Filipe Santos Costa – E António Costa conseguirá fazer a legislatura toda a fazer remodelações de emergência sem nunca fazer uma grande remodelação
?
Paulo Baldaia – Era um disparate fazer agora uma grande remodelação... Acho que era um disparate, simplesmente. Tens dois ministros com dificuldades, que é o ministro da Educação e o ministro da Saúde, mas eles não têm responsabilidade sequer nas dificuldades que têm. É colectivo, é do primeiro-ministro, é do ministro das Finanças. Não tens mais ninguém. [...]
Acho que precisa de um ministro da Defesa com força política, de facto. Hoje ouvi o Ricardo Costa a dar o exemplo do que podia ter força política, que é o presidente do PS, Carlos César. Há uma outra hipótese que é pôr o ministro dos Negócios Estrangeiros a acumular com a Defesa. [...]
Ou é o Carlos César ou é difícil encontrar outra pessoa que não seja...
[imperceptível]
Expresso da Meia Noite (nas vésperas da remodelação governamental)
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Paulo Baldaia é um dos mais reputados jornalistas portugueses, sendo especialista em política e dispondo de contínua presença na imprensa escrita, radiofónica e televisiva “de referência”. Não só ele como quem lhe tem pagado os salários acredita que, como especialista em jornalismo político, percebe, entende e até compreende o que se passa na política. La Palice que nos acuda. Tão conhecedor é desse fascinante e feérico universo que consegue servir aos leitores, ouvintes e telespectadores uma papinha para consumo facilitado pelas cachimónias ignaras e distraídas que preenchem as audiências. E é isso que anda a fazer, com gosto, há muito tempo.
Eis que foi apanhado a 250 km/h numa via onde a tabuleta indicava 30 e ainda havia lombas a cada 15 metros. A sua inteligência capotou, o seu discurso fanfarrão ficou todo torcido e amolgado, nada se aproveitando do acidente. O registo de café, de que acima se deixa amostra, faz a essência do comentário político ao nível do Baldaia e dos seus companheiros de função. Vale tudo porque não há qualquer consequência para a vozearia. Ao mesmo tempo, e para quem chega a director disto e daquilo, a tentação de vir a conseguir influenciar audiências, políticos e resultados eleitorais é inevitável, hipnótica, viciante. O dia-a-dia passa a incluir muitas noites de jantaradas e de copofonia com os colegas do ramo e com os colegas dos outros ramos e ramadas unidas pelo tronco disto que somos juntos, desde políticos a quem tenha algo a dizer sobre os políticos (e tanto que há para dizer dos políticos por outros jornalistas, por outros políticos, por polícias e por magistrados, né?). É muita informação junta, a qual provoca digestões impossíveis em tempo útil para quem tem de despachar parangonas e opiniões sem parar. Donde, a contínua actividade bolcista onde se cotam as simpatias e antipatias, taras e manias, em ordem a compor os exercícios de “comentário político”. Foi assim que o Baldaia conseguiu ser um dos mais fervorosos apoiantes de Cavaco, do PSD e da direita em geral quando aparecia no início do Fórum TSF para dar início à sessão ditando as suas preferências nos assuntos correntes, indo buscar o exemplo mais folclórico da sua agenda como “influenciador”. Apesar de certos fogachos em nome da decência no espaço público, a sua passagem pelo DN como director foi tão-só a confirmação do seu perfil alaranjado. Nada mais ficou que valha a pena recordar pela positiva (e muito ficou de negativo, especialmente em relação aos incêndios de 2017 e ao caso de Tancos).
Para quê perder tempo com o bom do Baldaia? Só para ilustrar, anedoticamente, a mediocridade do comentário político na sua generalidade. E o pior não é termos políticos a ocuparem espaços de comentário, pois nesses casos há transparência e utilidade. Ninguém poderá dizer que foi enganado pelo Marques Mendes, por exemplo, e o Marques Mendes poderá armar-se em Marcelo e capitalizar a notoriedade mediática em votos quando e para o que lhe apetecer. Nada mais justo porque puramente político. O pior é termos jornalistas mascarados de políticos que, ainda por cima e antes de tudo, não querem assumir responsabilidades políticas. Só lhes resta a bazófia e a intriga como veículos da sua energia mental e como alimento da sua infinda vaidade. E depois dá nisto que acima é citado, uma gargalhada hilariante perante a absoluta falta de acerto deste cromo da coisa face à realidade que estava ali ao virar da esquina.
Nesse mesmo programa, em frente ao Baldaia, sentava-se o Eduardo Dâmaso. Deste passarão da indústria da calúnia recebemos a informação de ter tido acesso a um certo documento, uma certa folheca, antes da classe política. Se alguém perder tempo a analisar essa passagem, vai descobrir o seu incontrolado prazer ao reclamar, em frente às câmaras, ter um poder exclusivo. Nem políticos, nem o restante maralhal da imprensa, consegue o que a Cofina consegue quando se trata dos crimes de violação do segredo de justiça e exploração difamante e caluniosa dessa e nessa actividade criminosa, é o subtexto da manifestação da sua elevadíssima auto-estima. Não era giro que um jornalista, e logo um desses especialistas em política, nos ajudasse a perceber, entender e compreender o poder fáctico e criminoso da Cofina? Pelo que vi, e por tudo o mais que conheço do seu trabalho, esse jornalista, a existir, não se chama Paulo Baldaia.
Eu confesso que me dá um certo gozo assistir ao baile que António Costa dá a esta maralha toda. Muito pelo ambiente nauseabundo que se vive em Portugal desde 2011. Chegamos a 2015 e muitos destes sábios nunca tinham percebido o verdadeiro conceito de eleições legislativas. Bem expresso na Constituição. Do qual a maior parte nunca mais recuperou. No caso particular do Baldaia, pior mesmo só a coça que Rio vai levar em 2019.
Sentia-se o frenesim no ar que iam ser recompensados. Estavam todos a salivar com as papilas gustativas aos saltos. Há muito tempo que não tinham um fim-de-semana destes – pensaram eles. Que aliás deu muito trabalho. Com o ministro cozinhado enviam-se os convites para o repasto. E não era de certeza para o que ainda nem tinha sido anunciado. Esqueceram-se todos que o António Costa (também) já anda a virar frangos há muito tempo. E foi o que se viu. Azar. E como um mal nunca vem só, já nem podem chamar-lhe animal politico.
Há muito que se viu ser o Baldaia um estipêndiado da comunicação social que,
nos seus editoriais no DN se esparramava semana sim semana não, como a
maior parte dos comentadeiros avençados nada sabem de POLÍTICA percebem
muito de politiquísse todos defendem o seu tachito engraxando os patrões
debitando para os mais distraídos o que, pensam ser a vontade dos seus “masters”!!!
Alguém teria dúvidas. quanto ao Baldaia? Eu,por exemplo,jamais pensaria em jogar ao lado do Ronaldo: uma questão de fisico,uma questão de habilidade,uma questão de treino. Assim me furto a todos os más -língua que me decepariam em qualquer ágora !!!
O Baldaia tem outro entendimento, sai enrolado a fazer o frete aos amigalhaços, é sempre uma vitima incruenta da metralha inimiga,só porque este não faz pontaria tão baixa ! Suscita o riso,a pilhéria,a graçola… Força Baldaia,ainda te vamos ver no Coliseu como o palhaço … pobre !!!