Como é que o vamos tirar de lá?

Cavaco Silva é uma ameaça para a segurança nacional, para além de ser origem de grave – e inadmissível – perversão política. Cada dia que se antecipar à data da saída regular, algures nos primeiros meses de 2011, será um dia em prol do interesse nacional. Façamos um resumo da situação:

– Membros da Casa Civil conspiram com meios de comunicação social, em contexto eleitoral, para denegrir Sócrates, Governo, PS e instituições de segurança do Estado.

– O Presidente da República é conivente com as conspirações lançadas pela Casa Civil.

– O Presidente da República perturba, decisiva e caoticamente, o decurso da campanha eleitoral para as Legislativas.

– O Presidente da República afecta a campanha para as Autárquicas, ainda com consequências desconhecidas.

– O Presidente da República desprestigia a imagem de Portugal a nível internacional, com consequências desconhecidas, embora inevitavelmente negativas no plano económico e de segurança.

– O Presidente da República atenta contra os próprios Serviços de Informação do Estado, caucionando difamações prontamente desmentidas pelos responsáveis civis e militares.

– O Presidente da República aumenta o clima da já intolerável suspeição na ocasião mesma em que os portugueses esperavam que acabasse de vez com ela.

– O Presidente da República opta por piorar o que já era mau nas condições de governabilidade e estabilidade, assumindo que a Presidência vai entrar no combate parlamentar com uma agenda secreta.

O problema acaba de sair das mãos dos partidos. Isto agora é connosco, com cada um.

26 thoughts on “Como é que o vamos tirar de lá?”

  1. o Presidente decidiu abrir guerra quase contra tudo e contra todos.
    não percebo qual o alcance da ideia mas tenho a certeza que vou demorar tempo a reprogramar o meu gps.

  2. Para onde vai Portugal
    A vida é triste. Com estas notícias torna-se uma tristeza. Costuma-se dizer e é com alguma mágoa que o observo, que pessoa digna, para estar à frente dos desígnios da Nação, hoje em dia é difícil. Depois a lealdade, não sabem o que a palavra significa, e na primeira oportunidade tornam-na vã e sem préstimo. Não merecíamos isto, temos de sofrer todas as agruras, já não basta a crise, Cavaco não quer pedalar a sua bicicleta, quer ir na mama, assim não, o povo não lhe vai perdoar. Ainda bem que não colaborei para a sua eleição, se não é que estava aqui remoído e mal me dizia um milhão de vezes. Não se desculpa, se fosse num frente a frente, ou uma entrevista surpresa, ainda se dava um desconto, isto foi pensado ao mínimo pormenor. O dia vinte e nove de Setembro de dois mil e nove devia de ser riscado do mapa. Foi o dia mais negro na história de Portugal, só me lembro de um e que reza: Que o cardeal-rei dom Henrique / Fique no Inferno muitos anos / Por ter deixado em testamento / Portugal, aos Castelhanos. Melhor seria que a partir da nova eleição se pense seriamente na eleição de um Rei, para se deixar de figuras tristes como ontem. Nunca gostei do sistema monárquico, mas para se ter de suportar acontecimentos destes acho preferível. Devia de se fazer um referendo, se o fizerem eu volto favorável, ao menos preparam-se pessoas com este fim. Como Presidente da República estão no máximo dois mandados e depois vão-se à vida e deparamos como o que nos calhou em sorte.
    Não sabem o que me vai na alma.

  3. este senhor

    presidente, intitula-se com saliva no canto da boca,

    é um “study case” do que não deve ser um presidente…

    num check list do que um PR NÃO deve fazer, dizer, pensar

    este senhor

    presidente, repete, olhando-se ao espelho

    acerta em tudo o que lá deva constar…

    triste é ser o país a pagar…

    subscrevo tudo o que Manuel pacheco escreve esente

    abraço todos

  4. Como é que o vamos tirar de lá? Com uma Karcher. Este género de sujidade impregna-se nos costumes e paredes da nação de uma forma tal que nem um decapante consegue dealojar. Karcher.

