A mais elevada densidade de imbecis por caixa de comentários em toda a Internet

Há sucessivas vagas de novos utilizadores da Internet. E alguma força estranha, negra, informe — que, para certos teóricos no campo da Física das realmente pequeninas e ridículas partículas, já tem nome: josémanuelfernandização — está a reuni-los nas caixas de comentários do Público. É um cabaz de gente constituído por putos de 11 anos na desbunda, empregados de segurança com demasiado tempo livre e mais 5 horas de cu sentado até terminar o turno, donas de casa prolixas que usam secretamente os computadores dos filhos enquanto eles estão na escola, padeiros com insónia, e as cotas do Benfica pagas, em ressaca das caixas de comentários do Record, reformados furibundos que votaram no Manuel Alegre e estão prontos para pegar em armas se ele quiser atacar o Largo do Rato, e ainda entusiásticos militantes do PNR infiltrados no PCP, onde vão ascendendo a cargos directivos com notável facilidade. As opiniões que estas entidades produzem invadem toda e qualquer notícia e dão razão aos que defendem a tese dos universos paralelos. Entra neles por tua conta e risco:

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Toca na imagem para conheceres o que os teus compatriotas têm a dizer do investimento tecnológico nas escolas e da importância dos computadores — referente a esta notícia.

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Toca na imagem para veres como um compatriota teu consegue relacionar um aviso relativo aos ultravioletas com o Governo, a ASAE e o TGV — referente a esta notícia.

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Toca na imagem para descobrires uma compatriota revoltada com a disponibilização da obra pessoana na Internet — referente a esta notícia.

18 thoughts on “A mais elevada densidade de imbecis por caixa de comentários em toda a Internet”

  1. Mas o que é que o senhor tem contra os imbecis que escrevem nas caixas de comentários?? Será que não temos os mesmos direitos que os outros??
    Considero este post profundamente chauvinista, reacionário e discriminatório em relação a pessoas com a mesma dignidade das outras.

  2. A meu ver acabava-se com os comentários… Pelo menos eu venho ao publico online para ler as nóticias e os comentadores de renome, e não a caixa de comentários com textos deste género…

  3. Os jornais portugueses online têm todo o tipo de leitores. Infelizmente, com a proliferação de comentário de qualidade duvidosa vários daqueles cuja opinião podia dar um contributo qualitativo foram deixando de dar atenção à caixa de comentários.

    p.s, passaram 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa, cuja obra valorosa é das mais notáveis da literatura portuguesa. Espero que este comentário seja publicado aqui porque não ofendo ninguém e limito-me a tansmitir o sentimento de uma minoria da população portuguesa.

  4. É sempre preferível, dum ponto de vista de saúde mental, dizer animalidades por sua conta e risco numa caixa de comentários do que “ir ao publico online para ler as nóticias (sic) e os comentadores de renome” – ou seja, para saber junto de JMF, VPV, AB, etc. o que pensar e como pensar. A josemanuelfernandização requer do leitor uma atitude solícita e passiva. A sua cabeça é então imersa num banho de sofismas paralisantes, adictivos e inibidores de reacção.

    Tanto quanto sei, não é sequer possível comentar online as colunas dos “comentadores de renome”.

  5. É como aponta o meu primo. O problema não está na imbecilidade dos comentários. É precisamente ao contrário: não há problema nenhum com eles.
    _

    Já somos dois, Comendador.

  6. ….”reformados furibundos que votaram no Manuel Alegre e estão prontos para pegar em armas se ele quiser atacar o Largo do Rato”.
    O seu poder de análise é fora da norma sem dúvida nenhuma, a sua escrita é doce e contenta-se em si mesma, é como uma lambidela em si próprio.
    Os comentários finais estão ao nível do elevado saber da coisa dita,duma lânguida e doce aragem que não queima nem refresca.
    Como disse (benevolente a um calhorda) há dias, vai no bom caminho. A propósito, como se qualifica a si? O Largo do Rato é o quê na sua ideia, hoje e ontem?
    P.S. Não mudei de nome, a “besta” não aceita outras correcções.
    Com respeitosos cumprimentos.

  7. Valupi

    Vim aqui ver se tinhas falado do Scolari e daquela suposta conferência de imprensa. Vinha dizer-te que a determinada altura senti vergonha de ser portuguesa por ter aquele fulano a representar a nossa selecção.

    E depois chego aqui, Valupi e deparo-me com esta pérola. Melhor ainda só os comentários que se seguiram (honra seja feita às excepções).

    As pessoas não lêem, não sabem o significado de ironia, não têm ideias próprias mas ouviram, no tasco ou na manicura, falar de alguma coisa acerca daquele assunto. E opinam.

    Logo é como dizes: não há problema nenhum com os comentários. Eu acrescentaria só: é o que temos.

  8. santos, agradeço as tuas perspicazes observações. Quanto às perguntas que me fazes, carecem de explicação: qualificar-me em relação a quê?; que hoje e que ontem?

    Os cumprimentos respeitosos aqui ficam devolvidos.
    __

    Milu, o homem veio dizer que queria mais dinheiro, e que tudo se resumia a isso. E esta história é contada no meio do Europeu, com literal cara de pau, quando toda a sua atitude devia ser a de promover a equipa e o país que representa. Inacreditável, de facto.

    E dizes muito bem: é o que temos. E o que temos de fazer crescer.

  9. Valupi, esta também é interessante:

    «an accelerating universe wipes out traces of its own origins»

    The End of Cosmology? , L. M. Krauss e R. J. Scherrer, pag. 35, Sciam, March 2008

    não sei se é porque vai mais depressa do que a luz, mas talvez logo já saiba

  10. (é porque o gajo é italiano pá – em Maputo, um negro sábio e bem disposto contou-me que a seguir aos portugueses tinham-se metido com os italianos, mas depressa chegaram à conclusão que eram muito mais malandros que os portugueses, queriam tudo para eles pá!, e então ficaram cheios de saudades dos portugueses, só que ainda ficamos todos tímidos a coçar a barba sem saber como é que se faz e pronto)

    se calhar aquilo do Universo é porque vai mais depressa que ele próprio e portanto esquece-se pelo caminho, logo prometo notícias

    fresquinho bom

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