Por favor, alguém que lhe explique

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Tem de ser explicado, e esperemos que seja bem explicado, bem explicado porque é que há dois dias era quase considerado antipatriótico quem, não é defendesse, mas tivesse previsto essa questão, e agora, passados dois ou três dias, se tenha verificado isto.

Diz que é uma espécie de Conselheiro de Estado

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Bagão entrou no mês de Março já bem lançado no despautério: “Há uma solução que é um governo PSD, CDS e PCP”. E se bem o disse, melhor o fez. Conseguiu transformar o Conselho de Estado num Conselho da Revolução em guerra civil logo na primeira vez que lá abancou. Nunca se tinha visto, nem se julgava possível ver, um membro do CE a desautorizar e ofender outro membro em relação a matérias que, entretanto, era suposto serem sigilosas e ainda, no caso, cuja publicitação seria particularmente gravosa pelo prejuízo que poderiam causar à acção governativa no auge da crise. Pois estes pruridos pequeno-burgueses não tolhem o verbo ao Bagão, o qual continua a querer destruir o pouco que resta da dignidade das superiores instituições do regime. Está na altura de alguém lhe explicar que, embora o comunismo e o benfiquismo partilhem o mesmo código cromático, querer substituir o Conselho de Estado por uma assembleia-geral de sócios talvez seja levar a luta da sua falta de classe para amanhãs que não cantam nem encantam.

27 thoughts on “Por favor, alguém que lhe explique”

  1. Caro Val,
    Mas… alguém estranha este tipo de comportamento por parte deste personagem?
    Abraço
    JC

  2. Ligar comunismo e benfiquismo é mesmo de um sportinguista fundamentalista. Esqueceu-se que Sócrates também é benfiquista? Eu também sou e senti-me atingido com o despropósito, embora concordasse com o resto do texto. Era desnecessário trazer à liça o futebol e a respectiva clubite.

  3. Compreendo a tua indignação, Valupi, e também senti vómitos ao ver a RTP II, que dizem ser “nossa”, pressurosa a branquear a enormidade do vulgar conselheiro de estado, aliás, bem ao jeito de outras escolhas conselheiras deste mísero professor” PR.
    Nunca pensei que a “direita” fosse tão reles. Chegou o tempo em que todas as máscaras estão a cair. Tempo de catarse.

  4. Explica lá tu à malta, Val, já que a boa doutora ainda não o quis fazer, porque é que o conselheiro confirmar que aconteceu uma coisa é mais grave do que o PM negar que essa mesma coisa tenha acontecido.

    Nenhum deu pormenores, e referem-se ao mesmo evento. É suposto existir uma escala de gravidade que desconheço?

  5. com bagão teremos nova coisa pia, perseguições, bufaria, desaborto do défite e talvez o benfica ainda ganhe a liga este ano.

  6. oh marco! a gravidade é não entenderes o que o bagão é bufo ou tás a confundir o conselho de estado com o estado do conselho.

  7. Manuel Loureiro, só na tua cabeça é que se ligou o comunismo ao benfiquismo, o texto limita-se a referir a cor em comum em contexto irónico e lúdico.
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    Marco, não sei duas coisas que estarão na origem da tua questão: não sei se aceitas o carácter sigiloso desse órgão, e não sei se consideras que Almeida Santos e Carlos César estão errados nas admoestações que fizeram ao Bagão. Assim que me elucidares a este respeito, explicarei o que solicitas.

  8. Val, aceito e concordo com o carácter sigiloso desse órgão. Considero erradas todas as intervenções, públicas ou privadas, sobre o conteúdo das reuniões do mesmo, ainda que sejam apenas “sim, falou-se sobre isto” ou “não, não se falou sobre isto”.

    Explica lá então qual é a diferença entre o PM (o primeiro a fazer uma declaração) e os outros quatro (ou cinco, já nem sei) conselheiros subsequentes.

  9. Marco, não foi o PM o primeiro a fazer uma declaração, ele limitou-se a responder em directo a uma pergunta que pressupunha esse facto, ou essa interpretação de um facto, ou esse boato. E o que o PM fez foi questionar a jornalista acerca da fonte da sua pergunta, tendo de seguida negado a sua veracidade. Ora, se Bagão não tivesse partido para a obscenidade e lunático ataque, consideras que Sócrates teria agido mal? Seria preferível, na tua opinião, face a uma pergunta que pressupõe uma grave fuga de informação, e é feita para embaraçar um Primeiro-Ministro em directo e num certo momento histórico do País, que a sua resposta tivesse sido ambígua, nem desmentindo nem confirmando? É que a notícia seguinte seria: Sócrates não desmente que o Conselho de Estado debateu o pedido de ajuda!

