Como diz que disse?

O primeiro-ministro, António Costa, escusou-se hoje a comentar novos dados em torno da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e das comunicações entre o ministro das Finanças e o antigo presidente do banco, dizendo que o assunto "acabou" na segunda-feira.

"O quê, ainda andam com esse assunto? Ainda não ouviram o senhor Presidente da República? Isso já acabou tudo na segunda-feira", disse Costa, questionado sobre a matéria à margem de uma iniciativa em Oeiras.


Fonte

__

Costa perdeu uma não só excelente como necessária oportunidade para se afirmar como primeiro-ministro e como líder político neste desfecho da crise cujo pretexto foi a CGD. Em vez disso, foge à sua responsabilidade governamental e entrega à Presidência da República o comando institucional e moral do Governo. Ou seja, assistimos com este episódio de Centeno ir de castigo a Belém e depois vergastar-se em público à confirmação de estarmos num regime presidencialista de facto.

O modo chocarreiro como reage às perguntas dos jornalistas, dirigindo-se na ocasião aos próprios jornalistas tomados como grupo social em vez de se dirigir ao Soberano, é grave. E tão mais grave quanto não sabemos de ninguém no Governo ou no PS que esteja em condições de lhe explicar porquê.

.

25 thoughts on “Como diz que disse?”

  1. Em democracia disfuncional, a melhor maneira é gerir de modo a que o assunto se esgote pelo decorrer do tempo .
    Está bem Costa .
    O coiso fez um livro . O cão ladra e a caravana passa .
    Fez um livro em que se auto justifica e faz figura de juiz em causa própria, não havia necessidade, cabe aos portugueses ajuizar o desempenho, a mais ninguem, e o julgamento é, plasmado nas sondagens de popularidade, francamente negativo .

  2. Costa é um PM semi-presente, quando ha sinal de crise refugia-se em qualquer parte ou esconde-se atrás do primeiro secretario de estado. É impressionante a falta de solidariedade e autoridade. Ha imagens que marcam e aquela foto em Paris foi fielmente fatal, o vallet do Presidente que lhe segura o chapéu de chuva enquanto se molha e ri, humilhante.

    Augusto Santos Silva explicou-lhe pelo exemplo no verão passado, quando houve uma crise e o PM estava em Férias (ou crise ou férias, como pode explicar um gestorzinho de PME). É o único com dimensão de estadista no government.

  3. A gente compreende que o Valupi não goste do Costa, mas a ponto de ficar cego ao que há de irónico na resposta acima já se compreende mal. Ó Valupi, pela santa, faz o Costa muito bem em remeter os jornalistas para quem tinha acabado de ser o guionista principal de mais um episódio da estafada novela “Caixa”.

  4. marvl, esse não é o papel de um primeiro-ministro, sequer de um ministro. Será ao nível de um dirigente partidário, de um deputado, até de um chefe de bancada (mas não para o meu gosto). Um primeiro-ministro relaciona-se com o Estado, com as instituições, com os cidadãos, com o Soberano.

    Aquilo a que chamas “ironia”, como se a questão da CGD se resumisse a uma treta inventada pelos jornalistas, é para mim displicência e irresponsabilidade.

  5. Valupi ama Sócrates o que bem evidencia uma menor capacidade de achar coisas dignas de nota nos governantes (e não há aqui, da minha parte, qualquer intenção de me referir ao presente caso judicial – apenas me cinjo aos alegados dotes governativos que no tempo próprio se evidenciavam). Costa faz muito bem em situar e identificar os jornalistas nesses grupos institucionalizados que se constituem como poder adversativo. Não será por os ignorarmos que eles passam a ser aquilo que deviam ser. Costa não os legitima ao usá-los como interlocutores dotados de capacidade de se constituírem como poder actuante e não meramente difuso. Costa apresenta-os, sim, ao responder como respondeu, como parte de um dispositivo.

  6. Ok.

    Num País decente, Valupi teria toda a razão.

    Num País de merda, as coisas mudam de figura.

    Portugal deixou de querer ser um País decente, quando embarcou na golpada mediática, judicial e política de 2009-2011, e ainda não voltou a sê-lo.

    Para o País de merda em que se tornou desde então, António Costa e a Geringonça Nacional chegam. E oxalá sobrem!

    Parabéns, portanto, Costa, Marcelo, Catarina e Jerónimo.

