Neste A espantosa realidade das coisas, podemos ouvir Rita Figueiras – investigadora e professora na UCP, especialista em comunicação política – a meter o dedo na pústula da imprensa portuguesa. Ela explica clara e sucintamente como os jornalistas e comentadores censuram a racionalidade das propostas políticas e exploram o conflito fulanizado entre políticos, reduzindo as campanhas eleitorais a um espectáculo circense à maneira romana (associação da minha lavra). Se pensarmos que os directores dos principais meios de comunicação social, os quais definem as linhas editoriais e decidem sobre os formatos dos debates, cabem num grupo que não deve chegar a 20 pessoas que circulam de meio para meio ao longo das suas carreiras, chegamos à conclusão de que a imprensa portuguesa está sujeita a uma tirania da estupidez em resultado de ser uma oligarquia de cagões imprestáveis.
Tinha planeado escrever sobre esse mesmíssimo assunto e para dizer essencialmente o mesmo. A Rita poupa-me esse trabalho e salto para a segunda parte do que me interessa nesta matéria: fazer uma sugestão para acabar de vez com os boicotes à racionalidade nos debates. É um interesse que tem décadas de existência, como cidadão e espectador, e que se agudizou em 2016 com o fenómeno Donald Trump. O seu trajecto no Partido Republicano começou com ele a ser rotulado de palhaço e não mais se livrou desse carimbo até entrar e sair da Casa Branca. Só que revelou ser um palhaço assassino, o político mais parecido com o Joker que alguma vez apareceu a concorrer e a ganhar uma das presidências mais poderosas no Mundo. Qual o segredo do seu sucesso? O sistemático boicote à racionalidade, o qual gerou uma montanha de neve mediática que acabou por confundir, fragilizar e ofuscar a concorrência republicana nas primárias. É provável que viesse a perder para Hillary Clinton caso o FBI não tivesse interferido nas eleições a 10 dias da votação mas, inclusive nesse universo paralelo, o que mostrou ser capaz de gerar mediática e sociologicamente seria sempre historicamente incrível.
Populistas, pulhas e incompetentes sabem que a racionalidade é o seu grande inimigo numa eleição pois nada têm que seja competitivo nesse domínio onde a lógica é instrumental. Então, apostam tudo nos assassinatos de carácter, na instigação do medo e nos apelos ao ódio. Há ilimitadas gradações e hibridismos nestes mecanismos de comunicação demagógica, bastando apontar para o Ventura, um zeloso imitador de Trump, para listarmos as fórmulas usadas nas suas tentativas para impedir que os debates exponham a sua ignorância e má-fé. Mas bem mais relevante do que este exemplo extremo é a situação dos políticos que consideramos “normais” e “decentes”; os quais, nuns casos, igualmente recorrem a versões do mesmo que o Ventura vende, noutros casos, são impedidos de alimentarem a racionalidade no espaço público pelos próprios jornalistas que organizam e controlam os espaços mediáticos de debate e se acham no direito de destruir argumentos e direccionar as mensagens dos participantes. E mesmo quando os jornalistas estão calados a assistir ao que dizem, o modelo dos debates estimula a pulsão para a violência de querer impedir o discurso do adversário, interrompendo-o e/ou falando ao mesmo tempo que ele.
Solução? Uma versão dos concursos de debates, com secular tradição e vasta literatura regulamentar, onde cada prestação é feita sem interrupções e existe uma disputa dialéctica. Adaptando a coisa para a televisão e/ou rádio, tal implicaria reconsiderar o papel dos jornalistas, retirando-lhes o máximo de influência possível sobre o rumo da discussão. Neste modelo, o político A decidiria livremente qual o tema, ou temas, que abordaria na sua intervenção inicial, a qual seria sempre de tempo limitado com cronómetro e fecho de microfone no final. O político B poderia comentar essas declarações, igualmente com tempo limitado e fecho de microfone no final. Repetia-se o comentário do primeiro interveniente ao comentário recebido e seguia-se o comentário final do adversário. De seguida, o político B faria uma declaração livre e o político A teria o papel de a comentar, recebendo comentário e fechando a troca de argumentos. Finalmente, os jornalistas presentes fariam perguntas a cada um dos candidatos a partir das suas declarações. Assim se completaria uma ronda, sendo que o debate poderia ter quantas se quisesse e as durações das intervenções ficando igualmente ao arbítrio dos organizadores. O que importa acima de tudo garantir nesta sugestão é a ausência de interrupções e a liberdade de pensamento e acção.
