Pergunto eu

As pessoas que berram contra a Moody’s dizendo que não tem razões para o downgrade do rating de Portugal são as mesmas pessoas que dizem, de cara séria, que a culpa é da terrível situação deixada por Sócrates, dando por isso razão à Moody’s. Em que ficamos?

9 thoughts on “Pergunto eu”

  1. eu fico na parte em que não me ofende aquilo que sei que não sou. tanta importância dada a uma palavra e tanta responsabilidade assacada a uma só pessoa. isto, sim, é a miséria humana: um lixão. (e há tanta minhoca a aguardar recrutamento para compostagem caseira para fazer do lixo adubo. e é com adubo que o que está vivo cresce) :-)

  2. O ridículo é tanto que ontem um dos velhos marretas que habitavam a porqueira do Crespo e nela vomitavam todo o ódio contra Sócrates, quiçá numa promoção justa, teve acesso ao canal 1 da RTP. Só que o discurso deu uma cambalhota, em consonância, aliás, com tudo o que era canal televisivo de ontem: as mesmas caras larocas que antes culpavam a falta de credibilidade dos mercados em Sócrates pela descida do rating, agora consideram que é um acto de terrorismo e uma manobra americana para derrubar o euro, já que supostamente naquelas cabecinhas brilhantes o simples facto do santo Passos meter a mão no pote seria razão suficiente para o rating dar um pulo para cima.
    Já hoje, qualquer pessoa que dê uma vista de olhos pelos jornais fica com a ideia que o planeta foi varrido por uma onda de indignação contra a Moody’s. Vai a gente consultar o Guardian ou a BBC, por exemplo, e não vê uma única referência a este assunto.
    Até o cardeal patriarca acha boa a idéia de se sacar 50% do subsídio de Natal: deve pensar que esta é uma excelente oportuniadde para a Igreja aumentar o seu papel assistencialista e angariar mais alguns fiéis…

  3. Boa malha, FV, é isso mesmo. Hoje no Expresso um Tiago Mesquita, afinando pela mesma “lógica”, titula um artigo convulsivo, cheio de gosma patriótica:
    Nível da Moody´s desce de ranho para escarro

    Desde que o Coelho meteu a mão no pote, o que deu um pulo para cima foram as taxas de juro, que já vão quase no dobro. Pela velha lógica anti-Sócrates, o que é que este articulista e outros como ele, face a isso, diriam antes das eleições?

    Agora querem uma união nacional para apoiar o governo do Coelho e quem não estiver para isso é rotulado de anti-patriótico. Puta que os pariu, a eles e à Moody’s!

  4. Ficamos com dois pesos e duas medidas. Como sempre. Ou alguém ainda duvidava da falta de vergonha da nossa Direita social e política?

    Ouve, “gafanhoto”, aqueles que tinham as máximas isenção e credibilidade, quando era para abater o Sócrates com argumentos “factuais” e “racionais”, não podem, de uma semana para a outra, passar a ser considerados o Demónio em forma de gente. Ninguém é tão parvo como tu para acreditar nisso! Nem sequer convences os que acreditam no Papai Noël. Vai vender a tua banha-da-cobra para o adro da tvi…

  5. Boa malha, “boa malha”! O “Expresso” e o Tiaguinho, com este tipo de prosa abjecta, não passam de langonhas patéticas. Nem há nível para eles na nomenclatura dos efluentes domésticos. Já estão para além da própria “cloaca maxima”.

  6. Prezado “gafanhoto”,

    qual o interesse em concluir que as duas hipóteses não são mútuamente exclusivas? E se eu afirmar que a «Moody’s» acertou em cheio com esta última classificação de “lixo” que atribuíu agora à dívida pública portuguesa, mas que errou quando baixou a avaliação aquando da apresentação do PEC 4 por José Sócrates? Também não é uma afirmação retórica, mas uma mera especulação gratuita, como a dos recém-convertidos críticos da «Moody’s».

    Concluindo, se a sua pergunta não foi retórica, foi exactamente o quê, para além de um exercício de formalismo estéril?

  7. O gafanhoto tem razão. Vai-se buscar tudo para desculpabilizar o mais que culpado José Socrates. Na verdade Portugal com ele não cumpriu. Não confundamos factos para alimentar a nossa cegues partidária/ideológica. Permita-me.

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