    Talvez pelas vossas linhas meio direitas, meio tortas, consigam mesmo resgatar Portugal e recuperá-lo para a decência. Não desistam!

    Os comichosos e inadaptados que se habituem. Como outrora o Velho do Restelo, que também tinha carradas de razão, não é, e acabou como todos sabemos…

  7. Em desacordo como é natural, Valupi.

    O que não me parece é que a chunga do espírito Big Brother que se instalou no palácio de Belém tinha de ter um fim. Não gostaste mais uma vez, paciência.

    1. A afirmação de António Costa deve ser lida em função das diferentes posições de todos os agentes políticos: vi Mariana Mortágua estranhamente exaltada e demagógica q.b. com um défice de 2,1 a clamar pela falta de enfermeiros e médicos, nos auxiliares e professores, em escolas inundadas como sucedeu na Alexandre Herculano, no Porto, como se o culpado fossem as “forças demoníacas” não do turbo-MAI-que-fazia-parte-do-simulacro-de-governo-e-da-tralha que o Passos Coelho nos queria servir ao jantar com o beneplácito de Cavaco Silva mas, voltando à Mariana, do capitalismo em geral e do Mário Centeno em particular que todos os dislates por estes dias teve de ouvir. Idem, do PCP na marcação homem-a-homem que mantém com o BE. Dos talibãs políticos ao serviço do CDS e do PSD (do João Almeida e do próprio Luís Montenegro que anda metido com os moços, no caso). Da inusitada demissão anunciada de véspera, e que ocorreu exactamente ontem!, de Matos Correia da presidência da comissão de inquérito parlamentar à CGD porque os bandidos das Esquerdas não aceitam que, institucionalmente, o parlamento seja também a casa do Big Brother e decida manter sob reserva os SMS do António Domingues que o António Lobo Xavier arranjou para a malta e para o companheiro Marcelo e que todos nós conhecemos. Compare-se a histeria política que vai por aí com a posição equilibrada de Ferro Rodrigues na entrevista à RTP ontem ou anteontem, e depois falamos.

    2. Idem, a afirmação de António Costa deve ser lida em função da gaffe proferida pelo António Galamba sobre o facto de termos um PR implicado (sublinhado!), mas tanto-tanto, como implicado (!) está o ministro das Finanças. Disse isto ontem algures numa TV por cabo num daqueles “espaços” de entretenimento (ainda e sempre o vocábulo certeiro é do António Guerreiro, e observo que integrou o léxico político de quem anda mais atento apesar de não mencionar o autor… no caso o Francisco Louçã, ontem) e que pululam por aí perseguindo-nos dia e noite a nós coitados que andamos acordados. Aliás, isto chegou a um ponto em que eu já nem faço distinção entre eles e não sei se agora quem fala é José Eduardo Martins, Rui Tavares, Daniel Oliveira, Pedro Marques Lopes, Raquel Varela, João Miguel Tavares, João Galamba, Luís Pedro Nunes, Helena Matos, o carola-careca à Frodo que agora está na RTP, o artista RAP, Rodrigo Moita de Deus, Viriato Soromenho Marques, Clara Ferreira Alves etc. e a lista continuaria até aos veteranos Pedro Mexia e Pedro Adão e Silva, ambos infelizmente). Se olhares bem, como deverias fazer, nestes tipos quem é que tem responsabilidades políticas a sério? Pois é, é o João Galamba que é porta-voz do PS e que aparentemente foi desautorizado, e bem!, pelo Carlos César. Pior, assinalo: este João andou depois a telefonar para os jornais e televisões a explicar que, por implicado, queria dizer que eles não estavam implicados em nada (eu ouvi a peça na RTP 3, e quem a escreveu deve ter achado aquele momento de morte assistida, no mínimo, estranho). Idem, responsabilidades tem-nas o Pedro Mexia numa área específica da Presidência da República.

    3. Ibidem, a afirmação de António Costa deve ser lida em função das gaffes proferidas pelo Marcelo Rebelo de Sousa e ampliada, à vez, pelas cornetas de Luís Marques Mendes e António Lobo Xavier. Depois do silêncio do dia anterior ontem o PR voltou a mostrar-se mais comedido e a ciciar que nem mais uma palavra, o passado é o passado e ponto.

