Passado um ano da operação “assalto ao pote”, estou impressionada.
A combinação, pelo atual primeiro-ministro, de uma linguagem vulgar a tender para o rasca e de uma outra, moralista, que retrocede no tempo até ao Cardeal Cerejeira do nosso imaginário causa uma enorme urticária a pessoas que já viram o país a ambicionar outro destino mais edificante e civilizado e a desejar enterrar de vez os diáconos Remédios do passado. Já só nos faltava mesmo um rapazola inculto que pensa que, não filtrando as palavras, chega ao coração do povo que ele mesmo deliberadamente empobrece, utiliza a linguagem moralista bacoca ouvida a alguma bisavó e ao mesmo tempo vai distribuindo, com total insensibilidade, benesses pelos amigos.
Pénelope,
totalmente de acordo com a sua introdução, bem observado, essa da avó é de estrema e
oportuna certeza. É mau de mais para ser verdade. Quem ouviu ontem o Marques Mendes
e o Relvas, no Expresso da Meia Noite, se tinha já pouca duvidadas elas esfumaram-se.
Mais se confirma a necessidade de punir exemplarmente quem permitiu que o povo
votasse nesta gente. Parabéns ao António Costa e ao Pacheco Pereira por colocarem sobre brasas o Lobo Xavier e o sistema a dita “comunidade” na quadratura. Foi um mimo.
PPC é, de facto, um homem invulgar, com uma notável força moral para enfrentar os problemas que acontecem aos outros. Ou, em tempos da triste efeméride do chumbo do PEC IV, diria melhor – PPC tem uma notável força moral para enfrentar os problemas que provocou aos outros.
Comprensivo..eu?..quando tiver oportunidade fod…
Avisem o S.I.S..e afins..
agora vou ser mazinha. a expressão lombo tem toda a coerência, vinda de quem vem. Tal como vê o poder como pote, também vê o povo como bestas – isto vindo de um ignorante pintas de massamá, ex-doceiro, é ridículo…mas é coerente.
http://www.youtube.com/watch?v=vVqtYV9oL-I
como dizia noutro post, algumas vozes se levantam. Neste caso, cá pra mim, é a vizinhança que se dirige de forma bastante explícita ao pintas que de repente chegou a primeiro ministro de Portugal ;). Do provinciano (cultural) à presidência, do suburbano (cultural) à chefia do governo. Esqueçam o american dream, isto é o portuguese dream.