Mais valia estares calado, Tavares

O Público e o seu vomitório bissemanal da última página. Na direita que o colunista JMTavares representa, ou dizem que não há investimento do Estado, o que consideram uma tristeza e uma vigarice e uma desgraça, ou dizem que, se há, não devia haver, porque o financiamento ao abrigo do programa 2020 deveria ser canalizado exclusivamente para projectos de risco de empresas privadas. Estado não toca no 2020. É o que se conclui do paleio de hoje da última página. Demagogia em estado puro: passar a ideia de que «o Estado», subentendendo-se e sugerindo «os governantes» e seus amigalhaços, ficam com as verbas todas em proveito próprio, escamoteando o facto de, ao financiar projectos de melhoria de infraestruturas, o Estado convocar inúmeras empresas privadas, que assim prosperam e dinamizam a actividade económica. Apostar na qualificação das pessoas também é considerado investimento inútil.

Critica-se agora o estado de degradação da ferrovia, não é?  Pois, mas, ao criticar-se a utilização dos fundos do programa 2020 pelo Estado, critica-se o investimento na modernização da mesma ferrovia ao abrigo do dito programa europeu, por representar um “desvio” para o Estado de verbas que deveriam ir para empresas fantásticas, superinovadoras e potencialmente o orgulho de Portugal que só o Tavares conhece (embora não empreenda). Entretanto, testemunho, por exemplo, quantos fins de semana de alternativa rodoviária tem custado aos utilizadores a melhoria da via férrea na zona de Mortágua, linha da Beira Alta; mas está a ser feita. E outros troços se seguirão. Para o Tavares, deveriam ser apenas os impostos a pagar estes avultados investimentos (se considerarmos toda a rede). Sim, abelha. Sabemos onde queres chegar.

 

Mas o pulha vai mais longe. Dá como exemplo de “desvio” de verbas para projectos inúteis a atribuição de uma pequena parte das verbas recolhidas para ajudar as vítimas de Pedrógão à melhoria da unidade de queimados do hospital universitário de Coimbra.

“Lembram-se do miniescândalo de Outubro de 2017, quando se percebeu que parte dos donativos angariados para ajudar as vítimas de Pedrógão estava a ser canalizada para equipar a unidade de queimados do Hospital de Coimbra?”

O Estado come tudo e não deixa nada, in Público

Unidade de queimados. De Coimbra. Vêem? O que tem isto a ver com vítimas de Pedrógão? É só vigarices. Dos “xuxas”, “who else?”.

5 thoughts on “Mais valia estares calado, Tavares”

  1. Há o Tavares rico (o Miguel) e o Tavares pobre (o João), o rico diz que gosta de pobres e o pobre só gosta de ricos. Os ricos gostam dos dois e os pobres de nenhum. Eu que sou remediado Tavares só há um, o do cozido às quintas e mais nenhum. Hics… e viva o tintol!

  2. O Viegas parece-me ser um daqueles gajos capazes de defender até à morte que um relógio parado está certo porque… dá a hora certa duas vezes por dia! Feitios…

  3. Colei o meu comentário anterior no sitio errado. Já corrigi. As minhas desculpas à administração.

  4. O escriba frustrado lambe o rabinho das direitas para receber umas migalhas,
    precisa de alimentar os filhos que, quem sabe, mais tarde o rejeitarão!
    Segue o velho princípio salazarento de que, é preferível falar mal dele do que,
    simplesmente ignora-lo, isto insere-se na sua costela masoquista, gosta levar
    nas orelhas … não dou para esse peditório!!!

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