- Curiosamente, se as pessoas estiverem muito juntinhas em comboios, há estudos que provam que nos comboios o vírus não se pega.
[...]
- Isto é ridículo, ridículo! Por mais estudos que hajam, é uma coisa completamente absurda, não é possível acreditar que comboios apinhados com pessoas que podem estar infectadas não causem nenhum género de infecção. E ver o primeiro-ministro e o Presidente da República a repetir isto, eu acho espantoso.
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Há estudos que provem não sei quê do vírus nos comboios? Não. António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa foram apanhados em público a dizer que comboios apinhados com pessoas que podem estar infectadas não causam nenhum género de infecção? Não. Disseram eles algo de remotamente parecido? Não. Ao que se referiram foi ao mesmo que Graça Franco aqui explica com clareza comunicativa e rigor científico: DGS diz que estudo em comboios de Lisboa é apenas um indício
Só há duas causas possíveis para as afirmações deste caluniador profissional: ou é analfabruto ou mente a troco de dinheiro. No caso, a mentira tinha começado com outro patrão que também lhe paga para/por ele mentir, quando a 4 de Julho acusou a ministra da Saúde de “irresponsabilidade política e desonestidade científica” com base em declarações que ela não fez. Seis dias depois, faz acusação igual ao primeiro-ministro e ao Presidente da República com base em declarações que eles não fizeram. Indo buscar a navalha de Ockham, temos de excluir o analfabrutismo. O caluniador profissional, mais uma vez, trata da vidinha: mente de acordo com a marca pela qual lhe pagam.
À sua volta, um jornalista premiado, o humorista mais bem pago do País e o assessor para a Cultura do Presidente da República aceitaram, validaram e reforçaram as mentiras do caluniador profissional. E não os devemos censurar. É que quem assim mentia acerca da ciência, de estudos e de representantes políticos foi no ano passado considerado pelo regime como um dos portugueses mais importantes da nossa sociedade. Pelo que a conclusão impõe-se com uma taxa de infecção mil milhões de vezes superior à do coronavírus: o problema não está no João Miguel Tavares, está nesta sociedade onde uma abécula faz carreira a mentir e a caluniar e ainda é eleita como exemplo pátrio pelo garante do regular funcionamento das instituições.
Oh Valupi…. O grupinho do “governo sombra” é tão , tão VIP, com um que diz que é comunista…, com outro que é culto e tão “blazé”… e até não se importa de fazer parte dessa fantochada… e o ilustre comentadeiro que escreve de vez em quando umas coisas a fingir que é objectivo … mas é mesmo o que se leva mais a sério como “analista” desta atmosfera de esquerda que ele não suporta…. Uns tristes….
De facto, é miserável e repugnante assistir ao PM e PR desvalorizarem as hipóteses de contágio em comboios onde não se cumpre minimamente a distância de segurança – pior ainda, durante os longos períodos de tempo em que demoram as viagens. Isto é grave e uma brutal contradição entre medidas de saúde pública. Alguém consegue imaginar por que razão lígica pode não ser necessário cumprir a distância de segurança dentro dos transportes? Será que o vírus não gosta de andar de cú tremido? É preciso um estudo?
O grau de desonestidade e conspurquice intelectual de quem defende distanciamento social mas abre exceções dentro dos transportes é assombroso. Um PR e PM coniventes com esta DGS e os seus estudos valem o que valem, zero.
Esta DGS está para o COVID-19 como as tabaqueiras estavam para o tabaco nos anos 50/60 do século passado ou os construtores automóveis para os cintos de segurança até à década de 70, ou tantos outros exemplos dentro destes género em que, sabe-se lá por que raio de interesses, os responsáveis recusam-se terminantemente a enfrentar realidades difíceis e a tomar medidas.
DGS diz que estudo em comboios de Lisboa é apenas um indício ? indicio de quê? de maluqueira?
( já usam provas indiciárias em ciência e tudo -:) este covid é o máximo. )
Utilize-se nestes parlapatões o calibre recomendado pelo Marquês de Sade ! Esta tropa do Sombra passará a cantar fininho e assim será reconhecida à distancia, tornando evitáveis possíveis infecções pelo vírus da saloiíce que produzem,armazenam e distribuem !
Sobre as quatro flausinas gritadeiras do governo das encomendas e sua gostosamente cumprida missão não tenho divergências com o Valupi e muitos comentadores habituais. Mas se uma ou mais das flausinas jurar a pés juntos que era branco o cavalo branco de Napoleão, não tenho como discordar, ainda que não adopte o estilo gritadeiro para verbalizar a evidência. Tal como quanto a outro cavaleiro, montado noutro cavalo, e face à voluntária cegueira geral, seria incapaz de contrariar a implacável objectividade da criancinha que verbalizou outra evidência: “O rei vai nu, disse ela!” E ia!
No caso em discussão, tenho por adquiridas algumas evidências:
Evidência 1 — Os bons resultados iniciais na evolução da covid-19 em Portugal deveram-se muito mais ao cagaço geral inicial do que às medidas tomadas pelas autoridades de saúde (Ministério da dita e Direcção-Geral da cuja). Esse justificado cagaço geral levou a população da Tugalândia a um autoconfinamento avant la lettre que fez orelhas moucas às iniciais palavras tranquilizadoras da DGS e de alguns membros do Governo, entre eles o próprio António Costa. Não digo que algumas medidas eficazes não tenham sido mais tarde tomadas, mas foram evidentes as resistências iniciais do Governo, com receio (justificado) dos efeitos na economia. E apesar do meu sistemático pé atrás no que respeita a marcelices, tenho de reconhecer que os seus alertas quanto ao que aí vinha, ou podia vir, foi bastante mais avisado do que o de António Costa. Ou já se esqueceram dos epítetos de cobarde e fujão de que o beijoqueiro foi alvo (nomeadamente nestas caixas de comentários) quando, atento às notícias vindas de fora, inteligentemente se autoconfinou e induziu confinamento geral, muito antes da declaração do estado de emergência? E será também possível negar que foi ele o primeiro a sugerir, ou mesmo a equacionar (através dos seus “canais” mediáticos), o decretar do dito estado de emergência? E que essa possibilidade foi a princípio ferozmente contrariada (igualmente através de “canais” mediáticos mas também directamente) por António Costa, com compreensíveis receios dos efeitos na economia?
Evidência 2 — Qualquer ceguinho surdo-mudo se apercebe de que a mão direita da directora-geral da Saúde não sabe o que faz a esquerda, tal como o que lhe sai pelo lado esquerdo da boca não tem muitas vezes qualquer relação com o que sai pelo direito. E que (justificando-se sempre com as “normas” e “regras” estabelecidas pelas “autoridades de saúde internacionais”), o que diz hoje é frequentemente o contrário do que disse ontem, sendo previsível que diferente de ontem e de hoje será o que dirá amanhã, sem que nisso ela veja qualquer incongruência, contradição, inconsistência ou falta de rigor. A quem lho tente apontar, a resposta tem sido e será certamente, no futuro, um sorriso trocista de superioridade “científica”, desenhado em “uníssono” pelos dois lados da boca, ainda que em harmonia assimétrica. Como exemplo, relembro a questão das máscaras. Que as máscaras não serviam para nada, não protegiam a ponta de um corno, que podiam até contribuir para o vírus se propagar mais facilmente, se mal utilizadas. Isto dizia a senhora no minuto 1. No minuto 2, declarava solenemente que as máscaras tinham de ser prioritariamente distribuídas pelos profissionais de saúde, porque, sendo neles maior a possibilidade de contacto com o vírus, eram os que precisavam de mais protecção. WHAT? É prioritário distribuir as máscaras “que não protegem nada nem ninguém” a quem mais precisa de se proteger, para que fique mais protegido?!
