Uma rotina que já faz parte dos ciclos aspirínicos é convidarmos a Ana para nossa colaboradora, convite que ela tem sempre tido a elegância de não declinar. Mas é com alegria que o presente anúncio ainda não é o do novo reforço contra o excesso de testosterona no blog. Trago, praticamente em primeira mão, a novidade: a partir de dia 24 vão poder adquirir um novo exemplar de literatura para a infância escrito em bom português. Da Ana Cristina Leonardo.
e eu estarei compradora, que traduções em histórias infantis só confiava nas de Alexandina Bento, por razões que eu cá sei.
Eu não vou comprar e desde já faço publicidade contra. Essa mulher no site dela censurou um comentário meu em que respondia a uma insolência do bebedolas do Bukovsky, que mandava os leitores meter não sei o quê pelo cu acima, armado em Luís Pacheco avariado. Há um limite para a mácriação e a provocação. Eu sugeri que o dito senhor dobrasse a p* e a metesse no cu dele. Fui censurado. Depois a Susana que venha cá com histórias de testosterona.
oh susana! não quero parecer a amália mas obrigada! obrigada! obrigada!
teresa, não é uma tradução. é uma história escrita por e ilustrada pelo fotógrafo (e homem dos 7 instrumentos) Álvaro Rosendo apenas divertida e sem moral nas entrelinhas que é a coisa que abomino, em particular nos livros infantis
e por falar em moral nas entrelinhas…
Caro Nik, como já várias anunciei na Pastelaria a única que lá pode dizer asneiras sou eu (que acho que nunca passei do porra…) e o Bukowski (que diz o que lhe apetece). É uma regra minha, e vai-me perdoar, mas à Pastelaria só vai comer bolas de berlim quem gosta. Não é que core. É porque esteticamente a coisa me incomoda
Susana, a Ana Leonardo vem por ser mulher ou por saber pensar e escrever que dá gosto? Que venha, que é muito bem-vinda. Além do mais, já dito, ela sabe que há limites para a falta de educação. Essas coisas também não me fazem mal nenhum, mas não gosto. Sempre achei que deveria escrever de modo a não ter vergonha de ver a minha Mãe (que morreu há três anos), a minha mulher ou os meus filhos a lerem-me. Só isso.
Nota para a Ana Leonardo – “Porra” creio que ninguém sabe o que quer dizer. Em Latim, “porro”, entre outras coisas, significa “pois”.
Daniel,
O que «porro» quisesse dizer em latim («Et ita porro», pois pois) só interessa a gajos destravados como tu e eu. Mais: seria curiosíssimo saber o que queria dizer «porro» em itálico, a língua de onde o latim deriva. E, assim, até à pedra lascada.
Aqui trata-se de «porra», porra. E toda a gente sabe o que «porra» quer dizer, não como entrada de dicionário etimológico, mas como peça da semântica que nos rege a vida.
Nunca percebeste que uma conversa entre etimologistas acaba, e tem de acabar, no silêncio? Porque nada do que se diga é o que se diz, mas sempre aquilo de onde deriva?
No minimo tenho curiosidade no livro… vou folheá-lo, e provavelmente comprá-lo.
É uma boa notícia, pode ser que a Ana, critica literária, deixe de ser apenas a “não escritora frustrada” (também é assim que se tratam os criticos na praça) e compreenda mais a função de escritor…
Ana, podes contar comigo. Vou adquiri-lo e colocá-lo num sítio onde terá divulgação ‘especializada’. É melhor do que um escaparate de livraria. :))) Os leitores depois que digam de sua justiça.
Só preciso que me digas a faixa etária a que se dirige. Isto é um poiuco supérfluo, mas em certas idades não se pode fazer batota.
Olha estes armados em inocentinhos, que não sabem o que porra quer dizer… Quer dizer moca, com que se dá porrada. E se tivessem lido o Bocagezinho ou o Lobo da Madragoa, saberiam o que é uma porra aos saltos.