  10. Se não estivéssemos a falar do futuro (ou da falta dele) do país, daria vontade de rir…
    No entanto, o assunto é muito sério! O país foi “orgulhosamente” conduzido ao abismo por um mentecapto incapaz de (já que não tem capacidade de raciocínio próprio) de ouvir o que tantas pessoas competentes e patrióticas lhe foram dizendo!
    Qual touro que só vê vermelho à frente e investe sempre na mesma direcção com os cornos em riste, este PM ainda espera sair airosamente desta situação.
    Depois de destruir o país, espera que os portugueses (esses aos quais também não se pode gabar a inteligência) lhe dêem mais uma oportunidade para ele acabar com eles…
    Agarrado obstinadamente à não necessidade de ajuda externa enterra-nos todos os dias em mais dívidas, das quais já temos até dificuldade de respirar (muitos já não respiram)…
    Nem um pelotão de fuzilamento seria castigo adequado para esta personalidade!

  11. Dizem os políticos que o FMI “disse” que vai-nos ajudar-

    Se “disse” é porque fala

    Se fala, ou é gente ou é papagaio.

    Se é gente dá-nos pão para não morrer mos à fome

    Se fôr papagaio dá-nos alpiste.

    Mas um povo que já se alimentou com 1 sardinha para três!!!!!!

  12. O PS é culpado porque governou 13 dos últimos 15 anos e porque conseguiu brindar á nação provavelmente a maior galeria d incompetentes e impreparados da historia recente d Portugal, Guterres, Sampaio e o inqualificável Sócrates. Nos últimos seis anos varias vezes o governo foi avisado. Analistas nacionais e estrangeiros salientaram q o trabalho d casa não estava a ser feito. Antes da crise Portugal já vivia em crise mas fingia q não. Gastou-se o q não se podia. Deu-se o que não era nosso. Pedimos o que sabíamos que não podíamos pagar.Sócrates adiou, manipulou, mentiu, enganou e os resultados estão aí.Com ele nada era certo, tudo carecia de confirmação ou rectificação.Ontem foi o dia q confirmou tudo o q muitos anunciaram como certo mas q o PS sempre disse q era d bota abaixo.Hoje é um dia triste e alegre ao mesmo tempo.O fim desta má personagem é algo garantido. É uma doença q acaba.O PS irá pagar os graves erros governativos cometidos por este seu líder q não deixará saudades e o país recomeça num novo princípio q será no imediato difícil mas q logo logo será melhor porque no pior ja estamos

  13. Humert, para ti parece que os erros governativos gravíssimos deste governo foram, por exemplo, não ter despedido, logo em 2008/2009, milhares de funcionários públicos, não ter cortado logo os salários, as pensões e os subsídios de desemprego, não ter logo aumentado a taxa de IVA e de IRS, etc., etc. E porque vituperas tu contra essa “má governação”? Porque, piorando a vida dos portugueses dessa forma e não dando uma hipótese ao crescimento da economia, antecipando a recessão inapelavelmente, teria sido muito mais fácil e rápido para o PSD chegar ao pote.
    Portanto, olha, pára com isso. Ninguém aqui te dá crédito com esses argumentos tão patéticos de o PS ser o culpado do aumento da dívida, do desemprego e de todas as calamidades, como se não tivesse havido qualquer crise nem tivesse sido preciso, numa dada fase, desrespeitar os limites dos défices para ajudar as pessoas e agravar a dívida pública. Omites também que, durante o governo minoritário do PS, a oposição tudo fez para impedir o ajustamento orçamental mais rápido, uns porque são comunistas e acham que tudo deve ser do Estado e não deve haver limites para os gastos e outros por tacticismo político. Estes que agora, depois de bloquearem uma série de medidas, vêm justamente dizer que o governo não tomou as medidas que se impunham há muito tempo!
    Aliás, para que te cales, bastará lembrar-te que, ainda apenas há uns dias, essa táctica do PSD perdurava: a justificação do PSD para não aprovar o PEC foi que “havia limites para os sacrifícios dos portugueses”. Estamos conversados?