  5. O Presidente falou…e falou mal ! Mais valia estar calado…
    Só deu para confirmar que vamos voltar a ser governados pela pior escumalha que o país produziu…
    Quanto ao post…delírios, delírios…

  6. conclusões práticas:

    mandar uns tiros nos barcos ppd nas autárquicas. Derrotar ou tirar maiorias absolutas em Lisboa, Porto, Cascais, Sintra …

  7. “Só deu para confirmar que vamos voltar a ser governados pela pior escumalha que o país produziu…”
    Misugi, posso saber como chegou a essa “confirmação”? A não ser que ache que o PR e os seus assessores vão governar o país, parece-me mais uma opinião do que confirmação de coisa alguma!

  8. Assim vai Portugal
    Em jovem trabalhava numa oficina de estofos e todos os dias chegava cedo à referida oficina. Acontece que o patrão gostava de canários e possuía bastantes. Num desses dias de manhã quando vai dar de comer aos canários, repara que falta um. Faz uma reunião com todos os empregados e esclarece que alguém lhe furtou o canário. Sem mais nem menos vira-se para mim e faz um sermão, dizendo que o facto de eu chegar cedo, sabia quem foi, ou era eu. Acabado de falar, disse-lhe que a partir daquela altura punha o meu lugar à disposição, não queria ali trabalhar mais, o máximo que aguentava era até ao fim de semana. Decorrida meia hora chamou-me à sua presença e disse-me para não fazer fé no que disse que sabia da minha honestidade, unicamente falou assim porque que era dos mais novos e sentia-se mais à vontade para dizer o que disse o que queria era chegar a outros. Respondi-lhe que ele podia ter as atitudes que quisesse, que eu não me prestava àquele tipo de situações, e uma vez que não dizia se queria que fosse naquele momento embora, nesse fim-de-semana me despedia, estávamos numa quinta-feira. Procedi assim para receber o valor do trabalho prestado, recebíamos à semana. Tentou demover-me aliciando-me com aumento de ordenado mas nada valeu, tenho a dizer que para onde fui trabalhar fui auferir ordenado inferior.
    Não percebo que um assessor que ganha um ordenado fabuloso, homem mais ao menos da minha idade, (60 anos) se dê à baixeza de tal acto indigno. Quando tive a atitude que relato acima tinha dezassete anos, a mais baixa instrução primária, (quarta classe) é por isso que me dou ao consolo de verificar que os homens não se vê pelo seu grau académico, mas pelos seus actos, e aqui reparo que andamos a comer gato por lebre.

  9. Ficámos a saber que para o PR a melhor forma de apagar uma fogueira é com combustível, um qualquer desde que arda. Impressionou-me o tom em que a declaração foi feita. Não devia ser connosco que estava a falar, ou será que era? Afinal, ultimamente, e ao contrário daquilo a que estava habituado, os portugueses têm-se mostrado muito desagradados com esta Presidência. Basta pegar num computador, essa traquitana maldita, e escutar o que se diz na Internet. Para quem sempre viveu num pedestal não deve ser agradável e, como se tem visto, não sabe lidar com essa nova realidade.

  10. Numa alocução que daria uma nota negativa a qualquer estudante do secundario Cavaco revelou-se aquilo que alguns sabiam que ele era, e que outros ,a maioria, não sabiam dada a continua campanha de imagem de que tem sido alvo durante décadas.Um tipo mediocre sem estatura moral e psicologica.Soares sabia-o e disse-o, avisou-nos.
    Agora todos sabemos quem é o líder da oposição.

  11. Eu vou contarvos o que me aconteceu fui para cozinha jantar e aumentei um pouco o som do televisor na sala para ouvir sua excelencia o pr quando começou a falar não liguei muito mas passado algum tempo disse para esposa então diziam que era o pr mas parece-me que é o pacheco pereira fui espreitar e vi que era o pr independente.

