O Bidarra está mais uma vez na berra porque vai sair da BBDO e abrir uma coisa qualquer. O Bidarra é o maior publicitário português de todos os tempos, por várias razões, incluindo algumas más ou mazinhas. Tive a sorte de trabalhar com ele, também na BBDO, pelo que não tenho dificuldade em reconhecer que o homem aplica o mesmíssimo poder criativo que lhe deu a fama nas ideias estouvadas que tem lançado a respeito de Portugal – como esta que, para quem assiste incrédulo ao caos político e monetário na União Europeia, só tem vindo a ganhar propósito e a-propósito:
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eu até lhe percebo o rasgo criativo mas um país não é uma empresa e uma grande empresa, ainda que com sedes e filiais em espaços físicos diferentes, é capaz, temos exemplos disso, de gerir o capital humano, que é o que de melhor e mais forte uma empresa pode ter, muito bem. e com um país, qual seria a missão quando a cultura das “empresas” é água de côco vs vinho do porto? um criativo que aponta um rectângulo mas que só pensa, à semelhança não de um líder mas de um patrão, em números, será um quadrado perfeito.
(mas prezo muito, bastante, a mentalidade transatlântica. e muito pouco os acordos de línguas – que não os das escorregadias e carnudas) :-)
E para festejar a futura fusão e, claro, o Natal, aqui vai:
http://www.youtube.com/user/TVLuigiBertolli
bem giro, Penélope, este bater, não de sina, de sino. :-)
Sejam benvindos!
(E desde que, por acordo prévio, logo à chegada, o Valupi seja o Ministro da Educação com ou sem acordo ortográfico ‘:)
…Ministro da Educação, com ou sem acordo ortográfico.
Olinda,
Vinho do Porto + Água de côco!
Que tal?
Penélope,
– como dizemos aqui: massa!
que tal? isso dá, em mistura, asas, regionalismo, e um só um director geral para travar a bebedeira. :-)
Numa só taça? Eu não faria isto ao vinho! Digo uma coisa e outra,
U um para curar-se do outro, sim! ;)
ah, do tipo sexo por dor de corno? essa empresa vai de mal a pior: auditoria, já! :-)
Pedido ao Pai Natal:
Era o último dia de aulas do primeiro trimestre do ano lectivo dois mil e onze, dois mil e doze. O Centro Escolar ia entrar de férias. Notava-se no volume de coisas dentro das nossas mochilas e pela alegria estampada nos nossos rostos por este interregno. Dali em diante, durante quinze dias, não ia ter a voz de despertar da minha mãe: levanta-te. Está na hora de te preparares. Sim! Isto de todos dias se pôr a pé de manhã cedo para se ir para a escola tem que se diga.
É nas alturas em que a minha mãe me acorda que tenho que interromper os sonhos. Os meus queridos sonhos! Este era mais um, a juntar a tantos outros, se não se desse o caso da minha mãe continuar desempregada e o Fundo de Desemprego a terminar. Já não bastava o caso de estar divorciada. Assim não posso sonhar com uma bicicleta nova. Tenho de me contentar com a velhinha.
Noto que neste Natal os meus presentes vão ser menos e mais pequenos. Ainda me lembro, apesar da minha pouca idade, dos presentes que uma tia da minha mãe dava a mim e aos meus primos. Eram tão pequenos que os tínhamos de segurar com cuidado senão fugiam-nos das mãos. Mas, naquele tempo, a tia minha mãe fazia-o em tom de brincadeira porque no dia de Reis ofertava-nos outros. Parecia Espanhola! Mas não era. A Espanha foi uma vez: Santiago de Compostela e Vigo. Não sei se já previa natais de rara abundância. Não! Julgo que não. A minha tia não tem o dom da adivinhação.
Assim o que me resta pedir este ano ao Pai Natal é um emprego para a minha mãe. Porque se assim não for não vejo alegria no rosto dela. E o rosto dela é jovem e bonito. Não quero que se torne num rosto de sofrimento. Todos os quinze dias noto, a sua tristeza, quando se dirige ao Centro de Emprego para marcar a sua presença. E, como ela muitas mães e pais de meninos como eu.
Como posso aspirar a um Natal de muitas prendas se quando vou à dispensa e ao frigorífico noto o espaço que lhes sobra! Noutros tempos os seus interiores pareciam de dimensões pequenas, hoje parecem enormes, dada a falta de géneros de alimentação.
Assim, Pai Natal, espero que não te esqueças de trazer no teu saco, trabalho, para a minha mãe e para os pais de todos os meninos Portugueses que se encontrem na mesma situação. As prendas que fiquem para outros natais mais distantes no tempo.
E funciona? A água de côco, é certo, restaura :)
Já agora, por falar em auditoria, o maior problema que nos restaria era impedir os matreiros daí de ajuntar-se com os daqui. Dariam numa corja difícil de desbancar.
no que depende de mim, MP, ando a alimentar as renas o ano todo. :-)
não faço ideia – a ideia dessa cura foi tua. :-)
é sim, beleza,
Obviamente aludo à comparação que lhe ocorreu propor.
Mas está escusada a resposta.
Portugal já está quase todo fundido…
Estes publicitários continuam uns exagerados…
E confirma-se o velho ditado de que “pela linguagem morre o tubarão”.
Portugal actual, para além de já estar práticamente todo fundido, tem a ver com o Brasil em quê? Se até na Língua estão prestes a separar-se – é ou não verdade que este Acordo Ortográfico a única coisa que tem de certo é que será o último, antes de se formalizar o nascimento do Brasileiro (e a eventual rendição do Português de Camões pelo Ameriquês de Disney)?