Ontem ouvi António Costa dizer que, se houver segunda vaga depois do Verão, Portugal “não aguenta outro confinamento”.
Evidência 3 — Ai aguenta, aguenta, como dizia o outro! E não terá como não aguentar. Será uma desgraça, mas a alternativa é o “método” Bolsonaro: tudo ao molho e fé em Deus, venha a “imunidade de manada”, contagia-se quem tiver de se contagiar, morre quem tiver de morrer, preferencialmente velhos, peste covid contra peste grisalha, vão-se os fracos e ficam os fortes, folgam financeiramente os sistemas de pensões, sobra mais investimento para emprego jovem, teremos um rejuvenescimento social e económico saudável e pujante, a médio/longo prazo um “rebound” do caraças, um “boom” do quilé! Mãezinha! A terra do leite e do mel, o planeta dos amanhãs que cantam! Meus, que tusa do caraças, só de imaginar o futuro estou quase a vir-me!
Na cabeça dos habitantes da Tugalândia, o que da bolsonarice trumpista (passe a redundância) de António Costa pode resultar é isto: porra, venha o que vier, nada podemos fazer, venha daí o ‘método’ Bolsonaro, e quanto mais depressa melhor! “Todos temos de morrê um dia! Vamo enfrentá como homem, pô! Medo dessa gripezinha é coisa de viado, porra!”
Oremos.
Por uma vez,não concordo totalmente contigo: basta ver quem sempre ataca a Directora Geral de Saúde para ficarmos do lado dela!!!
Pareces o bastonário da ordem dos médicos a falar, no tom e nos argumentos!
O que não se pode discutir já não é Ciência,daí que as opiniões científicas vão evoluindo e certezas não há! A teoria que funciona é o melhor que se consegue.
Para milagres, temos Fátima
O virus já queimou o Costa e o Marcelo.
O futuro deles foi-se.
Foram uns nabos, agora, já nos incêndios foi o que é!
Eu concordo com o Camacho e podes ameçar com o calibre do Marques de Sá que não me metes medo .
Donatien Alphonse François, vem cá que tens de aplacar os calores do Faustino …
Trata-o com solicitude mas não o desiludas : o rapaz ainda pode ter um grande futuro na profissão que escolheu. Diz que não lhe metes medo, aplica-te !
My dear friend Marca Duas. Quanto à epopeia das máscaras, é inquestionável a ligeireza insultuosa para a inteligência dos indígenas com que a directora-geral tratou o assunto. Eu sei que seria um problema a DGS aconselhar o uso generalizado de máscaras quando elas quase não existiam no mercado, mas, enquanto a escassez não era colmatada, poderia logo nessa altura ter honestamente sugerido o desenrascanço provisório com aquilo a que mais tarde se chamou máscaras sociais, ou simples tecidos protectores. Os tuaregues usam-nos para se proteger nas tempestades de areia e os indígenas tugas usam coisa parecida nos incêndios florestais para tentar proteger garganta e pulmões. Mas não, a senhora preferiu fazer política pura em vez de política de saúde e tratar-nos a todos como parvos. E tudo indica que não só acreditava mesmo que o éramos como que continuamos a sê-lo. Repara que a escassez de máscaras no mercado estava generalizada a nível mundial, pelo que seria até injusto criticar muito acerbamente o governo pela lacuna, mas a madama optou por fazer gostosamente um frete que se calhar até ninguém lhe pediu, o que considero lamentável.
Felizmente, muita gente escolheu a parvidez do muitas vezes injustamente denegrido senso comum face à jactância “científica” da madama e a isso me parece ter-se ficado a dever, em parte, a inicial evolução positiva da maleita cá pelo jardim. Eu, por exemplo, tinha por aí umas sobras de máscaras que usara como protecção numas bricolages, há uns dez ou 15 anos, e, mais atento à informação que nos chegava do mundo inteiro do que às divagações professorais da directora-geral, usei-as quando em locais “problemáticos”, até à normalização da oferta no mercado. É claro que a protecção não é total, longe disso, mas, reforçada com medidas de higienização e afastamento físico, é melhor do que nada.
Considero, além disso, cobarde e desprezível a recorrente justificação das alterações de posição da DGS com as alterações das “regras” e “normas” determinadas ou sugeridas pelas “autoridades de saúde internacionais”. Eu não fiz nada, senhor professor, foi aquele menino que me obrigou! Ainda que a competência de algumas estrelas daquela OMS, senhores, seja de bradar aos céus, não pelas razões que o Trump invoca para justificar a sua própria incompetência mas por situações que me deixam de boca aberta, como a daquela porta-voz que, à revelia de tudo o que a própria OMS afirmara até então, ainda há duas ou três semanas declarou que nada indicava que os infectados assintomáticos fossem contagiosos! E quando fico a saber que o director-geral da OMS é formado em Filosofia e não tem qualquer competência na área da saúde, só não me cai o queixo porque sei como os verdadeiros donos disto tudo se tornaram mestres a esconder a mão atrás do arbusto, lançando para a ribalta a criadagem indígena, sipaios obedientes, paus-mandados obsequiosos, a projectar a ilusão de um mundo em que até os pobrezinhos têm uma palavra a dizer. É o caramelo na OMS, é o Guterres na ONU (como foi o Durão Burroso na UE), é o Stoltenberg na NATO, o que não falta por aí é criadagem, estamos afogados em criados, mas nenhum deles está ao nosso serviço! Mão atrás do arbusto rules e o resto é paisagem!
Ouvir, como ouvi ontem, a directora-geral da Saúde tentar estabelecer um paralelismo entre a situação de Portugal e a da Austrália, por exemplo, é desonesto, é mais uma vez fazer de todos nós parvos. Devíamos estar atentos à evolução da situação na Austrália, dizia ela, porque tinha semelhanças com a nossa. Alto e pára o baile! A Austrália tem uma população de mais de 25 milhões, 2,5 vezes superior à nossa, e um total de 10495 casos confirmados (Situation Report 178 da OMS, 16-7-2020). Nós temos na mesma data 47426 casos confirmados. Se tivéssemos a população da Austrália, e multiplicando pelo ‘factor de conversão’ 2,5, teríamos 118565 casos confirmados, 11,3 vezes mais! No mesmo dia, a Austrália tem 244 novos casos e nós 375, que equivaleriam a 937 se tivéssemos a população da Austrália. Novos mortos: Austrália teve 3, nós tivemos 8, vezes 2,5 equivalem a 20. Last but not least, total de mortos: Portugal tem até agora 1676, que multiplicados por 2,5 dão 4190, enquanto a Austrália tem 111! Porra, doutora Gracinha, assim não vale, está a comparar a Feira de Borba com o olho do cu! Não há paralelismos possíveis (a não ser em pormenores secundários) entre a evolução da nossa situação e a da Austrália e tentar colar-se ao relativo sucesso australiano não é honesto.
Phoda-se, o Clemenza deve ter-me visto a mijar …
Pra variar publica algum comentário com substância, coisa com cabeça membros e pernas .
Quanto ao “tom e argumentos” do bastonário da Ordem dos Médicos, Marca Duas, não me pronuncio porque nem sei o que o gajo anda a dizer. Mas se diz o que diz o maluco do Joaquim Camacho (e não vice-versa), o dito maluco não tem como o contrariar. É de novo a excitante (in)questão de ser inquestionável a cor branca do cavalo branco de Napoleão, seja qual for o maluco a passar o atestado de alvura.
