Uma questão de justiça

Na manhã desta quarta-feira, no Fórum TSF, Paulo Baldaia justificou a exclusão do tema da Justiça do elenco combinado para o último debate entre Passos e Costa recorrendo a esta explicação:

“[…] fica de fora dada a sua complexidade e o tempo que exigia para debate […]”

Estamos a falar de um debate com 90 minutos. E estamos a falar de um tema que, mesmo sem as gravíssimas ocorrências que o transformaram nos últimos anos numa das armas mais poderosos da cultura da calúnia a que a direita reduziu a sua praxis, seria sempre imprescindível numa campanha para as legislativas. Não o debater implica deixar sem avaliação a política deste Governo nessa área e, especialmente, a sórdida actuação da ministra da Justiça. Uma governante que alimentou e aumentou o clima de judicialização da política ao afirmar que só com o PSD e CDS no poder é que há uma actuação regular – leia-se, dentro da Lei – dos agentes de Justiça. Isto vai chegar às urnas sem que alguém na oposição seja capaz de dar nome aos bois. Miserável Portugal.

Equivalente em gravidade política, e incomparavelmente mais devastador em consequências económicas, sociais e individuais, é o problema da lentidão na justiça cível. Qualquer político que se assuma como candidato à participação num Governo tem a obrigação de tomar partido nesta matéria. Se nada disser, não merece o meu voto.

Costa tem aqui uma oportunidade para se lançar na conquista da maioria absoluta. Basta que rompa com o tabu, que apenas protege a direita, e que fale mesmo de Justiça neste último debate com Passos. De tais surpresas, de tal força, é que se faz o carisma.

26 thoughts on “Uma questão de justiça”

  1. Valupi

    O meu palpite é que não será o Costa a chamar o assunto mas sim o Passos!
    Espero que o Costa não se acobarde e lhe aplique o golpe de misericórdia!
    Aposto que o Passos se mete pela chamada da troika e com isso vai dar ao Sócrates e à Justiça …esperemos que o António esteja à espera dele na esquina …

  2. Concordo totalmente com a ideia de Valupi de que “De tais surpresas, de tal força, é que se faz o carisma.”
    E como tal gostava que Costa atacasse o caso justiça do mesmo modo que atacou de frente e sem medo a ideia falsa, feita tabu consentido em todo o tempo de seguro, acerca de quem desejara a vinda da troika e queria governar com o programa da troika que clamava seu, desmascarando também essa monstruosa falsidade da ministra louca dizendo na cara de passos que a impunidade só acabou para a malta corrupta do psd/cds como o provam os casos modelo bpn e submarinos.
    Claro que Costa nunca quererá ir tão longe e, segundo a sua natureza de ser mais de apanhar moscas com açúcar que com vinagre, não o fará de sua livre iniciativa mas certamente se o caso se proporcionar ou for necessário, não deixará de atacar o assunto.

    Mas uma questão queria apresentar ao Valupi; se já afirmou aqui no blog, por motivo de várias questões de imperdoável desacordo nomeadamente com a moleza de Costa, que grande incompreensão é para mim o facto de Valupi voltar aqui, agora e novamente, para afirmar que Costa não terá o seu voto se não falar de justiça no debate de hoje.
    Afinal quantos votos tem o Valupi para deitar na urna eleitoral?

    que com este governo terminou a impunidade no rei

  3. oh neves, o valupi tem necessidade de fazer estas afirmações para marcar terreno. qualquer que seja o resultado das eleições, pedirá a demissão do costa na flash interview e a dirá sempre disse que já tinha dito antes blábláblá… cabeça erguida na rota do inconformismo e procura do santo graal do tintol.

  4. “Deve ser a justiça que põe pão na mesa dos que têm fome…”

    o grunho traduz tudo para bolota, agora queria uma justiça padeira.

  5. Quanto a “votos” do Val, o Neves tem razão. Não precisava de dizer mais uma vez que não vai votar Costa.
    O Valupi pode esperar sentado por um “rasgo” de Costa. Costa não tem carisma, ponto final. Se ganhar por poucos, será forçado a fazer alianças, e fá-las-a. Poderá ser o canto do cisne do PS, porque terá contra si a justiça capturada e a omnipotente comunicação social, que está bem firme nas mãos da direita fascista, finalmente livre da social democracia e da democracia cristã. Por outro lado, os estragos no Estado Social podem já ser irreversíveis e o aparelho de Estado foi “concessionado”, por cinco anos, ao laranjal fascista e corrupto, nomeando os seus homens-de-mão para a quase totalidade dos cargos de chefia.
    Por falar em corrupção: veja-se como a captura do poder judicial e o domínio absoluto da comunicação social transformaram, em poucos anos, o PS num partido de corruptos e devassidão moral e os partidos da direita em verdadeiros bastiões contra a corrupção. A ministra da justiça proclamou a fim da impunidade e, acto contínuo, os magistrados meteram na prisão a gente e os governantes do PS. E a esquerda verdadeira a gozar com o panorama, contando os deputados que vai “fazer” à conta dos xuxialistas.

  6. A justiça será debatida e também uma questão direta para o Costa: já que critica tanto o caso do BES :” o que fará se for eleito ?”
    Baldaia, está de serviço e não deixará de tentar entalar o Costa… Este será um debate bem violento, de 1 contra 4-….

