Se o futuro não existe, por ainda não ter existência, não devíamos fazer planos para ele. Porque, não existindo, não serve de nada ter qualquer plano a respeito do que desconhecemos como será ou não será. Carece de aplicação possível um plano para o futuro visto não haver à nossa disposição o tal objecto chamado futuro inerente ao tal plano para o fantasiado futuro.
Devemos antes fazer planos para o passado. O passado fica, está, é. Nós somos esse passado que não passa por não ter mais para onde ir. Ficou para ali à espera que façamos alguma coisa por ele. E não pára de nos chamar, de pedir atenção. Sempre a atazanar-nos com cenas que já passaram. Precisamos de arranjar um plano para que o passado se consiga entreter sozinho, para que finalmente possa ir à sua vida descansado. Em troca ele oferece-nos um presente surpreendente.
é isso. mas há coisas no passado que adoro recordar , fico tão contente como na altura. isso podemos , certo?
sabes, eu obrigo-me a ter um seguro de saúde em geral e um plano de saúde oral e um seguro de automóvel; também tenho de me obrigar a dar continuidade ao meu emprego, pelo menos enquanto não aparecer outro melhor, para saber que no fim de cada mês tenho dinheiro que me garanta um pedaço da minha existência: eis o meu futuro escarrapachado e que não há volta a dar. o passado, esse, é um pretérito imperfeitamente perfeito que serve para contar depois de já ter tido a sua voz. agora o presente, !ah!, esse é onde tudo acontece no gerúndio, onde todas as manhãs elas se vestem com mantinhas leves e suaves para aguentarem o sol do meio dia e depois as cores melódicas do final da tarde. entretanto chega a noite, mansinha, que se veste de estrelas e de queijo fresco servido em copos de leite em flor. em redor também há chuva, há brisa e há vento e há trovão – e há todo o mal do mundo para termos a certeza do que para nós, o que nos ergue e faz sorrir e rir e cantar e dançar, é mesmo, milhão, o superlativo absoluto de bom. adorei, adorei, adorei
Sem passado:
Sempre gostei de filmes que nos contam histórias que podiam ser verdadeiras. Com guiões longos e que nos levam a imaginar o seu final, mas, de episódio em episódio, vai-se alterando. Foi o que aconteceu com o filme “Homem sem Passado”. Relatava-nos o espancamento de um homem e seu abandono. Foi encontrado por dois jovens e levado para o hospital onde lhe trataram das escoriações, mas quanto à memória nada puderam fazer: tinha-a perdido. Andou de terra em terra a ver se a conseguia, mas cada vez as dúvidas eram maiores.
Gosto de falar disto porque um dia também me sucedeu o mesmo. No fim de um treino de futebol e quando o treinador treinava os guarda-redes de tão cansado que estava, numa defesa em golpe de rins, caí mal, bati com a nuca da cabeça no chão. Passado pouco tempo comecei a perder a visibilidade e perda de memória o que me levou a queixar-me ao treinador. Deu por terminado o treino.
Dirigi-me para o balneário, mas não me lembrava do meu passado. De onde era e de quem era. Relatei este facto à guarda do campo que esperava que me aprontasse para se ir embora porque os treinos eram nocturnos. Foi dar conhecimento a um director. Fui levado ao hospital onde me foi receitado um medicamento para tomar, aconselhado a repouso, e que não me contrariassem.
No regresso o director ia-me deixar no centro de Freamunde. Disse-lhe que não sabia para onde me dirigir porque não sabia quem era e onde morava. Fui levado a casa e a partir daí começou a fazer-se luz na minha memória. Por isso compreendo o sofrimento do “homem sem passado”. Sei tratar-se de um filme, mas vivi essa realidade.
E chego à conclusão que não somos ninguém sem passado.
Este intróito, que vai longo, tem por finalidade fazer compreender o que estão a fazer a muitas das freguesias portuguesas que vão ser agregadas ou desaparecer. Os seus habitantes vão passar a ser pessoas sem passado. Como no filme, ou na história que relato sobre mim, não há coisa mais deplorante que é não ter passado. Os entendidos que propuseram esta medida deviam perder o seu para saberem o que isso é.
Quando nascíamos tínhamos um pai, uma mãe, um País, um lugar e uma terra. Isto era noutros tempos em que diziam que éramos atrasados. Hoje em pleno século XXI vem uns iluminados contrariar isso tudo. Querem modernices e não vêem que estão a dar cabo de Portugal. Lamento o que estão a fazer. E, mais lamento o silêncio de muitos autarcas, assim como as populações que vão estar sujeitas a agregações ou ao seu desaparecimento.
No concelho de Paços de Ferreira há umas quantas. Modelos deixa de existir. Os seus habitantes que tem um passado de trezentos e tal anos vão passar à estaca zero que é o mesmo que dizer ao sem passado. Sanfins de Ferreira, Codeços e Lamoso vão ser aglutinadas e passam a ser Sanfins-Codeços-Lamoso. O mesmo acontecendo a Frazão-Arreigada. Quando for preciso dirigir-se à junta de freguesia tem de se dizer: junta de freguesia de Sanfins-Codeços-Lamoso ou Frazão-Arreigada. Vai-se tornar chique.
