Do que estás à espera, Putin?

Em Setembro, Putin mudou a doutrina nuclear da Rússia. Passou a considerar ataques convencionais contra a soberania ou integridade territorial da Rússia causa suficiente para responder com armas nucleares. Essa proclamação foi vista como mais uma, a enésima, chantagem nuclear para impedir que a Ucrânia usasse certo tipo de armamento convencional em solo russo. A 17 de Novembro, os EUA autorizaram isso mesmo, que a Ucrânia disparasse mísseis americanos de longo alcance contra alvos no território russo. Dois dias depois, Putin voltou a actualizar a doutrina nuclear russa, detalhando que agora países sem armamento nuclear podiam ser atacados com armas nucleares em resposta a ataques convencionais no caso de receberem apoio de potências nucleares. Mais dois dias e resolveu disparar um míssil balístico sem carga nuclear contra a Ucrânia, uma estreia mundial. Nesta quinta-feira, falou na existência de um conflito “global”, dizendo que estava na calha atacar alvos militares de países que apoiassem a Ucrânia.

Desde o começo da segunda invasão da Ucrânia que a chantagem nuclear russa tem sido agitada em voz alta. O objectivo foi em parte conseguido, pois uma parte da população europeia aceita tranquilamente o sacrifício do povo invadido e bombardeado para se ver livre do pesadelo do holocausto atómico, fora a epidemia de putinistas taralhoucos que gerou. Mas só ter medo, e afundar-se na irracionalidade, não pode ser apanágio de governantes e militares. Putin não inventou a guerra nem é o único a achar que tem direito a cenas ao seu gosto. Há ucranianos, europeus e americanos que têm outras razões bem diferentes das do actual poder russo, o qual é criminoso e imperialista. Esses olham para a Rússia de Putin e vêem um inimigo. Ora, com os inimigos só há duas coisas a fazer: a guerra ou a paz.

O comportamento humano tem características imprevisíveis, daí o mundo como o conhecemos. Ninguém sabe se a Coreia do Norte, tendo a bomba, não a irá lançar contra a Coreia do Sul só porque sim. Ou se o Irão, tendo a bomba, não a irá mandar contra Israel só porque Alá. Ou se o Paquistão e a Índia não sei quê à bombada nuclear. Assim, ninguém sabe se a Rússia irá usar armas nucleares na Ucrânia, muito menos se sabe se as irá usar contra países da NATO. A única coisa garantidamente certa é que ninguém está a invadir a Rússia (ter ucranianos em Kursk não causou a invasão russa, foi ao contrário), ninguém está a fazer chantagem nuclear sobre a Rússia, não é concebível que qualquer país da NATO tivesse sequer condições políticas para atacar a Rússia sem ter sido primeiro atacado. Aliás, a ideia de haver planos “ocidentais” para começar um conflito militar nuclear, ou que fosse tão-só convencional, com a Rússia é demente. Os maluquinhos papam disso, mas lá está.

Moral da história? Putin é criminoso e cobarde. Num certo sentido, é indiferente o que venha a decidir fazer com o seu arsenal nuclear. Ele sabe qual será a resposta se tomar a iniciativa, quem o rodeia também. O resto, é o mistério de tudo e de todos.

40 thoughts on “Do que estás à espera, Putin?”

  1. Putin e os russos são cobardes por defenderem, com o própio sangue, a população russófila da Ucrânia! Os EUA e a UE são uns valentes, sentados num sofá, instigando os desgraçados ucranianos a dirigirem-se para a sua sepultura, só para satisfazerem as suas paranóias russófobas!
    Se Trump não tivesse ganho as eleições o apocalipse era certo. Assim, vamos em 50% de chance

  2. “Putin e os russos são cobardes por defenderem, com o própio sangue, a população russófila da Ucrânia!”

    1 – só putin, os russos não foram tidos nem achados na invasão da ucrânia, até proibiu falar em guerra, não fosse o povo dizer que não queria.

    2 – próprio sangue, uma porra. sangue de mercenários, voluntários forçados, guerrilheiros emprestados pelos terroristas amigos e exército norte-coreano a troco duns animais de jardim zoológico.

    3 – a população anglofona na rússia era 7,5 milhões em 2010 e a rússia nunca foi invadida para efeitos de anexação por esse motivo.

    o resto é treta habitual pró-russia em pagamento das ajudas eleitorais ao palhaço agora reeleito. estou para ver o que vais inventar quando o palhaço falhar os compromissos com o pudim molotov.

  3. A intervenção americana na Ucrânia é um erro geo-estratégico grosseiro. Bem como o é na Palestina. Note-se que falo aqui de puro de duro interesse imperialista. No plano moral, são intervenções execráveis pese embora sigam apenas a habitual bitola moral americana.

    Mas bem mais surpreendente e interessante e notar que para do erro geo-estratégico grosseiro cometido com efeitos de médio a longo prazo na hegemonia imperial americana, vai-se a ver, algumas análises pós-mortem das eleições americanas parecem indicar que pode ter havido efeitos bem mais prosaicos e de curto prazo na política interna americana. Viz-a-viz, inflação e perca de poder de compra do eleitor mediano no próprio centro do império…

    Indicativo de que os americanos carecem já de controlo do imediato, bem mais cedo do que se imaginaria possível.

