Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
A pergunta que fazes por um lado parece de resposta fácil, mas por outro…
Quando se fala de educação, aparentemente, toda a gente sabe (toda não, os do PSD se sabem não partilham connosco) o que é a infância e têm uma ideia clara do que é melhor e, sobretudo, pior para as crianças.
Assistimos diariamente nos telejornais ao desenrolar de autênticas novelas de terror em que as crianças são protagonistas, revelando os telespectadores saberem, mais uma vez, exactamente o que é a infância. Apontam todos os papões com que as crianças se podem deparar que incluem pais desnaturados e cruéis que as espancam, que as abandonam ao deus dará na escola, que passam a vida a brigar pela sua posse e monstros, muitos monstros que lhes fazem trinta por uma linha, uns que as raptam enquanto dormem, outros que as violam, há também os que as seduzem enquanto brincam na Internet, e podia continuar com os que nos lembram tudo isto até à exaustão, mas vou pôr um etc.
As crianças deviam sentir-se gratas por tanta lágrima e tanta preocupação, mas por outro lado também se lhes desculpa se o não fizerem: num país em que a educação tem o historial que tem, segundo um estudo de opinião apresentado na Visão desta semana, essas mesmas pessoas ilibam as escolas, os políticos, os pais e os professores e apontam os alunos, repito, os alunos como sendo os principais culpados da fraca qualidade da Educação em Portugal.
O que vale é que as crianças trazem de origem uma espécie de blindagem que os faz ignorar o mundo dos adultos e lá vão vivendo a sua infância o melhor que podem, pois têm perfeita consciência de que essa fase das suas vidas não vai durar para sempre.
Sinhã, o que quiseste dizer com essa dos “esteiros” virado do outro lado? Do automatismo mecânico se passa ao lado humano?
leste os esteiros, claudinha?:-)
guida, gostei da tua alfinetada no PSD. É para ele não se esquecerem que nós não nos esquecemos.
Li, só que já foi há tanto tempo que só me lembro de umas cenas de tascas. Realmente, recordo-me pouco. A minha memória, como de costume…
Olhem p’ra mim, já tenho 50 anos…
Faço ideia – o tempo em que nem os beijos nem as lágrimas tinham preço.
O texto até me arrepiou. É mesmo motivo para reflexão.
isto também, e compaixão.
brioso, claro!
o “esteiros” virado do outro lado. :-)
Principe,
A pergunta que fazes por um lado parece de resposta fácil, mas por outro…
Quando se fala de educação, aparentemente, toda a gente sabe (toda não, os do PSD se sabem não partilham connosco) o que é a infância e têm uma ideia clara do que é melhor e, sobretudo, pior para as crianças.
Assistimos diariamente nos telejornais ao desenrolar de autênticas novelas de terror em que as crianças são protagonistas, revelando os telespectadores saberem, mais uma vez, exactamente o que é a infância. Apontam todos os papões com que as crianças se podem deparar que incluem pais desnaturados e cruéis que as espancam, que as abandonam ao deus dará na escola, que passam a vida a brigar pela sua posse e monstros, muitos monstros que lhes fazem trinta por uma linha, uns que as raptam enquanto dormem, outros que as violam, há também os que as seduzem enquanto brincam na Internet, e podia continuar com os que nos lembram tudo isto até à exaustão, mas vou pôr um etc.
As crianças deviam sentir-se gratas por tanta lágrima e tanta preocupação, mas por outro lado também se lhes desculpa se o não fizerem: num país em que a educação tem o historial que tem, segundo um estudo de opinião apresentado na Visão desta semana, essas mesmas pessoas ilibam as escolas, os políticos, os pais e os professores e apontam os alunos, repito, os alunos como sendo os principais culpados da fraca qualidade da Educação em Portugal.
O que vale é que as crianças trazem de origem uma espécie de blindagem que os faz ignorar o mundo dos adultos e lá vão vivendo a sua infância o melhor que podem, pois têm perfeita consciência de que essa fase das suas vidas não vai durar para sempre.
Sinhã, o que quiseste dizer com essa dos “esteiros” virado do outro lado? Do automatismo mecânico se passa ao lado humano?
leste os esteiros, claudinha?:-)
guida, gostei da tua alfinetada no PSD. É para ele não se esquecerem que nós não nos esquecemos.
Li, só que já foi há tanto tempo que só me lembro de umas cenas de tascas. Realmente, recordo-me pouco. A minha memória, como de costume…
Mas explica. Anda lá. Não sejas má.