Os jornalistas políticos, quando não estão a servir agendas de conveniência ou gosto, são fontes de ruído. As suas constantes interrupções e perguntas não servem o interesse de mais ninguém a não ser dos próprios e dos ecossistemas onde são remunerados e têm a sua vida social. A cidade não precisa da sua subjectividade nem da sua farronca, precisa é que defendam a racionalidade e a liberdade de quem se oferece para servir a República.
Jovem Conservador de Direita
19/01
Ontem aconteceu o melhor debate das legislativas, que é o debate entre os partidos sem representação parlamentar. É a Liga dos Últimos Partidos. Uma coisa que me surpreende neste debate é que algumas daquelas pessoas tiveram de andar a recolher assinaturas e foram a reuniões. Não sei como, mas é inspirador.
ADN – O líder deste partido Dr. Bruno Fialho foi o grande vencedor do debate. É uma espécie de performance artística. O partido dele é o antigo partido do Dr. Marinho Pinto, que o abandonou e permitiu que fosse ocupado por um grupo de terraplanistas do facebook. Em primeiro lugar recusou participar no estúdio, porque se recusou a fazer o teste. O seu primeiro acto foi apresentar um elefante de peluche, como representação do elefante na sala. Como o Dr. Bruno Fialho só percebe metáforas se elas forem apresentadas sob a forma de peluche, acha que somos todos assim. Esse elefante era a pandemia que, segundo ele, é uma suposta pandemia. Disse que a pandemia matou apenas 152 pessoas, ou seja as restantes devem ter sido trucidadas pelo elefante. Referiu o”Dr. Fernando Nobre”, que é a nova justificação para “Permita-me introduzir uma teoria da conspiração que aprendi no YouTube”. E ainda mandou um beijinho à sua sogra. Fazer figura de parvo num debate e referir a sogra é levar o ódio a sogras longe demais. Assumiu-se como mais um herdeiro do Dr. Sá Carneiro, que deve estar muito orgulhoso dos seus sucessores. No final fez uma referência ao “dono da coelha Acácia,” para mostrar que acompanha política e a vida íntima do Dr. Cabeça de Geleia, e prometeu decretar o fim da pandemia. Penso que o vírus está à espera que o Dr. Bruno Fialho chegue ao poder e faça o decreto-lei que o mande embora de vez. Fiquei à espera que fosse buscar uma gamela com COVID-19 e engolisse de uma vez só para provar que não há pandemia.
Ergue-te: O Dr. Pinto-Coelho é o maior antifa português. Foi graças à sua incompetência e falta de carisma que, durante muito tempo, os portugueses acreditavam que não havia extrema direita em Portugal. Havia, mas tinham de votar no CDS por causa do maluquinho do PNR. Ele também acha que a pandemia não existe, é contra máscaras e não se vacinou. Falou de um vírus da China, demonstrando uma clara vontade de mandar o vírus para a terra dele. A probabilidade de ele protagonizar uma versão portuguesa da notícia clássica dos tempos de pandemia “Famoso negacionista morre de covid” é bem maior do que ser eleito deputado. O Dr. Pinto Coelho defendeu que, para se ser português, tem de se partilhar a sua matriz civilizacional. Se isso fosse implementado, baixaríamos imediatamente de 10 milhões para 42. Mas pronto, sempre ganha alguma coisa. Pelo menos ainda aproveitou para divulgar o seu canal de youtube. Podia ter levado uma t-shirt com o handle do tiktok.