    O declínio e queda da hegemonia imperial americana é não só nada de novo (podemos datar o apogeu imperial americano em 1949), e, de resto, uma boa notícia e condição necessária para a sobrevivência global da espécie humana nos padrões de vida actualmente aceites como “decentes”. O verdadeiro problema para a humanidade neste contexto é que ao contrário de impérios anteriores, este, o mais poderoso de toda a história humana, tem armas de aniquilação global e já provou no terreno que as usará, sob certas condições.

    O Valupi alerta o povo sobre “a incerteza da ação humana”!
    O Valupi avisa o público que sabe-se lá que tropelias farão os indianos, paquistaneses, iranianos ou coreanos (todos eles pretos… ou pelo menos, não brancos… by the way) com armas nucleares! (De que armas nucleares dispõem os iranianos já agora? Isso agora não interessa nada…)
    O Valupi, denuncia o uso de mísseis com ogivas convencionais por parte do Poots na Ucrânia! Não eram ogivas nucleares, mas podiam ter sido, o que, aparentemente, é quase a mesma coisa…
    Curiosamente o Valupi passa ao lado de que na história humana, o único país que alguma vez usou armas nucleares contra populações civis, foi a “superpotência cia benevolente” – diz que foi para se defender… vejam lá… mas os outros é que são imprevisíveis e podem largar a bomba, até os desgracados dos iranianos, valha os nossa senhora de caravaggio!

    Este declínio e queda do império americano urge ser gerida. Há que evitar convulsões e choques, ao invés, convém promover a eutanásia gradual do império.

    O paleio do Valupi, contribui zero para a questão que realmente urge responder: hegemonia imperial ou sobrevivência.

  4. Doutrina estratégia
    O Irão pode ter armas nucleares ou não? Os paises não são todos iguais? Os Russos podem ter bases militares em Cuba, ou na América Latina? Os Chineses podem ter interesses no Indo-Pacifico, ou isso são coisas para os Americanos? Podem empalar o líder de Twain ou só os aliados dos USA é que empalam? Podem ter bases militares aqui e acolá ou devem pedir licença aos USA? A Democracia do Allende era afinal comunista, e o Balazio nos cornos foi uma lembrança da CIA?
    Os Russos deveriam ficar caladinhos e quietinhos enquanto eram cercados pela NATO, só porque o Ocidente é democrático, e como se sabe, ba Democracia quem manda é o Povo, não é verdade? Exceto em Portugal, onde quem manda são Procuradores e Juízes, mas o regime é Democrático!
    Com todas as evidências, os Americanos estão a operar sistemas de armas na Ucrânia, mas não estão diretamente envolvidos, não é esta uma verdade?
    Que se foda o planeta, deveria vir um meteoro rebentar com tudo, vivemos num absurdo!

  5. Vê-se agora claro a natureza imperialista de Putin perante a sua quase total imitação de Hitler. Este, perdida a 1ª Grande Guerra não pensou em mais nada do que vingar-se dessa derrota. Armou-se até aos céus e pensou que podia avançar contra o mundo pois tinha pronta a bomba V2 e trabalhava na bomba atómica. Andou uma década a enganar o Ocidente.
    Putin, andou duas décadas a enganar o Ocidente e especialmente a Merkel que lhe forneceu os euros e tecnologia para inventar e se armar com armas de “superioridade” ou “vantagem” militar com as quais, também, pensa que pode conquistar o mundo. Assim exercitou-se em vários teatros de guerra até lançar-se contra a Ucrânia que, entusiasmado, pensou que bastava uma manobra tipo “blitzkrieg” e uns dias para tomar Kiev e ocupar a Ucrânia.
    Enganou-se na estratégia da invasão, uma anedota militar sua e dos seus generais mas, sobretudo na subavaliação do carácter do comediante Presidente ucraniano. O chamado de “palhaço” pela epidemia putinista não se amedrontou face à gigantesca coluna de tanques russos ali tão a descoberto e à mercê das simples bazookas ucranianas. E chegou-se ao aqui e agora!
    O que era suposto durar uma semana, afinal, já leva 3 anos = 156 semanas. E as ameaças nucleares são tantas que já se banalizaram, especialmente contando com as ameaças dos putinistas sempre que falam da maior potência nuclear do mundo que, como tal, não pode ser derrotada. Esquecem-se sempre que, de igual modo e pelo mesmo motivo, também não poderá sair vencedor.
    Ultimamente as demonstrações de armas “invencíveis” e “invisíveis” e “indetetáveis” carregadas de armas nucleares são uma chantagem permanente e quase ao limite para amedrontar o mundo que se lhe opõe. Este que ainda nunca falou de armas nucleares que também tem, certamente, prontas para utilizar face às ameaças dia sim dia não.
    Não se percebe bem porque tanta força nuclear para tomar o mundo precisa de aliados como os tiranos medievais aiatolas ou do pequeno “deus” irado dos norte coreanos para além da “amizade” indestrutível da China. Com um Putin desesperado e tais aliados loucos dementes não é impossível o emprego de armas nucleares neste tempo de pretendentes a grandes tiranos imperadores senhores do mundo para serem “heróis” da história vindoura.
    Quase estamos chegando face àquele cúmulo de dor e raiva absurda que nos leva a pensar que quem tem medo de morrer também, de certo modo, não tem direito de viver.

