O Governo anda há meses a adiar a apresentação daquilo a que chama reforma do Estado e que na prática se traduz em mais um pacote de austeridade que inclui cortes no valor de vários milhares de milhões de euros. Ainda há dias Passos voltou a delegar em Portas essa missão, o que confirma que continuamos à espera. Então como é que classificamos o diálogo que Seguro e Marco António Costa mantiveram ontem através da comunicação social?
Seguro, que deveria ter sido logo claro, e acusado o Governo de adiar o corte de 4700 milhões de euros para depois das eleições, ficou-se pelo aviso de que estariam a preparar cortes às escondidas. Em resposta, e com ar muito ofendido, aparece Marco António Costa a garantir que o Governo “não tem nenhum tipo de medida na manga”, e lá nisso deve ter razão, para que coubessem medidas no valor de 4700 milhões, Portas teria de ter uma manga mesmo muito comprida. Acusou ainda o PS de querer lançar o medo nos cidadãos e de com isso obter benefícios eleitorais. E nem assim o tontinho do Seguro responde à altura, perguntando, por exemplo, se Portas vai apresentar as tais medidas antes das eleições, preferindo dizer umas banalidades acerca do que o PSD diz antes e faz depois das eleições. De facto, Seguro assusta um bocado, mas não me parece que obtenha com isso qualquer benefício eleitoral.
“De facto, Seguro assusta um bocado”
Assusta quem, Guida? Só se for os militantes e simpatizantes do PS com a faltinha de jeito que ele demonstra para liderar o partido e a oposição.
Eu sinto-me assustado com o que este “malmequer” anda a fazer ao PS.
Vamos ver o que restará no fim da legislatura.
S. Bagonha, a mim o que me assusta é ver tanta imbecilidade num indivíduo. Ainda por cima num que aspira a ser primeiro-ministro. Se nem resposta à altura tem para o Marco António Costa, será que alguma vez conseguirá vencer um debate com os restantes candidatos às próximas legislativas?