Oposição precisa-se

E pronto, aí vamos nós a todo o pano para o calvário grego, para o abismo, para o reino de Hades.

Ontem, Passos justificou as medidas duríssimas do próximo orçamento, muito para além das exigidas pela Troika, mais uma vez com a descoberta de desvios enormes, da ordem dos 3000 M€, na execução orçamental. Aproveitou, evidentemente, a ocasião para lançar culpas difusas ao anterior governo. Como não concretizou, insinuou. O facto é que continua a não dizer que desvios são esses e a que se devem: à quebra das receitas fiscais? à integração da dívida oculta da Madeira? a quê? a quê exactamente? Note-se que, em todo o discurso, não se lhe ouviu uma única palavra sobre a querida ilha.
Ora, os portugueses têm o direito a saber exactamente a que desvios se refere o governo quando os invoca para aumentar a austeridade desta maneira. Caso contrário, teremos de concluir 1) ou que tudo não passa de uma agenda neoliberal que, à boleia da Troika e com grandes actores teatrais, visa desmantelar completamente o Estado, reduzir salários e entregar tudo aos privados, que agradecerão a mão-de-obra barata, ou 2) a Madeira tem aqui um peso não revelado, ou 3) as duas razões combinadas. Mas queremos saber!

Constato e lamento que, nos comentários que se seguiram à comunicação, o PS tenha mostrado que continua a passar ao lado de grandes oportunidades, optando por uma argumentação em novelo. Custará assim tanto ser incisivo e contundente?

48 thoughts on “Oposição precisa-se”

  1. Como eu tinha previsto (o Seguro não é nada seguro) não há oposição a este desgoverno.
    O PCP e o BE têm que estar caladinhos porque foram eles que lá os colocaram. E se calhar esperam algumas benesses. Pelo menos o Nogueira já anda de braço dado com o Jardim. O Carvalho da Silva parece um pobre diabo que não sabe que fazer nem para onde se voltar. O PC não lhe dá a direção a seguir. O Jerónimo deve estar a banhos. Está tudo num impasse.
    Que é feito do camarada Louçã? Desapareceu da circulação. Está comprometido.
    E o Seguro joga nem ele sabe onde à espera que o governo caia de maduro. Quem se perfila já para o substituir é o Carlos César.
    E assim, de PEC em PEC, vamos, cantando e rindo, levados, levados, sim!
    A constituição deveria ser alterada. O voto deixaria de ser secreto. E quem lá os coloca é que deve assumir as despesas.
    Caso contrário paga o justo ao pecador.

  2. manteigas e penelope,como pode o ps fazer melhor oposição, se grande parte das medidas que este governo aprovou o ps também aprovaria. Afinal, o ps também assinou o memorando não nos esqueçamos

  3. er andas a dormir ou quê? O PS e a Troika aprovaram o corte em metade do subsídio de Natal este ano? Onde?
    O PS e a Troika aprovaram o corte do subsídio de férias e de Natal em 2012 e 2013 e o que mais se verá?
    Estás a querer enganar quem?

  4. Como bem sabe – ou deveria saber – o PS foi forçado a assinar o memorando, que bem se tentou evitar (infrutiferamente, no entanto, pois a jogada seria protelar ao máximo até a Europa “ver a luz” , algo que ainda não aconteceu, logo a debacle seria inevitável).

    De qualquer modo, não esqueça também que o PPC e os Catrogazinhas da vida andavam todos cheios de tusa para “ir mais longe que a Troika”. É isso que se passa agora. O PS faria o mesmo, não duvido, mas julgo que o tentaria fazer de forma mais equitativa.

    Continuam as transações bolsistas por taxar, as gestoras de activos sem pagar um tusto… e nós aqui, a lixar-nos. Mas vá, temos o que merecemos.

  5. er gostava que me mostrasse qualquer documento com estas medidas e assinadas pelo PS. Isso do “aprovaria” é matéria adivinhatória. O que se passa é que a actual liderança PS é totalmente incapaz de ser oposição que estes gajos precisavam.

  6. Eduardo,sabemos bem que no essencial o ps está de acoirdo com as medidas. Tirando as mais extremas, no essencial estão de acordo, com matrizes , mas estão. Adivinhar não é possivel, mas sabemos o que se fez no passado, para ter uma ideia do que se faria no futuro
    Goncalo,com mais equidade, o ps não faria algo muito diferente

  7. Mais do que nunca o país precisa dum PS forte e que faça uma real oposição a tudo isto que vai muito mas mesmo muito para além das troikas que aqui entram com base num chumbo dum PEC IV que cada vez parece mais um oásis perante o pesadelo a que assistimos.

  8. Er, naturalmente, até porque nesta fase não nos resta grande alternativa… temos de arranjar dinheiro e não temos propriamente muito tempo para o fazer. Os impostos e os cortes são inevitáveis, ponto final.

    Mas a questão é:

    quando se acusa um governo anterior de despesismo, supõe-se que, a retirar, retirar-se-ia apenas o “extra” que este nos havia dado. Ora não é isso que está a acontecer.

    O que se está a fazer é a radicalizar o processo. A esmagar a economia. E há-de ser essa a certidão de óbito do país. É impensável não ter percebido ainda onde é que isto vai dar…

    As “gorduras do estado” são peanuts. Por mais imorais que sejam, os ordenados chorudos, negócios de palha podre são, infelizmente, amendoinzinhos. Mas foi por aí que se convenceu a populaça.

    O estado redistribui mais de 90% do que cobra. É aí que se vai buscar dinheiro. E é exactamente ai que está a ideologia. Agora, olhe, como diria o badalhoco do Graça Moura (nunca pensei vir a citá-lo) “chafurdem nela”.

  9. Esta história portuguesa repete o capitalismo popular dos anos 80 da «dama de ferro». As pessoas não aprendem ou não querem aprender?

  10. João Pedro da Costa: disse-o de uma maneira bastante confusa, metendo o segundo semestre tb de maneira confusa, e foi sobretudo pouco contundente ou pouco convicto.

    É preciso ver que hoje, até no Público não é fácil descortinar os desvios a que PPC aludiu, é preciso ir com uma lupa à notícia para encontrá-los e, quando finalmente se encontra a referência, lá vem a Madeira, o BPN, a quebra de receitas e a não redução de despesa, embora não se especifique. Enfim, o efeito estava alcançado – culpar o anterior governo – e o PS não se insurge, não contra-argumenta de forma decidida e clara. E isto não devia acontecer. O anterior governo, depois do agravamento forçoso da dívida e do défice em 2009 devido à crise de 2008, procurou reduzir despesas no meio dos gritos da oposição TODA e ainda de elementos do PS como Seguro, e conseguiu-o em grande parte. As verdades têm que ser ditas, ou esta gente vai por aí fora e, não tarda, já nem houve crise nenhuma em 2008, nem o défice tinha sido controlado antes disso, nada. Sócrates era um gastador e já está.

  11. Pensar-se que estas medidas saíram da cabeça do PPC, parece-me algo inacreditável.
    Tudo o que nos está a acontecer vem de fora. O plano de destruição total do estado como nós o conhecemos hoje, está montado, mas não é nacional. Faz parte de uma estratégia de destruição do euro, que a ausência de liderança europeia permitiu que existisse. O que nos está a acontecer agora, é só a pequena agonia do moribundo, nada mais.

    O grande problema, em minha opinião, é que eu não vejo “ninguém” a preparar o futuro, o que tornará o mundo do abismo mais doloroso.

    O pof. Ferreira do Amaral disse (e rapidamente foi silenciado) que Portugal devia estar a aproveitar o dinheiro que estava a entrar, para preparar a saída do euro. Tinha toda a razão quando fez esta afirmação.

  12. penelope, controlou o defice a custa mais uma vez do esforço fiscal dos portugueses(tal como agora), e devia ter mantido essa situacao ? mas decidiu antes mandar os contrubuintes pagar o bpn.

  13. Não fica por aqui!

    Vão ser uns abanões para acordarmos!

    O maior mal é a nossa falta de memória!