PTP – O líder do PTP, Dr. Amândio Madaleno, também é muito interessante. Gostei de ver o Dr. Carlos Daniel a insistir com ele para que manifestasse a sua posição sobre um eventual apoio a um governo do Dr. António Costa. A probabilidade de ele vir a ter de tomar essa decisão é a mesma probabilidade de o Dr. Jardel do Big Brother famosos ter de tomar essa decisão. Ou a mesma probabilidade de o Dr. Amândio Madaleno ter de escrever um discurso de agradecimento de vencedor do Globo de Ouro para melhor estilista. Mas gostei que o Dr. Carlos Daniel escolhesse ter perdido assim o tempo de toda a gente. O Dr. Amândio Madaleno fez uma espécie de análise semiótica do logotipo do partido dele, afirmando que é um golfinho a rodear tubarões. Eu encontrei esse logotipo no site google imagens e não é. Mas não me surpreende que ele encontre golfinhos no logotipo dele ou a nadar no seu caldo verde. A determinada altura o Dr. Carlos Daniel, que estava especialmente agressivo com o Dr. Madaleno, perguntou-lhe sobre saúde. Ele respondeu “Acima da saúde está o direito à vida” e denunciou um alegado homicídio que se passou num estabelecimento criminal e falou sobre o RSI. O Dr. Amândio Madaleno é como uma pesquisa na Internet. Pesquisa saúde e em 30 segundos já tem 52 janelas, 4 delas sobre receitas com beringela e atum. Recomendou a prisão para racistas e xenófobos, o que fez com que o Dr. Pinto-Coelho lhe perguntasse se ele o queria prender. Depois disse que não era xenófobo, mas até tem amigos que são. A promessa do encarceramento do Dr. Pinto-Coelho pode acabar por eleger o Dr. Madaleno.
Volt – o Volt é um partido franchise de uma multinacional de partidos. O candidato Dr. Tiago Matos Gomes devia ter levado uma farda, tipo um fato azul com estrelinhas amarelas. É um partido que, basicamente, quer que a União Europeia passe a ser um país. Há que elogiar um partido que defende o fim de Portugal. Eu também estou um bocado farto.
Aliança – O Aliança um clube de fãs do Dr. Santana Lopes fundado pelo próprio. É uma espécie de Iniciativa Liberal para pessoas que acham que a Iniciativa Liberal não gosta suficientemente do Dr. Santana Lopes. É um partido que apela àquele nicho de pessoas que concorda em tudo com a Iniciativa Liberal, mas não se identifica com a falta de entusiasmo desse partido em relação ao Dr. Santana Lopes.
MRPP – Esteve presente e não falou uma única vez sobre matar traidores, o que poderiam fazer recorrendo à bazuca europeia. Quem olhasse para a candidata nem imagina que, se pudesse, ela sacava de uma kalashnikov e executava a burguesia.
RIR – O Dr. Tino de Rans era claramente o intelectual deste grupo de líderes. É uma espécie de heterónimo do Dr. Alberto Caeiro. A minha dificuldade com o Dr. Tino de Rans é que nunca sei se ele está a dizer uma coisa cheia de sabedoria ou só estúpida. A determinada altura, o Dr. Tino falou de um amigo que esteve em coma por causa do covid. Ele ligava-lhe todos os dias e ele não atendia. Até que um dia atendeu, porque já não estava em coma. Parece estúpido, mas também podia ser um poema do Dr. Alberto Caeiro. À primeira vista pode ser estúpido, porque uma pessoa em coma nunca iria atender e todos sabemos isso. Mas também é poético. O que também é estúpido porque poesia é estúpido.
Nós, Cidadãos – O líder do Nós, Cidadãos é um Dr. Marcelo raivoso de pêra. É um partido contra partidos e que, segundo o líder, só existe porque a única forma de acabar com partidos é ter um partido. São muito contra corrupção, querem apostar na construção de caravelas e querem criar uma autoridade reguladora para controlar as várias autoridades reguladoras. É a versão partido de “isto é tudo uma pouca vergonha.” Um pouco como um CHEGA sem xenofobia. Ou seja, é um populista amputado, já que, claramente, as pessoas só querem criticar corrupção se tiverem hipótese de dizer mal dos ciganos a seguir. Se isso não acontecer é como uma conversa de café que fica a meio.
JPP – Percebi que é um partido da Ilha da Madeira, nomeadamente de Santa Cruz e que quer implementar as ideias que têm implementado em Santa Cruz no país. Ou seja, Santa Cruz está como o JPP, como a Estónia está para a IL.
MAS – O MAS é mais um partido de esquerda, como se precisássemos de mais algum. Estava lá representado pela sua líder Dra. Renata Cambra e fez ao PCP e ao BE aquilo que eles fazem ao Dr. António Costa. É para não se ficarem a rir. Para qualquer pessoa de esquerda há sempre alguém mais à esquerda a acusá-la de não ser suficientemente de esquerda. É uma das minhas características preferidas da esquerda.
MPT – É um partido ecologista já antigo. O senhor que foi lá representá-lo, mas estava com um ar muito contrariado. Deve ter herdado aquilo numas partilhas.
