(poema – autógrafo para Domingos Matos)
Muitas vezes vou cedo chego primeiro
Com a fábrica de sonhos inda fechada
Ainda a relva tem a água do nevoeiro
Ainda a terra tem a frescura da geada
Chego cedo para ter tempo e perceber
A voz da terra que sobe com lentidão
Para respirar a sua postura de mulher
Em sementeiras de ternura e de paixão
Muitas vezes vou cedo chego primeiro
Aqui tudo tem mais peso, mais verdade
Nesta terra nascida dum gesto pioneiro
Secar pântanos para fazer uma herdade
Aqui se fazem as melhores sementeiras
De tudo o que é grande e é mais puro
A escola não tem muros ou fronteiras
Os alunos conjugam verbos no futuro
por falar em futuro,
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=10&id_news=98622
I like os poems de todos os senhores meus meninos,
Iambicos, pentamétrecos, épicos de Camiões,
Epigramátecos, madrigaje, elegíacus, alexanderinos,
Odes horacianas e pindáricas, haikus e ritornellos.
Mas nada bat a estrofe da vieja tabua de Fanhões,
Quoutrora fazia doces com rodelas de chebolas
Porque nencontrava na praça os taje marmelos
Como aquelhos nos petos cabeludos de sus nietas tolas.
Gostei deste poo, Ema.