Depois da cena abstrusa e indecorosa, patareca, de Marcelo com Nabil Abuznaid, representante da Autoridade Palestiniana, já não é possível continuar a fingir que o actual ocupante de Belém tem condições cognitivas para exercer o cargo. Não tem.
Os episódios sucedem-se, a tipologia do descontrolo está registada, falta só uma autoridade clínica assinar o diagnóstico. O problema de Marcelo não é político nem moral, não se justifica agitando a caricatura da sua personalidade mediática, é neurológico. Vamos ter uma novidade no regime, a renúncia de um Chefe de Estado e a antecipação das eleições presidenciais.
E quanto mais cedo melhor, para o seu próprio bem. Para o bem da República.
No, no, no, no, no, no caso do conflito entre Israel e os palestinianos, qualquer acto de violência remete para uma série de violências anteriores de ambas as partes, cada uma delas e todas ilegítimas por não serem pacíficas — muitas inumanas. Daí a polémica com as palavras de Marcelo, onde estamos perante o clássico confronto entre a deontologia e o consequencialismo. Visto pelo primeiro critério, o 7 de Outubro foi uma acção terrorista cujo significado remete para as tentativas de extermínio do povo judeu ocorridas no passado. O mero silêncio perante esses crimes arrisca a ser visto como cumplicidade com o abominável. Visto pelo segundo critério, o 7 de Outubro nasce de um contexto e deve servir para mudar esse contexto. A sua utilização, ou mera referência, como meio para a paz corre igualmente o risco de ser visto como aceitação do abominável para a táctica militar e a estratégia política, ca, ca, ca, ca, ca.
O facto de Marcelo ter ousado ser diplomaticamente incorrecto ou até escandaloso, assumindo o dilema que a situação gera em quem for intelectualmente honesto, pode ser visto como um erro crasso e indelével na sua carreira ou, simetricamente, como o pináculo de um mandato onde, para variar, temos um presidente que honra a natureza humana-ana-ana-ana-ana.
É apenas mais um episódio da narrativa dual e conservadora (esquerda/direita, pcp-be/chega, ps/psd, certo/errado, etc.) que alimenta o Poder Republicano. Um fóssil em vias de extinção. Outros tempos hão-de vir.
O MESMO E O CONTRÁRIO.
1 – Em que ano, antes de 1948 (antes da Resolução n.º 181, de 29 de novembro de 1947), os Israelitas estiveram (enquanto povo ou nação) naquela Terra Palestiniana?
2 – Mostrem os mapas, os testemunhos arqueológicos, os dados bioantropológicos e os registos de ADN. Para separarmos «O QUE É o imaginário religioso, inventado e escrito pelos Israelitas nos seus livros sagrados» de «O QUE É a realidade, dos factos empíricos verificados com objetividade».
3 – Aquela terra era, e sempre foi, do Povo Palestiniano há milhares de anos. Os Israelitas nunca lá estiveram. Foi ocupada pelos Israelitas em 1947, por imposição de alguns países estrangeiros, sem o consentimento ou a mera consulta aos Povos Palestinianos, que lá viviam ininterruptamente desde há mais de 5000 anos.
4 – A guerra entre palestinianos e israelitas é a mesma simetria. E o motivo é isomorficamente inverso. Mas a anterioridade é diferente. Começou em 29 de novembro de 1947.
5 – Era o mesmo que a famigerada “União Europeia” (essa megera, perpetradora de mais um “Unionismo”, igual aos que provocaram as piores guerras na história) decidisse, por maioria democrática de votos dos países que a compõem, que o Minho passava a ser de um qualquer grupo de estrangeiros.
6 – Se isso acontecesse, íamos para a guerra (para a lei do talião, do «olho por olho, dente por dente»)? Ou dávamos a outra face (o «ama o teu vizinho e o teu próximo, como a ti mesmo»?
“cção terrorista cujo significado remete para as tentativas de extermínio do povo judeu ocorridas no passado.”
por essa ordem de ideias o atentado em atocha foi una tentativa de extermínio do povo espanhol?
o 11 de setembro uma tentativa de extermínio do povo americano?
qualquer acto terrorista é una tentativa de extermínio de um povo?
porque é que tudo com os judeus vai parar a “tentativas de extermínio” ?
os judeus não estão a ocupar ilegitimamente , por decisão arbitrária , o território onde já vivia um povo?
não será essa a origem dos atentados ?
não há pachorra.
INJUSTIÇA E IGNOMÍNIA
Milhões de Pessoas no mundo partilham o mesmo sentimento de injustiça e ignomínia.
1 – Há muitos judeus e israelitas que também se revoltam contra as acções de Israel. Há muitos exemplos. Partilho apenas alguns:
2 – Em 2011, na entrevista ao jornal polaco “Poliyka”, Zygmunt Bauman, o sociólogo atualmente aclamado pelo seu diagnóstico à sociedade moderna (2000, “Liquid Modernity”, Cambridge), judeu, condecorado com a “Cruz de Valor” nas batalhas de Berlin e de Kolberg contra o III.º Reich na 2.ª Guerra Mundial, afirmou: “Israel não está interessado na paz, mas somente em se aproveitar do Holocausto para legitimar atos inadmissíveis. O Muro da Cisjordânia, que Israel construiu na Palestina, é igual aos muros do Ghetto de Varsóvia onde centenas de milhares de judeus morreram”.