Sobre o dito bastonário, enviei talvez há perto de um ano um SMS a uma amiga com esta pergunta: “Chegará alguma vez o tempo em que o bastonário da Ordem dos Médicos não apareça diariamente, sem folgas nem dias santos, em todos os noticiários televisivos, falando sobre tudo e mais um par de botas?” Respondeu-me essa amiga: “Sim, no dia em que o Serviço Nacional de Saúde acabar!” É uma hipótese, mas poderá não ser assim tão linear, suspeito que o homem se calaria, pelo menos por um tempo, se um dia o pusessem a mandar na coisa: ministro da Saúde é uma hipótese, substituto da doutora Gracinha é outra, e se o bicho tem andado tão activo como dizes, não me admira que seja essa a jogada.
Ainda a “comparação” com a Austrália: há pouco mais de uma semana, um recrudescimento de casos de covid-19 em Melbourne (4,9 milhões de habitantes), no estado de Victoria, levou as autoridades do estado a decretar o reconfinamento obrigatório, que vigorará pelo menos durante seis semanas.
E que alarmante recrudescimento foi esse, a justificar tão drástica medida? De acordo com o DN de dia 7 deste mês, o surgimento de 191 novos casos em 24 horas. Nas 24 horas seguintes, mais 134 novos casos, ainda de acordo com o acompanhamento noticioso do DN. Será que Melbourne aguenta? Ai aguenta, aguenta, não tem outro remédio!
No formoso jardim da Tugalândia, porém, com 300 a 400 novos casos diários para 10 milhões de habitantes, o chefe da banda declara antecipadamente que, aconteça o que acontecer, novo confinamento nem pensar, porque o jardim não aguenta. É assim a modos que uma declaração de óbito por antecipação, o que pode ser uma chatice, se o morto antecipado se recusar a morrer. Nada mal, não senhor, para um autoproclamado optimista irritante.
Quanto ao Donatien Alphonse François, Marca Duas, há pouco disso hoje em dia, espíritos livres que não vergam a mola, por mais que lhes dêem na tola. Mais de 30 anos de vida enfiado na pildra e parece que morreu de espinha direita.
Salut!
A Austrália tem 2,5 a população de Portugal mas também é 25 vezes maior. Logo se não dá para comparar contágios muito menos dá para extrapolar. Onde, dada a disparidades muito facilmente se chega a cifras inimagináveis. Só o estado de Victória, que voltou agora a fechar é 3 x maior que Portugal mas tem uma densidade populacional 20x inferior à cidade de Lisboa. E Melbourne, a capital onde se concentra a maioria da população ainda assim tem 1/10 da densidade populacional da cidade de Lisboa. E não obstante 3 x mais território tem cerca de metade da densidade populacional da grande Lisboa. Precisamente onde temos o maior número de casos e a disparidade já é menor. E como todos sabemos a densidade é quase tudo no que respeita aos contágios numa pandemia. Não são por acaso os poucos casos no Alentejo.
Eu para ser franco não assisto aos briefings da DGS desde o confinamento mas pelo que leio nos jornais e vejo no Telejornal da RTP fiquei com a ideia que a Austrália estava a servir sobretudo para antever o nosso inverno. A estação do ano porque passam agora os australianos no hemisfério sul. E que só serve de observatório na medida em que também é um país desenvolvido do ponto de vista da saúde, dos estudos e da vigilância epidemiológica que faz. E que depois de uma primeira onda, também conseguiu baixar bastante os números e enfrenta agora uma segunda onda simétrica à primeira. E ao que julgo saber, as comparações ficam-se por aqui.
E já agora e respeitando como é óbvio outras opiniões, da minha parte não podia ter uma ideia melhor de Graça Freitas. Muitas vezes na gestão de uma pandemia, que se deve fazer sempre com a ciência e na posterior comunicação com a população não importa só o que se diz mas como se diz. Na sobriedade com que se passa a informação científica à população de forma a passar também tranquilidade. Fundamental no meio de uma pandemia. E a Diretora da DGS, além de uma grande técnica de Saúde Pública, nem podia ser de outra maneira para ascender ao topo da DGS e também pela experiência de vida consegue falar ao mesmo tempo para avós, mães e filhas. Valendo-se de etapas da vida pessoal e profissional, inclusive no contacto com as famílias à frente do plano nacional de vacinação, pelas quais já passou. E todos sabemos a importância das senhoras em muitos lares portugueses. Mas é só uma opinião claro.
Avanços e recuos na gestão de algo completamente novo, que foram sobretudo motivo de críticas disparatadas à direita, não são só perfeitamente normais como aconteceram por todo o mundo. Desde logo não entrar em pânico logo de início. A verdade é que o Sars Cov 1 nunca chegou à Europa. Ou a gestão das máscaras cirúrgicas, além de ter sido necessário resguardá-las para os profissionais de saúde, numa altura em que ainda não era possível repor stocks, a verdade é que não protegem completamente nenhum utilizador na medida em que foram concebidas para impedir expelir partículas e não o seu contrário. No limite só quando usadas pela totalidade da população se retira algum beneficio. Numa fase em que o fundamental era o confinamento. Mais uma vez no mundo inteiro.
“Eu para ser franco não assisto aos briefings da DGS desde o confinamento mas pelo que leio nos jornais e vejo no Telejornal da RTP fiquei com a ideia que a Austrália estava a servir sobretudo para antever o nosso inverno.”
Olha que não, olha que não! Primeiro, porque os Invernos na Austrália nada têm a ver com os nossos. Segundo, porque se fosse essa a explicação seria mais natural a senhora doutora ir buscar o Brasil, por exemplo, muito mais próximo de nós em variadíssimos aspectos, nomeadamente o geográfico. O Inverno na Austrália começou em 1 de Junho, no Brasil 20 dias depois, confesso que nada sei sobre o início do Inverno em Marte e menos sei ainda sobre a evolução da covid-19 por lá. Não senhor, o que a senhora fez, para desviar atenções da trampa que por cá vem ultimamente acontecendo, e de que ela é co-responsável, foi colar-se a um dos países que melhor se têm saído no combate ao vírus, o que no meu dicionário se chama oportunismo, ou parasitagem, se preferires.
A Austrália será 25 vezes maior do que Portugal, mas a maior parte da população australiana vive certamente nas regiões mais propícias à fixação humana e não em locais mais ou menos inóspitos onde pouco mais haverá do que cobras e lagartos, lacraus e cangurus, pelo que é demagogia falar nisso. Quanto a densidades populacionais, também não podes comparar Alfama, a Morais Soares ou a Almirante Reis com o Bairro do Restelo, nem o Restelo com a Azóia, ou o Guincho, ou Almoçageme. Mas está tudo na Grande Lisboa, vê lá tu, e contam para médias e números totais.
A Área Metropolitana de Lisboa tem 3015 km2 e aproximadamente três milhões de habitantes. A Grande Melbourne tem 9992 km2 e cinco milhões de habitantes. Nunca estive em Melbourne, mas o que a Internet me mostra é uma zona urbana de grande densidade, com grande concentração de arranha-céus, e não me admiraria que a maioria dos habitantes se concentrasse nas zonas mais urbanizadas, levando-me a crer que a proximidade física entre os indígenas seja para eles factor tão ou mais problemático do que para nós. Se calhar têm é serviços de transportes colectivos melhores, mais bem organizados, mais racionais e mais eficazes.
