Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
A liberdade de expressão (como é chamada a faculdade de um jornalista dizer o que muito bem lhe entende sem necessidade de provar que o que disse é verdade ou necessidade de revelar a fonte) é hoje a principal arma dos Poderes Instituído nas sociedades ditas Democracias Ocidentais.
As empresas de comunicação social que realmente são vistas e ouvidas pela maioria dos cidadãos, concentraram-se em grandes conglomerados económicos e são hoje propriedade de grandes grupos económicos que, detendo-as, as usam para influenciar os cidadãos, para os impregnarem de Opinião. A opinião que favorece os detentores dos meios de produção (de Poder).
Por isso, hoje, o contraditório praticamente deixou de existir.
Por isso, hoje, os poderes instituídos ficam à beira de um ataque de nervos quando algo surge na cena política que ponha em causa a “liberdade de expressão”. Essa poderosa arma que eles não conseguem imaginar sequer ter que deixar de usar!
Penso, convictamente, que neste caso do Charlie Hebdo tornado emblemático de um ataque à liberdade de expressão, não é propriamente a liberadde de expressâo que está em causa. Como se fosse possivel meia duzia de terroristas religiosos fanáticos vencer o poderoso “ocidente democrático”. Se as pessoas pararem para pensar, concluirão que estes fanáticos têm tanto poder como as famigeradas armas de destruição maciça de Saddam. Mas é muitissimo mais conveniente pensar que a liberdade de expressão o está a ser posta em causa por actos isolados e tresloucados como o de Paris, do que pensar no “ocidente democrático” de mãos dadas com regimes que espezinham não só a liberdade de expressão mas todos nos direitos do homem. Deu-se até o caso de vermos desfilar em Paris governantes de países que fazem gato-sapato das liberdades, nomeadamente da Hungria e da Turquia. Os que desfilaram em Paris estão preocupados com o que passa na Arábia Saudita ou na China, em termos de liberdade de expressão? Ah….estão sim senhor, muito preocupados! Até estão a pensar em sanções económicas. O Passos/Portas vão pedia a EDP de volta! Haverá maior atentado à liberdade de expressão, neste ocidente democrático, que a completa apropriação dos media pelo poder económico, transformando os jornalistas em “voz do dono”, como está acontecer ao Portugal da UE e do Euro? Os patrões dos media devem estar a rir à gargalhada com o sobressalto das consciências democráticas perante o episódio de Paris, que veio mesmo a calhar para desviar as atenções da verdadeira crise da liberdade de expressão. Exactissimamnete, Val? Não me parece. Olhe à sua volta e veja com que facilidade os media portugueses passaram todos a falar a uma só voz, a voz de uma certa direita. Em “três tempos” fazem eleger os seus PR e os seus governantes, cuidando de perseguir e assassinar os adversários. Para manter as aparências, vão-se ficando pelo assassinato de caracter e perseguição judicial. Para manter as aparências arregimentam alguns comentadores do “outro lado”, e cujo murmúrio é abafado por uma legião de jornalistas e comentadores seus avençados e lambe-botas.
Não quero confundir liberdade de expressão com liberdade de imprensa. Creio, no meu entendimento, que a liberdade de imprensa é um “derivado” da liberdade de expressão, esta sim muito mais lata e de grau de intensidade diversa ( as bengaladas nos livros do Eça também são liberdade de expressão – reativa é certo – mas é liberdade de expressão). Agora que dá muito jeito aos jornais abjetos falar de liberdade de expressão em vez de liberdade de imprensa , dá, para justificar toda a trampa que deitam no ventilador.
a culpa é do mosquito e do desenho – e isto é tão repugnante como o sectarismo de que fala o texto.
antes de começar a desafiar estas bestas – insensatamente e sem um pingo de estratégia como fizeram os palermas da redação do charlie hebdo, pondo-se a eles e a terceiros em perigo – devíamos estar preparados para saber lidar com os seus ataques. em vez disso, provocamos a fera e depois andamos por aí como uns coitadinhos a queixar-nos daqueles maus não deixam os bonzinhos, coitadinhos, exercer a sua liberdade de expressão. não se provoca o inimigo sem um plano para o eliminar. ora, o plano do ocidente é chorar e queixar-se dos malvados que eles são. isto é uma estratégia de completa derrota, infantil e da qual a escumalha do EIIL se deve rir à gargalhada e que só lhes dá é ainda mais coragem para as suas próximas investidas. um político do calibre, por exemplo, de churchill em vez de andar a perder tempo em manifestações ridículas, já tinha posto em marcha um plano de guerra contra esta escumalha do EIIL e de todos os países que os apoiam, fossem quais fossem os chamados danos colaterais.
