Porque há quem goste

O caso da recapitalização da CGD é um dos tais onde a complexidade das questões bancárias, financeiras, legais, técnicas e políticas, para mais implicando diferentes decisores dentro e fora de Portugal, ultrapassa a capacidade de entendimento de 99% da população e 99% dos jornalistas. De tal maneira que perante o começo do seu desfecho – Bruxelas aprovou recapitalização da CGD que pode ir até 4,6 mil milhões – a oposição precisa de se preparar para abrir a boca e PCP e BE estão em modo “cautela e caldos de galinha”.

Entretanto, o caso tem servido para ataques eufóricos ao Governo, tanto por parte da actual direita como da actual imprensa. Ataques inevitáveis pois em ambas as entidades vigora uma lógica simplista e maniqueísta. A lógica da afirmação totalitária, onde se ficciona a actividade governativa retirando-lhe as características que a moldam como um exercício invariavelmente destinado ao falhanço – isto é, destinado ao concreto. Ao invés, as oposições, e a imprensa sendo sua extensão e réplica de acordo com as agendas próprias, discursam como se governar correspondesse à abstracta correlação entre uma decisão plenamente informada e livre de condicionalismos e um efeito directo desse acto governativo. O que é falso. O que é uma ficção. Daí, ao se trocarem as cadeiras, toparmos com a mudança das cassetes, passando os mesmos actores a repetirem os argumentos que ouviam aos adversários antes da alteração no poder.

Qual era o racional para a inclusão de administradores não-executivos na CGD? O que levava a direita e a esquerda a estarem contra tal inclusão? Quais os critérios para julgar um erro tal pretensão do Ministério das Finanças? Sejam quais foram as respostas, na realidade temos um Governo minoritário que tem de negociar as suas opções executivas tanto no Parlamento como na Presidência da República, e ainda na Europa nos casos onde tal é necessário. Como a História não se repete, nunca ninguém verá outro conjunto de governantes a resolver o mesmíssimo assunto nas mesmíssimas condições. Como avaliar a qualidade das decisões tomadas, então?

Os tribalistas não precisam de pensar. A bandeira das tropas é o seu farol, sabem sempre onde está a linha de costa. Os que prezem a liberdade, preferindo a incerteza à tanga, poderão recorrer a este exercício: se já foram enganados uma vez por alguém, à segunda só caem se quiserem ou se gostaram de ser tratados como borregos. Porque há quem goste.

8 thoughts on “Porque há quem goste”

  1. Gostam de ser tratados como borregos e sabem sempre onde é a costa?
    E quem vai pagar uma instituição que não quer reduzir os rácios e rendimento (reduzindo pessoal e balcoes) para os niveis de toda a banca? São os Costas, centenos e varas destae pedaço ? ou são os borregos ?
    Só 1% entende ? e inclui os tudologos do regime ?

  2. Sim, realmente é complexo, o Estado, porque não o tem, pede e recebe dinheiro emprestado dos bancos e os bancos, porque também não o têm, pedem dinheiro ao Estado .
    Alguma dúvida ?
    Leonor Beleza, entrava no filme, por alma de quem ?
    O champôo de limão, ainda quer intervir na finança, mesmo estando no além ?

  3. O BE que já esgotou os seus objectivos, (barriga alugadas e matrimónios) está agora a sentir alguma areia na vaselina que o Costa usa.

    Só agora?… malandrecas!

  4. o que o tudólogo antonio manuel dos santos cristovaiprócaralho entende, mas recusa admitir, era a estratégia do passólas em falir a caixa para depois privatizar de borla ou ainda metendo lá mais algum do estado para recapitalização, como fez com o resto da banca. azarucho, o costa aprendeu com a herança banif e cortou-lhe as vazas. agora é natural que esperneiem até ao peido mestre, não é? ò cristovacão!

  5. “Leonor Beleza, entrava no filme, por alma de quem ?”

    pelo mesmo motivo que os outros todos, que aparentemente lá estão a mais, é marketing e serve para atrair cifrão. é normal que tudo isto seja uma grande complicação para a testa dum reformado do fisco habituado só a cobrar e a passar multas para equilibrar as contas quando as receitas descem. depois vem para aqui pimpeidar a ignorância armado em vedeta.

  6. Atrair dinheiro só se fôr do teu, ó otário .
    A gaja recebeu dinheiro pra caralho e a camara de lisboa, pela mão do Malabar da Costa, deu-lhe um terreno de borla pra fazer a fundição.
    Quanto recebeu a camara, ó camelo ?
    Inda por cima, demoliram um belo edifício, onde funcionava a escola da marinha mercante .
    Enigmas que só talvez a estranha cumplicidade que o Conde Kuré da França estabeleceu com a dama, desde a farsa da absolvição pública do caso dos hemofílicos promovida pelo Dani e em que colaboraram muitos da tua profissão, ó adivo-gado .
    Ela que peça mais um tacho no CA do Colégio Modesto .
    O Almeidinha fará avançar a intendência .

  7. Portanto ficou bem explicadinho, claríssimo e transparente, todo o processo relativo à CGD .
    Talqualmente tinha já sucedido com a entrega do Totta e outros bancos ao champô de limão, processo conduzido pelo Pina Colada Moura, dito o Cardeal Vermelho, então ministro do então PM Beato Gutierres .
    O transfuga comuna ficou célebre pela frase ” a ética republicana é a que está na lei ” e conhecido entre os catraios da escola primária da sua geração, entre os quais, moi próprio como o ” não me deiam pontapés na bola que ma estragam ” .
    No princípio do processo, o adi-vogado Dani foi conversar com o PR, Conde Coré, para lhe transmitir a vantagem e o interesse patriótico em que o banco(s) fossem atribuídos ao seu cliente, para não irem parar a mãos estrangeiras . O processo/esbulho passou prla CGD, pela mão do Cardeal Pina, e diz quem sabe, que o beneficiário pagou com o pêlo do cão. E o Estado obviamente perdeu . Cereja no topo do bolo e ainda por cima, pouco tempo volvido, o banco(s) foram vendidos aos espanhóis.
    O adi-facilitador também voltou ao Belém para agradecer ao Conde Curé de La France, pela facilitação na atribuição ao banqueiro limão .
    E foi a Belém agradecer, acompanhado por quem ?
    Ora, pela Dama Bi-Lesa, pois então.
    Há ami-cumplicidades que vêm de longe, e leopardos velhos nunca perdem as manchas .
    E digo Bi-Lesa porque quem lesa concidadãos por negligência/incompetencia na área da saúde, repetirá o feito na área bancária, só muda o nome, de risco de contágio, para risco sistémico.

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