Mário Bettencourt Resendes pediu para levar a bandeira do «Diário de Notícias» no seu caixão. É um gesto que enobrece o jornalismo, assim o jornalismo o saiba merecer.
Mário Bettencourt Resendes pediu para levar a bandeira do «Diário de Notícias» no seu caixão. É um gesto que enobrece o jornalismo, assim o jornalismo o saiba merecer.
A última vez que falámos foi no quiosque do senhor Oliveira no Príncipe Real, num intervalo das suas aulas numa escola particular ali ao lado. Já estava muito pálido e cansado. Embora nunca tenha pertencido aos seus quadros e apenas lá tenha publicado uma reportagem sobre a Feira do Livro há muitos anos, sinto-me mais um da casa. A fundação do Diário de Notícias é um gesto romântico de um ex-empregado do senhor Verde, pai do poeta Cesário Verde. Achava o comerciante senhor Verde que o Eduardo Coelho era muito dado às musas. Saiu ele em boa hora do escritória da casa de ferragens para fundar o Diário de Noticias. Que descanse em paz, Mário.
para nao dizer muitas banalidades
direi que
há gentes que fazem falta porque pensam bem,
são correctos no social e politico
que reflectem generosidade
e desejo de podermos crescer, sempre, colectivamente como povo
Mario era um ilustre micaelense, como eu
que contudo eu não conhecia
senti um forte murro qdo ouvi noticia
e vi seu rosto gentil na TV…
abraço Mario…
Todos temos um fim. Uns mais cedo, outros mais tarde. Mas dá pena ver pessoas que ainda eram úteis à sociedade, partir assim. Mário Bettencourt Resendes era dos jornalistas mais íntegros que apareceu na comunicação social, na escrita, e quando convidado para certos debates. As televisões não passam programas do Mário e nem fazem referência à sua passagem pela comunicação social, apenas uma pequena notícia, a dar conhecimento da sua morte. A sua morte não rende audiências. É o que acontece com pessoas sérias e verticais.
Faço uma nota de referência ao Diário de Notícias. A sua bandeira é pequena para cobrir um vulto tão grande. Paz à sua alma.
Ainda bem que a morte não rende audiências. Ainda bem que a televisão que temos, que abateu ao longo dos tempos jornalistas e outros que dava prazer ver e ouvir, não destacou o defunto. Ser destacado por gente que está habituada a destacar a mediocridade, é um atentado à verticalidade e à inteligência de quem parte.
«Isto» é um comboio, e cada um tem a sua estação de destino. Uma vez chegado lá, sai-se, deixando a bagagem em terra. É a saudade, é o arrependimento, é a lembrança que nos massacra todos os dias, numa medida elefantina, é um nó que não se ultrapassa.
Não se preocupem com a bandeira. «Já lá está» e certamente com um estandarte maior do que pensam. Pronto para outra! As lágrimas só atrapalham, dizem «eles». O pior é que tal como a morte, não pedem licença para nos visitar. Uma confusão bem planeada.
Chapéu, tou-te a ber.
Não posso emitir opinião por desconhecer um pouco do trabalho de Bettencourt Resendes, mas pelos comentários deixados, acredito que tenha sido uma perda para o jornalismo.
Claudia,
Ciao bella,
num me tires o xapéu. kando se fala cum a berdade e cum sentimento, os dedos são apenas paus mandados do coraçãoe, tás a ber.
Oketu num inbentaspá!