  14. Carmen, não saiem só da cabeça do PPC, claro. Nem dos Relvas nem dos Ângelos. O que sai da cabeça dos ditos são coisas como, por exemplo, cortar na Educação 3 vezes mais do que o recomendado e com a outra mão, reforçar os subsídios ao privado. O que lhes sai das cabeças é o “ir mais longe” é o ser “mais radicais” que a Troika. É o estarmos agora a comer com a trampa da Madeira.

    Er, o défice só pode ser controlado em torno do esforço fiscal.

    Ninguém aqui – julgo eu – duvida ou nega que se tenham feito maus negócios e péssimas decisões. No anterior e nos anteriores governos. Mas chega de demagogia, foda-se. Já deito esta merda de conversa pelos olhos.

    Acredito que o Estado está cá é para me fornecer os melhores serviços possível. A contrapartida são os meus impostos. Não me importo de pagar mais por serviços cada vez melhores. Ponto final.

    Alguns foram muito mal geridos? SIM! Outros foram – e são – muito úteis? SIM! Fizeram-se maus negócios? SIM, péssimos, alguns. Mas não são – de LONGE – onde se gasta mais dinheiro.

    Metam isto na cabeça e não tomem a árvore pela floresta. Resolvam-se, mas vão-se lixar com a diabolização da despesa do estado. Como já lhe disse, mais de 90% da despesa é redistribuida em serviços. É aí que a vão buscar agora. Mais impostos por menos serviços. Ou acha mesmo que os vão baixar? Ou acha mesmo que não está já a pagar a recapitalização dos bancos, a financiar o regresso do BPN para as mãos dos mesmos, a tornar mais docinha a rivatização da EDP e da Galp?

    Se estes gajos viessem para resolver e dissolver o que de mal se fez até agora, tinham o meu apoio incondicional. Mas já se viu – com a anuência em torno da Madeira – para que lado é que vira o prego.

  15. Fâs do sócrates, 4 pontinhos? Tens aqui um.

    Se calhar preferes o modelo económico dos burrecos trabalhadores. Ou o dos caladinhos que comem o que se lhes dá à boca.

  16. Coitado do PPC ele até diz que se soubesse que isto seria assim não se meteria nestes assados…
    Até dá pena ver tanta inocência!
    Claro que medidas sérias para combater a crise não há, vai-se poupando, pelo menos os que ganham 1000 euros já chegaram a ricos e vão fazer mais uns furos no cinto, os que ganham mais do triplo devem estar preocupados à brava com os 10% que vão passar a ganhar menos…
    Esta palhaçada toda não fala de quem acumula reformas e retribuições de muitos milhares de euros à custa do estado, nas centenas de assessores que não assessoram nada, nos técnicos que andam lá para receber mais uns cobres, no pluriemprego dos notáveis habituais das panelinhas e confrarias, nos que mamam na teta do mercado negro, na tremenda fuga ao fisco que aí vem, etc.
    Só falta no fim gritar – Viva a República!

