Se as casas desabitadas, em Portugal, estivessem todas juntas, estaríamos perante uma cidade enorme, com capacidade para alojar um quarto da população portuguesa. A questão que me ocorre é a seguinte: mesmo que não estivéssemos a viver uma crise habitacional, seria ambientalmente sustentável a manutenção desta autêntica cidade fantasma? A direita acha que os proprietários não só têm o direito de a manter tal como está, como pedem mais construção nova. Ou seja, os proprietários têm o direito de a ampliar se assim o desejarem.
Vivo numa zona, como tantas outras, cheia de crateras gigantes devido à extracção de areia e pedra. E estes recursos são só uma pequeníssima parte da matéria-prima necessária para construção da tal cidade fantasma. Basta pensar na quantidade de metais, de betão, de madeira, de plástico, de tintas, e de mais um sem fim de materiais. Mais toda a maquinaria usada para a extracção, transformação e transporte de todos estes materiais. Quantas pedreiras, minas, florestas, indústrias altamente poluentes, alimentam a construção civil? Qual é o impacto ambiental de tudo isto? Para a Direita, deve ser zero.
Já é penoso ver a minha serra, e tantas outras, a desaparecer, mesmo que a finalidade seja construir cidades para as pessoas habitarem. Mas saber que também é para construir edifícios que não passam de mais um investimento, dos respectivos proprietários, é revoltante!
Em resumo, o lucro do investimento em imobiliário é dos proprietários, o prejuízo ambiental associado fica por nossa conta. E, para a Direita, assim é que está bem.
estou contente , alguém pegou no que venho a gritar desde o ano passado : as autarquias devem arranjar terrenos , alugá-los a baixo preço , com opção de compra , para instalar as girissimas e baratas pré fabricadas , modulares ou outra. grande estaladão nos gananciosos. e há-as caras , para quem tem mais massa.
bairros de vivendas na cidade , um must.
https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/moradias-acessiveis-governo-quer-leva-las-para-as-cidades?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=dbi_cruzados&utm_content=CM&fbclid=IwAR3LXx17JwY9efDB6x6HIqYymRvBKIX6Pb2FOMssWOXdorwYLTmtEzq9VLM
parece-me muito bem que os proprietários de casas, com as devidas excepções previstas na lei, tenham o dever, senão a obrigação, de utilizá-las, conservá-las e reabilitá-las. eu diria que o governo pretende optimizar os recursos disponíveis. mas também acho que esses proprietários têm de ter um travão nas rendas porque andam a abusar. há cidades em que o aproveitamento da chegada de refugiados ucranianod tem sido escandaloso porque as câmaras estão a ajudar com metade das rendas inflaccionadas pelos falsos altruístas.
ademais, e além do que é citado no texto, o cimento é o maior emissor de CO2 do mundo.
O intervencionismo arbitrário no mercado vai estimular ou desestimular o investimento na recuperação de imóveis? O desinvestimento tem impacto ambiental, económico e social positivo ou negativo?
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/desemprego-sobe-49-em-janeiro-pelo-sexto-mes-consecutivo
Lucas Galuxo, incompreensivelmente, esses números do desemprego, devidamente trabalhados pelo Grupo Cofina, só entusiasmam pessoas com as tuas características… Porque será?…
“Em resumo, o lucro do investimento em imobiliário é dos proprietários, o prejuízo ambiental associado fica por nossa conta”
em resumo do quê? do capitalismo? e é só no imobiliário que o lucro fica nos proprietários e o prejuízo ambiental é por nossa conta? o partido negócio impõe só se deu conta disso agora?
como diz o louçã, o conhecimento histórico-político e a a capacidade de decisão da nossa classe dirigente estão pelas horas da amargura
a oposição castrada e castradora em resumo. porque os problemas são só oportunidades em potência de soluções.
guida, indique um período recente em que a construção civil foi mal e a economia portuguesa foi bem. Ou vice-versa.
digo eu, digo eu. quando Portugal, e o mundo, estava em pânico com a chegada repentina da maldita pandemia, o sector da construção – aquele cujo peso é altamente relevante no PIB para o país, também em termos de empregabilidade -, manteve-se firme e até cresceu. ora tal só pode significar também uma excelente acção governativa atendendo às particularidades desta indústria. paradoxalmente, e isto enquanto o Lucas Galuxo provavelmente coçava os tomates em casa lamentando-se e peidando-se criticando Costa, conseguiu-se que, a par do respeito pelas leis do trabalho que regulamentam este sector, nomeadamente as mais relevantes em termos de segurança e saúde no trabalho, respectivamente, NR 4; NR 5; NR 6; NR 7 e NR 9 e NR 18, mitigar o vírus nas obras. isto obrigou igualmente a uma reformulação da gestão de segurança e saúde do trabalho das empresas, conforme as leis e decretos do Ministério da Economia, Saúde e Trabalho. houve uma evolução no sector da construção civil, portanto: novos controlos de prevenção ao vírus como, por exemplo, o distanciamento social, a higienização das mãos e uso mais apertado de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual); aumento da fiscalização, além das autoridades governamentais, pelos responsáveis das obras.
concluindo: quando o país estava mal, a construção civil – graças ao excelente desempenho do governo de Costa – saiu-se, ficando-se e crescendo-se – bem. é a salubridade governativa, digo eu.
Não percebes nada da filosofia politico-economica da direita. Um proprietario prospero é a pedra angular de uma economia sã. Com os lucros que brotam do suor do seu empreendedorismo inato (as mais das vezes, inato ha varias gerações) ele vai comprar mais pedras e vinho verde, dando assim de comer aos portugueses. E, como se não bastasse, ainda vai pagar por cima disto, os impostos que não deviam existir…
Boas
a coisa do impacto ambiental também tem solução simples : proíbam o luxo. tudo small , feito com o menor impacto ambiental e o menor consumo de recursos possível. que impacto ambiental tem o ronaldo ? deve ter um impacto ambiental absurdo , o equivalente a 1000 proprietários normais. e eu que nem gosto de bola e tenho de sofrer o impacto ambiental desses cromos todos exibicionistas.
talvez o “aquecimento global” tenha um aspecto positivo e leve ao lógico : poupança de recursos , nada de desperdícios causados pelas vaidades. aposto que os das “energias verdes” não vão gostar.
Lucas Galuxo, onde foste buscar a ideia de que irá haver desinvestimento na construção civil e consequente crise no sector?
https://expresso.pt/economia/2023-01-05-Construcao-ve-sector-a-crescer-entre-24-e-44-este-ano-e30369f0
Parece que os industriais do ramo não concordam contigo, tens de lhes mostrar as tuas contas.
guida, isso foi antes do pacote.
Vamos ver como reagem os agentes económicos a medidas hostis à propriedade privada.
Broas:
“Um proprietario prospero é a pedra angular de uma economia sã.”
Estás a falar a sério, ou estás na tanga??
“Estás a falar a sério, ou estás na tanga??”
Resposta no resto do comentario, que nem é muito extenso.
Boas
ó jp…o João estava a ironizar. estás a ficar como eu ou quê?
Lucas Galuxo, não tinha pensado nisso. Mas, realmente, “tratando-se de medidas hostis à propriedade privada”, é muito provável que as empresas de construção civil boicotem o programa do Governo e se recusem a fazer as obras. E lá terás a maldita crise que não há meio de aparecer!
guida, sim, emigram centenas de milhar de engenheiros, enfermeiros e médicos e imigram outros tantos apanhadores de fruta e atendentes de balcão, e a maldita crise não há meio de aparecer. Deixa lá, ao menos os portugueses vão tendo cães e gatos em vez de crianças. Nem tudo está perdido!
bem , só visto. com o aumento de insolvência de particulares , com a previsão de que as insolvências das empresas vão aumentar entre 20 % a 30% em 2023 , com o aumento brutal de preços , com gente a “roubar” para comer , com o desemprego a subir e sei mais lá o quê , e os propagandistas não têm vergonha de dizer que a crise não chega?? tantos corpos sem alma , nossa.
yo, não admira que me acuses de não ter alma. Vais buscar previsões elaboradas por uma seguradora. Toda a gente sabe que essa malta praticamente roça a santidade. Não consigo competir.