Fitna – III

Em Fitna – II, apareceu uma ligação para este poste. Trata-se de nova contextualização do filme de Wilders, agora a partir dessa estupidez chamada Schism. Mas o que mais importa está ao lado, lá na página. Estamos no meio de um dos vários movimentos que procuram introduzir racionalidade na religião e cultura islâmicas. A vitalidade destes grupos e personalidades parecerá chocante àqueles que permanecem apavorados — e, portanto, enlouquecidos — pelo terror islamita. Mas é verdade: afinal, há muitos que arriscam combater a patologia e a maldade apenas com palavras de paz. A sua coragem rivaliza com a sua lucidez.

O comentário de robito, o último ao tempo em que escrevo, é lapidar. Porque expressa, sumária e simplicissimamente, uma visão democrática e secular sobre o fenómeno religioso; naquilo que se constitui como exemplo de uma posição que representa o actual paradigma civilizacional, onde as religiões têm de se circunscrever à esfera individual e submeter ao primado da liberdade. Só por ele, vale a viagem.

34 thoughts on “Fitna – III”

  1. Desculpa-me não comentar o post, mas sim a nova apresentação (datas), é uma excelente ideia. Eu já tinha reparado nessa lacuna complicada e vejo que resolveram o assunto. E com cor fica sempre melhor, claro ;-)

  2. Por mim sejam radicais quanto lhes apetecer…mas façam-no entre eles e se não gostam da nossa forma de vida (e parece que não) bazem e vão para as suas terrinhas deprimentes.

  3. Tirado dos OUR GOALS de reformislam.org:
    (…)
    – to educate non-Muslims about the differences between moderate Muslims and Islamists (a.k.a. Islamic Religious Fanatics, Radical Muslims, Muslim Fundamentalists, Islamic Extremists or Islamofascists)

    Pois é. Ainda há por aí muitos que não sabem a diferença entre ISLAMITA (simplesmente muçulmanos) e ISLAMISTA, entre Islão e ISLAMISMO

  4. Qual é afinal a “estupidez” de Schism?

    Citar as passagens da Bíblia que incitam à violência contra as outras seitas e ao assassinato de inocentes?

  5. claudia, não tens de pedir desculpa. Eu também gostei muito das alterações. Isto está cada melhor (de aspecto, pelo menos… blah!)
    __

    z, só te faz é bem.
    __

    Nik, andas obcecado com a variante gráfica. Vê lá, não te indisponhas por causa do assunto.

    Quanto a ser uma estupidez, o Schism, é óbvio: afirma que foi a cristandade que invadiu o Iraque, e preenche o tempo com uma maluca qualquer a dizer uns disparates ao pé de crianças. Nada do que se dá a ver faz sentido, é apenas uma fantochada para o YouTube.

  6. Mmh. Não gosto da barra. Talvez se ela se prolongasse até ao limite da área do post ficasse melhor. Que acham primo e Susanita?

  7. ia perguntar qual barra?, porque no meu aparecia apenas a data (em letras talvez demasiado pequenas, estava eu a pensar). pois, acho a barra muito forte, e agora a entrada dos comentários está desalinhada.
    até ao limite da mancha de texto talvez não, creio que o problema está na cor: um cinza claro, talvez, ou no azul mais claro do border da barra lateral. ao coincidir com a do banner anula-a como mancha e cria um padrão barulhento.
    é impressão minha ou este corpo de letra está maior?

  8. ah, já percebi: letra diferente para o autor do post. acho que preferia todos com a mesma letra, e a não serifada, porque mais discreta. para a distinção dos comentários do autor chega bem a mancha do fundo.

  9. e eu vinha comentar o post, é verdade, mas entretanto apanhei esta mudança em curso.
    pois muito bom sinal, quando vi aquele link fiquei muito contente. parece significar não só que existem esses grupos moderados em plena actividade, o que todos sabíamos, mas também que parecem atentos e encontram formas de chegar a potenciais “amigos”, utilizando-os como veículos de divulgação, como acaba de acontecer aqui.

  10. vinha eu aqui lambuzado de mon chéri’s, fumar um cigarrolas, saído do meu Zarco que nunca mais tem sossego, para ver a polémica islami(s)ta, e afinal estão a brincar de estilo. Continuam a ser os meus malucos favoritos

  11. Val, essa da “variante gráfica” é de mestre. E como se não bastasse o dislate, confundes obcecação com obsessão. Já agora, ainda há obstinação, que é o que tu tens para dar e vender. E obstipação, que não te desejo.

    Eu vi os minutos iniciais do Schism, que devem perturbar as cabeças dos islamófobos cristãos com aquelas citações da Bíblia incitando à violência, à intolerância, ao massacre de inocentes, à violação de raparigas, etc. Depois vem a cena de espancamento cobarde de prisioneiros iraquianos por soldados americanos, filmada por uma câmara americana dentro do aquartelamento americano. Fartei-me e fui ver outra coisa noutro sítio. Não achei nada “estúpido” até ali.