  17. O QUE SE ESTÁ A PASSAR NESTE MOMENTO NESTE PAÍS NÃO DEVE SER CONSIDERADO ANORMAL. É A DIREITA, PURA E DURA A GOVERNAR. SÓ QUE ESTAS MEDIDAS TÊM UM OBJECTIVO IDEOLÓGICO: EMPOBRECER, DELIBERA-
    DAMENTE, A CLASSE MÉDIA E REDUZI-LA, FORÇANDO-A, ÀQUILO QUE ELA ERA ANTES DO 25 DE ABRIL: DÓCIL E RESIGNADA. TODAS ESTAS MEDIDAS OBEDECEM A ESTA ESTRATÉGIA. ATÉ PORQUE EU NÃO CREIO QUE ALGUMA VEZ MAIS SEJAM DEVOLVIDOS (EM ESPECIAL AOS REFORMADOS), OS 13º E 14º MESES. DAQUI POR UM ANO, E PORQUE O PAÍS VAI ESTAR, INEXORAVELMENTE MAIS POBRE, VISTO QUE A RECESSÃO VAI AUMENTAR EXPONENCIALMENTE E AS RECEITAS DOS IMPOSTOS NÃO IRÃO ATINGIR OS OBJECTIVOS FIXADOS, SEREMOS CONFRONTADOS COM A NECESSIDADE DE MAIS AUSTERIDADE E, ENTÃO, NOVAS MEDIDAS DEVERÃO SER LANÇADAS. POSSÍVELMENTE SERÁ TIRAR 10 15 OU 20% AOS VENCIMENTOS, SABE-SE LÁ. ENTROU-SE NUMA DECALAGE DE IMPOSTOS, RECESSÃO, NOVOS IMPOSTOS. É A GRÉCIA NUMA SEGUNDA VERSÃO.
    SÓ QUE, E DAÍ O MEU DESANIMO, ESTE POVO ATRAZADO, INCULTO, POUCO ESCLARECIDO E ANESTEZIADO POR UMA C.S. RELES E DESONESTA, NUNCA IRÁ REAGIR. OXALÁ ME ENGANE, MAS NÃO CREIO QUE ISSO ACONTEÇA. SÉCULOS DE INQUISIÇÃO, 50 ANOS DE DITADURA SALAZARENTA, FIZERAM O SEU TRABALHO. ESTE POVO É BOVINO MAS BOVINO MANSO E QUE GOSTA QUE LHE PONHAM A CANGA NO CACHAÇO.

  18. Caro José,

    Se o sr eng tivesse ganho as eleições neste momento haveria aumento de ordenado para a função publica em 2.9% (claro que para as administrações dos hospitais era 19%), os abonos de família teria majoração de 25%, o subsidio de desemprego aumentaria em 6 meses, o iva diminuía em 1%, iriam se criar 150mil posto de trabalho, ia ser implementado um completo para idosos com menos recursos económicos e muito mais benesses. Contudo, o povo votou nos direitolas e por isso estamos aqui, tudo seria diferente se pelo menos nos últimos 15 anos tivéssemos tido governos socialista, mas nem isso nos aconteceu. Para quando votantes cultos, honestos, esclarecido e energicos para votar em força em partidos de esquerda (qualquer um daqueles que compunha 60% dos lugares do parlamento há 6 anos para cá)????

  19. Luís Naves escreve e eu subscrevo: «”As medidas são minhas, mas o défice não é meu”. Esta frase lapidar foi de Pedro Passos Coelho no debate de hoje, no Parlamento, e colocou um ponto final na discussão.
    Portugal está numa situação dramática porque governantes irresponsáveis colocaram o país na rota do naufrágio. Os socialistas tentam agora sacudir a água do capote e há ainda a responsabilidade dos comentadores que deram a cobertura necessária a esses governantes. Vivíamos todos num mundo de facilidades e agora desembarcamos no mundo real. Choram-se muitas lágrimas de crocodilo pelo que acontece ao povo, sendo estes os suspeitos do costume que pagam a factura.
    A falsa intelectualidade portuguesa tem sido sobretudo hipócrita, primeiro ao esconder ou omitir os erros da governação (sim, eles compreendiam que íamos chocar com a parede) depois ao negarem a necessidade do remédio. Era um coro grego de aplausos, o mesmo que agora espuma, porque finalmente mudou a atitude nos poderes públicos e acabou o simulacro.
    Em Agosto e Setembro lia-se na blogosfera, ouvia-se nas televisões, não havia medidas no lado da despesa; agora, aqui d’el rei vilanagem. E só me ocorre uma palavra: hipócritas. Então, não havia cortes, e agora são maus por cortarem?

    A nível europeu está a ser preparado um plano complexo que incluirá pelo menos o reforço dos capitais da banca europeia e talvez a reestruturação da dívida grega. Tudo indica que uma das preocupações fundamentais é a de criar aquilo a que chamam a “firewall”, uma protecção anti-fogos ou um cordão sanitário para evitar o contágio sobre as economias endividadas, Itália, Espanha, Portugal, Irlanda, após a reestruturação grega.
    Nesse sentido, o rigor do orçamento 2012 seria crucial para evitar o contágio. Estou a especular, mas segundo esta linha de raciocínio havia dois caminhos: ou mostrávamos a vontade de não ir pelo caminho da Grécia ou fingíamos como fizemos nos anteriores governos. O segundo caminho era claramente o preferido dos comentadores.