  7. António Costa só se estivesse engasgado com o vómito provocado por tantas mentiras do Passos Coelho.
    Ficou claro que Passos Coelho é um psicopata !

    O problema do Passos é que MENTIRA que ele construiu é desmentida diariamente na vida dos portugueses.
    As pessoas não votam por causa de uma realidade virtual, votam por causa do que sentem na pele.

    António Costa cimenta uma imagem de credibilidade e de segurança.
    Passos Coelho revela toda a sua psicopatia assente na mentira.

    Tenho pena que a história da vinda da Troika e da “bancarrota” continue a não ser explicada.
    Mas agora também já não é o momento. Vai ter de passar algum tempo, vão ter de passar estas eleições, para que a História reponha a Verdade.

  8. Ó campus olha o costa engasgado:

    “11h16 – Passos garante que já existem famílias a sentir o alivio da carga fiscal, afirmação rapidamente interrompida por António Costa que questiona directamente: “Conhece alguma família que pague menos impostos?”. “Conheço muitas”, responde Passos. Num tom mais baixo, António Costa conclui “devem ser seus amigos”.”

  9. estou a ouvir o debate na antena um . passos está a ser trocidado.só tem a velhinha e reacionaria fatima bonifacio a defendê-la!

  10. val onde é que eu já disse isto?estou a ouvir o debate na antena um . passos está a ser trocidado.só tem a velhinha e reacionaria fatima bonifacio a defendê-la!

  11. Coitadinha da Fatinha que está ali sozinha a defender a Coligação.
    Olha para ela a dizer que “a comunicação social está toda contra a Coligação”. É preciso ter LATA !

    Passos: “eu é que comprei os terrenos do aeroporto e por isso é que a Câmara de Lisboa teve dinheiro para pagar as dívidas”
    Costa: “Que LATA” !

    Mas não disse o que eu disse aqui em casa, é pena!
    EU: “por isso é que tu (Passos) vendeste TUDO o que era empresa pública (PRIVATIZASTE TUDO) e não se percebe o que fizeste com o dinheiro porque NÃO ABATESTE A DÍVIDA. E mais, agora que já não há mais nada para vender, vais fazer o quê ? ah … vai vender as poupanças de Segurança Social, meu cabrão de merda !

  12. Campus

    Certamente não ganhou o mentiroso psicopata a quem aconselharam que parasse de fazer de morto.
    Fazendo de morto correu mal.
    Deitando as garras de fora tem outro problema: mostra a sua verdadeira natureza de psicopata !
    Ou seja, com máscara foi mau.
    Sem máscara é horrendo !

  13. A PRIMEIRA COISA que este tipo diz CERTA ( em absoluto) AQUI, qual seja,

    «Equivalente em gravidade política, e incomparavelmente mais devastador em consequências económicas, sociais e individuais, é o problema da lentidão na justiça cível. Qualquer político que se assuma como candidato à participação num Governo tem a obrigação de tomar partido nesta matéria. Se nada disser, não merece o meu voto.»

    Sem dúvida. Porém, mal sabes tu « da missa, a metade» e designadamente que um ASSUNTO desta natureza não se DISCUTE em 90 minutos, para além de pedir um outro nível de conhecimentos – fáticos e técnicos…

    Agora quero ver o que os ILUMINADOS deste espaço que chamam ceguetas a quem sabe, vão dizer na matéria, para além dos pensamentos fálicos do IGNARALHO…

  14. E eu não disse?! Vejamos o que a BURRA já esperneou:

    «António Costa cimenta uma imagem de credibilidade e de segurança.»

    Este gajo não foi ministro da Justiça? Que fez ele?

    E o Código do Trabalho? O tal que supostamente DEVE defender os trabalhadores?! Na verdade, não há trabalhadores em Portugal…é um pouco como a corrupção…só existe no preceito.

    Como é possível encetar qualquer discussão ( muito menos em 90 minutos) quando a amostra «inteletual» portuguesa é protagonizada pela BURRA que, não obstante OSTENSIVA incapacidade de entendimento e discernimento, ainda se apresenta como titular de uma LIXENXIATURA com a média mais alta da horta?!
    Isto alastra-se ao campo das entrevistas e reportagens, etce, etc. IMPREPARADOS, desconhecedores das matérias que se aprontam a discutir. O QUE É GRAVE.
    Porém, se aparece algum que rema noutro sentido – o da realidade fática – ei-lo invetivado por um par de IGNORANTES, tout – à – fait esvaziados do básico para iniciar a conversa.
    Não gostam não é? COMUNAS.

  15. «ignatz
    17 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 8:42
    “Deve ser a justiça que põe pão na mesa dos que têm fome…”

    o grunho traduz tudo para bolota, agora queria uma justiça padeira.»

    Um grunho é uma pessoa rude e/ou grosseira. É evidente que o IGNATZ, vulgo, IGNARALHO nunca soube quebrar espelhos. Ele é, porém, o talento do dispensário na educação, na reflexão e na condução da economia do mesmo. Reconhecidamente.
    Caramba, isto VOTA. Esta coisa VOTA.

  16. gru·nho
    (derivação regressiva de grunhir)
    substantivo masculino
    1. [Informal] Porco ou javali.
    2. [Informal] Pessoa rude ou grosseira.

    “grunho”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/grunho [consultado em 18-09-2015].

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