O Valupi lembra-me a minha ascendência berbere. O Filipe Moura lembra-me que sou alentejano. A minha irmã, Maria Antónia Venâncio, que é só lisboeta, lembra-me – com esta sua foto – que, se mais razões faltassem para o orgulho meridional, as flores do campo já serviam.
Ao longe, espreita a serra de Alcaria Ruiva. Mais 10 quilómetros, e estamos em Mértola. O centro do mundo, claro.
A foto é bem bonita.
Quanto ao centro do mundo, qualquer blogger sabe que é o umbigo. O meu, claro.
Pelo teu sotaque, caro Fernando, sempre pensei que fosses antes de Alcaria dos Javazes.
Unreconstructed, você tem carro? Mande-me um mail particular, e eu indico-lhe certa marca de dispositivo de orientação. Assim, terá sempre o meu «sotaque» consigo. Até o levo, certeirinho, a Alcaria de Javardos.
O Alentejo nesta altura do ano é fantástico. Mas também no Verão quando os campos ficam dourados.
O seu orgulho meridional, caro Fernando, faz todo o sentido. Sobretudo porque o Alentejo urbano, com raras excepções, é dos poucos sítios do país onde nos podemos sentir europeus. Isto devido ao que ainda não se degradou ou desordenou, dado que o cosmopolitismo europeu tarda em chegar a estas paragens alentejanas (embora não menos que ao resto do país).
E é verdade que Mértola pode ser o centro do mundo.
“Qui va piano va sano, qui va sano va lontano”…”il cavaliere” esteve “lontano”, mas não muito “sano” e o piano, parece que ficou para o Prodi. Nem os americanos (Bush) querem reconhecer “qu’il amico fidele” tem que se preparar para ir responder junto dos tribunais… agora é que vamos rir. Espero !
(italiano fonético, não fiz verificações)e-konoklasta
Este comentário é para o post que se segue, mas não entra. Deve ser a CIA
Esse monte ao pé de Alcaria Ruiva tem de facto uma forma extraordinária, para quem o vê vindo de Castro Verde. É um monte típico da Meseta.
No nome não se nota, FV. E como sabe, alguns são como o algodão: não enganam…
no alentejo o ke mais me espanta, alem da paisagem é o silêncio ensurdecedor…
”O AspirinaB é o mais obscurantista e misógimo dos mundos: facilidade e rapidez com que se troca de registos; há uma erotização grunha e saltitona.” – Dra. Kity in “Porno-Antropomorfização dos Blogues”, Revista “Espírito”, nº 33, 2006.
Diz Roteia:
‘O seu orgulho meridional, caro Fernando, faz todo o sentido. Sobretudo porque o Alentejo urbano, com raras excepções, é dos poucos sítios do país onde nos podemos sentir europeus. Isto devido ao que ainda não se degradou ou desordenou, dado que o cosmopolitismo europeu tarda em chegar a estas paragens alentejanas (embora não menos que ao resto do país).’
Comentário interessante e até estou em parte de acordo, pena que falte a essência à conclusão final. ‘(…) o Alentejo urbano, com raras excepções, é dos poucos sítios do país onde nos podemos sentir europeus. Isto devido’……. ÀS CAGADEIRAS MODESTAS, MAS LIMPAS CARO AMIGO OU AMIGA!
Muito difícil de encontrar no resto do país…
Respondendo a Carmo da Rosa: É a tradição àrabe que pemanece nesta Alentejo, de tudo caiar e lavar, cagadeiras incluídas.
Quanto ao nome Roteia, saiba que é nome masculino, corruptela de ARROTEIA, significando aquele que lavra ou cultiva a terra.
passei por esta paisagem ontem à tarde (no regresso a casa)