    A tua observação

    “Quanto a ser uma estupidez, o Schism, é óbvio: afirma que foi a cristandade que invadiu o Iraque”

    aplica-se a ti próprio, pela mesmíssima razão, quando defendes que o Islão e os islamitas é que são intolerantes e violentos, não os islamistas. Não te enxergas ao espelho.

  12. aqui estou com o Nik, através do evangélico bush e os católicos blair, aznar e burroso, é inevitável concluir-se que ficou uma marca cristã na invasão do Iraque, mesmo que a grande maioria dos cristãos estivessem contra.

    Eu insisto na minha: os ditames do Livro e das suas variantes posteriores têm muito de dispositivos ideológicos de povos traumatizados na longa história da ruptura da capacidade de sustentação da região, desertificação, no que foi o berço da civilização e por isso mesmo.

    maximizar a reprodução, para o trabalho e para a guerra, estabelecer alianças, diabolizar o inimigo, e já agora o perverso blame the victim para expurgar a comunidade dos inconvenientes

    viva a cultura Celta que era da festa e do dom

    aleluia

  13. Nik, se bem te leio, afirmaste que não viste o Schism até ao fim. No entanto, já tens opinião formada sobre. Esse voluntarismo obcecante, provavelmente, será o que explica a tua concepção obcecada sobre a semântica de “obcecado”.

    Já no que deliras quanto à minha opinião sobre o Islão, provocas-me o longo bocejo. Tem cuidado com as cassetes, levam a um progressivo afastamento da realidade.
    _

    z, estás completamente enganado. O cristianismo não tem nada a ver com a invasão do Iraque.

  14. z, não há qualquer relação entre o exercício político desse pessoal e o cristianismo, para nada importando o que se reclame como credo (seja a declaração sincera ou hipócrita). Logo, qualquer associação é ilegítima.

  15. mas Valupi não te sentes obrigado a demonstrar a tua enunciação? O achares que é por demais evidente não te iliba de uma demonstração

  16. Olha o caso do Obama e o berbicacho que o taralhouco do pastor da sua congregação, Jeremiah Wright, lhe arranjou. É um caso óbvio da redução do religioso ao folclórico e patológico.

  17. Demonstrar que não foi a cristandade que invadiu o Iraque? Se é essa a demonstração pedida, pois cá vai: a cristandade não existe como entidade política. Como entidade religiosa ou cultural, diz respeito ao todo das igrejas, credos, que se reclamam dessa origem fundante, Cristo. Ora, nem uma delas – e muitas há que são meros grupos de extorsão – pugnou pela invasão. Bem pelo contrário, vários foram os responsáveis religiosos cristãos que pediram a paz e o diálogo antes dos exércitos avançarem.

  18. Darling Val,

    Despite the good advice given to you by little men from outer space in your dreams, YOU keep reading the utterly wrong and completely useless news. This is a quote from the Christian Science Monitor, today. Enjoy:

    Analysts say politicians hold their tongues on giving additional US aid to Israel for fear of being labeled as anti-Semitic.

    Since its birth, Israel has received at least $114 billion from the US in direct foreign economic and military aid, says Shirl McArthur, a retired US diplomat who periodically updates his Israel cost estimates for the Washington Report on Middle East Affairs (WREMA), a magazine often critical of US policy toward Israel.

    That estimate, Mr. McArthur notes, is conservative. For instance, he has not factored inflation into that $114 billion cumulative sum. The late Washington economist Thomas Stauffer did that calculation several years ago. He found total official aid to Israel, up to 2002, came to $247 billion. He added other costs of US support of Israel (interest on debt, higher oil prices, etc.) to reach a highly controversial total of $1.6 trillion.

    Up to now, the presidential candidates have largely ducked the question of what they would do to further peace between Israelis and the Palestinians”.

    You should know that writing (or discussing) a post without stressing, or even mentioning once, the involvement of Israel in all of this is a futile exercise.

    Try again, I think you can do it. What is your 140 IQ for, lazy boy?

  19. Ainda bem que sabes ler e leste o que eu escrevi para que soubesses o que eu estava a dizer. Eu disse: até ali não vi nada de estúpido. Podia ter dito: até ao fim, mas não disse, porque estaria a mentir. As minhas conclusões, que não são nenhumas, porque não concluí, são o que são: até ali. Mas, até ali, o que vi não teve resposta tua. Atão a Bíblia tem passagens ‘fundamentalistas’ e ‘terroristas’? Julguei que era só o Corão.

    O adjectivo patológico tem um uso muito generoso nas tuas mãos. Pela aragem, deves ser psicopatologista. Quando estás longe de entender, atiras c’o ‘patológico’. Mas quase sempre preferes o ‘obcecado’. Conheço umas ervas para a obstipação, se precisares.

  20. LUSANGLO, essa do QI de 140 peca por estimativa modesta, mas ’tá bem. Quanto ao apoio a Israel, vou deixar a questão para os eleitores americanos resolverem. Consta que há eleições livres e democráticas por essas bandas.

  21. Nik, serás tu o único a desconhecer a historicidade da Bíblia? Se o teu conhecimento de qualquer texto histórico, religioso ou não, for igual ao que pensas do significado de “obcecado”, sim. Mas isso tem cura, é de patologia ligeira.

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