  6. Ignatz,
    1- Ao contrário do ocorrido na Ucrânia “democrática”, na Rússia houve eleições. E Putin e as suas propostas ganharam.

    2-Próprio sangue. Não se limitaram a enviar armas e dizer “vai para lá tu, prendam os vossos jovens que encontrarem na rua e enviem-nos para as balas na frente de batalha, nós nem filhos temos”

    3-A Russia não bombardeou nem hostilizou a sua população anglófona

  7. Israel tem bombas atómicas mas a análise de Valupi omite se as vai usar contra o Irão. Já quanto às bombas atómicas do Irão, que as não tem,, garante que vai lançá-las sobre Israel.
    Uma falha momentânea de análise ou um momento de alucinação?

  8. José Neves,
    Hitler andou dez anos a enganar ?! Puro erro seu. Chamberlain, o 1o Ministro do Governo Britânico, deslocou-duas vezes a Munique para negociar as condições da invasão da União Soviética pelo exército alemão, a última das quais nas vésperas da máquina de guerra se pôr em movimento. O ponto de atrito resumia-se na extensão do território chocoslovaco que era indispensável invadir para o objetivo. Convém dizer que qualquer agressão àquele país-tampão estava proibida pelos tratados impostos à Alemanha, com a Grã-Bretanha à cabeça, mas passou então ser necessário fazê-lo.
    Enganou-os mas só num momento. Antes da invasão estabeleceu um pacto com os soviéticos igual ao que firmara com a França e virou-se contra esta. Mas antes, conquistou a Polónia. Só então começou a guerra, ainda assim Churchill ainda perguntou o que é que Hitler estava a fazer na Polónia.

  9. ABRAAO DO PUTIN PÁ o que ele obriga a fazer quem tem medo dele. VELHACO

    São cerca de 800 as bases militares norte-americanas espalhadas pelo mundo, e se bem distribuídas dariam para estacionar quatro em cada país do planeta (Férnandez, 2018). Esta rede de bases constitui uma forte tenaz que impede os países de acederem verdadeiramente à independência plena e é um dos pilares do império norte-americano sobre vastas regiões do planeta. Nenhum país pode ser verdadeiramente independente quando está ocupado por tropas estrangeiras.

    Estas bases situam-se em cerca de 80 países, metade dos existentes no mundo. Há países completamente ocupados com dezenas de bases, como é o caso da Alemanha, da Itália, do Japão e da Coreia do Sul e outros, mais pequenos ou menos importantes, em que a presença militar americana é assegurada por apenas uma base.

  10. “Ao contrário do ocorrido na Ucrânia “democrática”, na Rússia houve eleições. E Putin e as suas propostas ganharam.”

    um estado invadido e em guerra não tem condições para efectuar eleições. o zé foi eleito democráticamente antes da invasão e assim continuará enquanto vigorar a lei marcial, é assim em todo o mundo. o pudim não ganhou nada, eliminou os concorrentes e concorreu com partidos fantoches que o apoiam, quem o critica vai janela fora, além disso alterou a lei eleitoral que lhe permite ser presidente vitalício.

    “Próprio sangue. Não se limitaram a enviar armas e dizer “vai para lá tu, prendam os vossos jovens que encontrarem na rua e enviem-nos para as balas na frente de batalha, nós nem filhos temos”

    tá um bocado confuso, mas dá para entender que os norte-coreanos em combate receberam transfusões de sangue para lhes ser atribuída nacionalidade russa e que o armamento fornecido pelo irão, coreia do norte e china afinal são devoluções de exportações de electrodomésticos anteriormente feitas pela rússia.

    “A Russia não bombardeou nem hostilizou a sua população anglófona”

    era um bocado chato bombardear um bairro de anglófonos em moscovo, perseguir, acusar de ilegalidade e prender dá o mesmo resultado e ainda serve para trocar por criminosos e prisioneiros de guerra. já agora o que é que a russia andou a bombardear no donbass antes da invasão, parece que até mandaram abaixo um 777 da malasya com 298 pessoas a bordo.

  11. está á espera que seja o bibi a começar a 3ª.
    incrível como é que alguém consegue dar uma imagem positiva de israhell. porque pode ser o bibi a mandar bomba no irão porque iáve belzebu lhes disse que aquilo era tudo deles. é mais expectável , dado o que têm andado a fazer , adisparar para todo o lada.
    o putin está à espera que percebam que não anda a brincar . e que se autorizam isto e aquilo está-se cagando e dá uma amostra do que tem.

  12. Lucas Galuxo, achares que a única forma de defender a “população russófila” da Ucrânia, a qual pretendia a secessão, passava por iniciar uma guerra de conquista de território faz de ti um putinista.

    Como putinista, tens o triste destino de te arrastares pelas caixas de comentários e redes sociais a espalhar o terror apocalíptico. Não te invejo a sorte.

