Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Estava a ser deliciosa a leitura do texto nas 7Margens. Depois deparei com isto: “…um país de tradição cristã, o perdão e a misericórdia têm de ter lugar presente nas prisões”. O meu cérebro direcionou-se de imediato para o meu armazenamento de informação externa onde se perfilou a de maior carga trágica. Li até ao fim, mas já não foi a mesma coisa. Não havia necessidade.
Se calhar as prisões deviam ser um clube med, não?
As prisões são um castigo, não umas férias. Montes deles cometeram crimes desumanos, como o tipo de preso que é mandado para vale de judeus. Há prisões perfeitamente pacíficas, como a de caldas, ou o regime aberto.
Além da “tradição cristã” já apontada pelo Fernando, a habitual platitude repetida por padrecas e carneiros religiosos, como se fosse impossível perdoar ou sentir compaixão sem ela, o texto do 7Margens tem outro problema: fala apenas da desumanidade das prisões. E a dos prisioneiros?
Quando alguém lê o que fizeram os cinco fugitivos, o seu CV criminal, duvido que dê consigo a lamentar o rigor da prisão: uns 90%, por baixo, devem lamentar que não seja muito maior. Basta ler comentários para saber que a vasta maioria da população, como ilustra a yo, não tem pena alguma.
Vamos sempre parar a duas velhas questões:
— há uma minoria de pessoas que são mais agressivas, cruéis, violentas e/ou anti-sociais; alguns casos são evitáveis, outros não; alguns são reabilitáveis, outros não; que fazer aos que não?
— quem sofre pessoalmente os crimes ou o comportamento desta minoria dirá sempre aos que não sofrem e que advogam maior tolerância para com ela: se fosse consigo não falaria assim.
Ainda não temos resposta para estas questões. Mesmo uma democracia melhor, mais directa, não a tem: a fazermos hoje um referendo é provável que ganhasse a fétida retórica do Chega.
isso da ressocialização aplicado a tudo que mexe é uma parvoeira.
digamos que há , em grandes rasgos , 3 tipos de presos/criminosos
os da “carreira delinquente” , sociopatas que não lhes passa fazer mais nada a não ser crimes , muitos deles perfeitamente inseridos na sociedade , como os banqueiros ou políticos. não faz sentido falar de ressocialização. estes deviam ser condenados a trabalhos forçados.
os que cometem um crime esporádico por raiva ciúme ganância ou qualquer outra emoção ou razão. a maioria está inserida na sociedade , tem escolaridade , família , profissão, emprego , amigos. vão ressocializar para quê?
os que cometem crimes para consumir , os toxicodependentes. pessoas que começaram a consumir aos 12 , 15 anos e não têm nada de nada . nem escolaridade , nem valores , nem profissão . nada . e é só nestes que falar de ressocialização faz sentido. basicamente , quando largam o vicio ( se largarem) é como se acabassem de nascer.
(e pelos s delinquentes juvenis de famílias desestruturadas também se poderia fazer algo.)
Estava a ser deliciosa a leitura do texto nas 7Margens. Depois deparei com isto: “…um país de tradição cristã, o perdão e a misericórdia têm de ter lugar presente nas prisões”. O meu cérebro direcionou-se de imediato para o meu armazenamento de informação externa onde se perfilou a de maior carga trágica. Li até ao fim, mas já não foi a mesma coisa. Não havia necessidade.
Se calhar as prisões deviam ser um clube med, não?
As prisões são um castigo, não umas férias. Montes deles cometeram crimes desumanos, como o tipo de preso que é mandado para vale de judeus. Há prisões perfeitamente pacíficas, como a de caldas, ou o regime aberto.
Além da “tradição cristã” já apontada pelo Fernando, a habitual platitude repetida por padrecas e carneiros religiosos, como se fosse impossível perdoar ou sentir compaixão sem ela, o texto do 7Margens tem outro problema: fala apenas da desumanidade das prisões. E a dos prisioneiros?
Quando alguém lê o que fizeram os cinco fugitivos, o seu CV criminal, duvido que dê consigo a lamentar o rigor da prisão: uns 90%, por baixo, devem lamentar que não seja muito maior. Basta ler comentários para saber que a vasta maioria da população, como ilustra a yo, não tem pena alguma.
Vamos sempre parar a duas velhas questões:
— há uma minoria de pessoas que são mais agressivas, cruéis, violentas e/ou anti-sociais; alguns casos são evitáveis, outros não; alguns são reabilitáveis, outros não; que fazer aos que não?
— quem sofre pessoalmente os crimes ou o comportamento desta minoria dirá sempre aos que não sofrem e que advogam maior tolerância para com ela: se fosse consigo não falaria assim.
Ainda não temos resposta para estas questões. Mesmo uma democracia melhor, mais directa, não a tem: a fazermos hoje um referendo é provável que ganhasse a fétida retórica do Chega.
isso da ressocialização aplicado a tudo que mexe é uma parvoeira.
digamos que há , em grandes rasgos , 3 tipos de presos/criminosos
os da “carreira delinquente” , sociopatas que não lhes passa fazer mais nada a não ser crimes , muitos deles perfeitamente inseridos na sociedade , como os banqueiros ou políticos. não faz sentido falar de ressocialização. estes deviam ser condenados a trabalhos forçados.
os que cometem um crime esporádico por raiva ciúme ganância ou qualquer outra emoção ou razão. a maioria está inserida na sociedade , tem escolaridade , família , profissão, emprego , amigos. vão ressocializar para quê?
os que cometem crimes para consumir , os toxicodependentes. pessoas que começaram a consumir aos 12 , 15 anos e não têm nada de nada . nem escolaridade , nem valores , nem profissão . nada . e é só nestes que falar de ressocialização faz sentido. basicamente , quando largam o vicio ( se largarem) é como se acabassem de nascer.
(e pelos s delinquentes juvenis de famílias desestruturadas também se poderia fazer algo.)