Catarina, a Denotativa

Catarina não fez umas certas declarações que declara ter ouvido na recente entrevista de Costa, afiança. Recordemos o que o senhor disse:

«Quando a Catarina Martins o que diz, todos os dias, é que é preciso retirar o António Costa da liderança do PS para poder haver um entendimento à Esquerda. É que, apesar de tudo, ainda quem manda no PS são os militantes do PS, ainda não é a Catarina Martins.»

Lembremos de seguida alguns exemplos do que pensa a senhora acerca deste Costa:

Catarina Martins sobre António Costa: obcecado pela maioria absoluta

Costa nada fez para impedir despedimentos na Galp, acusa Catarina Martins

Catarina Martins acusa Costa de “exercício de cinismo” sobre a Galp

Catarina Martins responde a Costa: “Não aprecio insultos na política”

Catarina Martins acusa António Costa de “abrir uma crise política”

Catarina Martins diz que crise política é “artificial, desnecessária e truque de António Costa”

Vamos lá então à continha: nas palavras de Catarina Martins, o fulano que ocupa o cargo de primeiro-ministro é um déspota, indolente e/ou cobarde, cínico, mal-educado, irresponsável e trambiqueiro.

Pensar e dizer isto será o mesmo que dizer, ou sugerir ao de leve, que Costa é o culpado por não se ter conseguido um entendimento à esquerda? Não, claro que não. Qualquer pessoa com módica honestidade intelectual tem de dar razão à Catarina. Ela apenas tem praticado com denodo e empenho as ancestrais artes do assassinato de carácter e da diabolização mas nunca disse que queria outro líder no PS, lá isso não.

14 thoughts on “Catarina, a Denotativa”

  1. valupi,
    a cada post denotas uma evidente degenerescência na tua tolerância democrática e até mesmo na capacidade argumentativa . então acusar o primeiro-ministro do que quer que seja que tenha feito no exercicio das suas funções implica querer que os militantes do PS troquem de lider?
    isso faz algum sentido pra ti???

  2. Longe de mim dar graxa ao Valupi e ele sabe-o. Mas, com a costumeira soberba que te caracteriza, acabaste por treslêr a posta do homem.
    Atão o sinhor não acabou de confirmar que a Tátá bloquista não o disse literal e explicitamente?
    O que ela fez foi personalizar as críticas como se o responsável fosse o indivíduo e não o colectivo partidário.
    Ela sabe que o resultado, convenientemente ampliado pelos mérdia, é uma diabolização do personagem que penetra bem (é o termo certo) na mente das massas com as consequências que já conhecemos no caso Sócras.
    Mas também acho que sabes perfeitamente do que estou a falar. Não tens é mais nada p’ra dizer, certo?

  3. O que continua fortemente implementado no BLOCO é que o inimigo a abater é o PS, dê lá por onde der.. Se estiver a direita no poder, não há problema porque assim cumprem a sua vocação de protesto . Se não fossem as televisões, ninguém os conheceria , de tão urbanos que são. É vê-los, seja nas crónicas, seja nas declarações, sentem-se importantes e acreditam que a Mariana chegará a ministra das finaças.. E nem mesmo quando tiverem que montar uma tenda no Rossio irão entender que não passam de um grupo ao nível de um rancho folclórico .

  4. ” O que continua fortemente implementado no BLOCO é que o inimigo a abater é o PS, dê lá por onde der..”

    é a razão da sua existência, no dia que deixarem de o fazer acabam as boleias da direita e fecham a loja.
    a mariana só para ministra da má educação & insolência, sem respaldo da imunidade parlamentar não ganhava para pagar indemnizações por insinuações caluniosas. uma espécie de cilinha 1/2relles que deve estar para ser canonizada em breve pelo cónego melo e restantes desempregados do partido xicoiso.

    na próxima legislatura vão exigir programas de apoio ao desemprego partidário e já começaram a ocupar lugar nas filas.

    As pombinhas da Catrina,
    andam já de mão em mão,
    foram ter à quinta nova,
    ao pombal de S. João.

    Ao pombal de S. João,
    ao quintal da Rosalina.
    Minha mãe mandou-me à fonte,
    eu parti a cantarinha.

    Ao passar o ribeirinho,
    água sobe e água desce,
    dei a mão ao meu amor,
    não quiz que ninguém soubesse.

    Se tu és o meu amor,
    dá-me cá os braços teus,
    se não és o meu amor,
    vai-te embora, adeus, adeus.

    Por ser o pombal tão estreito,
    e asas termos pr’a voar,
    nós voamos com tal jeito,
    que não qu’remos já voltar.

    Se alguém nos vê passar,
    diz: que lindos que eles são;
    nós não queremos já voltar,
    mas andar de mão em mão.

    Sem ter beira nem patrão,
    o voar é nossa sina.
    – vão andar de mão em mão,
    as pombinhas da Catrina.

  5. A Catrina e o Jeronte têm uma obsessão comum, algo de vital para eles e para os respectivos partidos: impedir o PS de conquistar a maioria absoluta, isto é, impedir Costa de os tornar dispensáveis em negociações de orçamentos, programas de governo, etc.

    Compreende-se o afã da Catrina e do Jeronte em continuarem a ser indispensáveis, porque é a única maneira de exercerem algum poder. O apoio do eleitorado não dá para mais. Até aí, menos mal, pois agem segundo as regras do mercado democrático. De facto, quando a votação do PS sobe, alguns votos talvez venham do Bloco e do PCP, embora a grande maioria venha do centro, isto é, de gente que nunca vota nesses dois partidos. Nas autárquicas, o PCP já perdeu para o PS alguns dos seus bastiões tradicionais de poder local, coisa que não aconteceu ao Bloco, partido que não existe a nível autárquico.