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    Lowlander, concordo que não só se podem, como devem, denunciar e discutir os “erros geo-estratégicos” dos EUA. Mas por que caralho precisas de ir até à Segunda Guerra Mundial para te pronunciares sobre o que acontece desde 2022, ou 2014, que é da exclusiva responsabilidade de Putin? Parece evidente: não estás preocupado com a realidade, o maniqueísmo chega-te e sobra para o teu gasto moral.

    Imagina que escrevias e publicavas um texto sobre a importância do PCP na conquista da liberdade em Portugal no 25 de Abril. Nele relatavas os factos históricos indesmentíveis sobre essa luta dos comunistas portugueses e as façanhas heróicas de tantos que arriscaram os bens e a vida, nalguns casos perdidos, para resistir ao fascismo e ao fim de décadas fazer vencer a causa da democracia. E depois aparecia um fulano a comentar, indo buscar o Estaline, e seus crimes, mais o imperialismo da União Soviética em vez de opinar sobre o que escreveste. Como reagirias? Obviamente, verias nisso uma forma de conspurcar o assunto de que tratava o texto. Esse fulano não só tinha ideias diferentes das tuas como estava a tentar que as tuas perdessem legitimidade. Daí não falar daquilo que tinhas escrito, só do maniqueísmo que transportava no seu bestunto.

    Assim és tu, vens para aqui passar a cassete.
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    Rolando, quando se fala da NATO convém que se fale da NATO. Tu não pareces estar em condições para o fazer. Provavelmente imaginas que a NATO é uma cena que tem fardas próprias e tipos num quartel com cara de maus a fazer pontaria a pósteres do Putin.

    Aquilo de que falas, “o cerco da NATO” ao maior país do mundo é, exactamente, o resultado de vários países, livremente, decidirem que defendem melhor as suas populações e territórios se não se deixarem apanhar na situação da Ucrânia. A qual, se pertencesse à NATO em 2014, não estaria agora a ser invadida, assassinada e destruída.
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    avernavios, pareces ter problemas de literacia (nada que não se resolva). Primeiro, não há registo de dirigentes políticos e/ou militares de Israel a dizerem que não descansam enquanto não virem o Irão apagado do mapa. O inverso é sistemático na retórica do Irão. Segundo, ninguém sabe se Israel vai usar o seu arsenal nuclear no Irão, mas igualmente ninguém espera que tal aconteça por fanatismo religioso. Terceiro, não escrevi que o Irão iria lançar a bomba, disse que a tê-la ela poderia ser usada alegando-se um motivo de “guerra santa”. Era apenas um exemplo, mas realista, acerca da imprevisibilidade do comportamento humano.

    Confessa lá: o que achas mais provável, que algum país europeu ou a América inicie um conflito nuclear com a Rússia de um dia para o outro, só porque sim, ou que a Rússia o faça na lógica que está a seguir na Ucrânia, onde iniciou uma guerra de conquista de território na Europa, e se diz ameaçada pelo “Ocidente”?

  13. o mais provável é ser o país onde se concentram os mamões que ganham com as guerras , desde a indústria do armamento à indústria farmacêuticas passando pelo construção civil e indo até aos que têm milhões para depois comprar o edificado arrasado por tuta e mais a iniciar um conflito global usando a ucrãnia de cenoura.

  14. Valupi e Ignatz, vocês são estruturalmente racistas, xenófobos, russófobos, como parte do mainstream. Estou convencido que a maior parte da população europeia não o é, apesar da lavagem cerebral a que é diariamente submetida. Os partidos de extrema direita e de extrema esquerda tornaram-se o refúgio dos pacifistas e crescem em todos os países. Em França e na Alemanha, o establishment agita perseguições mediático- judiciais a esses partidos, na tentativa de impedir os cidadãos de votarem em quem defende a paz. Siga. Oxalá eu seja um profeta falhado e um dia destes esta casa não vá também para o galheiro, junto com tudo o resto.

  15. —Assim, ninguém sabe se a Rússia irá usar armas nucleares na Ucrânia, muito menos se sabe se as irá usar contra países da NATO—
    POIS ninguém sabe, mas eu tenho um palpite que se a coisa chegar a esse ponto, -já que os defensores da liberdade tem o hábito de empurrar quem querem atingir até provocar uma resposta, – quem vai levar com elas para começar não será a ucrania.
    Se os russos não considerassem a ucrania com sendo irmãos há muito que a tinham esfrangalhado, e como comparativo basta ver o que os arautos da liberdade fizeram na Jugoslavia, Iraque Libia etc e tal.
    PS: Deixei aqui transcrito um comentário de Jose Goulão em ABRIL ABRIL que talvez por SER MUITO EXTENSO ou por dizer umas SENSATAS VERDADES, foi sens- digo moderado

  16. quem não tem pudor em fazer rios de dinheiro com pornografia , tráfico de órgãos , tráfico de crianças , envenenamento de milhares de gente com oxicodona , etc seguramente que encarará muito bem a guerra como negócio.

  17. Valupi:
    “Aquilo de que falas, “o cerco da NATO” ao maior país do mundo é, exactamente, o resultado de vários países, livremente, decidirem que defendem melhor as suas populações e territórios se não se deixarem apanhar na situação da Ucrânia. A qual, se pertencesse à NATO em 2014, não estaria agora a ser invadida, assassinada e destruída.”

