Os detratores de Sócrates (sim, outra vez este tema) são os que melhor alimentam a confiança dos seus simpatizantes. Eventualmente atestam a sua razão. E nem se dão conta.
Como muitos outros escrevedores, Pacheco Pereira tem um ódio visceral, físico, a Sócrates. Já não lhe passa, vai morrer com ele. Se Sócrates estiver calado ou, melhor ainda, preso, Pacheco passa a questão para o domínio do recalcamento, anda cordato, aparentemente feliz, vitorioso até. Se lhe perguntarem (ou não) por que deixou de o considerar nas suas intervenções, de lhe «malhar», diz que seria demasiada crueldade da parte de um cristão bater em quem jaz por terra, maltratado. Mas se a fera se levanta e diz de sua justiça em público e denuncia atropelos judiciais e calúnias várias de que foi e é objetivamente vítima, e isso tudo perante as câmaras, tendo ele, Pacheco, de o ver e de saber que a dita fera está a ser vista por mais de um milhão de pessoas, bem de saúde e fresca, ah, isso é ousadia intolerável, desafio provocatório, pelo que os calores e o desassossego logo regressam ao nosso Pacheco, que prontamente saca da vergasta, pois o homem já pode bem, e deve, aguentar mais umas. Aqui estão elas. Ele pediu, Pacheco até nem queria. Esta é a justificação dada pelo próprio para o artigo. Não se riam. Ora vão lá ler.
A teoria geral desenvolvida – a da existência clara claríssima de corrupção – é contextualizada com factos importantíssimos que atestam o potencial de criminoso do «animal feroz», como umas marquises (marquises? não era uma casa?) aprovadas na Covilhã na década de 80 do século passado, umas decisões que não menciona do tempo em que era ministro do Ambiente e primeiro-ministro, o controlo da comunicação social (aqui vê-se bem a patologia de que padece Pacheco, face ao que temos diante dos olhos e aos milhares de telefonemas que nunca foram escutados de Passos, Marco António e Relvas) e, enfim, várias “coisas não explicadas” (ah, mas que também há noutros partidos). Apesar de declarar que não sabe se o homem é corrupto ou não, a teoria é mesmo a de que existiu corrupção. Sim, exatamente, tal como o presidente do sindicato do MP, com o qual só poderá estar em sintonia e cuja denúncia jamais fará. Mas Pacheco tem a gentileza de alargar a prática da corrupção a outras áreas políticas, embora não pessoalize. Só uma criancinha, diz ele, acredita nas explicações que Sócrates apresentou para o financiamento da estadia em Paris. Para o Pacheco, não são plausíveis. E, mesmo que fosse verdade o que ele diz, não deixaria nunca de ser feio. Não se pede dinheiro a um amigo. Não se aceita dinheiro de um amigo. Pacheco, o moralista. E revolta-se ao pensar que Sócrates não poderá jamais pagar as dívidas. Indigna-se mais do que os credores! Pobre Pacheco, sofre por Sócrates.
Mas então, o que seria plausível? Não diz, mas imagino que seja o seguinte: por cada obra (ou serviço) contratualizada com o Estado durante o seu governo, Sócrates exigia um pagamento pessoal (que mais ninguém no governo recebia nem via sequer passar à janela), umas luvas, que depois eram depositadas por terceiros na conta do amigo Carlos Santos Silva para futuras necessidades (o amigo, afinal era um pobretanas). O levantamento dos montantes era sempre feito pelo amigo e, à sua morte, bom… à sua morte, não se sabe. Era enquanto desse. Esta versão, sim, é a única plausível. As luvas, deve já ter pensado Pacheco, vieram, como já aventei, de todas as empresas que tiveram negócios com o Estado, já que as empresas do amigo não obtiveram mais do que uma ridicularia do bolo geral e isso está documentado. Não interessa. Assim como não interessa que, até à data, ninguém interessado se tenha queixado ou tenha vindo testemunhar de tais factos. O dinheiro vinha de algum lado, lá isso é que vinha. E não era de coisa boa. O Pacheco saberá de onde. O Ministério Público, até agora, parece que não.
Pacheco tinha que dizer isto. Não estava a aguentar. Por outro lado, calhou bem, porque talvez acalme os que o queriam expulsar do PSD.
Não faz bem à saúde de pacheco encarniçar-se com José Sócrates :
– fica mais gordo, crescem-lhe os papos por debaixo dos olhitos e a face fica cor tintol.