Sobre o que tweeta a Ana Gomes, embora notando que este é um daqueles momentos idiossincráticos em que não vale perder demasiado tempo, haveria uma analogia FDP que poderia ser feita: politicamente eu atiro a quem eu quero, eu escolho os alvos, embora, a mais das vezes, pareça que disparo sobre tudo o que mexe. Sou assim com doses iguais de coragem e de loucura, e isso encanta-me.
Já algum psicólogo ou sociólogo analisou a prosa das caixas de comentários?
Psiquiatras, também não?
Ora, ora se aplicássemos a mesma pergunta ao PS e a muitos dos seus actuais e iluminados dirigentes ?
A Ana Gomes é farinha do mesmo saco e só se diferencia dos seus ilustres e gelatinosos camaradas pelo facto de assumir a verdadeira natureza do partido e não ter medo de estalar o verniz caduco da ideologia do oportunismo e calculismo nojento …
Talvez seja menos repugnante que o Costa no seu fatinho de faz de conta saloio, com ideias e projectos de coisa nenhuma pro pais. Isso sim é repugnante e ninguem deste blogue fala disso.
Prof. Pardal … vai visitar o gajo a evora e leva o serrote pro nariz do 44.
Enapá disse o que é exacto.
E Ana Gomes também está correcta. As provocaçõezinhas do Charlie Hebdo já mataram e vão matar muito mais pessoas inocentes. Se isso servir para o Ocidente abrir a pestana e perceber que a ameaça aos seus valores fundadores é seria, não será em vão. Se isso descambar numa perseguição às religiões tradicionais do Ocidente idêntica à que o 11 de Setembro provocou não é de esperar que as consequências sejam muito diferentes: a preparação de um campo fértil à propagação de todos os extremismos.
deveria ler o texto do sr. ferreira fernandes ontem no d.n.. se já leu devia refletir. já não há paciência para moralismos de sofá.
iupi, a quem se dirige o teu comentário?
Lucas Justino, o que não é da Galucho. Pareceu-me, pelo menos.
Deixe um comentário
Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório
A liberdade de expressão (como é chamada a faculdade de um jornalista dizer o que muito bem lhe entende sem necessidade de provar que o que disse é verdade ou necessidade de revelar a fonte) é hoje a principal arma dos Poderes Instituído nas sociedades ditas Democracias Ocidentais.
As empresas de comunicação social que realmente são vistas e ouvidas pela maioria dos cidadãos, concentraram-se em grandes conglomerados económicos e são hoje propriedade de grandes grupos económicos que, detendo-as, as usam para influenciar os cidadãos, para os impregnarem de Opinião. A opinião que favorece os detentores dos meios de produção (de Poder).
Por isso, hoje, o contraditório praticamente deixou de existir.
Por isso, hoje, os poderes instituídos ficam à beira de um ataque de nervos quando algo surge na cena política que ponha em causa a “liberdade de expressão”. Essa poderosa arma que eles não conseguem imaginar sequer ter que deixar de usar!
Penso, convictamente, que neste caso do Charlie Hebdo tornado emblemático de um ataque à liberdade de expressão, não é propriamente a liberadde de expressâo que está em causa. Como se fosse possivel meia duzia de terroristas religiosos fanáticos vencer o poderoso “ocidente democrático”. Se as pessoas pararem para pensar, concluirão que estes fanáticos têm tanto poder como as famigeradas armas de destruição maciça de Saddam. Mas é muitissimo mais conveniente pensar que a liberdade de expressão o está a ser posta em causa por actos isolados e tresloucados como o de Paris, do que pensar no “ocidente democrático” de mãos dadas com regimes que espezinham não só a liberdade de expressão mas todos nos direitos do homem. Deu-se até o caso de vermos desfilar em Paris governantes de países que fazem gato-sapato das liberdades, nomeadamente da Hungria e da Turquia. Os que desfilaram em Paris estão preocupados com o que passa na Arábia Saudita ou na China, em termos de liberdade de expressão? Ah….estão sim senhor, muito preocupados! Até estão a pensar em sanções económicas. O Passos/Portas vão pedia a EDP de volta! Haverá maior atentado à liberdade de expressão, neste ocidente democrático, que a completa apropriação dos media pelo poder económico, transformando os jornalistas em “voz do dono”, como está acontecer ao Portugal da UE e do Euro? Os patrões dos media devem estar a rir à gargalhada com o sobressalto das consciências democráticas perante o episódio de Paris, que veio mesmo a calhar para desviar as atenções da verdadeira crise da liberdade de expressão. Exactissimamnete, Val? Não me parece. Olhe à sua volta e veja com que facilidade os media portugueses passaram todos a falar a uma só voz, a voz de uma certa direita. Em “três tempos” fazem eleger os seus PR e os seus governantes, cuidando de perseguir e assassinar os adversários. Para manter as aparências, vão-se ficando pelo assassinato de caracter e perseguição judicial. Para manter as aparências arregimentam alguns comentadores do “outro lado”, e cujo murmúrio é abafado por uma legião de jornalistas e comentadores seus avençados e lambe-botas.