    Eis a traço grosso uma pintura mais ou menos fiel do que foram os movimentos simultâneos que ocorreram no quadro político-partidário, nas instituições republicanas do rectângulo (governo, assembleia da República e presidência da República), o barulho que saiu das cornetas empunhadas pelos pajens presidenciais e, ainda, a praga do entretenimento mediático que nos entra pelas frestas das janelas. António Costa fez o possível e o possível era tudo, como alguém disse.

    [É geringonça mas funciona está a ver?]

  8. Tanta gente contra este governo! até parece que estão cheios de stress não vá o Centeno fazer com as contas de 2017 o mesmo brilherete que fez com as de 2016!
    Vejam se se enxergam, meninos(as)!

  9. Miguel, obviamente, ainda não percebeste qual é o estatuto e a respectiva função de um primeiro-ministro no nosso regime e sistema, daí achares que ele se deve comportar como chefe de facção a nivelar-se por baixo para poder mandar bocas a jornalistas. Confundes a governação do País com o folclore da baixa política que enche a comunicação social.

    Azar o teu.
    __

    Hino a Brutugal, a decência de um país corresponde à decência dos seus responsáveis institucionais.

  10. Ignatz a.k.a. Brutogal, larga as pedras e vai vender as tuas tangas e gangas na feira de Carcavelos.

  11. Toma lá uma prosa da São José Almeida, e à borla!, Jasmim.
    Bom apetite, haja estômago.

    […]
    «Tendo este marco temporal, seria
    difícil não acontecer o que é uma evidência ao longo das 577 páginas que
    compõem o volume: o protagonista é
    Sócrates. E a leitura do livro reflecte
    como este é uma arma de arremesso
    contra o antigo primeiro-ministro.
    A apreciação que Cavaco dele faz é
    desenvolvida nos comentários que
    vai deixando ao longo do seu relato
    de seis anos de coabitação, caso a
    caso, capítulo a capítulo.
    E a conclusão que resulta da leitura
    da visão do ex-Presidente sobre o
    seu primeiro-ministro é de que sobre
    ele faz uma apreciação muitíssimo
    negativa. Os comentários e aprecia-
    ções são inúmeros. “Frequentemente, as palavras não se conformavam à
    realidade dos factos e passei a olhar
    desconfiado para as ‘boas notícias’
    do primeiro-ministro”, diz Cavaco,
    para mais à frente afirmar: “Foi logo nestas primeiras reuniões que me
    apercebi da sua resistência ao diálogo e entendimento com os partidos
    da oposição, da tendência para ver
    os seus críticos como inimigos e de
    grande sensibilidade ao que a comunicação
    social dele dizia, o que me levou a aconselhá-lo a que a ignorasse
    e se concentrasse na resolução dos
    problemas do país.”
    Um padrão que está patente em
    passagens como aquela em relação
    ao período de crise económica em
    que confessa que ficou “com a ideia
    de que o primeiro-ministro não sabia
    o que fazer”. Ou ainda quando, depois de frisar a sua oposição à política do betão, sobre a qual diz mesmo
    que defendeu várias vezes que “não
    era através da construção de auto-estradas,
    para as quais não havia trânsito, que [se] iria resolver os graves
    problemas da economia portuguesa”, desabafa: “O primeiro-ministro
    insistiu na sua posição. Fiquei com a
    ideia de que a crise económica estava
    a afectar a sua racionalidade.”»

