O Guerra continua

A direita decadente cuspiu-se de excitação com a escolha de Amadeu Guerra para suceder a Lucília Gago. Porquê? Porque Sócrates — portanto, PS. Amadeu reuniu amiúde com Joana Marques Vidal e Rosário Teixeira para o planeamento de todas as grandes opções estratégicas e tácticas da Operação Marquês. Uma operação que começou bem antes de começar oficialmente (não confundir com tornar-se pública, algo que só ocorreu em Julho de 2014, ainda sem se lhe dar nome, quando alguém no Ministério Público cometeu crimes para usar a investigação em curso como factor de influência nas eleições para secretário-geral do PS, entre Seguro e Costa).

Este Amadeu, portanto, é um dos principais responsáveis pela montanha de violações à lei e à decência em que a Operação Marquês se transformou a partir do Verão de 2014, provocando na sociedade portuguesa inaudito choque e violência política ao se montar com jornalistas a detenção de Socrates no aeroporto de Lisboa quando regressava a Portugal precisamente para se colocar ao dispor das autoridades. Nessa mesma noite, e no dia seguinte, a primeira versão da acusação que os procuradores andaram anos a alterar foi publicada com todas as letras. O objectivo de Vidal, Guerra e Teixeira era o de destituir Sócrates de qualquer presunção de inocência no espaço público. Desse modo, as violências que se seguiriam — ficar preso para ser investigado, devassado e linchado — não só não gerariam qualquer contestação como contariam com o apoio delirante e sanguinário da indústria da calúnia e do editorialismo.

Aqui temos um dos mais notáveis e profícuos caçadores de socráticos a dar conta do seu entusiasmo com o regresso aos tempos da outra senhora: Parecido com Joana Marques Vidal

5 thoughts on “O Guerra continua”

  1. «…Mas quando alguém muda uma lei para servir especificamente uma única situação em concreto, o MP não abre logo uma investigação?
    Antigo procurador-geral Cunha Rodrigues elogia o novo PGR mas avisa: vão ter de mudar a lei por causa de Amadeu Guerra…» – Presidente Rui Rio

    Fonte: https://x.com/RuiRioPT/status/1840193725089145288

    Isto é mais uma prova de que o regime está em fim de ciclo e acaba de entrar em desespero para se manter, e é quando começa a valer tudo.

  2. É uma tristeza, o conluio Vidal-Guerra-ministra da justiça (a estarola) continuou com Marcelo-Gago-parágrafo e vai continuar com Marcelo-Montenegro-Júdice pai e filha ministra da justiça. E o PS nhã-nhã, e os 50+50 ficam calados e mudos?
    Entretanto o Rosa laranja aplaude em conjunto com a mesma alegria e satisfação da Associação dos procuradores. O Rosa dá o mote vendendo ao povão uma mentira do tamanho da sua manhosice; para ingénuo ouvir finge aconselhar os procuradores a elaborar processos separados, curtos, mais objetivos, concentrados que permitam obter ‘bons resultados’ nos julgamentos em tribunal e jamais ‘megaprocessos’ com tudo embrulhado que dificultam ser resolvidos e obter ‘resultados’ junto dos juízes.
    O Rosa finge não saber que os megaprocessos são megaprojectos de condenações políticas pré-concebidos sem assunto a não ser a necessidade de ir fabricando casos ao longo de muito tempo até a opinião amiga publicada as fazer vingar junto da opinião pública ingénua ‘levada’ a embarcar nas várias ficções continuamente inventadas e alteradas até aparentar alguma coerência mesmo duvidosa. São uma consequência necessária da montagem de escutas, suposições, interpretações, invenções e deduções ao longo de tempo e tempo todas elas com o fito de fazer ‘embarcar’, nelas o povo simples e honesto que ainda pensa que tudo o que se ‘vê e diz’ na televisão ou se publica nos jornais é verdade.
    A maior deste tipo de telenovela ‘psicológica’ foi e ainda continua é o megaprocesso-megaprojeto Sócrates que o Rosa ao mesmo tempo que elogia condena como megaprocesso pois, para ele, um MP orientado à maneira da pide com rapidíssimos processos tipo acusacão=condenação, isso sim, é que é justiça da boa, para ele.
    Bem deve o PS nunca pedir uma maioria absoluta ou queira uma tal maioria, pois, um tal governo jamais durará mais que o tempo de ser queimado na praça pública, ostracizado pelo pela opinião pública conduzida a propósito.

  3. Não compreendo os elogios, feitos pela generalidade dos políticos ditos de esquerda ao novo PGR.
    Mau sinal….

  4. “Não compreendo os elogios, feitos pela generalidade dos políticos ditos de esquerda ao novo PGR.”

    faz parte do protocolo da nomeação para tentar evitar mais uns processos encomendados e prisões arbitrárias, o que durará até o afilhado da joana mandar prender mais uns xuxas por conta das próximas eleições.

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