Cavaco já está de saída, acabou o pacto desligue para não ir no mesmo ataúde.
Soa reles meter-se com o ps seu amigo e cascar no PS seu inimigo.
Também fica óbvio e vulgar eriçar-se com as festas do parceiro coelho que ,coitado, já viu melhores dias de postura pública.
A realidade política está mudar, as pessoas estão a ficar mais ágeis mentalmente.
Já não se aguenta estas quadraturas e similares com os mesmos marretas no camarote.
Vá lá para Serralves sr. administrador pró-bono??? mostrar como gosta de trabalhar que nem louco, não ganhar um tusto e escrever sobre quem lhe ensinou muito (ou tudo) e também foi traído pela sua deriva de deixa lá ver com posso ter tribuna vitalícia e mantêm-la aos ziguezagues.
Li em viés o texto que escreveu.
Pareceu-me uma espécie de auto-brain-storm.
Um exercício de vamos lá ver se explico o in-explicável.
A entrevista de José Sócrates está a fazer sair de suas tocas toda a espécie de incríveis.
Para sua vergonha (penso eu) pacheco pereira fica bem ao lado dos damasos, felícias, grunhos e toda a cáfila de mentecaptos que se apresentam sem qualquer saber, pensamento lúcido ou postura ética.
São os mãnhas de imitação.
Lamento pacheco pereira, a sua massa cinzenta merecia melhor aplicação.
No PontoContraPonto até parece normal e, por vezes, tem muito interessante.
O texto do Pacheco e uma desconstrução infantil da realidade. A vulgaridade moral, a cobardia valente servida fria, etc…e uma velha puta do comentarismo e cumplice activo das escutas da presidência, etc. Mas quantos do ps de Costa não secundam o Pacheco? Publicamente poucos ou nenhuns. A necessidade de criação de uma nova narrativa, a possibilidade de um tandem com Rio para questões mais de regime ou uma futura forma governativa e outras possibilidades. Sócrates está sozinho como sempre esteve.
O mau augurio foi dado por Ferro Rodríguez, (extremo esquerdo do Ferrocarril)quando tomou posse como Presidente da AR, ao citar o Pacheco e o Lobo Xavier como grandes influências. Uma escolha e uma rejeição e neste caso a subjugaçao a uma narrativa que ele sabe falsa mas que e necessária à paz politica ou ausência de “agressividade” que Costa tanto preza. O passo conclusivo, foi dado quando Costa da da sua bancada e vai cumprimentar o “governo” derrotado. Socrates estava a mercê dos caes.
Não é de estranhar pois, o Pacheco também foi um dos defensores da
teoria da asfixia democrática, bem demonstrado na sua actuação na
famosa Comissão de Inquérito PT/TVI, onde teve oportunidade de ou-
vir algumas das escutas da operação “Face Oculta” que, seria Sócrates!
Lamentávelmente, não é só o P.Pereira, há vários cronistas que se inti-
tulam e são prof. universitários que não só não gostam dele, como o seu
hoby é tentar deitar abaixo o antigo P. Ministro até, quase cegam por-
que o que, os move é uma profunda INVEJA das qualidades e da com-
petência política do visado! Sendo a maior parte deles avençados, logo
recebem por favores prestados a quem os contrata ou seja, a indústria
do mal dizer dado que, a moral só se aplica aos outros!!!
O que me parece conduta reprovável é alguém com a estatura intelectual e cívica de Pacheco Pereira reconhecer os “abusos de poder e actuação ad hominem da justiça” apenas para efeitos de enquadramento retórico de um texto de ataque aos seus inimigos políticos. Como quem bebe um como de água.
ainda não foi desta que o pacheco revelou o teor das escutas que comprometiam o sócras. deve tar a guardar prá bisneta da jacinta.
A estatura intelectual e civica do Pacheco Pereira eheheh. A estatura intelectual e civica do PP iguala a estatura física do mini mendes. São anoes de circo, crescem mais um centimetro e são despedidos pelo dono do circo.
uópesse, não é a jacinta, é a mana lúcia. sou uma nódoa quando me ponho a falar do plantel das aparições, o que vale é o legado do santo eugénio de almeida chamar-me a atenção para essas cenas beatas.
vai ser interessante seguir as adjudicações da fundação de serralves à mana pacheca & fantaslaranja.