Além disso, se adoptares os critérios (mais ou menos flutuantes) da doutora Gracinha, isso da densidade populacional não interessa pescoço, ou interessa tanto como interessavam as máscaras em Fevereiro. Densidade populacional é concentração de pessoas, é a maior ou menor dificuldade em fugir aos perdigotos do vizinho. Quando a senhora nos diz que não está provado que a concentração de indígenas nos transportes colectivos tenha contribuído para a situação actual, devias evitar, para honrar a doutora Gracinha, falar em densidades e outras “irrelevâncias”.
A senhora será “uma grande técnica de Saúde Pública, nem podia ser de outra maneira para ascender ao topo da DGS”, dizes também, mas se o critério é ter chegado aonde chegou, então o mesmo poderia dizer-se do seu antecessor Francisco George. Ora o que alguém que conhece os dois me disse não há muito tempo foi que o pouco que o doutor Chico sabe foi a doutora Gracinha que lhe ensinou, ou seja, ter dirigido a DGS não quer igualmente dizer pescoço, não é atestado de competência. E como não acredito que o doutor Chico se tenha autodenegrido com tão cândida “modéstia”, deixo à imaginação dos indígenas a explicação de como a comparação entre eles terá sido parida. Da doutora concluí o que acima digo, do doutor sei apenas que é um bocado abrutalhado. Confesso que não tenho qualquer interesse em conhecer nem um nem outro.
“Avanços e recuos na gestão de algo completamente novo, que foram sobretudo motivo de críticas disparatadas à direita, não são só perfeitamente normais como aconteceram por todo o mundo.”
O primeiro país a enfrentar o SARS-CoV-2 foi a China, e apenas em relação à China é justo dizer-se que tiveram de lidar com “algo completamente novo”. E agora compara os números da China com os nossos. Se conseguires evitar corar de vergonha, ganhas um penico de plástico. Ah, tá bem, já sei, aquilo é uma ditadura, disseram às pessoas que ou ficavam em casa ou ficavam sem tintins! Provavelmente disseram o mesmo ao vírus e este, borradinho de medo, decidiu pirar-se para poder deleitar-se com as doces liberdades do Ocidente democrático! Quando ouço esse campeão da civilização ocidental que anda esfregando a avantajada peida pela Sala Oral da Casa Preta dizer que a China podia e devia ter travado o vírus no seu quintal, evitando que se espalhasse pelo planeta, não consigo evitar o seguinte raciocínio: se era possível travar o vírus na China, quando sobre ele quase nada se sabia, por que porra de carga-de-água não é possível travá-lo na América, a “nação excepcional”, o “país imprescindível”, a quinta-essência da superioridade civilizacional da democracia ocidental, quando sobre ele se sabe hoje incomensuravelmente mais? E já não falo na Europa, pode ser que ninguém repare.
Dizes que quanto à “gestão das máscaras cirúrgicas, além de ter sido necessário resguardá-las para os profissionais de saúde, numa altura em que ainda não era possível repor stocks, a verdade é que não protegem completamente nenhum utilizador na medida em que foram concebidas para impedir expelir partículas e não o seu contrário”.
Relembro o que perguntei atrás: “É [era] prioritário distribuir as máscaras “que não protegem nada nem ninguém” a quem mais precisa de se proteger, para que fique mais protegido?!” Isto faz algum sentido? A senhora podia simplesmente ter dito a segunda parte, com honestidade e rigor: há poucas máscaras, os profissionais de saúde devem ter prioridade, enquanto os stocks não forem repostos a população em geral deve tentar proteger-se com lenços ou máscaras improvisadas. Mas não, o povo é burro, não tem cabeça para grandes explicações, inventa-se uma parvoíce qualquer, os gajos engolem tudo, para quem é bacalhau basta.
E quanto à protecção que conferem, transcrevo da caixa de máscaras que tenho cá em casa:
“The main intended use of medical disposable masks is to protect the patient from infective agents and, additionally, in certain circumstances to protect the wearer against splashes of potentially contaminated liquids and viable particles.”
Acho que podemos incluir os perdigotos do vizinho nos “splashes of potentially contaminated liquids and viable particles”.
A China divulgou para o mundo inteiro o genoma do SARS-CoV-2 em 11 de Janeiro:
https://www.sciencemag.org/news/2020/01/chinese-researchers-reveal-draft-genome-virus-implicated-wuhan-pneumonia-outbreak
Em 15 de Janeiro, a doutora Gracinha homiliava assim:
https://youtu.be/9tcyPdon2bA
Segurança total, certezas absolutas e definitivas, reservas ou dúvidas metódicas são cenas que a mim não me assistem. Para não ter muito trabalho, copypasto o que escrevi lá para trás: “O que diz hoje é frequentemente o contrário do que disse ontem, sendo previsível que diferente de ontem e de hoje será o que dirá amanhã, sem que nisso ela veja qualquer incongruência, contradição, inconsistência ou falta de rigor. A quem lho tente apontar, a resposta tem sido e será certamente, no futuro, um sorriso trocista de superioridade “científica”, desenhado em “uníssono” pelos dois lados da boca, ainda que em harmonia assimétrica.”
Ok. Não podíamos ter visões mais diferentes em relação a algo muito concreto. Com todo o respeito, por norma isto só acontece com algum factor exógeno, anterior à própria análise mas com capacidade para a influenciar determinantemente. Tipo, com um pé atrás. Ou tipo, adeptos de um clube que nunca conseguem ver nada de bom no adversário. Ou tipo, as ordens de profissionais, que têm sempre os cortes a que o sector foi sujeito nos últimos anos implícitos – cortes que eu acompanho totalmente – por trás de qualquer declaração política.
Eu faço mesmo uma ideia muito boa da DGS e da expertise da sua Directora. Como já fazia da Direcção anterior. Como aliás da generalidade da Administração Pública. Mas também não duvido que com mais recursos ou pelo menos com os recursos adequados, podiam sempre prestar um serviço público melhor. Os portugueses andam a assistir impávidos e serenos a anos e anos de cortes na Administração Pública, as famosas gorduras e depois quando há algum atraso, aqui del rei. E de repente andavam voluntários a realizar questionários epidemiológicos. O pneumologista Francisco Froes que foi um dos principais críticos do confinamento agora já veio dizer que não podia ter corrido melhor mas é preciso cuidado com os profissionais que deram o garrafão. Cansaço que eu também não excluo. Mas para o Froes serviu só como um novo ponto de partida para as críticas ao desconfinamento. Temos que lhe dar mais uns dias.
E nem acredito que seja possível viver em desconfinamento com o vírus sem surtos. Que até permite aos privados venderem mais uns testes serológicos às Câmaras para avaliar a imunidade de grupo. Que também acaba por ser sempre um objectivo da saúde pública quando temos que conviver forçosamente com algum vírus. Surtos que estão muito mais relacionados com condições de vida precárias que propriamente com a DGS. Há muita gente na grande Lisboa a viver aos molhos, em habitações o mais precárias imaginável, que não se pode dar ao luxo de faltar um único dia ao trabalho. Legais e ilegais. Senão não comem. Situações que têm muito mais a ver com as Câmaras e o próprio Governo que com a DGS. Acredito é que há muitos países a martelarem os contágios até pela corrida ao Turismo. Como a Espanha e a Itália, só para falar de dois países mais perto. Depois da catástrofe porque passaram de um dia para o outro nem 1 contágio?! E de um dia para o outro também voltaram a fechar Barcelona. Depois de já terem sido apanhados a omitir o numero de óbitos.
