Ricardo Costa é um dos maiores especialistas mundiais em tudo o que diga respeito ao socratismo, provavelmente o maior tendo em conta a sua aquilina inteligência. Daí ter sentido a obrigação jornalística, e ética, de vir explicar o inexplicável, trazer a luz para dissipar as mais densas trevas que afligem o cidadão e o povo outra vez vítimas desse demónio ainda à solta: Sócrates foi à posse de Lula. Mas qual é a razão para tão estranho convite?
Quem perder os dois minutos necessários para ler a prosa vai chegar ao fim com a certeza de ter sido enganado. O título prometia dar resposta ao pungente enigma da presença do mais importante acusado pela Justiça portuguesa na posse de Lula e népias. Em vez disso, é servida uma das cassetes favoritas do mano Costa, a pugna para garantir que as audiências balsemadas jamais duvidarão da integridade, exemplaridade e perfeita justiça com que se montou, desenvolveu e concluiu a Operação Marquês. Eis o bastião donde dispara feliz da vida contra Sócrates:
«As semelhanças entre o processo Lava Jato e a Operação Marquês são inexistentes, exceto no facto de terem como arguidos um ex-Presidente e um ex-primeiro-ministro. No resto, são casos muito diferentes. Mesmo as enormes discussões jurídicas que originaram são muito diferentes. A acusação a Lula sempre foi muito frágil e acabou por ser anulada em instâncias superiores; a de Sócrates tem fragilidades no tema da corrupção mas é extremamente sólida, graças aos fluxos financeiros, no que diz respeito a branqueamento e potencial fraude fiscal.»
Ora, será escusado procurar na obra deste insigne jornalista, neste texto ou em qualquer outro, umas míseras linhas sobre a substância dessas “fragilidades” que admite existirem na acusação a Sócrates. Apenas deixa como pista serem relativas ao tema da corrupção. Tal, de imediato, nos leva a concluir que o mano Costa se está realmente a marimbar para as aludidas fragilidades pois os seus neurónios e coração estão focados naquilo que é a versão do Ministério Público. E que reza assim: “Mesmo que não tenhamos conseguido provar qualquer acto de corrupção, isso não impede que o alvo seja condenado por branqueamento, um crime que implica necessariamente a corrupção mas que aqui fica implícito para que se consiga levar até ao fim o auto-de-fé.”
Imaginemos que num universo paralelo existe um outro Ricardo Costa em tudo igualzinho a este, apenas diferindo na honestidade intelectual. Esse outro com ela, este sendo o que se sabe. Nesse universo o parágrafo citado ficaria assim:
«As semelhanças entre o processo Lava Jato e a Operação Marquês são poucas ou muitas, dependendo do critério valorativo aplicado na sua comparação. Começam em terem como arguidos um ex-Presidente e um ex-primeiro-ministro, e esses arguidos serem políticos de esquerda, e esses políticos serem líderes carismáticos com vitórias eleitorais históricas, e ambos terem sido investigados e presos com a febril excitação de uma direita radicalizada, e em terem sofrido as decisões de procuradores e juízes politicamente motivados para os limitar nos seus direitos de defesa e julgamento justo, e em nunca se terem provado as suspeitas e acusações que os levaram a passar meses na cadeia, e em terem sido ambos os casos explorados pela comunicação social de modo a que se efectivasse um julgamento popular em forma de linchamento. No resto, são casos obviamente diferentes no que respeita aos factos em causa e aos enquadramentos jurídicos respectivos. Mas até as enormes discussões jurídicas que originaram oferecem similitudes na forma como se tentou a condenação sem prova. A acusação a Lula sempre foi muito frágil e acabou por ser anulada em instâncias superiores; a de Sócrates tem fragilidades no tema da corrupção mas é extremamente sólida, graças aos fluxos financeiros, no que concerne ao assassinato de carácter do ex-primeiro-ministro e ao aproveitamento político contra o PS.»
!ai! que texto portentoso adaptado à honestidade intelectual e à verdade como só pode ser o diálogo na grei e a comunicação para as massas. porque existe um universo paralelo à calúnia e à degradação – é o real, onde apenas há lugar para os rijos e os direitinhos de carácter.
!viva! o Lula; !viva! o Sócrates; !viva o Valupi; !viva!o universo paralelo enviesado para o excelente e o melhor
quando li o titulo pensei que era uma autocritica do valupi sobre os textos que tem escrito acerca da guerra na ucrânia. mass afinal ainda é sobre a capa do costa à Visão.