Em matéria de double standard, Sra. Leonardo, estamos servidos. Detesto falsos pudibundos. Tenha um bom dia.
teresa, lembras bem. nas traduções para crianças e na literatura juvenil os editores parecem muitas vezes estar a contar com a pouca experiência deles. lembro-me do «os reinos do norte», que o meu mais velho leu há uns anos, tinha logo na primeira página um arrepiante «deve de».
nik, não sejas rabugento.
ana, de nada. e a faixa etária?
daniel, vem ou não vem?, é a primeira pergunta. e, se vier algum dia, claro que é por tudo e mais alguma coisa. concordo com os limites para a falta de educação. só não me envergonho com a má educação dos outros. vergonha deles, não minha.
fernando, é um prazer ler-te assim, porra.
luis eme, presumir-se que um crítico é um autor frustrado é uma cedência aos estereotipos.
M, perguntas bem. eu acho até que para nós um livro para qualquer público-alvo pode ser bom, ou óptimo. com os miúdos é que há mesmo pouca amplitude.
nik, pára lá com a rezinguice.
Sim, mamã.
Espero que o livro seja instrutivo para a canalha, a começar por mim, que aos 20 anos eu não queria ser gente.
Pena foi teres mudado de ideias
“:OP
Foi o trauma do cagalhão na estrada de Damasco
“:O))))
Também concordo contigo.
Não concordo é com o palavrão, logo aqui num post dedicado à Dona Leonardo.
Vou-me pirar que já imagino as respostas.
A autora a sacar daquela denúncia da hipocrisia e totalitarismo porque a Joaninha não sabia de quem era filha e suspeitava que Deus não era o culpado
E depois vem a k7 à Valupi e suplmento: “começo a ficar profundamente preocupada contigo…”
“:O)))
a testosterona?
aí também me pareceu que só com muita fantasia… mas enfim.
zazie, já tentaste compilar as tuas respostas todas num só comment?
Pois eu vou folhear esse livr(ec)o (para ver se tiro ou não os parentesis anteriores) da próxima vez que passar numa livraria, só para ver o que é se anda a meter nas cabeças das crianças portuguesas (não tenho filhos, mas alguns livros infantis que já li, se visse os autores à minha frente a minha vontade era dar-lhes um merecido par de estalos no focinho, ou de carolos no cimo da testa )…
fora de contexto,
dia de vergonha:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=323569
a sombra do abismo
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=914617&div_id=299
:-))
vai ser um bestseller
joão/joni, primeiro ainda vai ter que ser posto à venda…
Ainda não foi posto à venda?
cláudia, só será posto à venda, creio, no próximo dia 24
luís eme,
É uma boa notícia, pode ser que a Ana, critica literária, deixe de ser apenas a “não escritora frustrada” (também é assim que se tratam os criticos na praça) e compreenda mais a função de escritor…
não sou escritora frustada (acho mesmo que, na verdade, não sou lá muito frustada, em geral) e quanto a compreender melhor a função do escritor, continuo a considerar a lidia jorge e o peixoto má literatura (se era uma indirecta, isso da compreensão)
M, a própria Gradiva o catalogou a partir dos 6 anos (e eu acho que está certo)
João/Joni, como só custa 7 euros pode ser que seja um bestseller (Deus o oiça)
http://chiefmarketer.com/cm_report/blogger_baggott_0318/
Quem sabe…interesse
E a Menina a dar-lhe com os 7 euros… de facto o tal “Segredo” é mais caro, mas eu li-o de borla, sou um pirata com tola! :)
Hummm… a propósito desse comentário bravo dos estalos na carola, embora eu de há muito desconheça a literatura infantil que se faz por cá, em tempos idos quando frequentava mais as bibliotecas e as jovens funcionárias me destacavam para entreter as criancinhas – eis uma tarefa adequadíssima a Gnomos bobos! :) – por vezes também deparava assim com umas histórias algo esquisitas, mas devo ser eu que estou desfasado da pedagogia de ponta… sem mola!
Palpita-me que talvez devesse ter lido a história da Joaninha aí quando tinha a idade da Cláudia, pois, de certa forma, permaneço mais duende do que gente, o que até pode ser divertido mas é algo imprudente…
Ora enfim, sou a Gazela…
Rui leprechaun
(…que já te cai na goela! :))