  14. Teria agido sempre mal, independentemente de ser ou não verdade. Podia aprender com este senhor, com todos os defeitos que também tem: “Não vou falar do que se passou no Conselho de Estado, porque é regra que os conselheiros vão ali para falar ao Presidente e não ao público.” Quem disse, quem foi?

    Pessoalmente, acho muito pior existirem, no mínimo, dois conselheiros a mentirem descaradamente ao país, com a agravante de um deles poder ser o PM demissionário, do que confirmar-se ou negar-se a existência de um tema abordado no conselho de estado.

    Mas mantenho que todos os que se pronunciaram sobre o assunto fizeram borrada.

    Se o PM mentiu, Bagão Félix tem pena reduzida por demonstrá-lo e o PM tê-la-á agravada. De igual modo, se o PM falou verdade, Bagão Félix terá pena agravada por mentir, e o PM tê-la-á reduzida. Mas nenhum ficará ilibado – ambos falaram demais.

    Numa nota adicional, acho incrível como consegues misturar hard politics (em nenhuma circunstância se falará dos assuntos do CE, ever) com real politics (a menos que haja uma pergunta directa que, Deus os perdooe, embarace o PM). Cabe a alguém com verdadeiro sentido de Estado (eu sei, eu sei: há anos que não temos disto) aguentar as consequências mediáticas duma não-resposta, sobretudo se esse alguém tem o especial dever de zelar pelo dito.

  15. Humert, esqueceste de referir o pai do “monstro” e seus acólitos, os “patos bravos” do PPD/ PSD e a escumalha do BPN.

  16. Penelope, a minha maior critica é a ilusão constante de Sócrates. Só vou dar um exemplo, em 2009 (ano de eleições) foi dito aos portugueses que a situação era boa e que existia folga orçamental para aumentar os FP. Como já disse anteriormente, ou mentiu/iludiu descaradamente ou foi incompetente em não saber avaliar a situação.

    Outra coisa, a divida publica não aumentou apenas após a famosa crise mundial, veio aumentando ao longo de toda a governação.

  17. Adolfo Dias, o que dizes não corresponde à verdade. Vais verificar por ti mesmo no meu comentário seguinte (acho que contigo ainda vale a pena perder tempo a dialogar).

    E mesmo quando falas em “dívida pública” continuas a omitir parte muito importante da verdade: a dívida privada (porque o veradeiro problema é a dívida externa, que resulta da pública somada à privada).

    Mesmo hoje, como sabes, a ajuda que Portugal vai pedir não é tanto por causa do Estado, é sobretudo por causa da Banca. Mais uma vez. Estão a brincar com o fogo e acho que vão mesmo queimar-se.

  18. Percebes agora que propagas uma mentira quando afirmas que «a dívida pública não aumentou apenas após a famosa crise mundial, veio aumentando ao longo de toda a governação»?

  19. Esse quadro é da percentagem da despesa pública e não tem a ver com a divida pública.

    Nesse quadro é necessário conhecer que despesa está lá. Seria interessante saber onde está refletida a despesa com as empresas públicas, fundações, ppp e afins.

  20. Oh, Marco,

    Não faças confusão entre a Primavera e a prima Vera. São nouns diferentes…

    E só te digo isto, porque sei que és um rapaz novo. Mas trata de ter juízo. Se não consegues ver a realidade, experimenta colocar uns óculos.

  21. Carmim, larga o vinho (com a devida permissão do Val).

    Eu só vejo uma realidade factual: todos botaram faladura quando deviam ter o bico calado e, pelo menos, dois deles, estão a mentir. Gostava de saber quais, embora seja um detalhe nesta coisa a que chamam “política portuguesa”…

  22. Adolfo Dias, seria muito interessante tudo isso, mas mais interessante ainda seria começar por admitir, honestamente, que o verde não é uma tonalidade do vermelho, se é que me faço entender. Se preferes dizer-me que a fotografia omite o galho de uma árvore quando te aponto que foi tirada a uma floresta e não a um deserto, como afirmaste, estão esgotadas as nossas possibilidades de diálogo frutífero quanto a este assunto. Não é grave, nem sequer original, pois já tirei a mesmíssima conclusão relativamente a todos os órgãos de informação nacionais ditos de “massas” (em todos os sentidos, aliás…). Bom fim-de-semana…

  23. Ah, e dívida pública tem muito a ver com despesa pública, sim. Estão relacionadas por uma operação aritmética trivial chamada subtração (na nova ortografia…), onde o diminuendo é a receita pública…

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