Não quero confundir liberdade de expressão com liberdade de imprensa. Creio, no meu entendimento, que a liberdade de imprensa é um “derivado” da liberdade de expressão, esta sim muito mais lata e de grau de intensidade diversa ( as bengaladas nos livros do Eça também são liberdade de expressão – reativa é certo – mas é liberdade de expressão). Agora que dá muito jeito aos jornais abjetos falar de liberdade de expressão em vez de liberdade de imprensa , dá, para justificar toda a trampa que deitam no ventilador.
a culpa é do mosquito e do desenho – e isto é tão repugnante como o sectarismo de que fala o texto.
antes de começar a desafiar estas bestas – insensatamente e sem um pingo de estratégia como fizeram os palermas da redação do charlie hebdo, pondo-se a eles e a terceiros em perigo – devíamos estar preparados para saber lidar com os seus ataques. em vez disso, provocamos a fera e depois andamos por aí como uns coitadinhos a queixar-nos daqueles maus não deixam os bonzinhos, coitadinhos, exercer a sua liberdade de expressão. não se provoca o inimigo sem um plano para o eliminar. ora, o plano do ocidente é chorar e queixar-se dos malvados que eles são. isto é uma estratégia de completa derrota, infantil e da qual a escumalha do EIIL se deve rir à gargalhada e que só lhes dá é ainda mais coragem para as suas próximas investidas. um político do calibre, por exemplo, de churchill em vez de andar a perder tempo em manifestações ridículas, já tinha posto em marcha um plano de guerra contra esta escumalha do EIIL e de todos os países que os apoiam, fossem quais fossem os chamados danos colaterais.
Sobre o que tweeta a Ana Gomes, embora notando que este é um daqueles momentos idiossincráticos em que não vale perder demasiado tempo, haveria uma analogia FDP que poderia ser feita: politicamente eu atiro a quem eu quero, eu escolho os alvos, embora, a mais das vezes, pareça que disparo sobre tudo o que mexe. Sou assim com doses iguais de coragem e de loucura, e isso encanta-me.
Já algum psicólogo ou sociólogo analisou a prosa das caixas de comentários?
Psiquiatras, também não?
Ora, ora se aplicássemos a mesma pergunta ao PS e a muitos dos seus actuais e iluminados dirigentes ?
A Ana Gomes é farinha do mesmo saco e só se diferencia dos seus ilustres e gelatinosos camaradas pelo facto de assumir a verdadeira natureza do partido e não ter medo de estalar o verniz caduco da ideologia do oportunismo e calculismo nojento …
Talvez seja menos repugnante que o Costa no seu fatinho de faz de conta saloio, com ideias e projectos de coisa nenhuma pro pais. Isso sim é repugnante e ninguem deste blogue fala disso.
Prof. Pardal … vai visitar o gajo a evora e leva o serrote pro nariz do 44.
Enapá disse o que é exacto.
E Ana Gomes também está correcta. As provocaçõezinhas do Charlie Hebdo já mataram e vão matar muito mais pessoas inocentes. Se isso servir para o Ocidente abrir a pestana e perceber que a ameaça aos seus valores fundadores é seria, não será em vão. Se isso descambar numa perseguição às religiões tradicionais do Ocidente idêntica à que o 11 de Setembro provocou não é de esperar que as consequências sejam muito diferentes: a preparação de um campo fértil à propagação de todos os extremismos.
deveria ler o texto do sr. ferreira fernandes ontem no d.n.. se já leu devia refletir. já não há paciência para moralismos de sofá.
iupi, a quem se dirige o teu comentário?
Lucas Justino, o que não é da Galucho. Pareceu-me, pelo menos.