7 thoughts on “Mais provas da ruína a que Sócrates nos levou”

  1. E, embora esteja escondido debaixo do título do primeiro artigo, há que realçar que o número de médicos por cada 100 mil habitantes aumentou quase 17% relação a 2004.

    Também podaim ter acrescentado que o tempo de espera para intervenções cirùrgicas e exames de diagnóstivco baixou 35%…

    Mas,enfim, tudo isto (a que se costuma designar de indicadores de desenvolvimento de uma sociedade) são coisas que já não interessame e que não se repetem.

    A vantagem é que agora posso falar sobre elas sem ser acusada de estar a ir atrás dos números da propaganda. Serei acusada de saudosista, ou pior, mas de propagandista, já não. Sinto-me muito mais feliz.

  2. E isso em plena crise, a partir de 2008, o patife! Tudo à custa da dívida pública e do “futuro dos nossos filhos”. O genial financeiro de Santa Comba tinha razão em manter um país de analfabetos e com 3 por cento de estudantes na população em idade de ir para a universidade. E com as estradecas mais mortíferas da Europa, mas sem esse flagelo das portagens.

  3. Austeridade comparada

    Você que até é um bocado socialista achava que Sócrates até tinha sido simpático com os mais pobres e que este governo é que lhes está a dar forte e feio? Pois, desengane-se, quem tem razão são os que estão à sua esquerda: Sócrates deu forte e feio nos mais pobres – e Passos ainda está a dar mais. Uma verdadeira carnificina, incomparável na Europa. Uma vergonha. Até na Grécia, um país institucionalmente mais fraco do que Portugal, as coisas passaram-se de outra forma. O que aliás ajuda a perceber a confusão nas ruas: afinal aquilo era para não se lhes ir mais ao bolso. Esta última dedução não está, mas as conclusões acima estão num estudo recente sobre os efeitos das medidas de austeridade levadas a cabo nos 6 países europeus que mais as fizeram desde 2009. São eles: Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, Portugal e RU. O estudo reporta-se ao que foi feito até Junho de 2011 e por isso para Portugal ele diz respeito apenas ao governo do Eng. Sócrates. Mas como sabemos que de lá para cá as coisas pioraram…mas já lá vamos.

    Bem, a comparação não é fácil e é por isso que se fazem poucas coisas destas. Mas é séria. Não é fácil porque obriga à definição de “medidas de austeridade”, difícil entre casos tão diversos, e mais importante, obriga à imaginação do que teria sido se não fosse, o famoso “contrafactual”. Mas neste estudo consegue-se isso tudo. Por partes, então.
    – Medidas de austeridade, em % do rendimento disponível (p. 16): Estónia, 6,2; Irlanda, 8,1; Grécia, 2,2; Espanha, 2,7; Portugal, 3,0; e RU, 1,9. Afinal, Sócrates deu-lhe forte, nesta comparação.
    – Distribuição do esforço: Portugal mais redução de benfícios e pensões, e impostos; Espanha mais
    alguma coisa de redução de salários na função pública, e ainda mais na Grécia. A Irlanda teve muito também de aumento de descontos dos trabalhadores para a segurança social (SIC), que valeram muito mais do que a redução dos salários públicos. Diferenças a analisar com interesse na Figura 2 do relatório que se reproduz aqui ao lado (de outra fonte pois o documento original não permite cópias).
    – E quanto ao impacto na distribuição do esforço pelas classes de rendimento? Portugal foi o pior e por uma grande margem, como se pode ver no quadro ao lado (também publicado noutro local). Compare-se Portugal com a Grécia.
    A conclusão final do estudo é que a austeridade em Portugal até Junho de 2011 foi a mais regressiva deste conjunto de 6 países. Brilhante. Terão as coisas piorado desde então, quanto a isso? A resposta está aí a chegar, pelas vias oficiais, presumo.
    Note-se, por enquanto, que a austeridade passista já foi feita por cima de uma enorme austeridade, comparada com a Espanha e a Grécia (e o RU). Estamos a caminhar, em Portugal, para os valores da Estónia (bravo!) e da Irlanda, um dos países mais ricos da UE. Se isso acontecer, seremos, finalmente, mais do que a Grécia.

    http://pedrolains.typepad.com/pedrolains/2011/12/austeridade-comparada.html

  4. Ó Austeridades.
    Afinal leste o original, ou só papagueaste o Lains?
    E que tal estudos comparados?
    Aceitamos estes dados como definitivos e pronto? Um estudo encomendado pela Comissão Europeia de Durão Barroso?
    Em todos os tópicos existem chamadas de atenção para a metodologia e critérios adoptados. Isso não quer dizer nada?
    Além disso, não se devia distribuir a reponsabilidade política destes resultados, dado que o estudo abrange apenas um período de governação em MAIORIA RELATIVA? Deve ser fácil taxar os grupos de pressão mais poderosos nesse contexto, não? E a comunicação social, ajuda?
    E agora já estamos no rumo certo? Valeu a pena a mudança para estes estarolas?
    Claro que sim, vais ver como o próximo estudo vai contar maravilhas da prestação do Coelho (Relvas) e sus muchachos, sem que percebamos como.
    Digo eu, que até sou um bocadinho socialista.

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