Se não trabalhas em webdesign, é altamente provável que não saibas o que é o OFFF. Este festival tem levado os profissionais e artistas portugueses, interessados na comunicação digital, a sonhar com uma edição nacional, ou algo similar, logo desde o seu início, 2001. No ano passado, um destes portugueses foi a Nova Iorque e conseguiu convencer a organização a escolher Lisboa para a edição de 2008. Agora, anda a tentar convencer directores de marketing que o dinheiro gasto com um qualquer filme TV (somando o custo da criação, produção e espaço) seria muito melhor aplicado no patrocínio da edição lisboeta. Porquê? Porque o OFFF vai reunir a nata dos criativos portugueses, aqueles que trabalham todos os dias em condições de exigência máxima, em tudo iguais às dos seus colegas internacionais — e ainda com o mérito acrescido de o fazerem em piores condições salariais e de gestão. É uma gente que já nada tem a ver com a imagem típica do português, esse português que ainda influencia a sociologia e a cultura pela sua idade e falta de educação. A classe dos criativos profissionais portugueses está plenamente globalizada, e qualquer deles não levaria 1 minuto a adaptar-se a qualquer ambiente profissional internacional onde calhasse aterrar. Porque o seu dia-a-dia é feito na permanente relação com o que se cria e produz em todo o Mundo, de Nova Iorque a Tóquio, de Londres a S. Paulo. São eles que dominam a linguagem digital, tanto na forma como no conteúdo. Quem os ignorar ainda não se apercebeu de que o século XX já acabou.
Lisboa é linda, e não há como a admiração estrangeira para o celebrar. E Portugal é um dos países mais simpáticos e eclécticos da Via Láctea, podendo ser um dos centros criativos da Nova Economia. Porque esta faz-se com computadores, electricidade e inteligência. De computadores e electricidade, parece não haver carência. Da inteligência, compete a cada um apresentar provas. E contribuir com a sua, mesmo que a julgue coisa pouca. Porque a inteligência tem isso de maravilha, só é pouca quando é nenhuma.
OFFF em Lisboa vai ser uma festa da inteligência de vanguarda. Traz a tua.
isto é maravilhosamente bonito, pão:
‘Porque a inteligência tem isso de maravilha, só é pouca quando é nenhuma.’
conseguiste aconchegar tanta gente, como num abraço de Cristo, ou assim
temos então um ano de eventos design: regressa também a experimenta.
andei a passear pelos links da coisa. e por cá, não se promove um concurso de wallpapers?
como é que eu faço para cheirar isso de ser webdesigner?
um link,…
Queres ser webdesigner, z?
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Sim, susana, vai ser uma fartura de design. Mas donde vem o teu interesse por wallpapers? (nada de errado com isso, só curiosidade)
só queria perceber melhor o alcance,
acho muito bem, e maravilhosa, esta coisa da revolução digital, qualquer dia dá parlamento digital, mas eu quero viver no campo
depois acho que só com uma tempestade electromagnética é que temos descanso
mas já viste Valupi, com esta coisa da revolução digital o real e imaginário estão-se a misturar para além do que imaginava, num complexo número complexo:
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=911495&div_id=291
reparei num concurso para wallpapers, que daria ao vencedor bilhetes de entrada e garantia de exibição do seu trabalho na mostra. estas iniciativas têm sempre a virtude de envolver estudantes. e, por cá, a multimédia (em que a introdução ao webdesign se insere) é até já alternativa profissionalizante no fim do secundário. este envolvimento dos estudantes não só tem a valia de os pôr a ver e a fazer coisas, como é um óptimo meio para divulgar eventos e trazer gente à festa.