    Bem, essa resposta já a deu Merkel; em 2014 as Forças Armadas Ucranianas não estavam preparadas para uma Guerra com a Russia, que seria inevitável se o processo de integração tivesse luz verde; tinha razão; vê lá!
    Julgar que isto é um confronto entre Países Democráticos e os Autoritários é um atentado à inteligência! A grande democracia de Israel está aí para o provar! E os factos históricos também, mas não é sobre isso que me pronunciei!

  18. Lucas Galuxo, não passas de um pobre coitado.
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    Zé do Telhado, larga o vinho.
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    Rolando, que sarrabulho nesse comentário. Tens de começar por perceber o que é a NATO, coisa que parece muito distante da tua disponibilidade cognitiva, depois podemos continuar com a aula.

  19. ” Ignatz, vocês são estruturalmente racistas, xenófobos, russófobos, como parte do mainstream.”

    não sou racista ou xenófobo e muito menos russófobo. o que critico é o regime do pudim e não o povo russo, que quando tiver oportunidade o pendura no primeiro candeeiro. tu que apoias fanáticos do kkk e especialistas do kgb.

    ” Estou convencido que a maior parte da população europeia não o é, apesar da lavagem cerebral a que é diariamente submetida.”

    lavagem cerebral são os purgramas da rt que o teu amigo mula russa aqui linkava, os discursos intermináveis do fidel ou dramas do urso da sibéria que encostado à parede virou calímero.

    ” Os partidos de extrema direita e de extrema esquerda tornaram-se o refúgio dos pacifistas e crescem em todos os países.”

    és capaz de ter razão, mas em portugal não é ainda assim, só os comunas é apoiam as pázadas os outros extremos ainda não aderiram por taticismo.

    “Em França e na Alemanha, o establishment agita perseguições mediático- judiciais a esses partidos, na tentativa de impedir os cidadãos de votarem em quem defende a paz.”

    não defendem paz nenhuma, defendem os interesses russos e a rendição da ucrânia. se defendessem a paz pediam a retirada dos russos e o fim da agressão.

    “Siga. Oxalá eu seja um profeta falhado e um dia destes esta casa não vá também para o galheiro, junto com tudo o resto.”

    achas que o cobarde do pudim tinha tomates para se suicidar? quantos gajos e tempo são necessários para armar o sistema e carregar no botão? na pior da hipóteses rebenta no kremlin. siga pra bingo.

  20. Ah, a boa e velha discussão Eixo do Bem / Eixo do Mal. Sempre uma alternativa agradável à pulhitiquice caseira: soa mais séria e importante, e satisfaz a nostalgia de filhos da Guerra Fria como eu.

    Recordo a lição essencial de todos os conflitos políticos, ideológicos, geoestratégicos, religiosos, sejam locais, nacionais, internacionais, intergalácticos – ambos os lados podem ser maus; nenhum tem de ser melhor ou ‘ter razão’; uma coisa não invalida a outra; nada implica que escolhamos um deles.

    Os EUA são, de muito longe, a nação mais violenta, nociva, destrutiva, extractiva, terrorista e hipócrita do planeta. São-no há oitenta anos. Até antes disso já lixavam o mundo com as suas grandes depressões e o seu culto de ganância. Mas isso não torna o outro lado bom: o gangster Putin, a ditadura chinesa, o Irão ou a Coreia da Norte não são e jamais serão os bons da fita; são também parte do problema.

    Enquanto permitirmos riqueza e poder ilimitados nas mãos e nos egos de uma dúzia de mamões, estejam na sombra como os Koch ou à vista como Musk, multinacionais maiores que países inteiros, políticos ou ditadores, em suma, uma ínfima minoria, tudo é possível, incluindo guerra nuclear. Putin é velho, tanto lhe faz – pelo menos vai-se embora com um estouro. O Trampa, outro narcisista, idem. É simples.

    Limitar a riqueza e implementar uma democracia mais directa não vai resolver tudo – nada jamais resolve tudo – mas é o primeiro passo indispensável para criar alguns limites e alguma racionalidade num mundo onde a tecnologia há muito ultrapassou a nossa pobre capacidade e ainda primitiva sociedade.

  21. Ignatz,
    “quando tiver oportunidade o pendura no primeiro candeeiro”
    Espera para ver o que vai acontecer a Biden mais a sua entourage assim Trump tomar posse.

    “Lavagem cerebral são os purgramas da rt”
    Quais programas da RTP? Vivemos na “democracia” europeia, pá. Aqui as opiniões políticas diferentes do mainstream são censuradas.

    “em portugal não é ainda assim”
    Verdade. Neste tema, tu e o Valupi partilham as ideias da extrema direita local.

    “Defendem os interesses russos e a rendição da ucrânia”
    A Rússia não combate contra a Ucrânia. Os países da Nato combatem Rússia por intermédio dos desgraçados ucranianos.

    “Achas que o cobarde do pudim tinha tomates para se suicidar?”
    Achas que o Putin vai morrer sem matar os seus inimigos?