O Jovem Conservador de Direita não escreve com um teclado, escreve com um bisturi.
obrigadinha , acabei de perceber que sou completamente tomista. o que uma pessoa aprende por estas bandas -:)
tamém gosto muito de sandes de omelete.
interessantíssima a perspectiva da dentada de som aparecer – não para vitimização dos media em geral e dos jornalistas em particular -, mudança na retórica política, como um instrumento a seu favor, porém, de forma negativa. David McCallam descreve a dentada de som como uma espécie de provérbio pós-moderno do homem político e dos meios de comunicação.
ora a dentada de som surgiu em contexto americano nos anos setenta e oitenta com o desenvolvimento da televisão e do reforço do papel do jornalista e igualmente com o cariz económico da informação. e eis que Trump saca das dentadas de som para explorá-las na sua plenitude. a coisa foi pegando e contagiando: olá, olá, impuseram-nos uma sociedade de consumo e de espectáculo cujo reflexo é também a retórica política e jornalística cujos discursos caem nos abismos emotivos e na imagem pública. tudo muito bem sintetizadinho, um espectáculo onde a quantidade, a qualidade, a visibilidade e a invisibilidade actuam.
sim, !ah!, por favor, quero, quero, quero, é preciso meter em prática esse modelo para acabar de vez com os boicotes à racionalidade nos debates.
nada como rir ao fim da tarde com o jovem
Se a democracia precisa de escolástica, mais necessitada está de ser defendida dos que se insinuam no espaço público e tentam normalizar o extremismo dos seus ideários políticos. Ideários esses dissimulados sob a roupagem duma dissidência intelectual democraticamente anódina, mas, que na verdade, propagam o extremismo, o negacionismo, o conspiracionismo, o antisemitismo, contrários aos princípios da democracia e do Estado de Direito.
Temos disso exemplo em certa personagem deste blogue, notória pelo seu ultra-esquerdismo libertário anti-sionista e americanófobo. Personagem que cumpre o papel de papagaio da desinformação da RT, apesar de conhecedora das ligações existentes entre aquele órgão de informação e personalidades e movimentos políticos de extrema-direita. E cobarde no silêncio da sua indignação humanitária quanto às baixas obras levadas a cabo por uma corporação de mercenários que atua como autêntico braço para-militar da política externa russa: o “Grupo Wagner”.
Pois, então, que a referida personagem desate a língua e diga de sua justiça quanto ao trabalhinho de interferência realizado nas eleições presidenciais norte-americanas pelo homem forte do “Grupo Wagner”, o oligarca russo Evgeni Prigozin (conhecido como o “cozinheiro de Putin”) através da Internet Research Agency, sob financiamento da sociedade “Concord”.
Que dê também opinião sobre os contratos celebrados entre Prigozin e o regime sírio de Assad, para, à semelhança do sucedido na Líbia e no Sudão, em troca do servicinho prestado pelo “Grupo Wagner”, encher os bolsos com o lucro extraído da exploração petrolífera.
Que se pronuncie relativamente à denúncia lançada em Março de 2021 pelo Alto-Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que responsabiliza duas empresas privadas de “segurança” integrantes da galáxia do “Grupo Wagner”, a Sewa Security Services e a Lobaye Invest SARLU, pela prática, na República Centro-Africana, de execuções sumárias massivas, detenções arbitrárias, tortura, desaparecimentos, deslocação forçada de populações e ataque indiscriminado contra alvos civis e agências humanitárias.
Que, fazendo jus à sua presumida autoridade em matéria de independência e liberdade jornalística, diga o que tem a dizer sobre as circunstâncias da morte dos jornalistas Orhan Djemal, Alexander Rasstorgouïev e Kiril Radtchenko, assassinados quando investigavam a presença de mercenários russos do “Grupo Wagner” na República Centro-Africana. Nomeadamente, quanto ao papel desempenhado por Alexandre Sotov e Valeri Zakarov.
E, aproveitando o embalo, que quebre a cobardia do seu silêncio e venha opinar acerca do currículo do regime de Putin em matéria de agressão, perseguição, prisão, tortura e morte de jornalistas. Por exemplo, falando do sucedido naquele país das “amplas liberdades” a jornalistas como Stanislav Asseïev, Roman Anine, Egor Skovoroda, Svetlana Prokopieva, Ana Politkovskaïa, Vladislav Yesipenko, Aleksandr Dorogov, Ivan Pavlov, Ian Katelevski, Vladislav Yesipenko, Natalia Zoubkova, Ivan Safronov, Aleksei Korostelev, Serguei Novikov, Ivan Petrov, Vera Ryabitskaïa, Elizaveta Kirpanova, Ekaterina Grobman, Kristina Safonova ou Evgeni Feldman.