O pior, ou melhor, desta pachecal criatura que se pensa o criador da opinião e visão certa, racional e plausível e deste auto-pensar-parecer feito de literatura e jogos de palavras para fazer silogismos que façam parecer passar por verdades embora concebidos com premissas feitas de insinuações e falsidades, (à maneira intelectualmente torpe dos tavares, pulidos valentee e soromenhos marques) é a sua grandiosa experiência e visão para detectar comportamentos de mau carácter naqueles ao pé dos quais não passa de pobre medíocre; típico da cultura portuguessa, arruinar, destruir os melhores para que a mediocrinagem vingue. Vide o seu apoio a medíocres como cavaco, manuela e o traidor durão e de novo feito para apoiar o rio, outro contabilista que puxa logo da pistola se lhe falam de cultura.
Reparem que este falhado político, foi braço direito de duarte lima anos a fio e nunca deu por nada, nadinha, nada de nada de corrupção. Nesse tempo corria por toda Lisboa empresarial, à boca cheia, que ninguém (leia-se empresa) ganhava um concurso público sem levar ao dito escroque chefe da bancada do psd, do qual pacheco era ideólogo e braço direito, um envelope com 10% do valor do orçamento do projecto.
Era o tempo do escroque duarte lima, à vista de todos, comprar andares de luxo caríssimos e logo depois trocar por outros ainda mais luxuosos e a tal quinta em Sintra que murou de tal forma que até Mário Soares, seu vizinho próximo, se espantava publicamente.
E o mesmo pacheco que, mesmo nas suas barbas não via nada, nunca viu nada, nunca deu por nada, no caso Sócrates vê, em todas as insinuações do ‘cm’ e suas próprias, factos tão plausíveis como sendo prova de corrupção como no caso do amigo milionário emprestar a quantia de apenas 1,7% do dinheiro que tem em caixa quando, eu por exemplo, ainda recentemente, emprestei 6,5% do meu dinheiro a um amigo meu camarada na guerra colonial, e como é normal acontecer entre amigos honestos.
Outro aspecto que revela o que verdadeiramente move o seu pensamento para a mentira intelectual é a constante observação, tal com o faz o pulido , o soromenho e todos falhados políticos, de que Sócrates é um morto político, que não tem mais nada a dizer nem acrescenta nada ao caso, que se torna confrangedor e desse modo porque não se cala pois só se prejudica a si no “processo”, junto do povo e ao partido, etc. e coiso.
Bem, se é assim porque tem Sócrates audiências acima de um milhão de atentos escutadores, sim porque os que ouvem Sócrates não são os mesmos das telenovelas à brasileira ou dos futebóis, e porque razão se veem obrigados todos os pachecos, soromenhos, tavares, pulidos e toda a casta de avençados comentadeiros vir a público falar do que fala Sócrates?
Mas pacheco é, neste aspecto, ainda mais hipócrita que os demais pois, fala que não se pode bater num homem caído, a morrer ou mesmo já morto, e logo que ele apenas rabeia vem imediatamente atirar-lhe mais uns balázios a ver se o abate de vez.
Viram o ataque ao Hebdo em França quando um homem ferido no chão pede socorro e o terrorista, vendo-o ainda vivo, o abate ferozmente com uma rajada; pois pacheco, com as armas de que dispõe, faz o mesmo relativamente a Sócrates.
Bonito post! se não fosse o facto de ignorar as investigações de jornalistas , presumo que bons pois trabalham há varios anos, que denunciaram sucessivamente, crimes de corrupção e atropelo da verdade, muitos anos antes do juiz Alexandre e do P.Pereira achar que o aldrabão era mesmo corrupto
Pacheco Pereira é um medíocre. Em nobreza de caracter não chega aos calcanhares de Sócrates. Ele pensa que as pessoas já se esqueceram da vilania cometida quando se dispôs a ouvir escutas relativas à vida pessoal do PM em funções, que ele sabia que não podia ser escutado sem mandato do presidente do STJ. Mesmo quando essas escutas pudessem ter resultado do acaso. Sabia, o deputado rasteiro, mas não conseguiu elevar-se da sua rasteirice. Sabia, mas foi igual a si próprio. Como prémio da sua conduta indigna enquanto deputado e cidadão, João Soares deu-lhe o poleiro na Serralves. João Soares, o avençado da CMTV. Vai à merda, João Soares.
antonio cristovão: De que crimes de corrupção está a falar e de que jornalistas?