Surtos que em Portugal eu nem valorizo por aí além. Por mais frio, o combate à pandemia, confinados ou desconfinados, faz-se essencialmente com o número de internamentos, no sentido de não assoberbar os Hospitais. Numero que em Portugal tem-se mantido quase inalterável, não obstante os surtos mais recentes. Internamentos que deviam ser o aliás o único critério de comparação entre países. Até porque é o único indicador que a UE pode controlar facilmente. Já o problema de potências como a China ou do Brasil não se prende só com a natureza do regime mas com a fiabilidade dos indicadores que impedem qualquer tipo de comparação.
“Com todo o respeito, por norma isto só acontece com algum factor exógeno, anterior à própria análise mas com capacidade para a influenciar determinantemente. Tipo, com um pé atrás.”
NÃO SE APLICA. Não é correcto atribuir sistematicamente a quem de nós discorda motivos ocultos e/ou inconfessáveis. E o “Com todo o respeito” com que tentas validar o insulto não faz com que insulto deixe de ser.
“Ou tipo, adeptos de um clube que nunca conseguem ver nada de bom no adversário.”
NÃO SE APLICA. Sou avesso, até mesmo alérgico, a qualquer tipo de clubite, em qualquer aspecto, em qualquer ramo da actividade humana. Num jogo de futebol em que participe a selecção nacional, por exemplo, torço em princípio sempre pelos ‘nossos’. Mas se acaso eles começam a usar truques desonestos, como sarrafada ou simulação de faltas, para ganhar vantagem e os adversários mantêm o jogo limpo e honesto, a minha equipa passa automaticamente, instintivamente, visceralmente, a ser a outra, a “não nossa”. A “minha equipa” é e será sempre (ateu que sou, serei e morrerei) a dos homens e mulheres de boa vontade, como há mais de dois mil anos dizem que disse um homem bom.
“Ou tipo, as ordens de profissionais, que têm sempre os cortes a que o sector foi sujeito nos últimos anos implícitos – cortes que eu acompanho totalmente – por trás de qualquer declaração política.”
NÃO SE APLICA. A minha área é e foi sempre a comunicação social, mais precisamente a imprensa escrita. Não tenho ou alguma vez tive qualquer relação com o sector da saúde, felizmente nem sequer por falta dela. Antes da covid-19, tinha Graça Freitas como uma alta funcionária cinzentona e falha de carisma, mas, como tu ainda e eu já não, acreditava que seria possível e provavelmente tecnicamente competente, ou não teria chegado aonde chegou. Conheço apenas uma pessoa que a conhece e que, quando um dia verbalizei a minha actual opinião sobre a senhora, teve esta reacção: “Ai Joaquim, não fale assim da doutora Gracinha que eu gosto tanto dela!” Pedido que respeitei, para não incomodar uma pessoa que respeito, mesmo que dela pontualmente discorde, mas que não alterou a minha opinião.
“Eu faço mesmo uma ideia muito boa da DGS e da expertise da sua Directora. Como já fazia da Direcção anterior.”
Aqui é que a porca torce o rabo. Sem contestar a possível e provável competência técnica teórica da senhora, considero que se desrespeitou a si própria quando, na prática, deixou de se limitar ao campo técnico e achou que podia e devia fazer uma perninha na política pura, começando a atirar bitaites e a fazer fretes que se calhar até ninguém lhe pediu. Prefiro o comportamento do Dr. Anthony Fauci, que chefia a equipa de saúde da Casa Branca, que, por mais que isso o possa prejudicar profissionalmente e lhe ponha em perigo o lugar, não faz fretes políticos ao desbocado da Sala Oral e continua a verbalizar o que a sua consciência, honestidade e profissionalismo lhe mandam dizer.
“E nem acredito que seja possível viver em desconfinamento com o vírus sem surtos. (…) Surtos que estão muito mais relacionados com condições de vida precárias que propriamente com a DGS. Há muita gente na grande Lisboa a viver aos molhos, em habitações o mais precárias imaginável, que não se pode dar ao luxo de faltar um único dia ao trabalho. Legais e ilegais. Senão não comem.”
DE ACORDO COM RESERVAS. As reservas têm a ver com o que fazer. Nada de desculpas esfarrapadas, analise-se o que falha e o que pode ser feito para que falhe menos. O lay-off parcial que no início o governo implementou é uma boa medida, resta saber qual a sua sustentabilidade. O comportamento público de governantes e outros altos responsáveis, dizendo uma coisa e frequentemente fazendo outra, nomeadamente quanto a máscaras e distanciamento, precisa de atenção, cuidado, disciplina e atitude pedagógica. A questão dos transportes precisa de estudo e de soluções, ainda que não sejam fáceis. Na certeza de que a alternativa não pode ser a do Bolsonaro ou do Trump, tudo ao molho e fé em Deus, “vamo enfrentá como homem e não como moleque, porra! Morra quem tem de morrê, pô!”
“ACREDITO é que há muitos países a martelarem os contágios até pela corrida ao Turismo. Como a Espanha e a Itália, só para falar de dois países mais perto. Depois da catástrofe porque passaram de um dia para o outro nem 1 contágio?! E de um dia para o outro também voltaram a fechar Barcelona. Depois de já terem sido apanhados a omitir o numero de óbitos. (…) Já o problema de potências como a China ou do Brasil não se prende só com a natureza do regime mas com a fiabilidade dos indicadores que impedem qualquer tipo de comparação.”
COMPLETAMENTE EM DESACORDO, a não ser que conheças e apresentes provas de falcatrua. Contestar os números dos outros só porque os nossos são piores releva da maleita que atrás referes e se chama clubite. Na versão em apreço, chamar-lhe-ia nacionalismo primário, ou serôdio, sintoma de complexo de inferioridade que costuma descambar em xenofobia, mesmo quando envergonhada e não assumida. Na China, depois de controlado o problema de Wuhan, já surgiram surtos noutras regiões e cidades, qualquer deles com gravidade e dimensão muito inferiores aos nossos. A reacção chinesa é que foi completamente diferente. Numa região com 11 milhões de habitantes, por exemplo, isolaram, confinaram e testaram TODA A POPULAÇÃO em 20 dias (11 milhões de testes em três semanas!), para identificar e isolar TODAS as cadeias de contágio e tomar as medidas que se impunham! Só é possível porque é uma ditadura, dirás. Pois, mas eu não vi qualquer repressão policial, ou militar, e podes crer que todos a teríamos visto se tivesse acontecido. É uma questão de consciência cívica, de disciplina e de respeito mútuo. Não sugiro que adoptemos o rigor drástico dos chineses, mas não nos faria mal nenhum alguma abertura de espírito que nos ajudasse a aprender alguma coisinha com eles.
Ok. Temos que saber respeitar análises completamente opostas às nossas mesmo sobre dados concretos. Eu confesso que até fiquei surpreendido pela positiva na resposta à pandemia por parte das nossas autoridades de saúde na sua esmagadora generalidade. Depois de – como comunidade – termos passado os últimos anos a denegrir o nosso próprio SNS. Sobretudo depois de ver o inferno mesmo aqui ao lado. Só em duas das maiores economias do euro com muito mais recursos. E ainda hoje considero completamente inexplicável como é que a UE não ocorreu ao colapso dos cuidados de saúde na Lombardia com ajudas muito concretas. Muito provavelmente, ainda com a Mogherini como comissária, tinha-se transformado a Lombardia num enorme hospital de campanha de um dia para o outro. E com isso tinham-se salvo de certeza muitas vidas.
