Como a história e o tempo nos atiram assim com situações tão contrastantes! Sentava-se MOTA AMARAL (escrevo em maiúsculas para condizer com a grandeza da sua estatura de homem e de político) na chamada Assembleia Nacional do Estado Novo, embora já na digna posição de contestatário e andava o pacheco pereira (em minúsculas pela mesma razão atrás invocada) de pistola à cintura naquilo a que chamava e que era, a sua luta anti-fascista. Quarenta e cinco ou cinquenta anos depois…é isto! O primeiro transforma-se num gigante de dignidade, o segundo, não pode descer mais baixo na escala de ignomínia!
Uma coisa me espanta. O que raio passou pela cabeça do PSD quando deu o seu Amen à escolha de Mota Amaral para presidir à tal comissão! Mediu-o pela sua própria bitola?! Só pode ser!
Não me tinha ocorrido, ó José Albergaria, que o Mota Amaral é da Opus Dei. Embora se trate de instituição com a qual estou longe de ir à bola, isso não retira um cisco à consideração que acrescentei à figura proba de MOTA AMARAL que, aliás, com esta digna atitude, não faz muito jus ao tal São?! José Maria Escribá!
Agora que a direita manhosa e rasteira da Câmara do Porto foi capaz da desvergonha de recusar dar o nome de Saramago a uma das suas ruas, seria interessante que os deputados municipais do PS na Câmara de Lisboa propusessem para uma das ruas da cidade o nome de MOTA AMARAL. Que curioso seria ver a reacção de toda a restante câmara: do PCP ao CDS passando naturalmente pelo BE e o PSD. Seria uma maneira de pôr a nu o tipo de compromisso que esta gentinha tem com a dignidade e a honradez.
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A bem dizer, isto é “sui generis”. O que antigamente seria uma obrigação, hoje é mérito. Pelo menos nisso já vale a pena ter deputados d’outros tempos na AR. Olhar para o argumento do Mota Amaral é também pensar porque carga d’água ninguém dele se lembrou (tão simples: comissão que pode ouvir escutas, então, também as pode ordenar. Tão, mas tão simples que dói); ninguém naquela caterva de deputados recentes nos decepcionou.
Bem visto, Paulo Nobre. A decadência da oposição, em especial do PSD, mede-se exactamente por essa frase:
“O que antigamente seria uma obrigação, hoje é mérito.”
E quanto à opus dei…
Consta que alguns dos seus grandes cérebros já começaram a ser penalizados pela sua “ética”, “moral” e “bons costumes” no mundo dos negócios.
Para quem tantas vezes escutou, com sentido crítico, os discursos apoteóticos do Sr. Eng., a sentença tem o sabor da Divina Comédia.
” grandeza da sua estatura de homem e de político ” !!! ???
Não me foda !!!
O sacristão em causa andou a mendigar emprego no “Contenente” ao prof. Marcelo Caetano, alegando que nas Ilhas não tinha qualquer futuro, este deu-lhe um lugar como estagiário no gabinete de advogados, na primeira oportunidade, aquele atraiçou quem lhe deu a mão. Como homem da Direita “liberal” já então era a merda inofensiva e inútil que é hoje em dia, sem esquecer os tiques de fascismo e autoritarismo (enquanto detentor do cargo de Presidente da Assembleia da República, exigia guarda-de-honra por parte da guarnição da GNR) – coisa em desuso e que nunca nenhum PR desde o 25/4, exigiu.
Tenha juízo !
Snr. Merda
Fogo. Continue, meu, continue. Deleito-me. Deleito-me. Já disse que este ANIPER tem cara de organismo estatal blogoesférico encomendado.
Comam seus cacos de cunhas fedorentas.