Quando pensávamos que a receita da austeridade em dose concentrada estava a produzir tão bons resultados, era a acertada, a imprescindível, a redentora, a inquestionável, enfim a única, o PSD vem agora deixar-nos abasurdidos com a ultrapassagem pela direita e pela esquerda, por cima e por baixo, da adenda para o crescimento proposta pelos socialistas (que deve complementar o novo Tratado europeu que consagra a máxima “a austeridade ou as galés”), passando a grande velocidade a caminho de um plano Marshall! O que terá corrido mal?
E tamanha é a aceleração rumo ao novo Graal que “pedir uma adenda é olhar para trás”. Fangios, estamos convosco, como não?
A desorientação é tanta que já nem reparam que se contradizem por completo numa só frase ( a transcrita acima).
E ainda anda por ai gente com neurónios na testa a contorcer-se como uma atleta chinesa para tentar justificar o injustificavel. Valha-nos deus!
O plano Marshall a que o PSD alude é, obviamente, o famoso plano de Marshall McLuhan, o teórico dos media que nos deixou frases como esta: “O meio é a mensagem”. Ora, a popularidade desta expressão reside na sua intratável ambiguidade, onde o meio é aquilo que se quiser e a mensagem, então, o que apetecer. Assim o PSD, que se serve de todos os meios para dizer qualquer coisa e o seu contrário.
É um plano, e já lhes deu um Governo; veremos o que ainda dará mais.
O que não vi ainda ser discutido seria a forma de construir uma Europa sem a Alemanha. Fronteirinhas fechadas, forte carga alfandegária no made in germany. algumas dificuldades iniciais mas…Rua com a cambada!
A Europa nunca conseguirá ser solidária, fraterna e sobretudo livre com os “boches”.
Digo eu que posso ser maluco. Mas, pelo menos, um maluco original que detesta a merda alemã. Cambada de filhos da puta!
Já vi esse filme vezes sem conta. O PSD consegue ser contra e a favor do que quer que seja, desde que daí retire algum proveito, quer dizer votos. Scuts, TVG, Pacheco Pereira, Carrilho (lá chegará, lá chegará) são bons exemplos. Estão só a ser coerentes. Aliás são sempre coerentes na sua eterna incoerência. Imbatíveis.