  12. E no meio da confusão ainda bem que o DN publicou o fax se tal não tivesse acontecido ainda hoje não sabia o que a escumalha de Belém tinha feito – «convem que isso venha da Madeira…»

  13. Como é possível este homem ocupar o mais alto lugar da nossa democracia?!?
    Que triste imagem deu o PR aos portugueses que ainda pensavam que ele podia repor a tal verdade dos factos nesta “inventona das escutas em Belém”!
    Val, recorda-se do que comentei aquando da publicação do e-mail pelo Diário de Notícias?
    Se não fosse essa publicação, bem como a reação do jornalista J.Vieira nos seus extraordinários artigos, enquanto provedor do leitor no “Público”, ainda hoje o Presidente da República e o PSD estariam a viver da exploração das dúvidas e suspeições pulhas que os jornalistas (?) do Público andavam a vender…!
    E nem sei se a ter-se mantido a “cabala”, o resultado das legislativas não teria sido diferente…
    Depois disto, como fazer para que ele não perturbe nem prejudique mais a relação de dignidade que deve existir entre a Presidência da República, o Governo e os Cidadãos?

  14. Realmente tenho que concordar com o PPereira, era preferivel o Cavaco ter falado antes das eleições. A esta hora talvez houvesse uma maior estabilidade politica com uma maioria absoluta do PS e quiçá duas eleições pela frente, as autarquicas e as presidenciais.

  15. Mais palavras para quê? A mim, que moro do outro lado de Lisboa, só me apetecia correr para Belém com o carro cheio de tomates e ovos podres para aventar às paredes do Palácio!

    Uma coisa é bem clara: o Presidente eleito por 50,6% dos votos validamente expressos e que a partir de agora passa a ser não mais do que “o Presidente de 29,1 10,5=40,6% dos portugueses”, na melhor das hipóteses, está completamente desfasado do Mundo real e vive já numa espécie de jogo virtual.

    Incomodou-me e melindrou-me especialmente aquela tirada pungente, dita em ar de confissão sofrida, de que “um Presidente da República tem de, por vezes, suportar situações bem difíceis!…”. Porra, mas o que é isto? Não é esse homem (ou esse frangalho) o comandante supremo (não se riam, por favor!) das nossas Forças Armadas? Imaginam o que faria esta encrenca se acontecesse algum dia, longe (bem longe) vá o agoiro, alguma coisa de verdadeiramente grave no nosso País?

    Lamento, mas a vergonha (e o nó na garganta) é tão grande, que por agora me fico por aqui.

  16. Pois, mas o que é que cada um de nós pode fazer? Por mim, nunca votei nem nunca votaria em semelhante traste, mas isso pouco lhe importará, seguramente.

    O meu único consolo é o de que, afinal, o meu voto em Mário Soares em 2006 foi muito bem dado: com ele, nunca, mas nunca, desceríamos tão baixo, nem nada de parecido…

  17. Val,

    “O Presidente da República opta por piorar o que já era mau nas condições de (governabilidade) e estabilidade, assumindo que a Presidência vai entrar no combate parlamentar com uma agenda secreta”.

    “O problema acaba de sair das mãos dos partidos. Isto agora é connosco, com cada um”.

    Meu caro, por ventura estás convocando a minha pessoa?

    Onde fica a Revolução?

    O “cromo” não quis sair em beleza, os outros cheira-lhes que é preciso criar tensão social conveniente. Vamos ver quem mais perde com esta história. Os do costume é certo e sabido.

  18. A comunicação do Senhor Presidente da República foi feérica. O dito definitivamente lançou fogo à tenda e o mais grave é que dentro dela estamos todos nós. Ainda recuperando da sua insanidade discursiva lanço mão de alguns comentadores para a descodificar. Por exemplo o insuspeito e inteligente Garcia Pereira afirma “…à beira da tomada de posse do novo Governo, é de todo politicamente inaceitável e só tem um nome é um verdadeiro golpe de estado palaciano”, opinião que parilho totalmente.
    A tenda ardida, escarafuncha-se nas cinzas. Após a tétrica comunicação um director de jornal afirmava que nada obrigava o Senhor Presidente da República a convocar o representante do partido mais votado para formar governo. No dia seguinte uma cadeia de televisão alvitrava a hipótese da alteração de regime. À esquerda da Esquerda esconde-se com dificuldade o júbilo (É desta que o gajo os vai arrumar). À Direita impera a ansiedade ( Como é que vamos aproveitar isto?).
    A matéria fecal começa a correr para a cloaca. Os dias estão difíceis amigo Z. Não há nada para comemorar. Lá teremos que voltar à Alameda. É a vida.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *