8 thoughts on “O tecido de uma vida”

  1. A última vez que falámos foi no quiosque do senhor Oliveira no Príncipe Real, num intervalo das suas aulas numa escola particular ali ao lado. Já estava muito pálido e cansado. Embora nunca tenha pertencido aos seus quadros e apenas lá tenha publicado uma reportagem sobre a Feira do Livro há muitos anos, sinto-me mais um da casa. A fundação do Diário de Notícias é um gesto romântico de um ex-empregado do senhor Verde, pai do poeta Cesário Verde. Achava o comerciante senhor Verde que o Eduardo Coelho era muito dado às musas. Saiu ele em boa hora do escritória da casa de ferragens para fundar o Diário de Noticias. Que descanse em paz, Mário.

  2. para nao dizer muitas banalidades
    direi que
    há gentes que fazem falta porque pensam bem,
    são correctos no social e politico

    que reflectem generosidade
    e desejo de podermos crescer, sempre, colectivamente como povo

    Mario era um ilustre micaelense, como eu
    que contudo eu não conhecia

    senti um forte murro qdo ouvi noticia
    e vi seu rosto gentil na TV…

    abraço Mario…

  3. Todos temos um fim. Uns mais cedo, outros mais tarde. Mas dá pena ver pessoas que ainda eram úteis à sociedade, partir assim. Mário Bettencourt Resendes era dos jornalistas mais íntegros que apareceu na comunicação social, na escrita, e quando convidado para certos debates. As televisões não passam programas do Mário e nem fazem referência à sua passagem pela comunicação social, apenas uma pequena notícia, a dar conhecimento da sua morte. A sua morte não rende audiências. É o que acontece com pessoas sérias e verticais.
    Faço uma nota de referência ao Diário de Notícias. A sua bandeira é pequena para cobrir um vulto tão grande. Paz à sua alma.

  4. Ainda bem que a morte não rende audiências. Ainda bem que a televisão que temos, que abateu ao longo dos tempos jornalistas e outros que dava prazer ver e ouvir, não destacou o defunto. Ser destacado por gente que está habituada a destacar a mediocridade, é um atentado à verticalidade e à inteligência de quem parte.

    «Isto» é um comboio, e cada um tem a sua estação de destino. Uma vez chegado lá, sai-se, deixando a bagagem em terra. É a saudade, é o arrependimento, é a lembrança que nos massacra todos os dias, numa medida elefantina, é um nó que não se ultrapassa.

    Não se preocupem com a bandeira. «Já lá está» e certamente com um estandarte maior do que pensam. Pronto para outra! As lágrimas só atrapalham, dizem «eles». O pior é que tal como a morte, não pedem licença para nos visitar. Uma confusão bem planeada.

  5. Não posso emitir opinião por desconhecer um pouco do trabalho de Bettencourt Resendes, mas pelos comentários deixados, acredito que tenha sido uma perda para o jornalismo.

  6. Claudia,

    Ciao bella,

    num me tires o xapéu. kando se fala cum a berdade e cum sentimento, os dedos são apenas paus mandados do coraçãoe, tás a ber.

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