Ignatz, bebes do fino a (e)scalla coelli.
foi foral, não dá finura, só grossura. escadas para o céu dão-me vertigens à carteira, só se deus descer à terra e puser o marcelo a fazer novamente conversas em família. toma lá deste que é baratinho.
https://www.youtube.com/watch?v=w9TGj2jrJk8
Penélope, as principais origens do dinheiro da conta do Carlos Silva são:
– Lena (1ª fase; Sócrates não é ainda PM);
– Espírito Santo/ Angola (oposição à OPA Belmiro, renegociação PPP’s);
– Privados da OI (negócio PT novamente).
Enquanto o branqueamento de capitais e a evasão fiscais são crimes facilmente demonstráveis, os processos de decisão e pagamento acima são mais dificilmente relacionáveis, e foram bem dissimulados.
ò sô soares, atão “são crimes facilmente demonstráveis” e depois “são mais dificilmente relacionáveis”, não lhe parece que inventar é fácil, mas concretizar já é o caralho e depois ainda temos a puta da dissimulação. nem percebo como é que ainda não criaram uma lei para criminalizar a dissimulados e idiotas como tu.
Cuidado com o Pacheco (grande cabeça) Pereira ! Se ele se zanga e começa a disparar livros,tem munições para anos e anus ! Verdade se diga que não lhe servem para outra coisa! E toda a sua documentação sobre o PCP atirada à cabeça dum cidadão, põe-no a pão e laranjas uma temporada!!!
Fernando Soares: Você ainda anda por aqui, homem? Não devia já estar a oferecer os seus préstimos ao MP? Ou escreve-nos de lá?
parabéns pelo poste. quanto a pacheco pereira,nada tenho a dizer de importante.não gosto de falar sobre pessoas que vivem da má lingua!
antonio cristovão,esta tua perseguição a socrates é motivo suficiente,para um internamento no julio de matos!
Ignatz, essa escadaria e muito melhor. Boa malha.
Quanto ao nectar, e uma “estupidez” dar tanto por um vinho, o preço não acompanha a qualidade.
José Neves, tudo o que dizes e verdade, mas a verdadeira questão é se a eleição de Costa favoreceu a situação de Sócrates. Se a necessidade de criação de uma narrativa e do tal decrescimo de agressividade na vida política e incompativel com a defesa do estado de direito, personalizado ou não em Socrates. Para já entregou a pasta a corporação e não penso que a nova ministra se insurja contra os ex e futuros colegas. E, para acabar, so pergunto isto porque correu por aqui a versão de muitos comentadores que a eleição de Costa seria o melhor para Socrates. Está visto que não. O que pensas?
O Costa atirou com os dados e enquanto estes não parem de rodar, não saberemos aonde vai parar o processo Sócrates, onde o João Soares chegará, onde a TAP vai parar, e em que muro nós todos vamos esmurrar o nariz.
E os dados não vão parar tão depressa.
E nós de boca aberta! e olhos arregalados!
Ó Pé no Lopes, o Pai Checo não é um escrevedor ( mau escritor ) escrevedor(a) és tú .
Pai Checo is one of the soundest minds no país.
Foi ele que primeiro dispendeu e desenvolveu a tese da maioria eleitoral anti-PAF, assim criando as raízes para a coligação vigente . E por isso mesmo, o querem expulsar do PPD .
Não fosse ele, ainda o PS andava às voltas .
Muda o nick para Pénocharco .
Ou Pénargola .
O escarro continua a pontificar por aqui .
Significativo que quando os snrs. comendadores Pimpampum e Numbejonada se retiraram, a creatura eclipsou-se .
Para a barriga da mãe que o pariu, acho, o kanguru Valupinatz .