  22. O servo ideal de um governo totalitário não é o nazista convicto ou o comunista convicto, mas pessoas para quem a distinção entre facto e ficção e entre verdadeiro e falso não existem mais. – Hannah Arendt

    1. “Existem duas maneiras de ser enganado. Uma é acreditar no que não é verdade; a outra é recusar-se a acreditar no que é verdade.”
    2.
    OU SEJA
    É MAIS FÁCIL ENGANAR UM POVO
    DO QUE CONVENCÊ-LO QUE ESTÁ A SER ENGANADO
    Ex. O grande mito dos défices governamentais:
    https://youtu.be/FATQ0Yf0Fhc

    Provérbios 22:6
    Educai a criança no caminho em que deve andar; e até envelhecer dele não se desviará.

  23. Valupi
    Não digo que o comentário não tenha sido um sarrabulho; não esperes que eu vá ao chatGPT para colar a definição da NATO, presumo que sejas um académico com doutoramentos, mestrados e pós-graduações em Geopolítica, Geoestratégia e doutrina militar, portanto muito bem documentado! Deves até saber o que são Eixos de aproximação, obstáculos restritivos, impeditivos, como atacam as Divisões de Atiradores Mecanizados Russas, as Unidades de Artilharia, mais as outras de combate e apoio ao combate, a quantos km sda linha de combate se desenvolve a manobra e tal….enfim, um General desde pequenino!
    Isso da academia, neste caso, é uma estupidez de tal dimensão que é desprezada pelos melhores académicos!
    A saúde mental não abono muito quando se desconsidera que a destruição mútua está assegurada, e os Russos não irão perder na Guerra Convencional…mas tu lá saberás de definições…

  24. Zé do Telhado, o teu lençol putinista foi considerado “spam” pelo sistema automático. Neste caso, concordo com a máquina. Se voltares a fazer igual, e a coisa passar, irei apagá-la à mão.
    __

    Rolando, aproveita saberes que existe o ChatGPT e vai lá perguntar-lhe se a NATO já conseguiu cercar a Rússia ou se ainda falta muito. De caminho, aproveita e tenta saber que coisa é essa da NATO, porque é notório o quanto estás baralhado a respeito.

  25. “Estes são os meus princípios, e se vocês não gostarem deles… bem, tenho outros”

    «Só deve obter-se informação de uma fonte fiável. A nossa é a única verdade»
    Jacinda Ardern, ex-Primeira Ministra da Nova Zelândia – E AFILIADOS

    E VIVA A DEMOCRACIA

  26. Aqui está o chatGPT, devidamente doutrinado!

    A estratégia geopolítica e geoestratégica dos Estados Unidos e da OTAN nas últimas décadas, incluindo intervenções e expansões, deve ser compreendida à luz de uma combinação de interesses de segurança, poder global, e valores ideológicos como democracia e direitos humanos. No entanto, essas ações frequentemente geraram tensões e acusações de contradição, especialmente no que diz respeito ao papel da OTAN como uma “aliança defensiva”.

    Intervenções da OTAN e dos EUA
    Além da Bósnia (1995) e da Sérvia/Kosovo (1999), outras intervenções relevantes incluem:

    Afeganistão (2001): Após os ataques de 11 de setembro, a OTAN invocou pela primeira vez o Artigo 5 do seu tratado (defesa coletiva), justificando a intervenção militar liderada pelos EUA contra o Talibã.
    Iraque (2003): Embora não tenha sido uma operação direta da OTAN, muitos membros da aliança apoiaram a invasão liderada pelos EUA, apesar de não contar com aprovação do Conselho de Segurança da ONU.
    Líbia (2011): Operação da OTAN sob o mandato da ONU, mas interpretada amplamente como uma mudança de regime, ultrapassando os objetivos originais de proteger civis.
    Síria: Apoio indireto a grupos armados e intervenções pontuais contra o ISIS, muitas vezes fora do quadro da ONU.
    Ucrânia (2022 em diante): Apoio militar, financeiro e estratégico à Ucrânia, apesar de não haver envolvimento direto da OTAN na guerra, exacerbando as tensões com a Rússia.
    Expansão da OTAN até a fronteira da Rússia
    Desde o fim da Guerra Fria, a expansão da OTAN incorporou países do antigo Pacto de Varsóvia e da ex-URSS. Alguns dos principais eventos foram:

    1999: Adesão da Polônia, Hungria e República Tcheca.
    2004: Entrada de países bálticos (Estônia, Letônia, Lituânia), Romênia, Bulgária, Eslováquia e Eslovênia.
    2009: Croácia e Albânia.
    2017: Montenegro.
    2020: Macedônia do Norte.
    2023: Finlândia, com a Suécia em processo.
    Essa expansão foi percebida pela Rússia como uma ameaça direta à sua esfera de influência e segurança, dado o histórico de conflitos. Moscou argumenta que promessas informais feitas após a reunificação da Alemanha (1990) de que a OTAN não se expandiria para o leste foram violadas.