Quanto aos factores pré determinantes eles existem, são reais. Na medida em que nós somos sempre nós e as nossas circunstâncias. Todos. De certeza que também não olhamos para as excisões genitais como as etnias que as praticam.
P.S. SNS que agora mais do que nunca importa reforçar para ainda conseguir prestar todos os cuidados de saúde possíveis que ficaram para trás devido à concentração de recursos na luta contra a pandemia.
não deves ter entrado no sns nos últimos 10 anos e não fazes ideia do que estás a falar, mas tinhas que largar um comentário na medida em que nós somos sempre nós a tropeçar nas tuas circunstâncias. tudo espremido não dá nada, mas tinhas que marcar terreno ao camacho.
***De certeza que também não olhamos para as excisões genitais como as etnias que as praticam.***
sim. na guine chamam-lhe fanado e agora é ilegal aqui é coisa normal e banal deve haver praí umas 500.000 pessoas inscrita em lista de espera, o sns tem um excelente serviço de excisao digital, melhor ainda quando praticada em grupos de 500 e com a mesma lamina ou faca, anestesia é um fator de risco e só com autorização do etiope que preside à Oms .
sim , e de certeza que os que praticam excisões genitais não olharão para as mamoplastias , vulvoplastias , rinoplastias lifting facial, silicones e outras milhares de plastias voluntárias excisoras de bocados de corpo ocidentais por causa da religião da matéria perfeita. cada maluco com a sua tara .
E finalmente apareceste tu para levar a bicicleta. Primeiro devias mostrar a procuração como advogado. Bicicleta nada merecida, diga-se de passagem, para quem nem sabe espremer um comentário. O foco era mais que países com muito mais recursos fizeram muito menos. O que só por si já devia ser um indicador muito importante para esta discussão. As mutilações genitais era mais um tema colateral.
E apesar de ainda mereceres menos talvez seja bom saberes que nem todos comentamos matérias que não conhecemos. Sobretudo nos dias que correm, onde o que não falta por aí são tudólogos. Infelizmente passei muito do meu tempo antes da pandemia na oncologia do Stª Maria. Infelizmente como acompanhante de um ente muito querido. Não fosse essa infelicidade e ainda assim nunca me afasto muito do mesmo Hospital. Quem cresce numa família de médicos em Portugal cresce a discutir o SNS. No meu caso há várias décadas. Inclusive com alguns membros mais novos que também vêem sempre mais defeitos que virtudes no SNS. Normalmente a comparar o que não é sequer comparável. Como unidades de saúde modernas com uma afluência diária de algumas centenas no máximo com um parque hospitalar envelhecido que atende todos os dias milhares e milhares de utentes e lá vamos parar à suborçamentação crónica da saúde pública em Portugal. E em muitos casos bastava acabar com a parasitagem privada à volta do sector público. Que ainda é o que mais devia insurgir todos os que defendem um SNS forte. Com os mesmos recursos afectos todos os anos aos cuidados de saúde dos portugueses podia e devia fazer-se muito mais. Portugal já devia ter fechado o parque hospitalar há muitos anos, o que faria com que agora aproveitássemos os fundos europeus para a saúde não para novos hospitais em zonas do país que nunca viram um verdadeiro hospital mas para modernizar o parque que já existe. E tão ou mais fundamental, equipar devidamente todas as unidades de saúde primárias.
E até para servir de mais um exemplo, também por questões familiares, desta vez em circunstâncias muito mais alegres, como uma simples refeição, outra unidade de saúde onde sou assíduo é o Hospital dos SAMS. Que por sua vez dista muito pouco do Centro de Saúde de Sacavém. Duas unidades de saúde que passaram por um surto de covid mais ou menos ao mesmo tempo. Como foi aliás público. E como também foi público, a USF Sacavém só precisou de uma tarde para voltar a abrir as portas em pleno. Ao contrário dos SAMS, onde a Administração decidiu encerrar não só o Hospital como vários Centros Clínicos no país, por onde os profissionais circulavam segundo a Administração, durante vários meses. Vários meses durante o epicentro da pandemia! Deixando praticamente uma centena de milhar de utentes sem cuidados de saúde. Ou melhor a sobrecarregar ainda mais o SNS. Que foi aliás o verdadeiro intuito da Administração dos SAMS. Mas uma pandemia não é bem a mesma coisa que arranjar as unhas para as quais os privados estão mais vocacionados em Portugal. Unhas e ADSE, sem a qual não havia uma única unidade de saúde privada em Portugal.
E o pior é que depois de anos e anos de suborçamentação crónica do SNS somos mesmo obrigados a constatar a ironia das ironias, que os funcionários públicos estão hoje entre os portugueses que menos recorrem ao SNS. E pelo menos no curto prazo e dado ao estado a que o SNS chegou, ainda temos que agradecer aos beneficiários da ADSE não sobrecarregam ainda mais o SNS. ADSE que fez todo o sentido antes do nascimento do SNS e hoje não passa de mais uma transferência mais ou menos camuflada de recursos públicos para o sector privado. Sobretudo depois da lei de bases 48/ 90 do Cavaco e do seu ministro da saúde – entretanto condenado no gang do BPN – que visou essencialmente a descaraterização constitucional do SNS e reduzi-lo ao objetivo de um serviço público de índole caritativa para os mais pobres. Ou como dizia o próprio Arlindo de Carvalho, teve como intuito específico “revogar esse verdadeiro subproduto de um falso romantismo iluminado, que é a lei de Dr. Arnaut.”
Lei de bases, felizmente já revogada. Porque a saúde não é um negócio. Como diz aliás a carta dos direitos humanos. Mas como não pensamos todos da mesma maneira nada contra a saúde privada. E mais uma vez tudo contra as portas giratórias sorvedouras de recursos públicos que só por si impedem um SNS com muito mais fulgor. A par com a escola pública e a segurança social estão entre as grandes instituições que a nossa muito jovem Democracia conseguiu solidificar. Até para quem gosta de discutir a produtividade dos portugueses só pelo lado da qualificação da mão de obra, esquecendo totalmente outras variáveis tão ou mais fundamentais como a qualificação das chefias, a tecnologia e o investimento, havia de ser bonita a produtividade da esmagadora maioria dos trabalhadores que deixam os filhos pela manhã numa qualquer escola pública a pensar que se algum filho passasse mal nem os devidos cuidados de saúde lhe conseguiam assegurar. Os cuidados de saúde públicos são um dos melhores investimentos de qualquer Estado. E o estado social felizmente ainda continua a ser a marca da água de quase todo o espaço europeu.
Isto tudo para reforçar mais uma vez que o SNS não é tão mau como às vezes o pintam por aí. Podia e devia estar muito melhor e se tal não acontece tal também se fica a dever às escolhas dos portugueses. Mas uma pandemia não é só um problema de saúde mas um problema de saúde pública. Que como o próprio termo indica é sempre da responsabilidade dos Estados. Inclusive daqueles Estados que depois entendem entregar os cuidados de saúde ao business as usual. Que como todos também sabemos é o que acontece na maior potência mundial. Só mais um exemplo que esteve muitos furos abaixo de Portugal no combate à pandemia. Infelizmente, exemplos de países com muitos mais recursos que fizeram muito menos é que não faltam. O que só por si já devia ser um motivo de orgulho para todos os portugueses. E os exemplos nunca mais acabavam. Inclusive o NHS, que foi durante muito tempo talvez o melhor serviço nacional de saúde. Pelo menos, a maior referência. Já exemplos de economias equivalentes que fizeram muito melhor não conheço nenhuma. Tudo leva pois a crer que talvez as autoridades de saúde em Portugal não sejam tão más como isso. Pelo menos no combate a esta pandemia, que foi o que tratamos aqui. E que infelizmente ainda continua entre nós. Já a crítica do sofá ou até da política porque sim, embora também muito populares em Portugal, é um desporto completamente diferente.
