"Vai haver muito boa gente em Portugal do PS e do PSD interessado em que não se investigue nada e que não se esclareça nada, porque evidentemente que há responsabilidades do chamado bloco central de interesses da gestão da Caixa, sobretudo nos anos entre 2005 e 2010", afirmou o ex-líder social-democrata num jantar-conferência na Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo.
"Há 10, 12 operações que foram absolutamente ruinosas, porventura financiamentos que não deviam ter sido concedidos, financiamentos que não foram concedidos com garantias minimamente eficazes, porventura financiamentos concedidos a troco de favores políticos", disse, considerando que, se o Estado tem agora de meter dinheiro na Caixa, ao menos que se esclareça o que aconteceu e apure responsabilidades.
Muito boa gente de 2, 3 partidos vai querer que tudo seja varrido para debaixo do tapete e acho que tudo deve ser esclarecido e escrutinado", insistiu.
Marques Mendes diz que há no PS e PSD quem não queira investigação na CGD
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Marques Mendes, pelo seu longo e prestigiadíssimo currículo político, não só aparenta saber do que está a falar como, por inerência, deixa a certeza de saber de quem está a falar. Porém, ao começo curiosamente, mas segundos depois escandalosamente para quem ainda não tiver desistido de viver num país onde a decência faça parte da identidade comunitária, nega-se a identificar os autores das manigâncias que utiliza como material retórico nas suas exibições públicas.
O discurso sobre o “bloco central de interesses”, até há poucos anos, era um exclusivo das cassetes do PCP, BE e quejandos. Depois, com a radicalização provocada pela crise de 2008 e pela decadência das elites à direita que se agarraram ao populismo e ao golpismo, passou para os jornalistas especializados em malhar no PS e, finalmente, para o próprio PSD e CDS; como neste exemplo. A lógica, mesmo que a princípio contra-intuitiva, é simples de explicar. Trata-se – ainda e sempre – de conseguir diabolizar os socialistas, os quais ficam mais penalizados do que a actual direita em matéria de prevaricações governativas e financeiras. A tal “central” oferece ainda a enorme vantagem de não poder ser negada, pois ninguém de bom senso admite que as pessoas que em Portugal tratam da política e da finança sejam responsáveis, independentes, íntegras. Seria como negar a existência dos átomos, os quais não vêem a sua realidade beliscada por serem invisíveis, intocáveis, inaudíveis, inodoros e insípidos para toda a gente neste planeta à excepção de meia dúzia de cientistas. Logo, como nos garante Marques Mendes, a “central” é um facto à espera de exposição pública pelas autoridades, e tal só não acontecerá se a corrupção organizada pelas cúpulas partidárias o impedir.
Marques Mendes, e infelizmente, não omite só os nomes dos bandidos. Igualmente não revela se está disposto a colaborar com as autoridades dada a profundidade e minúcia das suas informações, talvez por serem conversas que se espalham à boca cheia no seu escritório de advocacia (muito advogado deve gastar a “central”, chiça). Ou talvez tudo se resuma, como com o Paulo Morais, a recortes de jornais dos seus próprios artigos e presenças televisivas ou a algo que ouviu na mesa ao lado enquanto desmanchava um bife com ovo a cavalo e muita molhanga, daquela mesmo boa. Também não explica o que sabe a respeito da história desta famosa “central”, as suas origens, os seus mentores, a sua dinâmica, os seus códigos, os seus crimes ou ganhos, e qual a razão para as autoridades, incluindo-se nelas o Presidente da República de seu nome Cavaco Silva e o Parlamento cheio de esquerdalha, já para não falar no esgoto a céu aberto, nada terem feito para acabar com o regabofe. Finalmente, o grande Mendes é omisso a respeito do contexto de crise extrema desde 2008, a qual levou internacionalmente a milhões de casos iguais ou piores do que aqueles ocorridos na CGD precisamente por causa do desabamento da economia e finança mundiais e europeias no período para que aponta os holofotes. Apenas consegue ser claro a respeito de uma faceta do seu número de circo. Entre 2005 e 2010, há dois nomes por onde podemos começar ou onde teremos de chegar: Sócrates e Vara.
O cavaquismo, numa das suas componentes fundamentais, é esta sonsice desbragada.
“Apenas consegue ser claro a respeito de uma faceta do seu número: entre 2005 e 2010, há dois nomes por onde podemos começar ou onde teremos de chegar: Sócrates e Vara.”
azar do mendes, sócras e vara nunca foram presidentes da caixa. de 2008 a 2011, período das maiores aventuras e prejuízos da caixa, o lugar foi ocupado por faria de oliveira (psd). língua comprida e memória curta dão jeito para uns broches avulso do pequenote.
hoje, no expresso, o lima confessa que o cavaco tinha medo do sócras, receios reveladores das intensões desta canalha.
Num país normal este gajo já tinha sido chamado a depor. Se fosse em Portugal então, o escritório ou a casa alvo de buscas. A sorte dele e habitar na Balselandia, um território com imunidade total.
O depoimento do Bataglia, o tal que era decisivo para concluir inquérito e acusar Sócrates, azar dos azares – ilha completamente Sócrates – e AGORA ?
Numa peça da Sic Notícias, provavelmente inspirada no esgoto a céu aberto, a resposta era … a sério … “o segredo” (que prova as malfeitorias de Sócrates) está guardado naquelas 80 páginas (lembram-se do Delille se queixar que faltavam fotocópias de 80 páginas do processo ?) que foram sonegadas á defesa (mesmo contra as determinações do tribunal da Relação (Rangel) e pasme-se, aos jornalistas assistentes no processo !!!!
Ou seja, provas não há mas … whait,…. HÁ, estão naquelas 80 páginas …. onde provavelmente o Teixeira rabiscou uns hieróglifos que sonegou para que agora possa dizer que lá está o “segredo” …
Raio de porcarias automáticas …
O que eu quis dizer foi que o depoimento do Bataglia ILIBA completamente Sócrates .
Fica claro que não houve, nem haverá qualquer responsabilidade do socrates, vara e ca no resgate de 2011, na corrupção, nas “imparidades” da CGD. Fica desde já ilibado este governo do n.2 do Socrastes no descalabro e resgate consequente . Vai ser tudo bocas do Cavaco e das más linguas do costume. Vejam lá a maldade dos PAfs que até já contaminaram a America Latina !!!
ai que riso! :-)
cavaquismo: dilúvio do bife vazio com ovo nas sopas do cavalo cansado
2 milhões quinhentos oitenta e cinco mil novecentos setenta portugas a baixo de cão três dedos.
Contou o embaixador angolano e entregou ao João Soares.
Toma e vai dizer ao Luaty.
O Ministério Público só não abre um inquérito sobre as declarações do Ganda Nóia
porque não tem “meios” de acordo com a PGR! Senão, já o tinham constituído argui-
do no caso dos vistos gold, onde foi apanhado a fazer perguntas sobre concessão de
um visto para amigo … nada de cunhas!!!
A questão é que os donos disto tudo, que sempre foram os acionistas de referência das empresas do PSI20, já não são os mesmos que eram no tempo do bloco central.
Não é só o PSD que ficou órfão destes paizinhos, o PS também ficou bastante abalado pela sua nova condição de orfão…