A recusa do PEC, de acordo com o ministro de Estado e das Finanças, «vai muito provavelmente provocar a imediata reapreciação do risco do país por parte das agências de rating, com consequências imediatas na sua classificação» e «agravará as condições dos mercados financeiros, o que gerará dificuldades adicionais ao financiamento do país».
Face a estas alegadas dificuldades, Teixeira dos Santos deixou uma questão dirigida às forças da oposição: “Se reprovar o PEC não afasta a necessidade de sacrifícios, qual é o sentido de responsabilidade daqueles que com a sua recusa vão colocar o país numa situação financeira ainda mais grave, da qual resultarão sacrifícios ainda maiores para os portugueses?”.
A seguir, também numa nota eminentemente política, o ministro de Estado e das Finanças criticou a atuação do PSD e CDS, acusando-os de pretenderem chegar ao poder a qualquer custo.
“Posso compreender a ansiedade daqueles que, estando afastados há seis anos do poder, tanto anseiam por ele. Não compreendo, porém, que queiram chegar ao poder impondo tamanho custo aos portugueses”, disse.
Em contraponto, Teixeira dos Santos procurou demarcar-se das lógicas de “imagem” ou de “calculismo político” e justificou o motivo que o levou a avançar com medidas de austeridade.
“É meu dever, minha responsabilidade, avançar com as medidas que podem ajudar o país a ultrapassar as dificuldades com que se depara. A minha lealdade perante o país a isso me obriga. Tem sido esse, desde sempre, o meu compromisso com os portugueses e não é agora que me vou desviar dele por razões de imagem, de conveniência ou de calculismo político”, declarou.
Na perspetiva do ministro das Finanças, “impedir que o país prossiga neste ajustamento não livrará os portugueses dos sacrifícios que são necessários”.
“Pelo contrário, poderá obrigá-lo a sacrifícios ainda maiores”, sustentou, num discurso em que avisou que a consolidação orçamental “não cai do céu”, exigindo “ação e medidas”.
PEC: Chumbo gerará mais dificuldades de financiamento ao país
o que é que se pode comentar para além dos comentários do ex-ministro? Que era evidente? Que o povo, por vezes, para lá da falta de coragem , também tem falta de discernimento? Pois. Há três soluções: educação, educação e educação. Mas isso passou à história da carochinha. Portanto, isto tipo de memórias só deprime e não faz juz ao lema do blogue (não mata, mas alivia). Alivia o caraças…
Passou à história da carochinha para quem isto é uma história da carochinha. Para aqueles para quem isto é História, há lições a tirar.
Claro, era ironia, percebeste, não foi? Há lições que não aliviam nada, sobretudo quando vemos que não são aprendidas. Mas enfim, somos um graozinho de areia no decurso da História. Deixa estar…
http://www.youtube.com/watch?v=bdMBdYVWvKw
já aqui o disse várias vezes : o ódio tolda a razão, se o povo portugues tivesse votado com a cabeça e não com o coração ( como de costume, de resto), tinha posto a urgencia de odiar Socrates de lado e raciocinado sobre o que de facto era melhor para o país.
Esta é a diferença entre os portugueses e o norte da europa : eles têm a capacidade de vêr sempre para além do óbvio, nós não.
Quem percebeu isto e fez a escolha racional está agora também a pagar a má escolha da maioria. Mas ao menos temos o conforto de poder atirar á cara de quem nos votou para o abismo, a estupidez das suas escolhas.
Espero que a quem tenha servido a carapuça possa tirar a devida lição e pensar duas vezes na próxima encruzilhada .