    e, a seguir,

    «Uma das constantes do livro é a oposição de Cavaco à política centrada
    no investimento do Estado em obras
    públicas de grande porte. Da oposição às PPP para a construção de
    auto-estradas até à forma como derrotou a opção de construir o novo
    aeroporto na OTA — “Colocava-seme uma interrogação: por que é que
    o primeiro-ministro e o ministro da
    tutela teimavam em defender a Ota
    como a melhor localização?”, garante. Mas também passando pela sua
    frontal recusa em concordar com o
    projecto do TGV: “Não era exactamente por falta de investimento que
    Portugal tinha vindo a afastar-se da
    média de desenvolvimento da União
    Europeia. O que tínhamos, em Portugal, eram muitos investimentos ineficientes, quer no sector privado, quer
    no sector público. O TGV iria ser mais
    um deles, pela simples razão de que
    não teria tráfego suficiente e os custos nunca conseguiriam ser cobertos
    pelas receitas.”
    Os momentos de tensão do seu
    mandato no período Sócrates estão
    todos relatados e comentados: OTA,
    vigilâncias a Belém, Estatuto dos Açores. Mas o livro é rico também em
    pormenores, da perspectiva do Presidente, da crise da dívida desenrolada
    a partir de 2009 e que começa a ser
    evidente em 2010.
    É, aliás, a propósito da discrição
    das negociações entre Sócrates e a
    então líder do PSD, Manuela Ferreira
    Leite, para a aprovação do Orçamento para 2010, que Cavaco comenta:
    “No fim de um processo que teve cenas caricatas, reforcei a ideia de que
    o primeiro-ministro e o ministro das
    Finanças já não sabiam como sair da
    situação a que tinham conduzido o
    país — insustentabilidade das finan-
    ças públicas, aumento da dívida pú-
    blica, dívida externa que não parava
    de crescer, falta de competitividade
    da economia. Encontravam-se numa
    situação de fuga para a frente e até
    parecia que não se importariam que
    ocorresse uma grave crise política,
    mesmo que o PS acabasse por perder
    com isso.”»

    Público, 17.2.2017, pp. 2-3.

  12. Obrigada Vogais !
    A parte em que o Cavaco “critica” o Sócrates por ele fazer auto-estradas é … mortal !!!!!
    A múmia insiste em enterrar-se na m.erda.

    E agora aqui vai uma prosa muito adequada ao fim a que se destina: provocar o Correio Manholas.
    Aqui vai, de quem sabe da poda. Eu diria, em linguagem chã e rude, que as p.utas velhas do Manholas agora meteram-se com uma p.utarrona muito mais velha que eles. Fico à espera de ver os próximos capítulos.

    Leia a mensagem do FC Porto:

    “Tânia Laranjo e o Correio da Manhã, seja através do folheto para embrulhar peixe, seja através do canal de telelixo, andam desde anteontem a dizer que o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, empurrou e agrediu a jornalista e que ainda a insultou. Estranho que uma jornalista e um grupo de media com tanta experiência na matéria, que mente como ninguém, cometa o erro primário de mentir quando há imagens que no mesmo instante desmentem a mentira. Por tudo isto, mas essencialmente por uma questão de cidadania, o FC Porto vai apresentar queixa na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e no Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas contra Tânia Laranjo, sem prejuízo de outras medidas que venham a ser tomadas. Esta queixa será em defesa do jornalismo, que por definição é isento, imparcial, exatamente o oposto do que diariamente fazem Tânia Laranjo e o Correio da Manhã. A todos os que continuam a olhar para o lado e a fingir que não viram não esqueçam que este género de cumplicidade mais não é do que uma inaceitável cobardia perante a perseguição a cidadãos e a instituições”.

  13. se o PR faz isso é porque de facto pode … o Pm pode ser que se lembre do PR Sampaio e esteja pondo as barbas de molho. estas boas notícias ultimamente são tantas que o ” pobre” desconfia , sobretudo porque na vida do dia a dia das pessoas não se nota nadinha a melhorar ( pode ser que LX e Porto estejam a bombar , mas o resto do país continua a definhar ) : deixa-os pousar mais uns 6/ 8 meses a ver no que dá , entretanto baixa-se a bolinha :)

  14. A intriga à volta da cgd promovida pela oposição e amplificada pela pasquinada mostra o quanto estas são imprestáveis à sociedade portuguesa. António Costa foi meigo.

  15. Deixa lá isso Jasmim, vi-as depois mas no best of em preparação pelo Valupi também cabem estas… umas cenas que metem dinossauros cor-de-rosa e, aparentemente, aditivos ou a falta que eles fizeram.

    “Há muito que tinha
    concluído que o
    primeiro-ministro tinha
    pouco de esquerda.
    Era, de facto, um
    liberal. Na governação
    era pragmático,
    voluntarista e muito
    pouco ideológico. Foram
    várias as vezes que me
    disse não ter paciência
    para a ‘esquerda velha’
    do seu partido. A sua
    dificuldade estava na
    escolha das medidas
    certas para enfrentar os
    problemas. Muitas vezes
    errava”

    “Um raciocínio
    que revelava uma
    total e persistente
    desadaptação à
    realidade portuguesa,
    apesar do muito que lhe
    tinha sido explicado ao
    longo dos anos. Decidi
    não o contradizer.
    Estávamos, afinal, na
    nossa última reunião”

    ____

    “O quê, ainda andam com esse assunto? Ainda não ouviram o senhor Presidente da República? Isso já acabou tudo na segunda-feira”, eis a transcrição da frase que indignou o Valupi, ou algo assim.