    Contradição: Aliança defensiva?
    Embora a OTAN seja oficialmente uma aliança defensiva, sua atuação em conflitos fora da área de jurisdição do Atlântico Norte (Bálcãs, Oriente Médio, Líbia) levanta questões sobre sua natureza real. Críticos apontam que:

    Intervenções sem aprovação da ONU: Violações da soberania nacional, como na Sérvia, minam os princípios do direito internacional.
    A expansão da OTAN: É vista por adversários como um movimento ofensivo disfarçado de defesa.
    Parcerias e bases avançadas: O estabelecimento de bases militares e parcerias em países próximos à Rússia são interpretados como cercos estratégicos, reduzindo a credibilidade da retórica defensiva.
    Por que os EUA promovem essa expansão?
    Equilíbrio de poder: A expansão reduz a influência russa na Europa Oriental e fortalece a posição dos EUA no continente.
    Interesses econômicos: Parcerias militares e expansão garantem um mercado para indústrias de defesa e acordos comerciais vantajosos.
    Ideologia: Difusão de valores ocidentais como democracia e economia de mercado.
    Prevenção de “esferas de influência”: Contrariar a ideia de zonas dominadas por grandes potências, especialmente a Rússia e a China.
    Impactos e Tensões Atuais
    A estratégia de expansão e intervenções da OTAN polarizou o cenário internacional:

    Rússia: Desde 2008 (Guerra da Geórgia) até a invasão da Ucrânia (2022), a Rússia reage com força ao que vê como ameaças à sua segurança.
    China: Observa as ações da OTAN como parte de uma estratégia maior dos EUA para conter potências emergentes.
    Aliança Ocidental: Internamente, existem debates sobre o custo das intervenções e a real necessidade de expandir a OTAN, especialmente em regiões que podem provocar confrontos.
    A tensão entre os ideais declarados da OTAN e suas ações práticas gera críticas sobre sua coerência como aliança defensiva, transformando-a, na prática, em um instrumento de projeção de poder liderado pelos EUA.
    (By chatGPT)

  27. Valupi,
    Porque? Precisamente por causa do teu rolamborio o qual e, precisamente, maniqueista.
    Cito-te:

    “A 17 de Novembro, os EUA autorizaram isso mesmo, que a Ucrânia disparasse mísseis americanos de longo alcance contra alvos no território russo.”
    “Mais dois dias e resolveu disparar um míssil balístico sem carga nuclear contra a Ucrânia, uma estreia mundial. ”

    Comentario: aparentemente so os misseis hipersonicos com carga explosiva convencional e que constituem e “estreias mundiais” e uma ameaca nuclear. Sofisticados misseis americanos guiados por satelite sao assuntos banais…

    Cito-te outra vez:

    “O comportamento humano tem características imprevisíveis, daí o mundo como o conhecemos. Ninguém sabe se a Coreia do Norte, tendo a bomba, não a irá lançar contra a Coreia do Sul só porque sim. Ou se o Irão, tendo a bomba, não a irá mandar contra Israel só porque Alá. Ou se o Paquistão e a Índia não sei quê à bombada nuclear. Assim, ninguém sabe se a Rússia irá usar armas nucleares na Ucrânia, muito menos se sabe se as irá usar contra países da NATO.”

    Comentario: repito-me, so os pretos e que sao imprevisiveis com armas nucleares. Ate os iranianos, que as nao tem, valha-nos nossa senhora de Caravaggio!

    Cito-te uma ultima vez:

    “A única coisa garantidamente certa é que ninguém está a invadir a Rússia (ter ucranianos em Kursk não causou a invasão russa, foi ao contrário), ninguém está a fazer chantagem nuclear sobre a Rússia, não é concebível que qualquer país da NATO tivesse sequer condições políticas para atacar a Rússia sem ter sido primeiro atacado. Aliás, a ideia de haver planos “ocidentais” para começar um conflito militar nuclear, ou que fosse tão-só convencional, com a Rússia é demente. Os maluquinhos papam disso, mas lá está.

    Moral da história? Putin é criminoso e cobarde. Num certo sentido, é indiferente o que venha a decidir fazer com o seu arsenal nuclear. Ele sabe qual será a resposta se tomar a iniciativa, quem o rodeia também. O resto, é o mistério de tudo e de todos.”

    Comentario:
    1 – Num primeiro passo a unica coisa garantidamente certa e que ninguem esta a invadir a Russia ou sequer a chantagear com armas nucleares. Como seria possivel? A superpotencia benevolente e projectar poder imperial sobre a Russia? “nao e concebivel (…) que tivesse sequer condicoes politicas” – nao e possivel!
    Num segundo passo – de magia – ficamos a saber afinal a saber que “Num certo sentido, é indiferente o que [Putin] venha a decidir fazer com o seu arsenal nuclear. Ele sabe qual será a resposta se tomar a iniciativa, quem o rodeia também.”

    2 – Da minha parte, a unica coisa garantidamente certa e o comportamento passado das potencias nucleares. E a unica potencia nuclear do mundo, que na historia humana, alguma vez usou deliberadamente armas nucleares sobre populacoes civis, foi a “superpotencia benevolente”.
    Armas nucleares.
    Detonadas deliberadamente.
    Sobre populacoes civis.
    Twice.

    Porque caralho venho eu buscar a segunda guerra mundial para este debate? Porque falamos de armas nucleares, quem as tem, e o que farao com elas.