E fechou a loja. Os outros que procurem outra unidade de saúde privada.
3,9 milhões de consultas e 93 mil cirurgias canceladas nos últimos 4 meses, fora as marcações não aceites neste período.
“Os outros que procurem outra unidade de saúde privada.”
exactamente, é o que fazem os gajos com dinheiro. os pelintras aguentam, adiam a doença e esperam mais uns meses para o senhor doutor lhe passar uma requisição de análises para o privado e voltar lá mostrá-las uns meses depois, se conseguir consulta. vai-ta foder e escreve postes sobre comer gelados com a testa, talvez faças melhor figura.
E o que é que achas que está a acontecer nos States ou em Inglaterra? Além de não fazeres a mais pequena ideia do que é gerir uma pandemia como nunca conhecemos devias perguntar é como é que foi possível a lei de bases do Cavaco durar três décadas em Portugal. Não só sangrou o SNS até mais mais não como agora ainda fecham portas a tudo o que cheire a Covid. Precisamente para embolsarem o mais que podem com essas listas. Chama-se perversão! Milagres já nem em Fátima.
os estados unidos não têm serviço nacional de saúde, nem política de saúde ou plano contenção covid.
o reino unido tem serviço nacional de saúde, política de saúde e muito tarde apresentou plano contenção covid. o impacto covid no serviço nacional de saúde inglês foi e é muito superior ao caso português pelo número de casos, no entanto tem-se aguentado sem rebentar. o caso português tem sido sucesso na contenção da pandemia, pelo menos até ao abandalhamento vale do tejo, tem poupado o serviço nacional de saúde que pura e simplesmente fechou as portas aos utentes para não ser infectado. se houver 2ª. vaga e utilização intensiva do sns, os serviços aguentam uma semana, os médicos entram em baixa e os enfermeiros em greve (não é piada, em março a rita cavaca ameaçou com greve dos enfermeiros) e vão sobrar camas e ventiladores. o problema do sns é igual ao da justiça, a mão-de-obra são as primas donas dos numerus clausus fazem o que querem e o costa não tem tomates para enfrentar a corporação. quem não percebe isto e acha que o sns é razoável quando não funciona só pode ser parvo.
O momento zen do Louçã hoje homenageou uma prima donna dessas do SNS durante a pandemia. Que já tinha inclusive avisado as filhas pequenas que podia eventualmente ter que passar vários dias sem ir a casa e imagine-se… por 640€ no fim do mês.
desejaria que decorresse com civilidade.
alguém se importa de sugerir a este P de Profícuo que consulte o sistema remuneratório da função pública para 2020 e a tabela de retenção na fonte de irs para 2020 .
depois é só fazer as contas
se o governo aumentar os impostos talvez possa pagar mais e de caminho convergir salário mínimo nacional com valores médios europeus. tás disponível para entrar ou achas que cai do céu?
primeiro tinhamos um serviço nacional de saúde baril, o problema eram os pintores;
a seguir já admitias que não funcionava mas era por causa da pandemia
e agora já vamos na falta de profissionais por causa dos salários
… e o valupi na praia a gozar o prato. quando regressares de férias o p (de porteira) já entregou esta merda à direita a troco duma consulta no j (de matos).
aumentos de impostos, presumo que para pagar a enfermeiros ?
aumentos de impostos para pagar aumento de despesa é conversa de direita .
aumento de impostos ( sobre a classe média-baixa) para pagar à classe a seguir classificada ( a classe média-abaixo ) é conversa de passos coelho, chama-lhe neutralidade fiscal, apregoa que dá um nico aos que estão na cave e amanda os que estavam um nico mais acima, no rés-do-chão, ainda mais pra baixo, [“de caminho” citando as tuas próprias frases] ainda sobra algum para novas tecni formas “ que são técnicas ainda mais apuradas de tirar a uns e nada dar a outros, sao cenas em que o dinheiro desaparece e o déficit fica equilibrado . Quanto à tua dúvida angustiante sobre a origem do dinheiro : o dinheiro não cai do céu, como equivocamente te questionas, ele está nas relvas, no brasil .
aumento de despesa sem aumento de impostos é o que eu gostava de ver implementado, chama-se justiça distributiva e a cena implica pelo menos três, um que dá, e dois que recebem, agora aplica-lhe o efeito multiplicador e faz um exercício de meditação sobre quem está a ganhar mais do que devia e quem está a ganhar menos do que devia, e por aí vai, eu,
já fui .
Só pra acrescentar que no comentário anterior me esqueci de dizer ( a caixa de fósforos estava esgotada na farmácia ) que um grande empecilho à implementação da medida n.° 3, a que eu gostava de ver implementada, vem da parte dos economistas, que dizem sempre “mas primeiro é preciso criar riqueza” ora aí tens a resposta à tua dúvida angustiante sobre a origem do dinheiro, nesse caso, e para os primeiros ricos, na realidade, ele caiu do céu .
só pode ter sido …
Lamento-o por ti. Não toco com excessiva correcção –com grande correcção qual quer pessoa pode tocar– mas tenho uma expressão admirável. No piano, o meu forte é o sentimento.A ciência reservo-a para a vi da
Eu prolongo no tempo esse anseio de V. Ex.ª e permito-me dizer que o meu anseio é maior ainda. Ele consiste em que, mesmo para além da morte, nós possamos viver eternamente na terra portuguesa, porque se nós, para além da morte vivermos sempre sobre a terra portuguesa, isso significa que portugal será eterno, como eterno é o sono da morte.
Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados….
A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.
Antes de mais já era bom acabar com o fetiche da letra P. Que talvez por uma questão de economia – já não me recordo – surge como nick name no Aspirina numa altura em que aparecíamos todos anónimos e surgiu a necessidade de diferenciar os comentadores para uma maior elevação do debate. Algo que se pensava que qualquer criança compreenderia. Portanto o P é uma letra do abecedário como outra qualquer mas que vale tanto como Pedro ou Paulo ou Carlos Rodrigues ou o verdadeiro nome próprio. O que poucos arriscam devido à selva em que se tornou a net e também por isso. Portanto uma pescadinha de rabo na boca que dava pano para mangas mas fica para outra altura.
Portanto não é um P de nada nem de pateta ou profícuo. Pateta e esquizofrénico é andar a editar um nick name diferente para cada comentário. O que além dos maluquinhos de que falava o Valupi noutro dia também origina que por norma sejam ignorados por pessoas normais. Porque mais uma vez nunca sabemos com quem estamos a discutir e como a maioria de nós não é psiquiatra. Mas que diabo é assim tão difícil manter uma discussão com base em argumentos? Cada um escolhe um nick name, que só facilita porque fica gravado e guarda a resposta para a caixa de comentários. Já não concordarmos uns com os outros é a coisa mais normal e mais salutar do mundo em qualquer debate.