E, finalmente, que essa personagem, puxando pelos galões do seu auto-proclamado estatuto de arauto da independência jornalística, venha opinar acerca do mérito jornalístico das declarações produzidas pela dirigente da RT e Sputnik, Margarita Simonian, quando esta louvou publicamente Alexander Loukachenko pelo desvio do avião da Ryanair e prisão do jornalista Raman Pratassevitch. Aliás, confessando-se “invejosa”.
Estás bem, parvalhov? Já mediste a febre hoje? Não será melhor ligares para a Saúde 24?
A criatura das 20:22, mostra, uma vez mais, que quando é posta em cheque a sua probidade intelectual, das duas uma: ou adota a tática da ironia imbecil ou ensaia a escapatória cobarde da fuga para a frente. Apesar de distintas, são duas táticas que conduzem o seu protagonista à mesma inevitável consequência: a de ficar estagnado no pântano da sua trampa intelectual. Suscitando, uma vezes, a pena reservada ao inepto, outras vezes, o riso adequado ao palhaço.
Mas tu amas-me, querido! Ora diz lá que não m’amas!
Homens e mulheres de boa vontade podem acabar a semana com isto:
https://youtu.be/shykrahnBbk (há cinco anos)
https://youtu.be/x-KJ3Ax6DiY (hoje)
https://youtu.be/9l-J8W5cqWE (hoje)
Putin e os russos são tão maus,tão maus que agora vão criar uma base militar nos Açores, outra nas Berlengas e outra na ilha do Pessegueiro! Vão prender e torturar a Cristina Ferreira,esse símbolo da portugalidade. Vão transferir, ao preço da uva fraca,toda a seleção de futebol portuguesa ! Levam também o fado e deixam cá uma balalaica !
Sem símbolos, sem desporto e sem alma (fadista) todos seremos castelhanos !
Maldita Rússia !
A mula russa é um peão de brega do ultra-esquerdismo libertário anti-imperialista e antisionista. Nele encontramos a idiotice útil e a sonsice dum Noah Chomski e dum Chris Hedges, misturada com o cinismo dum Alain Soral e dum Maurice Bardèche. A resvalar para a obsessão paranoica dum Robert Faurisson. Em resumo, a síntese indigesta do ultra-esquerdismo e da extrema-direita, que, unidas nos seus ódios de eleição, vivem em união de facto, com partilha da cama e do penico.
Quantos aos links que bota, são trabalho em vão, que não chega ao destinatário. Mais valia que desse a conhecer as promoções do Pingo Doce.
!ai! que riso: putin que pariu
Já repararam como os jornaleiros têm que fazer, sempre, um comentário irónico quando referem o PS ou o António Costa?
Ainda agora ouvi na Antena 1 a forma positiva como foram apresentadas as ações de campanha da direita, principalmente o PSD, enquanto há sempre uma farpazinha dedicada aos xuxas. Está na hora do ataque cerrado.
E estamos a falar de jornaleiros que trabalham na rádio pública e vivem do orçamento de estado.
Outro dado interessante foi o apoio dado ao Chega pela bastonária da ordem dos enfermeiros, militante do PSD no tempo em que o Ventas lá andava. Está escarrapachado à vista de todos porque há tanto conflitos
com esta classe profissional.
Só não percebo uma coisa: Onde estão os enfermeiros de esquerda?
Silva : esqueceste a Base Naval Russa a esguer na ilha da Culatra e o novo edifício de comando Putin, em fase de acabamento,em Oeiras !
O perigo vermelho acabou com o muro de Berlim, os cossacos agora têem a via aberta para dominar a Europa e o Mundo .
Arrependam-se e orem !
“Onde estão os enfermeiros de esquerda?”
uns acabaram o turno no privado e foram descansar para o sns, outros mudaram-se para o psd e frequentam as festas da cavaca e os que sobram lutam para que o costa não tenha maioria e os obrigue a trabalhar.
o gerônimo envelheceu mais depressa que o cunhal e a camarada camarinha não percebe nada daquela merda.