Ao que chegamos. Tiram-nos tudo. Até o nosso passado.
e no entanto, Manuel Pacheco, compactua com a violação do passado e do presente e do futuro na Ucrânia. é por isso que a sua memória vive para descontar. gostava muito que treinasse novamente futebol para voltar a bater com a cabeça e, talvez, a recuperar uma memória presente. e acredite que é o melhor que lhe posso desejar. passava a ser o homem com a memória no sítio bem ao lado dos tomates. !ai! que riso
e no entanto, a Olinda compactua com a violação do passado e do presente e do futuro na Palestina.
é por isso que a sua memória vive para descontar. gostava muito que treinasse novamente futebol para voltar a bater com a cabeça e, talvez, a recuperar uma memória presente.
e acredite que é o melhor que lhe posso desejar. passava a ser uma verme com a memória no sítio bem ao lado dos tomates. !ai! que riso
e no entanto, a Olinda compactua com a violação do passado e do presente e do futuro na Siria.
é por isso que a sua memória vive para descontar. gostava muito que treinasse novamente futebol para voltar a bater com a cabeça e, talvez, a recuperar uma memória presente.
e acredite que é o melhor que lhe posso desejar. passava a ser uma verme com a memória no sítio bem ao lado dos tomates. !ai! que riso
e no entanto, a Olinda compactua com a violação do passado e do presente e do futuro na Libia.
é por isso que a sua memória vive para descontar. gostava muito que treinasse novamente futebol para voltar a bater com a cabeça e, talvez, a recuperar uma memória presente.
e acredite que é o melhor que lhe posso desejar. passava a ser uma verme com a memória no sítio bem ao lado dos tomates. !ai! que riso
e no entanto, a Olinda compactua com a violação do passado e do presente e do futuro no Iémen.
é por isso que a sua memória vive para descontar. gostava muito que treinasse novamente futebol para voltar a bater com a cabeça e, talvez, a recuperar uma memória presente.
e acredite que é o melhor que lhe posso desejar. passava a ser uma verme com a memória no sítio bem ao lado dos tomates. !ai! que riso
teste e quejandos, a Olinda não compactua com violações de espécie alguma. por essa razão, exalta-se pela libertação de todas. pelo contrário, chafurdar em uma em particular, como faz o teste e outros, é de castrar. imediatamente. porque não se usa um mal para combater outros males como se este fosse menor – o mal é sempre maior, são todos grandes e gigantes, estamos rodeados por eles.
é como usar o que digo e mudar uma palavra – faz de si um chibo obstinado em ganhar dois tostões de umbigo à custa dos outros; faz de si um putinista.
olinda e quejandos, o teste não compactua com violações de espécie alguma. por essa razão, exalta-se pela libertação de todas. pelo contrário, chafurdar em uma em particular, como faz a olinda com a ucrânia e outros, é de castrar. imediatamente. porque não se usa um mal para combater outros males como se este fosse menor – o mal é sempre maior, são todos grandes e gigantes, estamos rodeados por eles.
é como usar o que digo e mudar uma palavra ou duas ou três – faz de si uma chiba (???) obstinada em ganhar dois tostões de umbigo à custa dos outros; faz de si uma HIPÓCRITA.
hipócrita seria se lhe dissesse que o considero inteligente e em compaixão, teste. assim é mais um carregado de ódio a espumar-se e a usar a ucrânia para justificar o seu ódio gratuito. faça textos sobre os outros violados e eu comento se me parecer que têm muita, enorme, gigante, qualidade. obviamente.
tem um qi parecido com o teu, só vos falta a certificação imt para puxarem carroças na via pública.
hipócrita seria se lhe dissesse que a considero inteligente e em compaixão, olinda.
assim é mais uma carregada de racismo a espumar-se e a usar a ucrânia para justificar o seu ódio gratuito às outras raças.
faça comentários indignados sobre os outros violados e eu comento se me parecer que têm muita, enorme, gigante, qualidade. obviamente.
ente ente ente
a ti só te faltam as penas
há aqui algum eco? e ecolinda, adivinho-o com uma mulher professora de história medieval – fazem o sessenta e nove na vida, ideias presas e secas e absolutamente solitárias, mas não na cama. !ai! que riso
O post de Valupi resume bem o que têm sido os princípios orientadores da acção governativa do PS nestes últimos anos. Fazem parte do legado do António Costa. PQP.
Eu mesmo , contaram-me que o pm questionado sobre imensos problemas que estão aí agora que finalmente tem de governar , respondeu : e então ?
isso é verdade ? se for , temos problemas dos grandes.
olinda,
adivinho-a como um contabilista apanhado em fraudes e burlas e que, após cumprir pena de prisão. agora trabalha como técnico de higiene e salubridade urbana: adora remexer na trampa, cheirá-la, degustá-la, saboreá-la. quando ninguém está a ver, o que é frequente porque a maioria das pessoas a evita, chega a esfregar alguma na cara para sentir o aroma durante todo o dia.
e deita-se toda contente pela fortuna que sente por poder viver assim.
adivinho branco, é isso: tem de largar o branco e o tinto e o bagaço e todo o tintol. e deixar de sonhar comigo também,
porque a Olinda é do Valupi
e de mais ninguém
já disse e já disse e já disse
!ai! que riso