O famoso Memorando que o director da PJ Militar, Luís Vieira, supostamente entregou, ou mostrou, ao ex-chefe de gabinete de Azeredo Lopes, general António Martins Pereira, e que fora assinado pelo major Vasco Brazão, líder da investigação, efectivamente nada diz sobre uma encenação ou um encobrimento. Zero. Isso mesmo se pode ler nesta notícia do DN, hoje publicada.
Tem razão o ex-chefe de gabinete do ministro e ainda mais o ministro.
O único memorando que foi encontrado pela investigação à encenação da devolução do material de Tancos estava no gabinete do diretor da PJ Militar, coronel Luís Vieira, e foi assinado pelo líder da investigação, Vasco Brazão, mas não faz qualquer referência ao conhecimento da tutela ou do ministro da Defesa. Esta carta pede agradecimentos e louvores aos militares da GNR e da polícia que integraram a investigação.[… ]
[…] Segundo a versão dada em tribunal, a conversa e a suposta entrega do memorando no Ministério da Defesa teriam acontecido numa altura em que os militares da PJM começaram a sentir o cerco da PJ. Segundo terá explicado Brazão, sentiram necessidade de justificar a “encenação” e conseguir apoio ao mais alto nível. Nesta estratégia terão integrado também jornalistas – há transcrições de escutas no processo – para passar a mensagem da PJM sobre o “achamento”.
O que disse Vasco Brazão e já foi “categoricamente” desmentido pelo ministro da Defesa – só poderá ser corroborado pelas duas testemunhas que ele afirma terem presenciado o sucedido: o chefe de gabinete de Azeredo Lopes, o general do Exército António Martins Pereira, ou o próprio ex-diretor da PJM, coronel Luís Vieira, cuja defesa, contactada pelo DN, também não quis fazer declarações. Isto porque nas buscas não foi apreendido nenhum memorando – tão-pouco no computador de Brazão.
A aspirina B contraria o bom senso, o senso comum, as evidências consistentes. E para quê ?
João Pedro: De que senso comum e evidências estás a falar?
Só uma coisa é clara: Cofina vs Global Média, isto é, PSD/CDS vs PS.