Vieira
Reparaste na posição dos jornalistas da Antena 1 e da RTP.
Eles já eram do Chega, ainda o Ventura andava pelas rasteiras, empurrões e off-sides…
Com a proximidade do poder ,cada um tenta mostrar o que vale para justificar o contrato-promessa assinado com o Ventura para fazerem parte do SNI, que vai ressuscitar !
Ainda vamos ter um imenso Portugal !
fagundes
a posição é sentados, o que defendem é afastar os socialistas do poder e o objectivo imediato é evitar uma maioria do ps.
aliados da estratégia: psd, chega, iliberal, bloco, pcp e cds.
objectivos pessoais: rio ser presidente, aldrabé ser ditador, cotrim ser ricardo salgado, catarina a grande destruidora do xuxas, gerónimo morrer de pé, o xicão menistro da defesa para devolver praxadelas que levou no colégio militar.
contributo especial do costa: se der, deu. se não der, safoda. venha outro que os ature.
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo (além da sífilis, é claro).
Existem aqui umas almas sonsas, que dão boa nota de hipocrisia política, de tão patente que é a duplicidade das suas normas de exigência democrática.
Mais do que russófilos de algibeira, não passam de idiotas úteis, ativos no processo de degradação da percepção da democracia. Nada dizem do facto de existir um país europeu onde vigora um regime liderado por um homem há 23 anos. Se fosse em Portugal, seria vê-los a chorar, a gemer que já não suportavam tanta asfixia da democracia, sonhando o dia em que o novo botas de Santa Comba Dão fosse posto no olho da rua. Assim, pelo contrário, é vê-los caladinhos, aprisionados no silêncio cobarde da sua má-fé.
“Nada dizem do facto de existir um país europeu onde vigora um regime liderado por um homem há 23 anos. Se fosse em Portugal, seria vê-los a chorar, a gemer que já não suportavam tanta asfixia da democracia, sonhando o dia em que o novo botas de Santa Comba Dão fosse posto no olho da rua. Assim, pelo contrário, é vê-los caladinhos, aprisionados no silêncio cobarde da sua má-fé.”
nada mais errado, cavaco silva manda no país desde 1985 e ninguém pega na investigação.
Quando algum ou alguns dos candidatos começarem a expor fervorosamente as suas ideias e programas de ódio, confusão e irracionalidade, sobra alguém para os recolocar no campo da racionalidade e da democracia ou até para lhes desligar o microfone?
Parvalhov palonço, um tetraplégico castrado mais um castrado tetraplégico a marcar o Cristiano Ronaldo seriam mais eficazes do que tu e o teu namorado porcalhatz na marcação cerrada à minha excelsa e maravilhósica pessoa. Ainda por cima Cristianos Ronaldos há outros e o vosso latir insistente apenas estimula novas vocações, como podes ver acima, amorzinho. Tarda nada nadinha aguentas o Kremlin no Terreiro do Paço e tens de emigrar para as Everglades, onde um jacaralho putinista infiltrado te comerá a peida pela vez derradeira. Parvalhov e porcalhatz, pombinhos queridos, poverini! Fôsseis vós ao menos castrati cantanti! Ma no! Sono solo castrati desafinati, nem para adubo serviti, ide-vos foderiti, parvalhati!
“cavaco silva manda no país desde 1985”
Oh meu, vives em que planeta?
Já no último mandato presidencial, o Cavaco mandava pouco. Hoje, manda ainda menos. Além de produzir bitaites a que poucos dão importância, poderá ser que ainda mande nas pastelarias de Boliqueime, para que lhe enviem bolo-rei.
Mas também não deixa de ser um facto que temos neste blog, um especialista no Cavaco, que é a mula russa. Até escreveu ao Cavaco uma carta aberta.
“Sono solo castrati desafinati, nem para adubo serviti, ide-vos foderiti, parvalhati!”
Desta vez, a mula russa oferece-nos um delicioso momento de encarnação espírita, com vocalizações de italiano aldrabado e paranoia de egocêntrico, encarnando a alma de Aldo Valletti, o inesquecível Curval do Saló de Pasolini.
Mas antes de imitar Curval na linguagem, já a mula russa tem vindo a imitar-lhe o modo de vida: voraz a comer a merda que lhe põem no prato e expedito a dar o cu ao macho com mais cio. A vida intelectual da mula russa é assim um interminável Ciclo da Merda.
