o povo?

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