E já que estou com a mão na massa, da minha parte estou sempre disposto a pagar todos os impostos necessários a um Estado Social forte. Porque acredito que é a melhor forma que nós como humanos temos de nos organizar como comunidade. Sobretudo mais decente na medida em que é a forma de organização do Estado que promove mais igualdade. Numa economia de mercado e numa sociedade de consumo como a actual, Estados sem Estado, só com reguladores e se levarmos em linha de conta a própria natureza humana descambam sempre no crash de 2008. Aliás o meu último comentário podia resumir-se a um simples anglicismo: Respect! Por coincidência estava a ver o momento Zen e acabei por falhar o copy que não incluiu o respect no fim como pretendia. Num hospital, como na maioria das organizações, todos são importantes.
Num país em que os mais novos já crescem sempre a ouvir depreciar os funcionários públicos – os verdadeiros agentes do Estado – em troca da charada que o Estado somos nós todos, às vezes é preciso chamar a atenção para o respeito. Um dos meus avós, médico que nunca exerceu no SNS devido à sua geração ser anterior ao próprio SNS, quando chegávamos ao Natal e faltavam sempre alguns membros da família na mesa, de banco em vários hospitais, costumava dizer que todos os portugueses deviam passar pelo menos um dia numa urgência de um hospital. E quem diz um hospital, diz numa esquadra de polícia ou num quartel de bombeiros. E estava coberto de razão. No lugar do SMO que ele entendia que só servia para segurar algumas patentes.
Eu pelo menos nem concebo um Estado sem as verdadeiras instituições que lhe conferem uma verdadeira soberania. E em algumas áreas até já fomos longe de mais ao abdicar de algumas ferramentas como a soberania monetária. E nada contra a UE o euro em si mas tudo contra a forma como o euro foi instituído e que faz com que agora para haver alguma justiça tinha que obrigatoriamente haver transferências anuais dos países que mais lucram com este euro para os que mais perdem. Como acontece aliás em muitas confederações ou até como o continente faz em relação às nossas regiões autónomas.
Acontece que numa economia como a portuguesa a actual carga de impostos já devia permitir esse Estado Social e muito mais. Os problemas são outros, logo a começar pelo serviço da dívida que também sabemos muito bem de onde veio. Entre outros sorvedouros de dinheiros públicos. A própria dotação orçamental do SNS antes da pandemia já não devia envergonhar nenhum português. Como aliás mostra a média da UE.O problema, como já explanei, é quanto dessa dotação vai para a parasitagem à volta do SNS. E sem descer a meandros mais complexos, faz algum sentido um português que vai ao médico de família, que por sua vez vai precisar de meios de diagnóstico complementares e envia o utente para o sector privado?! Assim como a ligação do Estado com os seus funcionários sempre desempenhou várias funções na nossa sociedade. Mesmo que hoje se porte muitas vezes como qualquer patrão privado, desde recibos verdes em funções fundamentais como recorrer a outsourcings por tudo e por nada. E com isso só ajudando a promover ainda mais a precariedade laboral. Urge que o Estado volte a desempenhar as funções para as quais também está talhado, inclusive como regulador em matérias tão importantes como o código do trabalho.
Na área da saúde em particular em Portugal há muitos mitos, como o da gestão privada que promove muito mais produtividade. Quase sempre a comparar a estrada da beira com a beira da estrada. Como se os maravilhosos gestores da saúde privada não tivessem sido todos recrutados no SNS. Claro que quando se entrega um hospital público à gestão privada com acordos em que os cuidados de saúde mais complicados e sobretudo mais onerosos são imediatamente transferidos para o público tal também se reflecte nos rankings maravilhosos. Actualmente, o disparo dos custos dos cuidados de saúde a vários níveis também passou a integrar a grande agenda da defesa da saúde privada. Quando na verdade nada justifica tanto uma saúde pública como esse mesmo disparo de custos. Havia de ser bonito agora estarmos todos à espera das negociações dos privados com os laboratórios por causa da vacina. Em suma e mais uma vez, nada contra a saúde privada. Inclusive que vivam bem com os seguros privados e deixem de parasitar o SNS de uma vez por todas.
Finalmente a pandemia onde claro que mantenho que Portugal tem estado muito bem. Sobretudo quando sabemos de antemão que algumas forças políticas têm como principal objectivo sempre que chegam ao poder desestruturar o Estado Social para sugar ainda mais todos os contribuintes por essa via. Sobretudo depois do embate do último crash, que claro que também se fez sentir em todas as estruturas públicas. Acresce que nenhuma organização, pública ou privada está estruturada para o que não conhece nem nunca aconteceu. Daqui também a utilidade de comparações com outras economias. Até por algum racional económico e daqui claro que resultam alguns efeitos colaterais. Em Portugal e em todo o mundo.
Claro que nenhuma unidade de saúde que estima utilizar 1 000 000 máscaras por anos vai ter em stock 10 000 000. Claro que mesmo o número de delegados de saúde pública estava estruturado para a realidade antes da pandemia. E claro que com a pandemia teve que se proceder a alguma reafectação de recursos com vários impactos. Nada mais normal. A não acontecer só era sinal que já não havia pandemia. É como a história dos surtos actuais. Sem imunidade de grupo e sem vacina, não haver surtos não era sinal de um SNS muito mais forte mas sim sinal que o vírus já tinha desaparecido e tínhamos deixado de viver em pandemia. Em suma, quem estava à espera que a pandemia não acarretasse vários custos a várias áreas, saúde pública inclusive e a vários níveis, muito provavelmente ainda não viu nada. De modo que até talvez fosse melhor guardar as criticas mais para a frente.
sentido de humor , a capacidade de vivenciar os aspectos humorísticos e cómicos de um dado facto, situação ou locução, sendo maior ou menor, consoante determinadas variáveis, tais como a cultura, a maturidade, o nível de instrução e a inteligência. tarefa difícil tentar explicar o humor caso a pessoa não tenha sentido de humor.
afinal “p é fetiche” e “letra do abecedário”, mas também pode ser “pedro ou paulo ou carlos rodrigues ou nome próprio”, só não pode ser “nada nem de pateta ou profícuo”. raciocínio brilhante, eloquente e rigoroso, já não há disto e o pouco que resta só em e a preços astronómicos.
as cerejas equestres vêm de rajada:
“Pateta e esquizofrénico é andar a editar um nick name diferente para cada comentário.”
na publicação de comentários é obrigatório pôr um nome, há quem ponha o nome, a alcunha ou quem baptize aquilo que escreveu, o título. tázaver ou careces de esquiço?
“O que além dos maluquinhos de que falava o Valupi noutro dia também origina que por norma sejam ignorados por pessoas normais.”
óptimo. problema resolvido, os normais ignoram e os malucos reclamam.
“Porque mais uma vez nunca sabemos com quem estamos a discutir e como a maioria de nós não é psiquiatra.”
o psiquiatra está a mais e o resto não adianta nada, o que interessa é aquilo que se discute.
“Mas que diabo é assim tão difícil manter uma discussão com base em argumentos?”
sim, contigo é difícil porque argumentas tudo e o seu contrário a propósito de tudo e de nada. chamam-lhe incontinência verbal, neste caso escrita, pelo prazer de cagar lençóis de letras não vão a lado nenhum. tamém pode ser na esperança de passar por aqui o gajo da mão-de-obra temporária à procura de novos talentos para vender banha da cobra governativa, mas com esse paleio não chegas lá.
“Cada um escolhe um nick name, que só facilita porque fica gravado e guarda a resposta para a caixa de comentários.”
yah! é mais fácil bloquear comentários.
“Já não concordarmos uns com os outros é a coisa mais normal e mais salutar do mundo em qualquer debate.”
se é normal e salutar porque é que te queixas?
logo vi que ia parar à moderação