Mas tu amas-me, não m’amas, capado?
“Já no último mandato presidencial, o Cavaco mandava pouco. Hoje, manda ainda menos.”
cavaco manda na justiça e quem não se portar favoravelmente é perseguido judicialmente ou vai preso por conta de delito a provar. é o aglutinador de todas as forças reaccionárias de portugal e guia espiritual da direita, 50% da merda que a direita faz tem a benção do santinho de boliqueime. a direita tem muitos gajos que não gostam dele, mas muito poucos se atrevem a contestá-lo, precisam da sua influência como os republicanos precisam do trump para respaldo da roubalheira.
Não satisfeita em ser a réplica tuga do Curval de Pasolini, a mula russa extravasa os limites estritos desse mimetismo, para vir lançar neste blog repetidas piscadelas de olho gay.
“Mas tu amas-me, não m’amas”?, pergunta ela, ansiosa, como adolescente a viver o entusiasmo da iniciação erótica, obcecado com o pénis do parceiro sonhado.
Está visto: à mula russa não basta a merda comida no prato. Precisa ainda da sobremesa da praxe, sob a forma do mangalho mais avantajado possível.
E, por isso, podemos vê-la a oferecer-se aos marujos de Kronstadt, gemendo no seu melhor italiano “culo aperto”, “culo aperto”…
Fabulosa síntese. Uma mula russa que é Curval misturado com Querelle.
Mas tu amas-me, não m’amas, castrato? Nunca deixarás de m’amar, pois não?
São, de facto, bem legítimas as pretensões da mula russa a personificar Curval e Querelle. Tudo o predispõe para que, na boca e no cu, viva um homoerotismo similar ao de Pasolini e Genet. O mesmo é dizer: intenso e trágico como o deles.
Quando vemos a mula russa dar nota de tanto narcisismo no elogio da braguilha e de tamanha bazófia na aposta dos colhões, só podemos concluir que o seu intelecto vai a par do seu corpo : uma inteligência decadente de hipócrita servida pela líbido declinante dum impotente. A esta hora, já os marujos de Kronstadt reclamam junto de Putin que a mula russa deu o que tinha a dar.
Ai filho! Que virilidade a tua! Isso é o quê? 45 cm pelo menos de comprimento, imagino eu, e 10 de largura, tudo carne limpa! Estaue todo molhadinho, e calculo que comigo o pardieiro inteiro! A humidade que práqui vai, caraças, uma floresta de grelos aos saltos, a sonhar com a tua magnífica bisnaga! Espero que o Valupi tenha seguro contra inundações!
Se avaliássemos o que tem sido as oscilações de comportamento da mula russa, concluiríamos que estamos a lidar com um ciclotímico. Tanto sucede a mula russa empertigar-se em acessos de mau-humor punitivo como agachar-se na pieguice da vitimização cobarde. Mas agora acrescenta um novo registo de personalidade: o do coração emocionalmente carente.
E comove a insistência com que pergunta se é amado. Merece resposta.
Basta que a mula russa concretize aquilo que deseja fazer nos seus sonhos molhados: baixar as calças e por o cu a jeito. Para saber o que lhe reserva o amor.
Ai querido, mal posso esperar! Mas para isso não poderias continuar escondido, terias de te dar a conhecer, não é? Não estás muito para aí virado, pois não, maricão? E o outsourcing da tua mulher, continua de vento em popa? Esforço-me por não imaginar a valiosa contribuição da tua própria popa, mas enfim, gostos não se discutem, poderá haver quem lhe chame um figo.
A mula russa chama-lhe um figo. A julgar pelo entusiasmo da expressão, podemos concluir que a experiência carnal correu-lhe muito bem. E também podemos concluir que são bem diversos os caminhos da descoberta afetiva! Em muita gente, o amor é descoberto por via do coração. Na mula russa, foi através do cu. Percebe-se: cada qual dá o que tem em troca daquilo que recebe.
Nem mais! És tão sofisticated, querido! Ai que tesão!
Por mais que se ponha a gemer como virgem desflorada, a mula russa é uma rameira já velha e fora do prazo. Que cobra barato. Não se cansando de fazer olhinhos ramelosos a qualquer um que lhe aparece nas esquinas do bas-fond ideológico. “Mula”, chamam-lhe os outros. “Russa”, acrescenta ela.