O nosso amigo e colega que assinou aqui «afixe» escreveu um post encastoado num comentário a outro post. Não me perguntem como isso se faz – hoje é domingo, e não vou partir a cabeça. Sobretudo, isso não é o mais importante. Pensando bem, não é importante sequer.
Está tudo num comentário de Luís Oliveira ao meu post «Lixo atrai lixo». Que não tinha culpa. O post. Nem o Luís Oliveira provavelmente.
Caro «afixe» (permita-se esta interpelação encastoada num post…): se a qualidade dos comentadores é assim tão determinante (é este, parece-me, o teor do teu último contributo), andarei eu muito perdido ao ter o «Abrupto», o «Da Literatura», o «Esplanar» e «A Origem das Espécies» entre os meus blogues diários, que não permitem, todos quatro, o comentário, ou pelo menos o comentário não filtrado? Blogues onde não se comenta não são «blogues»? Terei eu lido mal?
Ontem escrevi um post e pensei tê-lo deixado em rascunho.
Quando dei por ele, estava publicado – deve ter estado uns 10 minutos no blogue.
Ao aperceber-me, e porque ao contrário de alguns, ando longe da perfeição e queria refelectir melhor, apaguei-o (mesmo a minha intenção primeira era deixá-lo em rascunho e não publicá-lo)
Mas o post deixa rasto e se fores ao endereço onde ele estava, embora não apareça no blogue, é possível lê-lo.
O Luis Oliveira, grande amigo e apreciador do meu bom gosto, resolveu ir buscá-lo e mostrá-lo aqui.
É só para te explicar que não escrevi um “post encastoado num comentário”.
E que o responsável por ele ter aparecido num comentário ao teu post é o autor do comentário, como é óbvio.
Já agora: claro que a qualidade dos comentadores é determinante nos blogs que têm as caixas abertas.
Infelizmente, neste blog acontece o que viste: o exemplo dum comentador que se deu ao trabalho de colocar em comentário o endereço de um post que eu próprio tinha decidido apagar.
E só te resposndo, para não ficares a falar sozinho, uma vez que o teor final do tal post apagado e que só eu podia resolver publicar e, então sim, tu comentar, atingiu agora uma forma algo diferente daquela a que te referias.
Para te dar um exemplo: escrevi um texto em papel, tive dúvidas e mandei-o para o lixo. O tipo foi lá buscá-lo e resolveu mostrá-lo ao mundo. Ele que te responda, agora.
Porque eu não sou obrigado a ver esse meu texto, trazido do lixo, online.
Espero que gostem do quadro.
Só para que conste: achei imensa piada à forma que arranjaste para desvendar o mistério.
“um post encastoado num comentário a outro post” e “Está tudo num comentário de Luís Oliveira ao meu post «Lixo atrai lixo». Que não tinha culpa. O post. Nem o Luís Oliveira provavelmente.” são das coisas mais belas que já vi escritas neste blogue. Nonsense, e por isso belo.
Boa tarde Fernando Venâncio,
Não que interesse, mas “férias forçadas” obrigaram-me a um afastamento de tudo.
De regresso, há uns 10 ou 15 dias, duvidei que tivesse “entrado” no “aspirinab”.
Não é meu lema a crítica destrutiva, mas perturbou-me deveras a escrita de um certo “afixe”. Uma coisa será a “brigada” ou o recente “tracked”, que no máximo nos provoca um esgar (à falta de melhor) outra bem diferente, um “postador”. Digo eu …
Mas a salvar-me a alma (se salvação ainda tiver) vem o F. Venâncio que nos vai aconchegando e satizfazendo uma certa avidez, com escritos que valem a pena ser lidos.
É que até do Jorge Carvalheira se não vê rasto…
Refere num outro texto que,”Lixo Atrai lixo”, mas também é verdade que a qualidade é atráda pela qualidade.
Os meus cumprimentos e boa sorte
afixe,
Que dizer, senão que estou contente por não te reconheceres no texto deitado ao caixote do lixo, e que mão ligeira, de larápio sabido, foi lá apanhar?
Ah, o quadro com a garota? É a expressão do mais sombrio desespero? Ou é pura ânsia genesíaca, e digo assim por ser domingo?
aragem,
Sou eu que lhe desejo boa sorte. Com o afixe. Este mundo é um vale de lágrimas.
Fernando,
Lamento que o meu comentário tenha sido tão mal interpretado.
Não tenho nem nada quero ter a ver com o seu afixe
aragem
vai dar uma curva ao bilhar grande e não apareças mais por aqui para chatear!
Este último «fv» é parvo, e sobretudo não sou eu.
Inocência a minha, pensar que seria possível escrever num blog depois de dois anos de afixe. Estas aragens fétidas não desaparecem.
Quanto a ti, fernando, fico contente que tenhas percebido o que se passou.
Não é que não me reconhecesse no texto – não totalmente, isso é certo, ou tê-lo-ia deixado online, a verdade é que cria lê-lo hoje e decidir sozinho, não com a ajuda daquele tipo.
Mas que passará pela cabeça destas almas? Se o texto não estva online qual o interesse de o ir buscar? Pura maldade?
“queria lê-lo”, pois claro.
afixe,
«Pura maldade»? Sempre será a dum «grande amigo».
[Hoje estou de faxina. A tradução em que trabalho beneficiará – ou é só crença minha? – destas desopilações].
Uma última coisinha, fernando: antes de escreveres este post com aquela dos “posts encastoados em comentários”, talvez fosse de bom tom tentar saber o que raio tinha acontecido, não?
Até aposto que alguém te teria cedido o meu mail.
Mas isso era o que eu teria feito.
Devemos ter noções diferentes de “algo”. Para o “algo” há-de haver, por certo, um substituto ideal, porém, com a desculpa de ser Domingo e “para não partir a cabeça”, fica assim.
Afinal, o tal “algo” nem há-de ser atributo que se deva prezar em demasia.
“grande amigo”?
Valha-te Deus ou quem te vale nestas alturas, fernando. Não conheço o tipo, que, por certo, não é meu grande amigo.
Para a próxima (como se a houvesse!), não me esquecerei de colocar aspas ou itálico, para que se detecte melhor a ironia.
afixe,
Tu és o mesmo afixe que escreveu «achei imensa piada à forma que arranjaste para desvendar o mistério»? Ou anda aqui fadistagem a divertir-se com os nossos «nicks»?
eu então não percebo grande coisa, mas têm aqui:
http://www.postalescachondas.com/nuevo/create.php?card_id=139
(…entretanto lembrei-me de uma coisa: nunca vos aconteceu aqueles nós espontâneos nos fios e nos cordéis e nos porta-chaves, etc? A mim já, várias vezes, e uma vez ou outra não percebi mesmo como aquilo tinha acontecido…
Ora, lembro-me um dia que peguei um dia num livro de Teoria dos Nós e percebi que eles conseguiam explicar nós espontâneos mergulhando o cordel num espaço com mais dimensões…
Pergunto-me: então isto das strings de bytes também não deverá dar origem a nós espontâneos no espaço digital?)