3 – O Diretor “Gabinete dos Direitos Humanos” da ONU em New York demite-se, em protesto contra o fracasso da ONU na Palestina. E, na carta de demissão escreve:
– “Encorajo todos a juntarem-se, com orgulho, ao movimento antiapartheid que está a crescer em todo o mundo pelos direitos do povo palestiniano” (Craig Mokhiber, 31/10/2023).
– “A ONU está sob enorme pressão, para que comprometa os seus princípios humanitários. Alguns membros na ONU, mesmo ao mais alto nível, baixaram vergonhosamente a cabeça perante o poder, quando se trata dos direitos palestinianos. Apesar de muitos se recusam a fazer concessões” (Craig Mokhiber, 31/10/2023).
– “Israel pratica uma poderosa propaganda para se apresentar como equivalente ao povo judeu, considerando que todas as críticas ao país são o espelho de antissemitismo” (Craig Mokhiber, 31/10/2023).
4 – O Responsável pelos Assuntos Parlamentares do Gabinete Político-Militar dos EUA, renunciou ao cargo. Afirmou:
– “O apoio cego do Governo de Joe Biden a Israel está a provocar decisões que são míopes, destrutivas e contraditórias com os valores de que me orgulho” (Josh Paul).
a primeira factura é de 4 milhões, a direita deve ter uma gaveta cheia para chantagear, uma por semana até dissolver o parlamento e no meio do barulho mediático aproveitam para queimar uns xuxas. ainda gostava de saber o que é que a constança e o galamba recusaram e se o azeredo lopes foi imolado para salvar a pele do chefe supremo da máxima bandalheira. aguardemos cenas dos próximos capítulos.
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/marcelo-suspeito-de-cunha-para-tratamento-milionario-de-duas-gemeas-brasileiras-no-santa-maria/?utm_content=HP_homepage%7CModule_highlights_1_Atualidade&utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
“É apenas mais um episódio da narrativa dual e conservadora (esquerda/direita, pcp-be/chega, ps/psd, certo/errado, etc.) que alimenta o Poder Republicano. Um fóssil em vias de extinção. Outros tempos hão-de vir.”
o meu adiantamento mental já fez esse diagnóstico há muito tempo. e a família, incluindo amigos, deveriam ser responsabilizados por o deixarem andar à solta pelo mundo a representar-nos
Pois,
“Podemos e devemos apoiar incondicionalmente o direito de Israel de se defender contra ataques terroristas. No entanto, também devemos simpatizar incondicionalmente com as condições verdadeiramente desesperantes enfrentadas pelos palestinianos em Gaza e nos territórios ocupados. Aqueles que pensam que há uma “contradição” nesta posição são os que estão efetivamente a bloquear uma solução.”
https://www.dn.pt/opiniao/a-verdadeira-linha-divisoria-entre-israel-e-a-palestina-17247063.html
O MARCELO, NEM 24% VALE.
1 – Nem 24 %, de quem possuía direito a voto em 2021, o Marcelo “representa”.
Em 2021, de quem tinha direito a voto (10.847.434), só foram votar 4.258.356 (45,45%).
Não puseram lá os pés 6.589.078 (54,55%).
E desses 4.258.356 que lá foram, votaram no Marcelo apenas 2.531.692 (23,33%).
2 – É a ditadura do Regime, que «obriga a que a população seja representada por estranhos», durante 4 ou 5 anos.
3 – Quem vai votar aceita (e autoriza) o jugo ideológico e ditatorial de ser “representado” por outros durante 4 ou 5 anos.
Esses “representantes” decidem tudo, durante esse tempo todo, sem mais consulta (por ex., a guerra).
4 – É o regime político e ideológico que obriga as pessoas a serem “representadas”.
5 – Quem vai votar, independentemente do que faz ao voto, torna-se militante dessa “oferta” da sua vontade e liberdade a esses “representantes”.
6 – Com tantas máquinas, com tanta tecnologia, com tantos computadores e smartphones, com tantos satélites, IA e machine-learning, e não conseguem melhor do 1 (uma) consulta de 5 em5 anos? Não era facilmente possível consultar anualmente as pessoas em 100 assuntos vitais para a sua vida, numa lista previamente consensualizada e validada pela Lei Constitucional?
O chatgpt atacou o aspirina…
Pensar que ainda há meia dúzia de meses este sonso “determinou” que o Galamba não tinha condições para continuar ministro e exigia a sua demissão, por segundo o sonso, não ter sabido manter a dignidade do Estado e das funções que exerce ao ver-se envolvido numa cena de faca e alguidar no Ministério das Infraestruturas.
E agora vem com esta tirada que parece ter saído da boca de um miúdo de 7 anos!
Como diz o nosso povo, “quanto mais tarde pior maré”.
https://twitter.com/volksvargas/status/1720941577676230750
Eu bem me parecia que Costa estava amarrado a Galamba por causa do Litio .
Ao que isto chegou …
Costa não te preocupes;
“Á justiça o que é da justiça, á politica o que é da politica”