Qual é o verdadeiro PSD?

1 – Questão principal: esta farsa grotesca montada pela tropa manhosa de instalados inescrutináveis que se alapou e usurpa a “centralina” da Justiça portuguesa – e que na realidade comanda hoje, em conluio descarado com a alavanca da comunicação social tablóide e mercantil, a Reação salazarenta à Democracia e aos genuínos valores cívicos de Abril (aqueles que não cabem em nenhum Partido, nem em nenhuma Ideologia política) -, pretensamente para lutar contra a politização da Justiça, não passa de um disfarce, com um enorme rabo de fora, duma estratégia raivosa e desesperada para defender a manutenção duma INSUPORTÁVEL judicialização da Política.
2 – Questão aparentemente secundária: as Instituições democráticas de facto não demonstram estar à altura deste magno desafio, nem nunca demonstraram estar, ao longo dos quase 45 anos consecutivos de Democracia que já levamos em Portugal.
Senhores Prof. Marcelo e Dr. Ant.º Costa: como dizia Sampaio (que também nada conseguiu neste domínio…), HÁ MAIS VIDA PARA ALÉM DO DÉFICE e, no caso presente, para além do providencial Mário Centeno e do nosso (aparente?) “milagre” económico, sem dúvida! E a vossa ação, não se iludam, será julgada pela História muito menos pelas efémeras questões conjunturais e muitíssimo mais pelas consequências verdadeiramente estruturais do vosso Poder – de que esta questão da Justiça é inequivocamente a mais decisiva para o nosso Futuro como País, aprendam isto de vez.
3 – Questão aparentemente inexistente (mas “nada existe mais do que aquilo que não existe”): o PSD, em bom rigor, nunca passou de um Partido instrumental para a Reação, desde Sá Carneiro. O populismo foi sempre a sua marca identitária e todos os que não se conformaram com essa fatalidade foram-se afastando, desiludidos – Sousa Franco, Magalhães Mota, Sérvulo Correia, Mota Pinto, Helena Roseta, António Capucho e muitos outros nomes menos sonantes.
Na última incarnação desta cíclica realidade, o PSD foi tomado de assalto pelo pior ultra-liberalismo de raiz financeira e especulativa que, a coberto da (aparente) liderança de um fantoche agarotado e inimputável, rodeado de facínoras sem escrúpulos e “aPadrinhado” por um patriarca maganão e arrogante, amesendado em Belém, levou o País à beira da bancarrota económica, financeira e social, provocando uma perigosa situação de guerra fria civil.
Que ninguém se iluda, pois, com este hiato de decência protagonizado por Rui Rio: o verdadeiro PSD, o único que existe e sempre existiu, o único que conta, para além do folclore, é o que está subjacente aos Marques Mendes e Andrés Venturas de todos os tempos e de todas as épocas e que, mais tarde ou mais cedo, há-de regressar, sim, sob a batuta de um novo jogral, tipo Paulo Rangel, ou então de novos finórios bem respaldados pela “força”, como a Marilú Albuqueca, o Montenegro, um Carlos Alexandre, ou até, na pior das hipóteses, um Bruno de Carvalho ou um Mustafá.
Para quem sempre usou o PSD como disfarce democrático, o Rui Rio não passa de um empata, um pobre anjinho, pois claro…


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4 thoughts on “Qual é o verdadeiro PSD?”

  1. Quando surge alguma “persona” ou grupo delas, ou grupo de imprensa que por tudo e por nada apontam imediatamente o dedo para que olhemos para onde eles querem que vejamos apenas o que apontam e nos fixemos a olhar sempre no mesmo alvo de acusação apontado, ou seja ‘o outro’, quem conhece da sociologia e da história a conduta cívica-política posterior de tais personagens desconfia logo da forte possibilidade de que tal proceder constante e a despropósito quer esconder algo intencionalmente e que normalmente trata-se de ocultar projectos de poder próprio.
    Enquanto foi com Sócrates todos se calaram pensando que era caso para tratar depois de ver caído o adversário mais forte mas, aos golpistas quaisquer ganhos mesmo pequenos, são fortíssimos estímulos à vontade de lutar sem escrúpulos para novos ganhos e cada vez maiores.
    Organizam-se, fazem-se fortes e tornam-se um polo de atracção do mundo medíocre, oportunista e corrupto sempre à cata do pote de ouro e quando o povo amarelo, verde ou vermelho se apercebe, é tarde.
    Muitos comentadores destes lugares e também artigos de alguns jornalistas sérios que ainda restam têm alertado para o poder unipessoal e de grupos instituídos de poderes absolutos intocáveis que agem na sombra com intuitos de que ‘chegou a sua vez’ e, logo, é preciso usar o poder que detém de forma artificiosa e ilegal para desinstalar os ‘corruptos’ e ocupar o ‘lugar’ pelos que, esses sim, vão fazer da corrupção arbitrária o seu modelo de acção como governo.
    Eu creio que Costa observa atento o andamento e o interior da carruagem. Ele, à sua maneira de caçar moscas com açúcar e não com vinagre, vai deixando que tais “personas” se sintam fortes e decididas a embalar numa deriva descarada de lutas desgastantes pelo poder fáceis de entender pelo povão quais os seus propósitos ocultos e desse modo obter o apoio maioritário substancial para em altura propícia atacar o assunto de frente com apoio popular.
    Tem sido assim passo a passo sem pressa mas deixando os assuntos amadurecerem até ao ponto de com um abanão os poder meter na ordem. Não tenho a certeza que seja assim e nem nunca as coisas se passam exactamente como planeado contudo penso optimistamente.

  2. estou a ver…que sugerem então os santinhos para combater o abastardamento da politica ? lugares comuns, palavreado oco e discursos de oratória sofisticadamente de ir a lado nenhum não valem de resposta.

  3. Vivemos uma epoca de transição, muitos comportamentos outrora fortemente segregados sao hoje aceites, ja é hora da direita acompanhar as mudanças da sociedade. Mustafá é o único capaz de ligar com os cada vez maiores e complexos desafios que a direita enfrenta, vejamos só o exemplo do protesto dos coletes, alguma vez aquela merda falhava com o Mustafá?! É necessario uma liderança firme, ja é tempo do partido abolir a escravatura e dependência do pipol da Quinta da Marinha (Massaboa) ou dos subúrbios (Massamá) e do pais se libertar da mansidão de wine lovers e embarcar no desafio Coca activ. Mustafá, definitivamente Mustafá.

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