Do alto do monte – Conto de Natal
… Pacheco deixa arrastar a âncora, perde o norte e encalha. Com a água pelo pescoço, agita-se freneticamente, mas não pede ajuda. Da sua boca, houve-se, disparadas, as palavras: «….Sócrates maldito… Corrupt… Soc…. glu…. glu…. gl….». Depois, silêncio. Do alto do monte, o velho assiste à cena e abana a cabeça. Um pensamento, todavia, absorve-o… nunca mais acabam com a publicidade no canal público… «Comenda!!!», berra, olhando ligeiramente por cima do ombro. O fiel amigo, ouvindo a voz do dono, aproxima-se correndo nas quatro patas e agitando a cauda num frenesim. O velho pousa a mão direita sobre a cabeça do cão e faz-lhe distraidamente uma festa. «Comenda…» diz novamente… … agora que a golden share vai à vida, o Belmiro pode outra vez tentar vender aquilo aos bocados e fazer uma pipa de massa,» e conclui com tristeza… «O país afunda-se». O rafeiro desanimado volta a deitar-se em cima do jornal. O velho cogita. A vida passou depressa. Como num filme agitado, imagens apressadas percorrem-lhe o pensamento. Olha novamente para o sítio onde desaparecera Pacheco. Nunca gostara muito dele. A situação piorara depois daquela insistência obsessiva com que alimentara os ódios dela e a conduziu àquela derrota estrondosa. Olhou demoradamente para o mastro que boiava no sítio do naufrágio. Julgou ver um objecto que emergia. Semicerrou os olhos, concentrando-se na imagem. Pareceu-lhe ver um dedo espetado, depois um punho e, finalmente, o corpo de Pacheco emerge de rompante à superfície separando as águas com estrondo. O mar devolvia Pacheco à vida. Os pulmões de Pacheco congestionados recusam-se a aceitar o sopro da vida. Pacheco estrebucha e consegue, num ronco cavo, começar a respirar. Os olhos arregalados percorrem a costa em redor, ávidos de vida. De repente, Pacheco avista o velho no alto do monte, e, na sua agitação, confunde-o com Deus. Não era Deus, longe disso, mas, para Pacheco, aqueles cabelos desgrenhados e a cara bexigosa personificavam o Criador e o milagre do seu regresso à vida. O mastro arrastado pela corrente dá à costa e, com ele, Pacheco. Sentindo terra firme, Pacheco beija a rocha e enterra fundo as mãos na areia. De repente, ouve uma voz. Era uma voz sem som, que se lhe cravava no cérebro. Uma voz simultaneamente maternal e paternal, que lhe fazia lembrar recordações de infância. Maternal porque o aconchegava, o acarinhava e lhe dava segurança. Paternal porque se tornava rapidamente exigente, não lhe dava espaço para solilóquios e o encurralava. Esta era mesmo a voz de Deus. “Pacheco”, disse a Voz, “Eu amo todas as coisas, vivas ou inertes. A uma espécie dei consciência e responsabilidade. Nesta espécie não dei a todos as mesmas condições de vida. Tu nasceste privilegiado, com carinho, bens materiais e numa família de antigas tradições. Cresceste e fizeste-te homem. No meio onde vives, foste considerado e admirado por fazeres muitas concessões à liberdade de pensamento e, fartas vezes, sorri quando abocanhavas aquele teu correligionário mulherengo.” Mas”, continuou a voz, “algo explodiu dentro de ti e, de repente, dei contigo a vociferar, escumar e arrastar a barriga pela lama. Pacheco, Eu não te fiz réptil! Devolvi-te a vida. Sê Homem.” Pacheco chorou primeiro silenciosamente, depois convulsivamente, mas o rosto resplandecia. O choro era de alegria, e murmurou: “Deus é grande”. E, na costa, vinda não se sabe de onde, espraia-se a Ode à Alegria do compositor surdo.
O caga letras aí de cima perdeu completamente o tino . Alguem vai ler isso ? Ao que chega o desvairio . Mais um desesperado .
Val…Pronto! Lá vou eu escrever ” foi exactamente o mesmo que eu pensei quando acabei de ler o artigo tóxico do PP…!
É que o homem não consegue mascarar com todo o “discorrer da situação” o ódio que tem a Sócrates…E é desde há muito tempo!
Não esquecer o que o Pacheco Pereira veio dizer aquando da “Inventona de Belém” sobre o governo de Sócrates andar a espiar o palácio de Belém…”que o Sr. presidente ainda não tinha dito tudo! E que nós ainda iriamos saber muito mais sobre o escândalo das escutas!”
Mas mais tenebroso ainda – e que diz muito sobre os “fundos da alma” do nosso pensador, agora tão reverenciado – foi a sua insistência , enquanto deputado membro da comissão parlamentar sobre a “estória da TVI” de deverem ser conhecidas as gravações das conversas de Sócrates com já não sei com quem…!
Ele o o médico do BE, o João Semedo! …E foi o “antiquado” presidente dessa comissão, o Mota Amaral, que proibiu tal devassa, afirmando que já as tinha ouvido e que nada tinham relacionado com o caso em análise!