    Estamos a viver momentos decisivos, daqueles em que a história parece acelerar. Isto é o fio da navalha e só que nos resta manter o espírito alto e progredir, sem cedermos à tentação de recuar.
    Não resisto a contar uma pequena anedota que corria nos países comunistas de leste, durante o regime totalitário. Os intelectuais tinham dois caminhos, o primeiro era insustentável, o segundo era o alcoolismo. Felizmente, no nosso caso, mantém-se o IVA do vinho, podíamos dizer.
    Sem brincadeira, está no tempo de termos memória, de lembrarmos quem nos enganou e de não perdermos a lucidez. Cumprir as metas da troika é a promessa eleitoral essencial de Passos Coelho. Não foi ele quem mentiu, mas os socialistas, para quem o mundo era rosa. »

  20. Epá, palavrossaurus, normalmente ignoro os seus posts, porque o seu discurso – o léxico de tourette, esses ódios, essa estilística esquizofrénica – me assusta. De verdade. Se realmente pensa como escreve, calculo que seja um maluquinho qualquer desequilibrado e, olhe, eu para desarranjos tenho muito pouca paciência.

    De qualquer maneira, como posta aqui uma posta do Naves, comento só um pontinho (o resto é a costumeira falta de tomates para admitir que, afinal, o problema agora já é europeu, que nos ultrapassa, e que tem mais a ver com clubismos do que com política ou razão):

    – Os “cortes” não eram nas “gorduras do estado”? Os subsidios de férias de policias, professores, enfermeiros são “gorduras”? É que – não sei se reparou – mas o unico corte realmente consequente foi este. O resto foram tostõezinhos.

    Por isso, caríssimos, se acham que é isto a gordura, pelo menos tivessem os tomates de o dizer. “Portugal não pode suportar isto” e pronto. E depois iam a votos, como pessoas de bem. Escusavam de ter a lata e a pouca vergonha de ainda chamar “hipócritas” a quem teve de ouvir desmentido todo o tipo de vómitos que nos foram arrojando em cima ao longo de 5 anos.

    O resto é conversa. Conversa de parvinhos.

  21. A mensagem que Passos Coelho passou para os funcionários públicos é esta: vão morrer longe!

    Em dois anos e meio – pelo menos, pois não fazemos a mínima ideia do que estes gajos estão a preparar para depois de 2013 – os funcionários públicos vão perder milhares de euros em ordenado sonegado, dizer adeus a direitos e regalias, descontar mais para a segurança social e ver o seu ordenado a ser ratado pela inflação, além de terem, como os outros, de pagar mais no gás, electricidade, saúde e transportes, trabalhar mais e perder deduções fiscais. Nem falo dos funcionários reformados, que vão comer quase por igual. Este cenário – que penaliza especialmente os funcionários públicos, encarados como “gorduras” e tratados como gado a abater – visa claramente incitá-los a despedirem-se. “Vão chular outro!” – foi o que lhes disse Passos, o gerente da firma.

    Se a receita não pegar, se não se despedirem em massa, o governo passa à fase seguinte, que é despedi-los directamente. O gás fica para uma eventualidade extrema.

    Os funcionários públicos têm agora a palavra.

  22. O António Costa ontem na “Quadratura do Circulo” disse o que há a dizer, citando números oficiais: só 11% da divida corresponde ao sector publico. O grosso da divida está na banca, como resultado do apoio às empresas imobiliárias que andaram a brincar às casinhas, reinação que correu mal, como se verificou.
    Não percebo é a razão pela qual o PS, na Assembleia, não faz uso destes elementos, que são públicos..e ainda estou a tentar entender por que carga d’água os seus militantes foram buscar, num tempo de guerra aos “Chicago boys”, uma figura como a do sr.Seguro..
    Devem ser os insondáveis caminhos do Senhor…

  23. Muito bem, Gonçalo.
    Certíssimo, João Coelho.
    Até os militantes do PS se deixaram enrolar pela conversa do “bandido”. São completamente obtusos.