Tem cuidado valupi ainda matas a yo do coração…
não era a primeira pessoa a morrer a rir de ataque cardíaco , jp -:)
jp, detectei um paradoxo no seu comentário: tenho a certeza de que é preciso ter coração para que ele morra.
minas e armadilhas, o porteiro pediu-me para lhe dizer que sem visão não entra. meta-se, por favor, ao canto com a fanada de coração e formem uma banda de aqui jaz. !ai! que riso
olinda,
desde que apanhou com o universo paralelo na cabeça ficou extremamente enviesada para o melhor e o excelente.
quanto às massas, faça à carbonária.
penso que será mais adequado ao caso o celebre macarrão à mafioso-
segue a receita:
https://cybercook.com.br/receitas/massas/receita-de-macarrao-mafioso-121853
esforçai-vos, camandro, pelo melhor e o excelente da história na História; e fazei das tripas coração com razão e molho gostoso, fanados. !ai! que riso
https://www.youtube.com/watch?v=u5YiicLbTaE
Ora qual a razão, Valupi, deste, mais um, irracional e enviesado texto tal qual os de milhentos manos Costa, da esquerda à direita, que quando pretendem ocultar as incapacidades e falhanços políticos próprios recorrem ao alibi Sócrates.
Ainda ontem no programa o “Outro Lado” a menina ex-bloco se referiu a tal mau exemplo político para se despachar de uma qualquer má política que tentava explicar; toda a oposição e grande parte da intelectualidade se uniu para derrubar o político que todos gostavam de ser que tem em PP o exemplar perfeito de anti-socratismo por inveja e ressentimento.
O caso não se resolve porque não há provas onde não há factos para além de a pessoa querer existir e viver de acordo com sua legitimidade política, sua consciência e carácter de político de visão não calculista e oportunista como são todos que lhe criaram uma falsa narrativa para o derrubar. Cavaco, Coelho, Durão, Portas e a Vidal ficam devendo 25 anos de prisão por corrupção e o faraónico prejuízo que deram e continuam dando ao país pelas obras necessárias que boicotaram e não deixaram realizar.
E, também aqui, os anti-Sócrates andam de cu tremido de medo que a opinião pública se pergunte a si mesma porque não temos novo aeroporto, nem alta velocidade, nem ciclo de mobilidade eléctrica e nem desenvolvimento na ciência e tecnologia. Por isso os manos Costa dos media e da má política e apaniguados saltam logo a terreiro mal, um caso como o de Lula convidar pessoalmente Sócrates para a sua investidura, acontece e faz tremer a má consciência dos velhacos. Pois, tal facto conduz de imediato, e inevitavelmente, ao paralelismo de Moro com Carlos Alexandre e seu ajudantes maiores e menores.
Eles sabem, de certeza certa e consciência, que são eles próprios os fautores dos males e pulhices que apontam
a Sócrates e, por conseguinte, não podem deixar que vingue na opinião pública a mais pequena nota de dúvida ; a seguir à dúvida inicial muitas dúvidas de causa e efeito podem surgir e levar à conclusão da verdade da trama dos incompetentes e ressentidos.
Mas, se não forem apanhados em vida serão apanhados pela história.
Pôcera, meu, o vómito do garotelho foi no dia 1, hoje estamos a 17! Só agora acordaste? Aqui o execrável “putinista” já estava a dar-lhe nas orelhas na madrugada de dia 2. Adonde andavas tu? Nalguma operação secreta na Ucrânia, com o Rogeiro caga-mísseis e o Milhazes caralhoto?
https://aspirinab.com/valupi/2023-modo-de-usar/
Neste blog tudo quanto não seja elogiar o “menino de ouro” é enviesado.
E num podi, siô? É puribido, siô? Escurpa, coronéu!
Sabi, coronéu, minino di oro num sei, não, ma tomati di chumbo tem, si siô. Num baixa a bola e num verga a mola! Virgem Santíssima!
A grande diferença entre o processo contra Lula e o processo contra Sócrates é que no Brasil ainda existe jornalismo independente, não subserviente aos poderes fácticos do momento, capazes de questionar, investigar e expõr contraditório. No caso, os jornalistas do Intercept, com Green Greenwald e Leandro Demori à cabeça, mostraram as provas da aldrabice de todo aquele processo. Por aqui, Ricardo Costa e a maior parte dos seus colegas lançam a vela para onde o vento sopra e trocaram o papel de jornalista de investigação por romancista de insinuações para expiar a fome de sangue e esgoto de uma parte do povo