    Porque caralho, num texto sobre armamento nuclear, omites tu Valupi, o unico exemplo historico do seu efectivo uso tactico num campo de batalha?

    Percebeste agora? Ou precisas de um desenho?

  28. Infelizmente Putin tem toda a razão em defender as suas fronteiras e em garantir a sua segurança. A Rússia já provou o veneno dos loucos do Ocidente durante séculos.

  29. “Porque caralho venho eu buscar a segunda guerra mundial para este debate? ”

    porque os argumentos que apresentaram para invadir, destruir, matar e anexar território dum pais vizinho estão estafados e não convencem ninguém e só vos resta ameaçar o mundo com o nuclear, que afinal não é nuclear. como ninguém se rendeu, desdobram-se em explicações inúteis e desnecessárias, para sossegar as consciências que ainda levam a sério o palhaço do kremlin, que voltou a mudar de ideias e já não quer destruir o mundo de que faz parte.

  30. es mesmo tolo , com quem devíamos ter cuidado era com israhell , que depois de oriente médio é provável que queira a polónia, a alemanha , e depois portugal e espanha. a ganância dos gaijos não tem limites.

    e esse mantra de que o putin quer vir para europa fora , quando é evidente que quer apenas o donbass livre de ucranianos nacionalistas , foi-te incutido pelos mesmos que asseguram a vitória da kamela? ou pelos que te incutiram a existência de armas xpto no iraque?

  31. Lowlander, estás do lado do invasor e do crime. Daí racionalizares uma abstracção potencial (essa fantasia da Rússia ameaçada pelos americanos) para legitimares a violência concreta (a Rússia conquistadora e destruidora da Ucrânia).

    Não precisas de perder tempo a fazer um desenho, tens razão, eis aqui o teu retrato.
    __

    Arlindo da Costa, concordo muito contigo, Putin tem toda a razão em defender as suas fronteiras e em garantir a sua segurança. Temos de ajudar a Ucrânia a seguir-lhe o exemplo, né?

  32. Valupi,
    Sim. Deveríamos ajudar a Ucrânia a defender as suas fronteiras e garantir a sua segurança. Até agora, as políticas que o Ocidente prosseguiu após a independência, apenas conseguiram dizimar uma parte da população, destruir toda a sua infraestrutura e criar uma dívida impagável. Se estes são os seus amigos que venham os inimigos.

  33. Valupi,
    “Daí racionalizares uma abstracção potencial (essa fantasia da Rússia ameaçada pelos americanos) para legitimares a violência concreta (a Rússia conquistadora e destruidora da Ucrânia).”

    Hmmmm…. escolhas do carvalho!
    – Por um lado a heroica denuncia da “violencia concreta” (a tal incerteza radical face aquilo que os pretos Iranianos farao amanha com as armas nucleares que nao tem – valha-nos nossa senhora de caravaggio!);
    – Por outro lado a criminosa racionalizacao de uma “abstraccao potencial” (a concreta detonacao de armas nucleares sobre populacoes civis – TWICE)

    Teehee!

  34. Lucas Galuxo, aos poucos o espaço público miserável que temos começa a discutir uma ideia nova que ilumina um caminho diferente à da propaganda da nato. repara no caso da Clara Ferreira Alves. fiquei estupefacto com a intervenção dela. não pelo seu conteúdo, com esse concordo plenamente! fico estupefacto pela ocasião escolhida para dizer tal irredutibilidade após milhares e milhares de mortos. Eis o que ela disse: “eu gostava de ver os EUA apontados com armas situadas em cuba ou méxico.” demorou dois anos a entender, mas eles acabam por lá chegar. dá-se a hipocrisia consumada. depois desta tragédia toda começam a ser humanistas

  35. ” demorou dois anos a entender, mas eles acabam por lá chegar. dá-se a hipocrisia consumada. depois desta tragédia toda começam a ser humanistas”

    Ou a disfarçar que não são, RIR É MELHOR REMÉDIO
    (Lá quando em mim perder a humanidade)
    por Bocage
    Lá quando em mim perder a humanidade
    Mais um d′aquelles, que não fazem falta,
    Verbi-gratia — o theologo, o peralta,
    Algum duque, ou marquez, ou conde, ou frade:

    Não quero funeral communidade,
    Que engrole sub-venites em voz alta;
    Pingados gatarrões, gente de malta,
    Eu tambem vos dispenso a caridade:

    Mas quando ferrugenta enchada idosa
    Sepulchro me cavar em ermo outeiro,
    Lavre-me este epitaphio mão piedosa:

    «Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
    Passou vida folgada, e milagrosa;
    «Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro.»

  36. Eduardo Ricardo,
    Sim. Também fiquei admirado com o posicionamento correcto da CFA.
    Os europeus estão fartos desta guerra e não estão dipostos a trocar o Estado Social por bombas e canhões nem enviar os seus filhos para a guerra (os poucos que os têm). Menos ainda para satisfazer o warmongerismo russófobo que consome Washington desde a queda do muro de Berlim.
    Hoje houve eleições na Roménia e, claro, o candidato anti-nato leva vantagem.

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