  24. Ó er, ainda bem que não és o farófias…
    E porque é que em vez de criares mais impostos, não aplicas efectivamente os que já tens, não combates efectivamente a fuga de capitais, a fuga ao fisco, a corrupção e obrigas a repor tudo o que foi roubado ao estado desde o 25 de Abril por todos aqueles que enriqueceram de forma criminosa aproveitando-se dos cargos que possuíam no estado.

  25. carlos sendo uma pessoa sempre aberta a soluções, também concordo com essa que dás.Deste boas ideias.Só que aqui os socretinos pensam outras coisas

  26. O PSD foi sempre um partido que despertou em mim a esperança, desde a mais tenra juventude. Depois advieram desilusões motivadas pelo devorismo do erário associado ao outro partido de desgovernação causador directo da nossa actual situação financeira deplorável. Foram décadas de inimputabilidade dos dois partidos, das suas clientelas, dos seus ladrões legítimos. Quando, aqui, finalmente, se responsabilizar criminalmente ex-governantes passaremos a outro estágio da democracia e dos direitos dos cidadãos hoje sob o cutelo do realismo que os decepa e vergastada com a verdade. Por isso, nada tenhamos a temer no dia em que sejam processados judicialmente os ex-governantes por crimes cometidos no exercício das suas funções, falsificação de documentos, tráfico de influências ou participação económica em negócio, por exemplo. Isso será uma revolução copernicana: ao mesmo tempo que internacional se corrige o laxismo económico-financeiro e a lentidão das concertações comunitárias, faz-se o levantamento das leviandades decisórias, das desonestidades políticas mediante a necessária execração pública dos maus governantes. Nada há de reles nem de sanguinolento em escrutinar exaustivamente passado recente que a todos soterra e penaliza. Meditemos nos ex-governantes, verdadeiras piranhas rosnadoras da politiquice e do piranhesco dano causado a milhões, contrastemos os seus gostos requintados prontamente satisfeitos [graças a milhões abichados sabe-deus como] com a penúria a que nos vemos condenados. Não nos acende cá dentro tal obscenidade um santo ódio movido pelo zelo cívico e pelo amor dos Portugueses e de Portugal? Portanto, há um caminho a percorrer quando se criminalizarem os que as praticaram malfeitorias políticas, evitando a ditadura cínica da impunidade e da responsabilidade nula ou difusa. Não rebaixemos os animais ao compará-los com a casta de bestas que se insinuou Governo e nos ofertou inferno ao retardador, pronto para explodir com o corrupto coiro terrorista em causa devidamente a salvo num reduto nefelibata qualquer.

  27. Dédé, a essas manifs dos gajos que puseram o Coelho no poleiro vai tu que são dos teus. Ambiente de festa do Avante, sem o fumo do churrasco, e muito pouco tino.

    Soisa, explica lé essa de combater a fuga dos capitais, que me fizeste lembrar o verão de 1975. Se calhar ainda não eras crescido. Punhas umas barreiras na estrada ou prendias os monopolistas no Campo Pequeno?

    er, tu não serás um gajo que andava no bairro alto que era conhecido por Meio Neurónio?

  28. Boas noites. Talvez daqui a pouco esteja a levar pancada de todos os lados, mas como dizia o camarada Manuel Alegre, “A mim, ninguém me cala!”

    O Primeiro Ministro esteve hoje bem no debate quinzenal que se realizou no sítio do costume.

    As interpelações das bancadas do PSD e CDS foram, como sempre são as do/s Partido/s que apoia/m o Governo, as menos interessantes. São o habitual surpreende-me-lá-com-a-pergunta-que-estou-à-espera-para-te-dar-a-resposta-que-combinámos. Sem interesse algum excepto manter o necessário formalismo de a todos dar a palavra.

    António José Seguro tentou fazer baixar alguma névoa sobre os números do Orçamento para 2012 mas não convenceu. Extremamente inseguro para o nome que tem, pareceu-me talvez demasiado impreparado, demasiado verde. Caso a preparação tenha sido bem feita e competentemente assessorada implica que a verdura seja, na realidade, inaptidão. Foi demasiado mole. Facilmente rebatido por Passos Coelhos e até pela Presidente Assunção Esteves defronte de quem amuou porque lhe quis desligar o microfone por excesso de palração.

