Felizes com a lista de seguidores, ó “Observadores”?

Lembram-se do artigo inqualificável da médica Joana Rodrigues, que dizia que as mulheres felizes são as que “casam bem”, ganham menos mas vibram, enquanto “exercem plenamente a maternidade”, com os sucessos e o dinheiro dos maridos e muitas mais genialidades, todo um rol, do género? Pois bem, o artigo não mais foi visto* no siteObservador“, uma espécie de blogue gigante e bem financiado onde se aquartelou toda a direita passista, salazarenta, bafienta, ressabiada, queque, xuxofóbica, veneradora dos mercados ou simplesmente tonta deste país.

Hoje, o “publisher” do dito site, José Manuel Fernandes, vem prestar um esclarecimento, não sobre a retirada/ocultação do artigo, como se esperava, mas sobre a razão da sua publicação, o que já de si dá vontade de rir, porque o que se nota mesmo mesmo é que o artigo sumiu. Bom, mas o JMF vem então avalizar o artigo e ao mesmo tempo distanciar o corpo redactorial do seu blogue do conteúdo do dito artigo, remete para os valores fundadores daquela coisa e invoca a liberdade de opinião. Escusado será dizer que, perante o desaparecimento do artigo, este “esclarecimento” é obviamente abstruso. Pois isso mesmo, mas por outras razões, acharam os devotos seguidores desta trupe, em expressão de opinião na caixa de comentários. Para rir a bom rir, é preciso ir ler. Tudo furioso. J M Fernandes não tinha que esclarecer coisa nenhuma, o Observador está mas é a ficar como o Público (ah, ah), viva a dra. Joana e por aí fora.

Claro! Onde está, de facto, a agressividade da estupidez, hoje em dia tão na moda? Modernidade, dignidade? O que é isso? Alinhem-se lá, meninos, olhem a clientela.

 

*Correcção: o artigo não desapareceu, foi antes remetido desde muito cedo para a secção de Opinião (dia 24), deixando de aparecer na página principal. Por achar que era norma as ligações para os artigos de opinião manterem-se na primeira página uns dias, concluí erradamente que fora suprimido. Não foi. Ficou muito menos visível, mas continua lá. Além disso, em abono do “publisher”, registo que ele próprio pôs no seu Esclarecimento de hoje uma remissão para o dito artigo. Nada disto, porém, me impede de avaliar a clientela fiel daquele blogue, que protestou contra a “moleza” de um esclarecimento daqueles. Os admiradores dos articulistas do Observador gostariam que o JM Fernandes publicasse, destacasse e defendesse o artigo de Joana B Rodrigues. Há gente do tipo “Tea Party” cujas opiniões são bem acolhidas no Observador e há adeptos que se irritam com a dor de consciência do Fernandes. Foi isto que destaquei.

 

 

13 thoughts on “Felizes com a lista de seguidores, ó “Observadores”?”

  1. desapareceu ? ou a P não sabe procurar? a precipitação é tramada.
    a busca tem uma lógica : aquilo é uma opinião, logo, clica lá em cima no Obsrv. em Opinião, aparece uma página com as ” opiniões” dos articulista, e a menina desce o cursor até encontrar…tcham tcham

    https://observador.pt/opiniao/a-mulher-o-feminismo-e-a-lei-da-paridade1/

    a operação demora uns segundos. se está escondido está com o rabo de fora :)

    e acho muito bem que a senhora queira ser assim e o afirme convictamente , a diversidade na forma de ser e estar do mulherio é uma coisa boa. e a malta feliz também.

  2. yo e comentador seguinte: É habitual os artigos de opinião perdurarem uns dias na coluna da direita da página de abertura deste site. Não foi isso que aconteceu com este. Foi a modos que puxado para trás da cortina. Esse pormenor, que, por si, já significa alguma coisa, não anula a minha crítica, que mantenho, obviamente.

  3. ok.
    há um aspecto, no discurso dela, que não é mau. a mãe fica em casa e a socialização primária, antigamente feita em família e com os valores dessa família, deixa de estar a cargo de estranhos ( às vezes bem estranhos) nos infantários e jardins de infância e passa novamente para a família. a mim faz-me pena que os seres humanos, hoje em dia, sejam atirados para o meio de estranhos desde o berço até à sepultura, nunca fez tanto sentida aquilo de nascer e morrer sozinho.

  4. Ia ler o tal esclarecimento do zé manel para me rir um pouco, mas o meu computador avisou-me que tinha de aceitar os “cookies” do “observatório”. Como eu, só aceito bolinhos de gente de confiança, preferi não ler o tal esclarecimento. Ainda estava conspurcado com alguma substância tóxica, credo!! Gostei de ler o artigo de Penélope, já dá para fazer uma ideia do que vai naquele estabelecimento de venda de substâncias tão nocivas à saúde mental, vulgo tasca.

  5. Yo, nada contra a senhora querer como bem quiser, o problema é ela dizer que todas as mulheres querem ser como ela o diz, apenas isso.

  6. Pandil: Calma. Mal possa, ponho uma nota correctiva no post. Mas, como eu disse, aquele artigo deixou o destaque e passou para um sítio invisível, embora não inacessível, no próprio dia da publicação . Raro

  7. o zé manel não tem consciência, as dores que aparenta ter são de frustração pelo acto falhado e figura de urso que nos habituou desde que o merceeiro o despediu por incompetência naquela cena de espionagem para promover a recandidatura do bolicoiso. aquilo é um blogue de fachos e portanto não vejo contradições no que publicam ou nos métodos que usam para formatar o pensamento dos tótós que leem aquela merda e aspiram a ser fachó-reaccionários.

  8. Eu não vejo nada de mal na nota do José Manuel Fernandes. Diz apenas, e muito bem, que o Observador não deve ser confundido com os artigos de opinião que lá aparecem.

    Não vi comentários em sítio nenhum, mas creio que os comentários no Observador não devem ser muito piores do que em alguns outros jornais.

    Quanto ao artigo da dra. Joana, repito que o problema é ela escrever sempre “a mulher” quando deveria muito simplesmente escrever “eu”. Ao fim e ao cabo, a dra. Joana aparenta ser como Júlio César, que (ao que se diz) falava de si mesmo na terceira pessoa…

  9. “Diz apenas, e muito bem, que o Observador não deve ser confundido com os artigos de opinião que lá aparecem.”

    pois, vai lá escrever artigos de opinião comunas a ver se o zé manel faxólas deixa. deves pensar que somos todos parolos como tu.

  10. Eu também não vejo mal na nota, vejo no artigo. Aliás, o tal juiz podia aproveitar a deixa e escrever, também ele, uma nota explicando que apenas aplicou a lei, nada mais do que a lei; e se acrescentou alguns comentários foi, não para justificar a própria decisão, mas antes para demonstrar, por redução ao absurdo, a inanidade da própria lei.

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