Num canal qualquer, um jornalista qualquer fala com um comentador qualquer. Discutem a atitude de Seguro em relação à comunicação social. Que ele é muito mais simpático, mais próximo, mais afectivo do que foi Sócrates. E o comentador detalha. Com Sócrates, ninguém sabia para onde ele ia quando se afastava da sala do congresso. Não havia forma de saber o que andaria a fazer. E isso era perturbador, insinuava, até inquietante. Com Seguro, é completamente diferente. Ele fica no espaço visível, passeia-se à frente de toda a gente, está por ali. Ele até se dirige aos jornalistas, apresenta-se humilde e néscio. Quer aprender com quem sabe.
O comentador e o jornalista teriam a maior das dificuldades em compreender que a tirania da comunicação social tem sido um dos principais factores na degradação da democracia. E que os políticos mais perigosos não são os que mantêm os profissionais da imprensa num estado de alerta máxima, antes os que os adormecem com salamaleques e prebendas.
Em suma, há muita falta de estudos hipocráticos entre os hipócritas jornaleiros.
Embora concorde com o post parece-me que o problema dos nossos jornalistas é mesmo falta de bagagem politica e cultural. Nota-se nas mais pequenas coisas. Por isso passam a vida no diz que disse e nas codrilhices de comadres. Não são capazes de fazer jornalismo assim, fazem xornalisno que é uma coisa parecida. Para aferir isto que digo basta consultar os Jornais de referência de Espanha, França, etc e comparar o teor das primeiras páginas. Em Portugal a referência é o Correio da Manha, com os tiros e a desgraça alheia, sem contar os insultos, insinuações ao Sócrates e á sua família até ao quinto grau. Depois vem o DN que herdou o ex-Director do CM e vai pelo mesmo caminho. O JN bola e má-língua por aí fora.
Na primeira pagina no El Mundo ou El País, apenas os grandes temas de Jornalismo Internacional e nacional. O mesmo se passa no Le Monde, Figaro etc e tal.
Na nossa imprensa e nos noticiários televisivos impera o fait divers, a propagando do chefe e os dislates da ignorância atrevida.
Os nossos jornalistas ( a maioria dos quais mais jornaleiros que jornalistas) deslumbram-se com qualquer um que lhes faça a vénia. Seguro,sabendo disto, fez aquela patética ‘ceninha’ de visitar os bastidores. Todo o bom actor sabe, que nos bastidores estão muitos dos segredos para um bom espectáculo!!!
atão já se esqueceram da cena do elevador no altis
Mais uma vez total acordo com o Val.
Para que conste até ouvi a tia Maria João dizer que os 4 primeiros anos do Sócrates foram muito bons…O pior foram os dois últimos anos.A que desfaçatez chegam estes jornalistas!
Para acompanharem o congresso do Seguro, falaram essencialmente do Sócrates.
Que saudades.
…jornalismo é assim…algo…cozinheiro ou carpinteiro…também pode…a maiorias dos arquitectos não valem nadinha…um vigilante tem até a chance de ser um pai para a maioria dos putos dum reformatório e que possivelmente odeiam os psicólogos que os estudam e tudo…agora do aqui se fala é de blabla de comadres…contudo…sem pinga de uma qualquer arte coscuvilheira e que uma Comadre…enfim reclamaria…
Estas visitas aos bastidores parecendo muito cordiais até servem para interromper o serviço e terminar com uma entrevista que o António Costa estava a dar. O homem ficou azul, levantou-se e partiu a pensar: que raio veio este gajo aqui fazer? Então aparece sem avisar? Sem ninguém saber? E estes cabrões que estão de serviço (ou deviam estar) permitem esta rebaldaria? Realmente isto não é uma estação de TV mas uma chafarica. E assim se faz um congresso. Sem esquecer o Bolacha que depois de ter ido à Universidade de verão do PPD vem intrometer-se no congresso (pensa ele e o Seguro que jogaram uma grande cartada – não fosse o sempre fixe já estar um pouco chéché-reparei nisso desde a altura em que ele entrevistou e elogiou o Hugo Chavez). Só falta o Soares agora ser convidado do Jerónimo e para não ficar atras do Alegrete ir às reuniões do BE que devem ser de partir o coco a rir. Porque ele jamais perdoará que o Sócrates tenha quebrado a hegemonia da família Soares à frente do partido. Aquela está-lhe atravessada. Não é caso para menos pois a partir daí o João foi atirado para um canto.
Opá desculpem lá, mas ainda não parei de me envergonhar: que figura triste a do Seguro!…
http://www.youtube.com/watch?v=XCZ68nq9uxc
Mas como é que alguém pode acreditar que um tipo destes, tem intenções nobres para o país? Quem pf?
A parte certa é esta: cada vez que revejo a situação, fico envergonhado. Mesmo. E no entanto tenho a certeza que para o Seguro e para os socialistas, aquilo já passou e estão a dar demasiada importância. E o povo é descrente na política por causa, em grande parte, desse excesso de proatividade que nunca permite aos politicos avaliarem efetivamente a baixeza e o bacoquismo de muitos dos seus atos. Que patético!… Tenho a certeza que Seguro nunca será ministro (leram bem). Tirando o Guterres, ninguém pode ser tão idiota a esse ponto.
Entre o jornalismo e a garantia de salário escolhe-se, praticamente sempre, o salário. Sem oxigénio ninguém respira. Alguém comprou a informaçâo e agora o comprador impõe as suas noticias. “O jornal é meu”, disse o Belmiro. Quis dizer, as noticias são minhas.
Custa tanto a perceber? Não. E Seguro sabe tão bem que é assim que perdeu a vergonha por completo. É o exemplo acabado de um dirigente “lambe-cus”, divinamente caracterizado por Miguel Esteves Cardoso.
O Passos Coelho está na posição diferente.Os donos das noticias mudam-lhe, constantemente, os cueirinhos todos cagados e fedorentos. É cada borradela como nem há memória. Mas é o seu “bambino” de ouro e eles os seus tutores.
Ao que isto chegou. A política suicidou-se. Estamos a viver um perigoso interregno. Venha depressa a nova dinastia. Com “lambe-cus” e “bambinos” de ouro nâo vamos lá.
Sobre isto, o Miguel Sousa Tavares hoje falou curto e grosso.
Todo excesso se transforma num vício, como ensinam os estóicos. Contra Sócrates, de excesso em excesso, os catalogados de jornalistas passaram para além do vício sistemático para atingir a loucura e desta chegar ao ódio demencial.
Tal como os grandes merceeiros e todos poderosos deste país a quem Sócrates não ia à mão, os catalogados jornalistas, também não frequentavam a mesa ou a intimidade do PM, nem este lhes rondava as redacções para solicitar atitudes favoráveis. Pululavam pelos media os marcelinos, os camilos, os macedos, os dâmasos, e tuti-quanti não saía das tv a botar opinião ou comentário fedendo ódio em estado puro.
Cá é assim, quem sobressai da mediocridade reinante, precisamente a diferença, porque é diferente e ainda não percebida e apreendida, pela perturbação que introduz na ordem reinante na doxa de café, serve marialvamente como arma de arremesso, face ao pagode ignorante xico-esperto, contra quem tem a ousadia de tentar ousar fazer o futuro contra o passado, o que foi e esta sendo.
O excesso de passado faz deste um vício do qual, quem quiser ultrapassar e libertar-se, não só tem de nascer duas vezes como viver e sobreviver duas vezes.
Muito bem, Adolfo Contreiras.