    Contudo, que se saiba, nenhuma sondagem dos últimos seis anos indiciou sequer uma possibilidade remota de o PS de Costa poder vir a conquistar a maioria absoluta em legislativas, para o que necessitaria de cerca de 44-45% dos votos. Além disso, nunca Costa “apelou à maioria absoluta”, como diz a Catrina, nem apontou sequer essa conquista como um objectivo do seu partido. A treta da “maioria absoluta” é, pois, um insidioso processo de intenção, um mero papão agitado para alarmar o eleitorado de esquerda. Pior ainda, na sua argumentação, a Catrina e o Jeronte pintam o alegado “objectivo” socialista de conquistar a maioria absoluta como algo de ilegítimo, perigoso e condenável. Costa é retratado como um potencial tirano, um político sedento de poder absoluto. Quer muitos votos, o safado! Onde já se viu?

    O que seria cómico se não fosse trágico é que a Catrina e o Jeronte levaram a sua irresponsabilidade política ao ponto de chumbarem o Orçamento e precipitarem eleições antecipadas, nas quais sabiam de antemão que iam provavelmente ser punidos pela sua irresponsabilidade. Confrontados com os factos que eles próprios causaram, ensaiaram primeiro a farsa infantil de que as eleições legislativas “não eram inevitáveis”, apesar do categórico aviso prévio do PR. Resta-lhes agora a dramatização embusteira da “maioria absoluta do PS” como único argumento para segurarem o seu eleitorado. Irão os eleitores de esquerda papar essa intrujice e continuar a alimentar gente irresponsável?

  6. o be é onde foram parar os orfãos do pco ” expulsos ” pelo Cunhal , os tais intelectuais do gourmet , e os auto excluídos do ps por não lhes arranjarem lugares nas listas prá cargos….é uma espécie de bordel de enjeitados.

  7. mas o que vinha cá fazer era outra coisa : alguém do ministério do trabalho e ss avise os meninos e meninas que estão no desemprego que quando terminar o subsidio e se quiserem empregar , os postos de trabalho ( que são limitados) estarão todos ocupados pela mão de obra que os patrões foram obrigados a contratar no estranja- e que não vão mandar embora , com certeza. e esqueçam o ir trabalhar para frança ou inglaterra ou bélgica , porque lá a cena está igual.

  8. Haja paciência para as inanidades que leio aqui!. O que Catarina diz de Costa e vice-versa não passa de poeira atirada aos olhos do povo.
    Desmascarem a verdadeira natureza deste regime! É chegada a Hora!

  9. !ah! e se eu agora sacasse do machismo, tão asqueroso quanto o feminismo, e lhe chamasse misândrica? mas não. não, não posso sacar na realidade daquilo que não sou.

  10. “um déspota, indolente e/ou cobarde, cínico, mal-educado, irresponsável e trambiqueiro.”
    É uma bela definição do comportamento político de Costa mas quem disse isto não foi a Catarina, foi o Valupi , e eu estou completamente de acordo. A autocensura gera quase sempre um fenómeno de projeção.

  11. Valupi quando é que deita para o cesto dos papéis o pseudo Olindinha? Ele é o comentador mais rasca deste sítio.

  12. Infelizmente o BE já está há muito tempo focado unicamente na simples aritmética, para não lhe chamar a indigna mercearia eleitoral. Por mais que acuse AC de só pensar na maioria absoluta há muito tempo. Uma velha estratégia política e pelos vistos desta vez está totalmente focado nos pensionistas. Um target que deve ter identificado com possibilidades de penetrar nas grandes cidades. Não me perguntem como. Porque lamento imenso na medida em que considero que o BE podia e devia contribuir com muito mais pensamento político e económico em Portugal.

    Não só a Segurança Social como todo o estado social que já identifiquei aqui várias vezes como a maior construção humana e na realidade o único período da nossa civilização em que caminhamos verdadeiramente no caminho da Justiça Social que todos defendemos, não obstante todos os ataques a que também tem estado sujeito nos últimos anos, com mais ou menos dificuldades que vêm sobretudo do peso do serviço da dívida, não está em causa hoje em Portugal. E nunca deveria estar. Por isso mesmo é que julgo que em tempos de Campanha só era relevante sabermos quem está disposto a defender os serviços públicos e o seu contrário. Sem demagogias.

    E não querendo parecer também eu um neoliberal de pacotilha, Portugal também precisa de continuar a crescer e a desenvolver-se. Também no sentido de mais Justiça Social. Agora é que parece mesmo uma K7 neoliberal. Mas não deixa de ser verdade. Com a execução do PRR praticamente toda planeada e basicamente assente em dois grandes pilares. Uma Administração pública mais qualificada, portanto com muito mais capacidade de reposta inclusive ao nível do que foi mesmo uma exigência da CE como uma Justiça Administrativa mais célere e a competitividade das empresas. Por mais que também digam o contrário, há muito tempo que as empresas recebem sempre a maior fatia dos fundos europeus. Tivesse Portugal um tecido empresarial muito mais qualificado, além da chaga da falta de capital também mais velha…

    E também era importante ouvir todos os partidos a falar mais nas grandes apostas económicas que devem ser prosseguidas em Portugal. Infelizmente ouvem-se muito pouco. À esquerda então ouve-se o chavão produção nacional e pouco mais. E o PRR também veio abafar por completo o que chegou a ser conhecido como o famoso plano Costa e Silva. Delineado ainda antes da pandemia e da resposta europeia à pandemia. Portanto muito mais dependente do quadro plurianual 20-30. E na Campanha que aí vem era muito mais importante voltar ao desenvolvimento do país que à mercearia eleitoral. Se os Sindicatos que infelizmente também não são independentes e outras corporações como as Ordens Profissionais também deixarem.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *