Passos Coelho, no Pontal, anunciou que será ele a dar as más notícias que constarão no próximo Orçamento de Estado. Não é a primeira que o faz e o objectivo é claramente o de atacar os seus antecessores. Ou melhor, o seu antecessor, esse cobarde que mandava sempre recado por terceiros. Passos avisou ainda que o fará quando chegar o momento certo, dando a ideia de que as tais medidas ainda estavam a ser estudadas. Mas eis que nos dias seguintes as tais más notícias que nos deveriam ser dadas em primeiríssima mão pelo primeiro-ministro surgem na imprensa. Como é óbvio não é nada oficial, mas a coisa comenta-se um pouco por todo o lado, há entidades que reagem, enfim, o terreno vai-se preparando. Não correu propriamente como previsto, mas era também essa a intenção de Marcelo, no passado domingo, a de ser mais um a preparar-nos para o que aí vem. Ou seja, o que Passos disse, tecnicamente, não é mentira, oficialmente será ele a dar-nos as más notícias, mas a verdade é que quando o fizer não haverá ninguém, nem no País nem por essa Europa fora, que não saiba o que tem para dizer. E o Governo também saberá exactamente o que todos pensam do que vai ser anunciado.
Mas, atenção, quando chegar o dia, será preciso muita coragem!
Excelente.
“Mas, atenção, quando chegar o dia, será preciso muita coragem!”
seria, se tivessem vergonha na cara, como não têm o problema não se põe.
quanto à coragem do primeiro ministro, espero pelo próximo banho de multidão para ver como é que se safa sem ser pela porta dos fundos.