  16. O costalha de s. bento não é nenhuma surpresa. O povo gosta do presidente, e se o costalhito gosta do presidente,o povo também gosta dele e o presidente deseja que gostem dele…por muitos motivos.

  17. VAMOS LÁ A SABER
    (original remasterizado num conhecido estúdio de som em Paço de Arcos a partir do clássico com música de Richard Clayderman e letra de Valupi: a K7 original foi encontrada pelos herdeiros em local desconhecido ).

    Há porta-voz sem voz?

    Eis mais um dilema na vida do PS. João Galamba, porta-voz do partido, foi esta semana desautorizado pelo líder do partido, António Costa, e pelo líder parlamentar, Carlos César. Galamba envolveu Marcelo no caso dos SMS da Caixa, Costa veio dizer que este é “um caso que acabou” e César foi mais longe: Galamba falou de motu proprio e a sua posição não vincula o partido. Se o porta-voz do PS não pode falar pelo PS, GENTE aguarda o nome do porta-voz que se segue.

    Expresso, 18.2.2017, p. 16.
    Edifício S. Francisco de Sales
    Rua Calvet de Magalhães, 242
    2770-022 Paço de Arcos

    Nota. Este é o resultado que dá andar por aí a flirtar nos “espaços” de entretenimento mediático, ou a falta que faz ter calos (políticos) nas mãos.

  18. A evidente pusilanimidade de Costa e fragilidade psicologica no combate político (um passivo agressivo q facilmente se descontrola, o Valupi fez um bom post sobre isso ha uns tempos) levou-o ao recolhimento e ao lançamento de um culto da personalidade onde a sua identidade politica anda perto da santidade, um fazedor de milagres o grande negociador, o Baba O’Reilly da câmara. O primeiro grande milagre pro país, foi a “descrispaçao” q e uma cousa mais propria do saudosismo de um pais manso e suave de q uma sociedade democratica onde se confrontam interesses opostos. Mas passando por cima de mais uma tanga de regime, a que estado leva esse quase nadir? Parece-me querer agradar a tudo e a todos leva a que o PS não tenha um candidato no Porto, não tera nenhum nas presidenciais (como não teve nas últimas pq Costa tirou o tapete a Novoa para confortar uma previsivel vitória de Marcello), a Vidal será canonizada em funções depois de destruir a vida a um sem numero de pessoas a bem do refreshment da corporação, etc… basta ver o q aconteceu com a Cgd, em q primeiro foi a UE a impor-se senão a Leonor Beleza, entre outros senhoritos representativos dos interesses, faria parte do Conselho de Administração e onde depois acabou por aterrar o inevitavel P.Macedo q embora com uma acusação de nepotismo no INEm – de que ninguém fala porque é uma figura consensual para os geringonços e direita, mais a necessidade de silencio, perdao, descrispaçao da sociedade – a q a senhora ministra dará o seu devido arquivamento.O q sua santidade pensa para o pais constitui o quarto ministerio de fatima, nem uma linha ou frase para venda numa tabacaria. Costa? Who’s next?

  19. VAMOS LÁ A SABER
    (original remasterizado num conhecido estúdio de som em Paço de Arcos a partir do clássico com música de Richard Clayderman e letra de Valupi: a K7 original foi encontrada pelos herdeiros em local desconhecido ).

    Há porta-voz sem voz?

    Eis mais um dilema na vida do PS. João Galamba, porta-voz do partido, foi esta semana desautorizado pelo líder do partido, António Costa, e pelo líder parlamentar, Carlos César. Galamba envolveu Marcelo no caso dos SMS da Caixa, Costa veio dizer que este é “um caso que acabou” e César foi mais longe: Galamba falou de motu proprio e a sua posição não vincula o partido. Se o porta-voz do PS não pode falar pelo PS, GENTE aguarda o nome do porta-voz que se segue.

    Expresso, 18.2.2017, p. 16.
    Edifício S. Francisco de Sales
    Rua Calvet de Magalhães, 242
    2770-022 Paço de Arcos

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *