«Aqui creio ser devido também um momento de reconhecimento a António Costa. À falta de entretém, e com enorme vergonha alheia da minha parte, resolveu que o melhor para passar o tempo era participar ativamente no branqueamento do discurso e do enlamear constante da CMTV e passear-se numa furgoneta de banalidades que, não podendo horrorizar ou decapitar, não sendo dantesca nem infernal, é só assim, se calhar, o que sempre foi. Estamos bem, estamos.»
Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão.
Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
A crónica, no DN, é dum tal Miguel Romão, “Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa”, cuja prosa é aqui e ali divertida, aqui e acolá afectada. Haja quem ainda lê o DN.
O Bosta ganhou a lotaria que queria ganhar: um mega-tacho europeu. Chegou ao topo da carreira, ao limite de qualquer pulhítico nascido num país pobre e insignificante. Melhor só o Pantanoso Guterres, mas esse tacho é mais raro, ou o Schwarzenegger, mas o físico do Bosta é algo diferente.
O biscate de comentadeiro até lhe assenta bem: lembra os seus tempos na Quadradura dos Chulos mais o Chuleco Pacheco e o Chulão Xavier, outros dois parasitas profissionais, e permite-lhe exibir aquele sorriso comprometido e idiota que tanto agradou – durante 40 anos! – à carneirada votante.
Resta saber o que preferia o volupi e demais xuxaria do blog: que o Bosta vivesse em recato na Ericeira, como o v/ herói eborense-parisiense? Mas assim como se mantinha ‘relevante’?
Eu seja ceguinho se não estive, aqui há dias, para verter aqui um comentário arredor deste tema.
Sei que há criaturas em Portugal (“neste país” como agora se diz…), que se consideram de esquerda – sempre, sempre, ao lado do povo e o povo é quem mais ordena -, que se estão borrifando para a calamitosa situação política em que descambou o nosso país após os mais democráticos e progressistas governos depois de Abril – refiro-me aos de 2005-2011 e 2015-2023. A sua loucura louca arrastou-os para as trincheiras desta extrema direita, parte ainda mascarada, que não largará o poder, tenho a certeza, nos próximos 40/50 anos. O outro disse raramente, eu digo nunca – nunca me engano nestas coisas.
Houve um golpe de Estado em Portugal com a conivência e participação ativa dos principais Órgãos de Estado, partidos de direita e da esquerda esgrouviada, e a cobertura dos mídia, estes assim a modos que “é a democracia a funcionar” e “vou explicar para as pessoas perceberem melhor”.
Quando digo principais Órgãos de Estado estou, obviamente, a incluir o anterior executivo.
Responsabilizo – HOJE! AGORA! AQUI! – o ex-primeiro ministro António Costa. Hoje não tenho dúvidas.
Cometeu dois erros fatais:
1) (Um fait divers) Ignorou o aviso que aqui deixei escarrapachado, que ninguém lhe fez chegar como pedi: não nomear Fernando Medina ministro das finanças. Eu sabia que ele é daqueles tipos…que gosta de mostrar serviço……… Deixou os cofres a abarrotar de carcanhol do povo para esta direita gastar à tripa-forra na compra de votos.
2) Nunca devia ter-se demitido do governo. Deixaria entalado o malandro de Belém e a oposição. Denunciaria o golpe de Estado em curso e a defesa da democracia e da Constituição. E do seu governo.
Não restaria outra alternativa ao sacana golpista de Belém que demiti-lo. E aí outro galo cantaria.
Estou com uma desenfreada vontade de morder, mas vou ficar por aqui, porque me estão a ocorrer o almoço com o básico montemerda e a sua ida lá para os coisos da tv.
A esquerda está a mirrar. Esta tragédia que me angustia é para 40/50 anos.