Olha, o Tocqueville é que é bué fixe…
Ouvido, de passagem, a uma universitária sentada numa escadaria às 15.57 de 15 de Abril de 2011
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De Tocqueville, e da democracia e do liberalismo no século XIX, há muito e do melhor para dizer. Mas este acaso, que me chegou aos ouvidos nesta tarde, leva-me para outro, com 173 anos:
Não te consigo transmitir, querido amigo, o desgosto que sinto quando vejo o modo como os homens públicos dos nossos dias negoceiam, de acordo com os pequenos interesses do momento, em coisas tão sérias e sagradas aos meus olhos como princípios… Eles assustam-me por vezes e fazem-me perguntar a mim próprio se apenas existem interesses neste mundo, e se aquilo que tomamos como sentimentos e ideias não passa, de facto, de interesses que agem e falam.
Carta a Beaumont, 22 de Abril de 1838
(trad. nossa)
velhinha, velhinha, eu. :-)
coitado , se tivessse lido com atenção o seu mais avisado colega saberia que há uma “varíavel que não varia” e explica/determina os modelos humanos todos , a saber , a ávida natureza humana , sobretudo de poder , e que nos faz andar eternamente entre a ordem e a desordem ( quando o caos se instala a gente anseia por um tipo que ponha travão àquilo e lá surgem os salazares de mão de ferro à boa maneira do Príncipe .passado um tempito , descuidam-se , coisas da idade , e lá se organizam alguns a quem já não se consegue controlar o apetite e pim , desordem outra vez não tarda e vira o disco e toca o mesmo) .
tinha-se poupado à ingénua surpresa desgostosa.
há que ter em conta que no conceito humanidade do sec. xxvi só entrava homem..ainda ando a pensar se essa vontade de ser o maior e ter muito se aplica à metade “animalescas” sem alma e fraca da cabecinha da altura e que hoje já ascendeu à categoria humano. mais ou menos. , claro..a virginia , “num quarto que seja seu ” , acha que não.
Tudo interesses, e vaidade, muita vaidade. É belo de cortar a respiração. Mas às vezes doloroso.