    Jerónimo de Sousa empregou o dogmático gasto e esperado discurso com os “ptanto” do costume. Penso que Jerónimo é dos raros comunistas politicamente simpáticos. Infelizmente, para estes, tornou-se presa fácil na argumentação Passista. Nada de assinalável.

    Sobre Heloísa Apolónia nada sou capaz de comentar. Não consigo ouvir a senhora.
    É físico e visceral. É a verdade.

    Francisco Louçã, o único que deu luta. Com as suas usuais armadilhas de linguagem sustentadas com questões baseadas em números e factos. O melhor preparado de todos os líderes dos Partidos da Oposição perguntou a Passos onde meteu 1000 milhões de euros.
    Teve azar.
    Pedro, o Primeiro, sabia e respondeu.

    O Primeiro-Ministro foi sempre capaz de argumentar de forma precisa e clara.
    Não se escondeu atrás de nenhuma cassete.
    Falou sobre o seu Orçamento, feito com base nas suas ideias e defendeu-o.
    Só falhou num aspecto.

    Se formos ao fundo do argumentário da frase com que brilhou e com que começamos este artigo está uma pragmática falácia.
    O défice também é dele. Queira ou não.
    É de todos, dizem. Pois bem.
    Do Pedro também.

    Porque se assim não for recuso-me a pagar. É que meu não é, de certeza.

    Cumprimentos.

  29. “…um santo ódio movido pelo zelo cívico e pelo amor dos Portugueses”

    “Nada há de reles nem de sanguinolento em escrutinar exaustivamente passado recente que a todos soterra e penaliza.”

    “…faz-se o levantamento das leviandades decisórias, das desonestidades políticas mediante a necessária execração pública dos maus governantes”

    “…a casta de bestas que se insinuou Governo e nos ofertou inferno ao retardador, pronto para explodir com o corrupto coiro terrorista em causa devidamente a salvo num reduto nefelibata qualquer.”

    Fascista escarrado, este rex pidesco. O linguajar do gajo revela problemas de azia, pé de atleta e seborreia.

  30. Ó perguntas à toa, não me digas que a malta anda a depositar pessoalmente o dinheiro nas off-shores. Não haverá aí uns bancozitos nacionais coniventes com essas transacções? para não falar daquelas acções malucas com nomes em inglês que deram mais de 100% de juros e nem estavam em bolsa.

  31. Ó Coito (sorry, achei piada. Podes chamar-me Viagra, se te consolar, hahahah)
    Aqui ninguém te dá porrada, a menos que seja o que pretendes. Sei lá, podes gostar…
    Tendo em conta o resumo que vi ( normalmente são manipulados), concordo com a maior parte da tua análise ao debate, até no que conserne o inSeguro. O problema está nessa tua afeição pelo Pedrinho que me parece um pouco desfazada face à objectividade com que trataste os outros personagens.
    Onde é que ouviste a explicação dos buracos e desvios colossais do anterior Governo responsáveis pelas merdidas que estão a ser tomadas?
    Provavelmente fiquei tão baralhado com a elequência do Pedrito que me passou ao lado.
    Ajuda-me.
    Se quiseres faz-me um desenho…
    … a ver se consigo entender.
    Obrigado

  32. Concerne ao…!
    Desculpem, desculpem.
    Por favor, sou apenas licenciado,…não tenho experiência de vida nem frequentei Novas Oportunidades.

  33. Ó Vieira para a outra vez faz um boneco quando responderes ao Couto. É que esta coisa das palavras é chato, tem muitas letras e quem é licenciado geralmente baralha-se todo.

  34. Obrigadinho pela compreensão ó Sousa.
    Pareces um gajo esperto. Então explica lá tu os buracos e desvios aqui ao analfabeto, pode ser?
    Ou não sabes desenhar?

  35. Porreiro, pá…
    Piadinhas, brincadeiras e tal,… estamos todos bem dispostos, e ainda bem.
    Mas, agora a sério, essa explicação vem, ou não?

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