Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
«Cada vez mais permeável à lógica das irritabilidades, sem instrumentos para dela se defender, a política tornou-se um espectáculo estéril e histérico de irritações que se sucedem ininterruptamente, voltada muito mais para a reacção do que para a acção.»
Tudo é lógico na opinião do articulista mas dizer que a política não tem instrumentos para se defender parece algo proveniente, também ela, de de alguma irritabilidade.
A política tem poderes suficientes para estabelecer meios de contraditório e mostrar o outro lado ou lados ou reverso das irritabilidades actuais dos media de massas e o caso Centeno é uma evidência de que, como ele mui acertadamente disse, é possível questionar as aplicações e métodos instalados e não passar o tempo a sobrevoá-las em torno delas segundo a mesma perspectiva sempre. É preciso abri-las e virá-las do avesso para lhe ver os podres do interior e só assim o diagnóstico poderá ser mais rigoroso e a receita mais objectiva.
Quando Platão quis saber se a virtude podia ser ensinada e transmitida de pais a filhos chegou à aporia inconclusiva. Mas só a educação superior em massa de forma lógica séria já será, em si mesma, um grande combate à massificação e consequente tomada de consciência epistemeológica em oposição à irritabilidade ou opinião à flor da pele.
Um dia as coisas estarão maduras para enfrentar a fabricação de “irritabilidades” pelos mass-media e então o que pode faltar é força de vontade ou haver corrupção. Nesse dia, sentindo-se contínuamante enganadas, as mesmas massas convergirão numa “irritação” em uníssono e revolta, a politica manipuladora fabricante de “irritabilidades” vais pelos ares e o mundo avançará.
Zé Neves! o horizonte é vermelho!
Pois eu acho que não…
A cultura do facilitismo impede essa tal educação por excelência. E é bom que assim seja. A utopia de querer um mundo de super-homens viu-se no que deu no século XX.
Faz parte da natureza humana gostar mais de ficar na esplanada a fumar cigarros e beber bicas que ir à reunião do condomínio. Mesmo sabendo que está a ser roubadas pela administração do dito cujo.
E queixem-se que as ruas estão cheias de fezes de cão, mas não vão às reuniões da junta de freguesia ou assembleia municipal reivindicar o direito à limpeza.
É o homem que faz a história, mas não sabe a história que faz. Pela simples razão que o Homem é um animal e, como os outros animais, não pode nada contra a sua própria natureza.
Caro Manuel Vicente Galvão,
não sei donde retirou a ideia que me quer atribuir de que o horizonte é vermelho. Pois, também podia inferir que era amarelo ou verde ou às riscas: estaria sempre a tresler o meu pensamento em favor do seu.
Por outro lado concordo que “É o homem que faz a história, mas não sabe a história que faz.” Mas já a sua fundamentação me deixa sérias dúvidas. Qual é a natureza do homem? Os outros animais só têm a sua natureza? Talvez. Mas o animal homem tem na sua natureza o pensamento ou a faculdade de idealizar, imaginar, criar, inventar e até já hoje criou o poder de destruir a própria natureza sobre o nosso planeta e consequentemente qualquer vestígio de vida sobre a Terra. Subsistirá uma natureza na Terra sem vida?
Trata-se, penso eu, do mesmo mistério que explica que sendo o homem que faz a história não sabe a história que faz.
«Cada vez mais permeável à lógica das irritabilidades, sem instrumentos para dela se defender, a política tornou-se um espectáculo estéril e histérico de irritações que se sucedem ininterruptamente, voltada muito mais para a reacção do que para a acção.»
Tudo é lógico na opinião do articulista mas dizer que a política não tem instrumentos para se defender parece algo proveniente, também ela, de de alguma irritabilidade.
A política tem poderes suficientes para estabelecer meios de contraditório e mostrar o outro lado ou lados ou reverso das irritabilidades actuais dos media de massas e o caso Centeno é uma evidência de que, como ele mui acertadamente disse, é possível questionar as aplicações e métodos instalados e não passar o tempo a sobrevoá-las em torno delas segundo a mesma perspectiva sempre. É preciso abri-las e virá-las do avesso para lhe ver os podres do interior e só assim o diagnóstico poderá ser mais rigoroso e a receita mais objectiva.
Quando Platão quis saber se a virtude podia ser ensinada e transmitida de pais a filhos chegou à aporia inconclusiva. Mas só a educação superior em massa de forma lógica séria já será, em si mesma, um grande combate à massificação e consequente tomada de consciência epistemeológica em oposição à irritabilidade ou opinião à flor da pele.
Um dia as coisas estarão maduras para enfrentar a fabricação de “irritabilidades” pelos mass-media e então o que pode faltar é força de vontade ou haver corrupção. Nesse dia, sentindo-se contínuamante enganadas, as mesmas massas convergirão numa “irritação” em uníssono e revolta, a politica manipuladora fabricante de “irritabilidades” vais pelos ares e o mundo avançará.
Zé Neves! o horizonte é vermelho!
Pois eu acho que não…
A cultura do facilitismo impede essa tal educação por excelência. E é bom que assim seja. A utopia de querer um mundo de super-homens viu-se no que deu no século XX.
Faz parte da natureza humana gostar mais de ficar na esplanada a fumar cigarros e beber bicas que ir à reunião do condomínio. Mesmo sabendo que está a ser roubadas pela administração do dito cujo.
E queixem-se que as ruas estão cheias de fezes de cão, mas não vão às reuniões da junta de freguesia ou assembleia municipal reivindicar o direito à limpeza.
É o homem que faz a história, mas não sabe a história que faz. Pela simples razão que o Homem é um animal e, como os outros animais, não pode nada contra a sua própria natureza.
Caro Manuel Vicente Galvão,
não sei donde retirou a ideia que me quer atribuir de que o horizonte é vermelho. Pois, também podia inferir que era amarelo ou verde ou às riscas: estaria sempre a tresler o meu pensamento em favor do seu.
Por outro lado concordo que “É o homem que faz a história, mas não sabe a história que faz.” Mas já a sua fundamentação me deixa sérias dúvidas. Qual é a natureza do homem? Os outros animais só têm a sua natureza? Talvez. Mas o animal homem tem na sua natureza o pensamento ou a faculdade de idealizar, imaginar, criar, inventar e até já hoje criou o poder de destruir a própria natureza sobre o nosso planeta e consequentemente qualquer vestígio de vida sobre a Terra. Subsistirá uma natureza na Terra sem vida?
Trata-se, penso eu, do mesmo mistério que explica que sendo o homem que faz a história não sabe a história que faz.